Stirb Nicht Vor Mir escrita por GiullieneChan


Capítulo 7
Epílogo




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Santuário.

Faust se encontrava diante do Grande Mestre Dohko, seu conselheiro Mu, de Atena e ao lado dela estava o cavaleiro de Sagitário, Seiya. Contava a eles o que aconteceu na Itália logo após ter trazido de volta as armaduras dos cavaleiros de prata mortos naquele local por Keres. Atena mantinha seu semblante preocupado, sentimento compartilhado por todos.

—E esse é o fim de meu relatório. –disse o menino, aguardando alguma resposta vinda dos quatro.

—O que devemos fazer, Atena? –Seiya pergunta olhando para a deusa.

—Vamos nos manter em alerta de hoje em diante. –determinou a deusa.

—Cavaleiros não poderão realizar missões sozinhos. - sugeriu Mu. -Ao menos até essa situação ser superada.

—Concordo! –disse Dohko cruzando os braços e sorri para Faust. –Está de parabéns em sua primeira missão, cavaleiro de Câncer!

—Obrigado. Mas eu só consegui cumprir minha missão porque o meu velho mestre me ajudou.

—Máscara da Morte, quem diria? –Dohko gargalha. –Ele me surpreende com essas atitudes. Acho que vou convidá-lo para bebermos um bom uísque para comemorar!

—Isso não é a atitude correta de um Grande Mestre em meio a uma crise que se aproxima! –Mu o repreendeu. –Ainda mais dizendo essas coisas na frente da deusa!

—Mu, você consegue ser muito mais chato que o Shion. –Dohko suspira. –Nem um vinhozinho?

—Devo chamar sua filha para me ajudar a te ensinar como se portar? –o ariano ameaça.

—Não precisa não!

Saori sorri com a discussão de ambos e observa Faust se aproximar de Seiya e lhe devolve o pingente de Joan. –Ela disse que sentia muito orgulho e foi feliz em ter conhecido você.

Seiya olha surpreso para o pingente, depois sorri discretamente e o pega.

—Obrigado.

—Faust de Câncer. –chama Dohko. –Sei que está cansado de sua viagem, mas não se importaria de realizar outra missão agora?

—Agora?

—Sim. Você vai acompanhar outro cavaleiro de ouro em sua primeira missão, mas como Atena não quer que realizam missões sozinhos, e os outros estão fora por aí e o Seiya ficou encarregado de proteger o Santuário até o retorno dos demais... bem... Você vai acompanhar outro cavaleiro de ouro em sua primeira missão.

—Não tenho outra opção, tenho? –suspira resignado. –Que missão e com quem eu vou?

Então a porta do Salão abre e a amazona de ouro de Escorpião entra. Ela faz uma reverencia à deusa e aos demais e coloca as mãos para trás do corpo esperando suas ordens.

—Vocês dois vão para o Egito agora. –explicava Dohko. –O selo de Atena que mantem Seth adormecido está enfraquecendo e alguns fanáticos religiosos querem acordar o deus do Caos. Vão lá e reforcem o selo e impeçam que ele acorde!

—Sim! –respondeu Kian.

—Odeio areia... –resmungou Faust que olha para Kian que estava fitando-o com um sorriso. –Que foi?

—Nada! -ainda sorrindo.

—Sei...

—Só estou empolgada demais!!! –ela vibra de repente e assusta Faust. Minha primeira missão oficial!! E no Egito!!! Posso levar minha câmera e tirar fotos da Esfinge?

—Não é um passeio turístico! É uma missão! –ficando impaciente com a amazona.

—Não seja chato! Que custa?

—Custa minha paciência? Não vou ficar pajeando ninguém!

—Quem falou em pajear? –indignada colocando as mãos na cintura. –Como pode um menino ser tão mal humorado?

—Não sou um menino! -saindo do salão sendo seguido pela amazona que acena se despedindo do pai, de Atena e dos demais.

—É uma menina? –ela perguntou a ele sorrindo.

—É claro que não! –vendo ela sorrindo. –Está me zoando, não está?

—Sim! –rindo.

—Sua...

—Não seja mal humorado. Penso que isso é o começo de uma bela amizade! –ela dizia como se explicasse a uma criança pequena algum fato. –Poderá me chamar de irmã se quiser! Melhor, de mana!

—Não vou te chamar de mana...

—Sempre quis um irmãozinho!

— ...

—Posso te chamar de mano?

—Se eu deixar você me chamar de mano, para de falar?

—Talvez.

—... pode.

Os dois saiam do salão discutindo, Kian refutando cada comentário mal humorado de Faust com um sorriso e uma brincadeira que deixavam o garoto constrangido e às vezes irritado, sob os olhares divertidos de Dohko, Mu e Seiya.

Atena no entanto estava alheia a isso, seu coração inquieto com os últimos acontecimentos e refletindo se os jovens cavaleiros de ouro dessa geração estariam mesmo preparados para a guerra que estava por vir.

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“Lá também está a melancólica Casa da Noite; nuvens pálidas a envolvem na escuridão; Antes delas, Atlas se porta, ereto, e sobre sua cabeça, com seus braços incansáveis, sustenta firmemente o amplo céu, onde a Noite e o Dia cruzam um patamar de bronze e então aproximam-se um do outro.”

