O outro lado do mundo escrita por ptesco


Capítulo 5
Dia calma


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! MEUS PÃOS DE BATATA, voltei em um periodo de tempo menos, como eu tinha dito, o jazz de hoje é Waltz for Debby:https://www.youtube.com/watch?v=dJqkN1w0fFg
Eu esqueci de colocar uma imagem que retratava as espadas da ana. P.S se você ficou bugado com o ultimo com o ultimo capitulo continua lendo os capitulos que tu via entender. aqui em baixa vai a imagem.



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 Consegui escalar com dificuldade até a janela do quarto da Louise, quando finalmente entrei no cômodo dei de cara com o diretor, ficou aquele clima de um olhando pro outro, ele tava com um olhar severo, acho que se existir algum tipo de detenção eu vou ter que ficar lá por um bom tempo.

“Posso entrar Arthur? ”

 Só que ela já estava entrando quando fez a pergunta, então não deu tempo de avisar. Olho pro diretor faço cara de gato sem dono, mas aparentemente não surgiu efeito.

“Os dois na minha sala agora. ”

 Eu e a Louise seguimos o diretor até a sala dele, passamos por uma área aberta e deu para perceber que era mais ou menos seis horas da manhã e não tinha ninguém acordado ainda.

 Quase que imediatamente após entrarmos na sala, Louise começa a falar de uma forma um tanto quanto desesperada.

“Senhor, eu posso explicar! ”

 Eu a interrompi dizendo.

“Eu tentei fugir e ela teve que ir atrás de min. ”

 O diretor olhou pra min e disse

“Você realmente acha que pode mentir para min? ”

“Pelo menos eu tentei. ”

“E falhou miseravelmente. ”

“Mas o importante é que eu tentei. ”

“Não, o importante é conseguir convencer alguém com a sua mentira, pois tentar não impedirá que a punição caia sobre você, me convencer de que você não estava fazendo nada que burlasse as regras da escola é o que vai impedir essa punição. ”

“Faz sentido. ”, eu disse colocando a mão no queixo, “Posso tentar outra mentira? ”

 Ele cobriu a mão com o e disse:

 “Não precisa, eu já sei que a Louise quis ir praticar arco e flecha na floresta e provavelmente foram atacados por um tatusespinhos devido ao estado em que você se encontra, só fiquei curioso para saber o porquê de você ter tentado pegar culpa toda para si. ”

“Sabia que eu também tô? ”

“Mas isso não é importante agora, só peço para que não façam mais isso, aquela floresta é perigosa, lá o passa mais devagar, é por isso que se chama a floresta dos perdidos, um dia naquele lugar corresponde a um mês aqui.

 “Então já se passaram um mês de quando nós fomos para a floresta? ”, disse a Louise com um tom preocupado.

“Não por que eu coloquei um feitiço protetor em vocês que impedia esse efeito ”

“Ainda bem, por que se eu ficasse um mês fora com certeza ficaria reprovada. ”

“Sério que essa era a sua maior preocupação? Você é mesmo um caso perdido. ”

“Com o que mais eu me preocuparia? ”

“Foi mal, eu esqueci que você não tem amigos, sua família não se importa contigo, e não tem nenhum animal de estimação por que se tivesse, o bicho com certeza ia se matar tendo você como dona. ”

 Quando eu achei que ela ia gritar comigo ou até de dar um tapa, ela começa a chorar, e depois sai correndo.

 Após um suspiro eu olho para o diretor e digo

“Depois a gente se fala”

 Eu podia ter procurado por ela pela escola toda, mas eu tinha quase certeza de que ela estaria no quarto. Chegando no quarto vejo ela sentada no canto abraçando as suas pernas, ela parou de chorar, isso é bom.

 Antes que eu pudesse falar alguma ela disse:

“Você me odeia? ”  

“Quê? ”

“Eu perguntei se você me odeia. ”

 Ela olhou pra min com aqueles olhos chorosos e vermelhos de irritação.

“Mas por que eu odiaria você? ”

“Porque você quase morreu por minha causa, porque eu não te ajudei a andar, mesmo quando você quase caiu. ”

“E por que ameaçou me enxotar caso não fosse caçar com você? ”

“Então você me odeia mesmo... ”

“Não, eu só estava complementando com os motivos pelos quase eu poderia odiar você, mas eu não a odeio.

“Mas você quis ir para a detenção para ficar longe de mim. ”

“Sério, de onde é que você tira isso? ”

“Tira o que? ”

“Essas suas ideias de que eu querer ficar longe de você.

