Pablo escrita por contadora de estorias


Capítulo 1
One-shot




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646024/chapter/1

1976- Em um afastado e rústico vilarejo da Espanha uma família como tantas outras vivia tranquila, o casal tinha cinco filhos e o sexto estava para chegar. Não era difícil de imaginar que eles passavam por uma situação complicada, a sua colheita era pequena demais para alimentar todos e agricultura era a única coisa que se fazia na região. O Pai da família vendeu tudo juntou sua família e pegou um navio cargueiro para o reino unido, era sua ultima esperança.

“Temo que de agora em diante não será fácil” O homem abraça sua esposa enquanto as crianças os rodeavam com olhares tristes.

A viagem seria longa, dias e noites presos em um porão com pouca luz e ventilação. No terceiro dia a situação só a piora quando a mulher entra em trabalho de parto que por sorte ocorre bem e um menino nasce saudável.

“Se chamará Pablo para que nunca nos esqueçamos do nosso lugar” O homem olhava seu filho com lagrimas nos olhos.

Ao fim da viagem no cais os pequenos reclamam de fome, o homem não tinha nenhum dinheiro e sua única escolha foi procurar algum trabalho por ali mesmo. Ele trabalhou junto aos filhos mais velhos para sobreviver, as crianças perderam boa parte da infância enquanto Pablo, o mais novo, crescia por entre os mercadores. Os anos transcorriam-se e os tempos ruins pareciam se afastar junto à medida que navios vinham e iam.

28 anos depois, tudo havia mudado, Pablo era um jovem esperto e um ótimo negociador de tudo que lhe aparecia no cais do legal ao ilegal, enquanto todos os seus irmãos seguiram suas vidas Pablo continuava com seus pais que já estavam abatidos graças à ação do tempo.

“Filho, estive tão preocupada” A mulher andava penosamente pela cozinha carregando uma bandeja.

“Hehe Mas o que pode te preocupar sou o melhor e mais famoso daqui, acabei de vender um produto da ‘falecida’ Umbrella.” Ele se senta em um lugar da mesa. “¿Dónde es el padre?”

A mulher aponta para uma cadeira no canto da outra sala, Pueblo vai até seu pai que está cabisbaixo.

“O que houve?” Ele se abaixa para encarar o velho.

“Está na hora de voltar pra casa”

“Como? Já está em casa.”

“Sabe por qual razão tem esse nome?”

“Já escutei essa historia tantas vezes quanto há estrelas no céu.” Pablo se levanta.

“Mesmo que todo esse tempo tenha passado eu ainda me sinto fora de casa, a minha missão já foi cumprida todos vocês já podem se cuidar sozinhos. Eu quero voltar para minha casa.” O olhar dele parecia triste.

“Se isso te satisfaz vamos para EL Pueblo, apesar de eu não saber qual o interesse num lugar tão decaído como aquele parece ser.” Pablo vira-se e saí de casa, passando por uma rua estreita ele chega a uma avenida e entra um prédio onde estavam suas mercadorias raras e todo o capital que havia conseguido, depois ele vai ao um aeroporto alugar um jatinho.

“Quais são as intenções do mercador do velho porto com o aluguel desta maquina?” O piloto ria.

“Ao contrario do que pensa não é bem para o meu uso.” Ele balançou a cabeça levemente. “Irei resolver alguns problemas e em uma semana nos vemos para o voo” Ele saiu carregando sua mala.

Ele volta para casa e dá a boa noticia para seus pais, os mesmo parecem encantados com a noticia de que voltariam para seu lugar de origem. A semana passava rápido, mas não o suficiente para os senhores.

No tão sonhado dia da partida os Alluín saíram de casa carregando enormes malas e sorrisos e logo atrás vinha Pablo usando o seu sobretudo azul por causa do tempo frio e carregando sua inseparável ‘maleta de tesouros’ e uma mochila cinza com algumas roupas.

Ao chegarem ao Aeroporto o citation X os esperava, eles entraram na nave e deu se inicio ao voo que durou apenas duas horas até o ponto mais próximo de El Pueblo. Depois eles seguiram de carro para o local e o motorista se recusou a ir alem da entrada então Pablo e seus pais entraram na vila e encontraram logo na entrada um tipo de reunião ao centro estava um homem enorme careca e outro um pouco mais baixo usando um manto e segurando um cajado.

Eles falavam sobre a noite de purificação do culto de Los Illuminados e pediam, quase ordenando a presença de todos.

Quando terminaram eles avistaram os forasteiros à entrada da vila e o homem de capuz começou a cochichar para o outro que veio em direção deles.

“O que fazem aqui?” O homem tinha uma expressão assustadora.

“Nós somos os Alluín morávamos aqui há muitos anos atrás e agora voltamos para cá.” O homem olhava para todos os lados encantado com o lugar.