Hesíodo

No centro da Casa da Noite, está o trono de Ébano. Intocável desde tempos imemoriais, quando sua legítima senhora foi exilada para o esquecimento. Ao seu redor, homens e mulheres envoltos em mantos negros, que ocultavam seus rostos aguardavam. Atrás do trono um enorme espelho emoldurado em prata ocupava grande parte da parede.

Aquelas pessoas aguardavam ansiosas por uma ordem para voltarem a agir em nome de sua senhora. Mas no momento a atenção de todos voltavam para alguns cristais negros, do tamanho de um homem, reunidos em outro extremo do salão.

O corpo desfigurado e moribundo de Keres repousava dentro de um cristal negro ao centro, sendo atentamente observado pelo silencioso Ker.

—A irmã Keres se machucou muito!

Uma voz infantil chama a atenção do ruivo que olha para baixo e fita com desinteresse a uma adolescente com feições angelicais, de cabelos rosados e enormes olhos azuis.

—Mas dentro da essência de nossa mãe ela vai se curar, rapidinho! Fique tranquilo, irmão Ker! -dizia a pequenina sorrindo.

—Ela pagou caro por ter desobedecido ordens, Ápate. –respondeu sem emoção. -Por mim, podia morrer!

—Irmão Ker está bancando o insensível, mas foi correndo salvar a Keres! –a menina diz sorrindo, e foi empurrada com brusquidão pelo mais alto ao se afastar. -Aiaiaiai!

—Não diga tolices! Fui impedir que Keres avisasse aos nossos inimigos sobre nós antes do tempo, mas falhei.

— Ápate tem razão. –uma voz masculina irrompe no recinto. –Keres deveria ser punida com a morte por sua imprudência.

—Que bem faria à nossa causa perder valiosa guerreira? –uma voz feminina o interrompe. –Ela merece ser vingada!

—Silêncio! -Um homem entra no recinto e todos imediatamente se curvam a ele em respeito, mostrando claramente ser o líder a quem seguiam. -Keres deveria ser punida, mas não podemos nos dar ao luxo de perdemos guerreiros valiosos antes da batalha final que se aproxima! Ela cometeu o erro de subestimar o inimigo, fizemos o mesmo anos atrás e pagamos o preço por nosso orgulho, lembram-se? Dos irmãos e irmãs que morreram para os cavaleiros de Atena anos atrás? Do fato da maldita ter nos forçado a nos recolher aqui enquanto reunimos forças e meios de libertar nossa Mãe?

Quase todos baixaram a cabeça, com exceção de um que retirou o manto e revelou ser uma mulher de feições duras de quem está acostumada a grandes batalhas e morte.

—Fale pelos outros, Stygere! Não tenho vergonha nenhuma pois honrei a grande Mitéra mávros com o sangue de cavaleiros de ouro!

—Irmã Nêmesis é muito forte! É sim! –dizia Ápate dando uma risadinha. – Mas a irmã Akhlys a ajudou, não foi? Se não fosse ela o cavaleiro de Virgem a teria derrotado e...

Nêmesis lança um olhar fatal a pequena Ápate que se esconde atrás de Ker.

—O mal causado por Keres foi feito e não tem volta. –dizia o chamado Stygere, caminhando até o trono de Ébano e olhando para o grande espelho. –Mas isso não muda nossos planos. Apenas deixará Atena pensando qual será nosso próximo passo. Duas chaves já conseguimos recuperar... falta apenas uma para libertamos Mitéra mávros de sua prisão.

Como se ouvisse essas palavras, um vulto com formas femininas surge no espelho e em seguida desaparece.

—Breve... muito em breve. A Escuridão reinará novamente suprema nesse mundo!

De longe, um menino que aparentava ter sete anos, de cabelos e olhos azuis claros, observava a tudo com tristeza e preocupação. Em seguida, ele sai do salão deixando seus irmãos e irmãs se dirigindo aos aposentos de Stygere. Ele entra sorrateiramente no local e com cuidado procura por algo escondido naquele lugar.

O menino se aproxima de uma urna prateada e a abre arregalando os olhos diante de seu conteúdo, pegando um deles em sua mão. Uma haste prateada com o selo de Zeus marcado nela. Ele esconde a pequena haste em suas vestes, mas quando pretendia pegar o segundo objeto de prata os sons de passos aproximando o assusta.

Deixando a urna aberta, o menino salta da janela desaparecendo na noite. De longe sente o cosmo de Stygere explodir em ódio. Agora era tarde demais para voltar, tudo o que desejava era chegar com vida ao Santuário. Mas o cosmo do irmã se aproximando lhe dizia que era algo impossível a ser feito agora.

O menino olha a Terra do Alto da Casa da Noite. Respira fundo e salta na imensidão rumo ao solo.

FIM.

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Continua em: O Cavaleiro da Ira

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Notas finais do capítulo

Notas:

Ápate: personificação do engano.

Nêmesis: personificação da vingança.

Akhlys: a névoa da morte; a que mata devagar, lentamente.

Stygere: personificação do ódio.



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