 Ela baixou os olhos e não respondeu

“De qualquer forma eu tenho uma má notícia para você, você vai ter que me aturar por muito tempo. ”

“Mas por que isso seria uma má noticia? ”

“Você vai descobrir um dia, agora vamos que o diretor tá nos esperando na sala dele. ”

“Não quero falar com aquele velho não! Ele vai ficar falando sobre os meus peitos de novo. ”

“Eu acho que dessa vez a conversa vai ser mais séria, provavelmente ele não falara dos seus seios, agora podemos ir? ”

“Tudo bem. ”, disse ela relutante

 No caminho até a direção eu fiquei pensando, pelo que essa garota passou para ficar desse jeito.

 Quando chegamos na diretoria encontramos ele dormindo, isso mesmo, dormindo em sua poltrona, automaticamente eu peguei uma caneta e fui desenhar um bigode na cara dele, tenho a impressão de que eu fazia bastante isso antigamente, a Louise ainda não tinha entrado então não daria tempo para me impedir, mas aí o diretor acordou e apertou o pulso da  minha mão que segurava a caneta de forma tão forte que chegou a doer.

“O que você está fazendo? ”

“Tinha uma mosca aí. ”

“E você ia tirar ela do meu rosto com uma caneta? ”

“Sim? ”

“Você ia pichar o meu rosto. ”

“Talvez. ”

“Coragem você tem de fato, mas acho que o falta em você é sensatez. ”

 De repente o ar a minha volta ficou escasso, senti o oxigênio esvair dos meus pulmões, tentei respirar e não consegui, tentei me mexer, não consegui. Quando a Louise entrou na sala de alguma forma eu consegui voltar a respirar, cai de joelhos no chão buscando o ar com todas as minhas forças, eu estava tão ocupado voltando a respirar que nem percebi que o diretor estava de pé ao meu lado com a mãos para trás usando vestes simples azuis.

“Deixa eu adivinhar, você tentou pintar um bigode no rosto do diretor e isso aconteceu? ”, disse a Louise da entrada do cômodo.

 Reuni forças para falar

“Você é vidente? ”

“Eu? Não, só fiquei observando tudo aqui da porta. ”

“E não fez nada? ”

“O que eu poderia fazer? ”

“Viu, ela é sensata. ”, falou o diretor como se estivesse me ensinando uma lição, “Agora podem se sentar. ”

“Se eu conseguir levantar. ”

“Para de palhaçada. ”, disse a Louise enquanto me puxava pela parte de trás da gola da minha camisa.

 Fiquei em pé apoiado em uma pequena pilastra de madeira.

“Bom, vocês não podem mais ir naquela floresta, mas também não quero mais confusão no refeitório, então vou pedir para o Arthur ir buscar a comida no refeitório, já que ele conseguiu algum respeito com os alunos da escola

“Por min tanto faz como tanto fez. ”

“Que? ”, a Louise me olhava com olhos interrogativos.

“Eu disse que não me incomodaria ir no refeitório pegar comida 3 vezes ao dia 7 dias por semana, mas você vai ter que me acordar. ”

“Te acordar é o caramba, você já é grandinho o suficiente para cuidar de si mesmo. ”

“Mas você é a minha guardiã e eu sou um mero humano que não sabe cuidar de si mesmo, se eu faltar ou chegar atrasado na escola acho que a única pessoa que será aqui responsabilizada é você. ”, eu disse em tom de ironia.

 A Louise levantou e disse

“A partir de hoje eu declaro você Arthur meu protetor, passara se chamar Arthur Nerviw, de agora em diante terá totalmente responsável por suas ações e será membro parcial da sociedade élfica.

“Pode traduzir isso daí por favor? ”

“Você vai ter que acordar cedo sozinho.

 Eu disse “NÃÃÃÃÃOOOO. ”, de forma exagerada enquanto caia de joelhos no chão levantando os braços como se estivesse suplicando por algo.

 O diretor atrapalhou o meu pequeno teatrinho dizendo

“Mas a comida não vai vir pronta não, vocês vão ter que cozinhar, Arthur você vai ter que ir no refeitório para pegar mantimentos para o mês inteiro. ”

 Eu instintivamente disse “Só sei fazer miojo. ”, enquanto levantava.

“Não damos macarrão instantâneo aos alunos aqui, me desculpe.

“Então eu vou morrer de fome. ”

“Eu te ensino a cozinhar Arthur, agora vamos embora. ”

“Vocês podem não ir para aula hoje, eu deixo, só falar que ficaram doentes, ninguém vai desconfiar já que eu irei confirmar esta afirmação.

“Obrigado Sr. Diretor, mas eu vou para a aula mesmo assim, porém eu creio que o Arthur não esteja em condições de participar das aulas práticas da arena. ”.