“Ah, Eu sou Bitores Mendez o atual líder de El Pueblo.”

“Alias, esse lugar não mudou quase nada desde que saímos daqui.” A mulher estava com lagrimas nos olhos.

“Sim, o povo daqui parece viver congelado no tempo como uma tradição” O homem de capuz se juntou a conversa. “Venham esta noite para o ritual de purificação será como uma festa de boas vindas. Sou Osmund Saddler líder do culto.”

“Não sei, tenho minhas próprias crenças e tenho que conseguir um transporte para voltar à cidade” Pablo recuava devagar.

“O meu caro não pense que se ficar essa noite fosse como ficar para sempre.” Saddler tenta se aproximar de Pablo.

“Mas nosso querido filho é bastante ocupado...” Os pais falavam orgulhos.

“O que você faz garoto?” Bitores o encara.

“Eu sou um mercador.” Respondeu ele engolindo em seco.

“Ah, um mercador... De que?” Saddler perguntou.

“De varias coisas mais especialmente de armas.”

Osmund e Mendez se entreolharam. Após muita insistência e conversa os Alluín convenceram seu filho a ficar para ver também e na noite a igreja não muito longe estava lotada quase não cabiam todos. As crianças corriam para cima e para baixo e brincavam na entrada. Pablo tinha um mau pressentimento por isso trouxe uma de suas armas escondida.

Quando Mendez e Saddler chegam todos se acomodam e acalmam, Saddler começa um sermão que para Pablo parecia sem sentido algum apenas lotado de palavras cheias de pompa, mas todos os outros pareciam encantados ao fim Saddler pediu para que fizessem uma fila os idosos e crianças à frente.

Eles levavam as pessoas a uma sala depois a pessoa voltava meio tonta e assim foi ate a vez do Sr. Alluín ele foi e Pablo lhe pergunta o que ali acontece.

Pela tontura e o mal estar ele não consegue responder e o desespero do jovem aumenta ao ver as primeiras pessoas que foram ‘purificadas’ tendo convulsões e gritando. Pablo se levanta tenta impedir que sua mãe entre na sala, mas é afastado por alguns seguidores de Saddler que o seguram quando ele consegue se soltar e corre em direção à sala e tenta pegar sua arma ele apenas vê a enorme mão de Mendez em sua direção e depois acorda em uma das casas da vila e por um milagre encontra sua arma junto ao sobretudo. Ele desce as escadas e vê sua mãe em pé na cozinha e ao chegar mais perto nota o corpo de seu pai no chão e no lugar da cabeça da mulher havia uma coisa estranha de mexendo.

Ao notá-lo a coisa vem em sua direção e sem escolha ele atira explodindo a criatura sem parar para analisar o corpo de seus pais ele sai da casa e vê muitas pessoas correndo desesperadas com suas crianças em seus braços todas pareciam mortas.

O ódio toma conta de Pablo e ele promete vingança por seus pais e quando Bitores apareceu Pablo se sentiu apagar e quando voltou a si estava em um castelo com Saddler, Mendez e Um homem baixinho que parecia bastante velho.

“Tem certeza que ele poderá nos trazer o que queremos?” O homem baixo olhava com desdém para Pablo.

“Oh, sim. Creio que ele seria capaz de nos dar o armamento que precisamos.” Saddler estava mais distante dos outros.

Pablo notou que se eles confiavam nele seria um ótimo jeito de adquirir informações e seria mais fácil para destruí-los, então ele aceitou cuidar do arsenal de Saddler. Em uma de suas vindas com armas ele encontra o pesquisador das plagas, ele então lhe oferece uma arma e lhe diz para tomar cuidado com os ‘chefões’. Alguns dias depois o pesquisador encontra com Pablo novamente e lhe dá um pote com alguns comprimidos.

“Tome cuidado com os chefões também...” O pesquisador foge do castelo logo depois.

Algum tempo depois a filha do presidente é capturada para que o plano de Saddler seja colocado em pratica, mas logo em seguida um agente especial é enviado para resgatá-la e ao passar pela vila e enfrentar Bitores é preso em uma cabana junto ao pesquisador o que faz Pablo acha a oportunidade perfeita, escolhendo suas melhores armas ele as esconde em sua mochila velha e coloca seu sobretudo azul e esconde seu rosto com alguns lenços. Quando chega ao local do cativeiro encontra o pesquisador fugindo.

Ele vai até a janela da cabana e vê o estrangeiro caminhando cuidadosamente ate a porta, então ele o chama.

“Venha aqui estranho.” Ele seguiu para os fundos da cabana e esperou o agente que aparece logo depois. “Eu tenho algo que pode te interessar hehe.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pablo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.