 Foi só ela falar que eu comecei a sentir dores musculares pelo corpo todo, acho que o meu cérebro ”lembrou” que o veneno ainda estava sendo expurgado do meu corpo. A Louise pegou a chave do lugar para qual iriamos, o deposito, ela mandou eu pegar os grãos, atrás dessas duas caixas tinha uma 3°caixa cheia de caixinhas de leite com um bilhete colado aonde estava escrito “Para: Louise, De: O diretor”, me segurei pra não rir e decidi não mostrar aquilo pra ela, por que não quero morrer ainda, perguntei por que ela não pediu para pegar as carnes, ela disse que já tinha algumas carnes de javali guardadas no refrigerador. Quando chegamos ao quarto dela ela pediu para deixar as duas caixas na cozinha, foi a primeira vez que eu fui na cozinha do quarto dela, era um corredor com a pia e porta panelas/prato/copos e essas coisas de um lado e fogão, geladeira e um armário, no fundo tinha uma pequena mesa quadrada com duas cadeiras uma de frente para a outra, uma no lado direito e outra no lado esquerdo, enquanto eu guardava os grãos a Louise estava vestindo o uniforme da escola, sério ainda não sei como ela vai para a aula depois de tudo o que aconteceu e com o diretor deixando a gente matar aula, ela não tem salvação mesmo, quando ela estava saindo eu perguntei

“Você disse que caçava a carne que comia, mas como você conseguia arroz e feijão? ”

“Quem me ajudava com isso era-. ”

“EU! ”

 Quando virei para trás para ver a quem pertencia aquela voz feminina não vi nada pois quem tinha falado havia se jogado em cima da Louise e estava apalpando os seios dela por trás, por que? Eu não sei, mas era uma coisa bem legal de se ver. Ela tinha cabelos alaranjados e sardas na bochecha, usava uma calça de couro, uma bota também de couro, uma camisa de meia manga azul escuro, uma armadura leve de couro no torso e o que parecia ser uma gladio pendurada no cinto. Tinha um corpo esguio, porém atraente, parecia ser bastante extrovertida.

“PARA COM ISSO, LIXY! JÁ FALEI QUE NÃO GOSTO DESSAS COISAS. ”, disse a Louise lutando para sair das mãos da Lisy.

“Grandes como sempre né Louise. ”, disse a Lisy simplesmente ignorando o que a Louise tava falando, descendo as mãos para a cintura dela.

“Lisy deixa ela em paz, ela já disse que não está gostando. ”, quem disse isso foi alguém que aparentava ser o irmão dela, vestia até as mesmas roupas, só que o cabelo dele era jogado para trás, tinha um porte sério, e parecia ser de poucas palavras, ele vinha andando em nossa direção por trás de Lisy, pelo lado direito.

“Não importa se ela não ta gostando, importa é que ela é fofa em todos os sentidos e da vontade de apertar e de levar para casa. ”

“Se você largar ela eu te dou uma barra de chocolate.

Lisy parou de apertar a Louise, mas continuou com ela em seus braços.

“Chantagem não vale Delk. ”, ela disse que se estivesse pensando na possibilidade de soltar a Louise.

“Tudo bem. ”, disse delk “eu te dou uma barra agora e compro outra daqui a pouco, ok? ”, disse ele tirando uma barra de chocolate do bolso traseiro

 Instantaneamente ela largou a Louise, que caiu de joelhos no chão esbaforida, e foi correndo na direção da barra de chocolate, ela abriu a embalagem e comeu o produto ali mesmo.

“Você vai comprar duas barras de chocolate. ”

“Tudo bem. ”, Delk respondeu

 Lixy pegou a chocolate e ficou agachada no canto comendo o doce. ”

 Delk ajudou a Louise a se levantar,mas ela recusa,  percebi que a Roupa dela ficou toda bagunçada, com os botões de cima soltos, a camisa por cima da saia.

“Desculpe pelo transtorno, eu nunca sei o que está se passando na cabeça da minha irmã, ela nunca pensa nas consequências. ”

 Lá do canto deu para ouvir a Luxy dizer

“EU OUVI ISSO! ”

“É PARA OUVIR MESMO, SUA INCONSEQUENTE! ”, delk gritou de volta.                                                        

“Parece que vou ter que ia para aula desse jeito mesmo, a minha camisa só está um pouco amassada. ”, como ela estava ajoelhada e olhando pro chão ainda é plausível que ela não tenha reparado.

“O seu sutiã está aparecendo Louise. ”, como eu queria não ter dito aquilo

Ela explodiu e deu um soco tão forte em min que eu desmaiei na hora.

Tão pequena, mas com tanta raiva.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar diminuir o espaço de tempo entre um capitulo e outro. Até a proxima meus pãos de batata



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