Um leve bater na porta, tirou a concentração do jovens que conversavam entertidamente. Allyson já havia esquecido que seus irmãos, sabiam de sua gravidez, e estavam uma fera.

– Licença. -Era Chris. Austin estremeceu, apertando a mão da amiga, que ja estava com os olhos marejados. - Podemos conversar com a Ally. A sós. - Eles concordaram. O loiro levantou e beijou-lhe a testa

– Está tudo bem. - Sussurrou. A morena sorriu. O quatro se retiram. Os irmãos de Allyson entraram no quarto, ela abaixou a cabeça nervosa, envergonhada, com medo.

– Allyson. - A voz do mais velho lhe chamou. Ela podia ver seus pés caminhando furiosamente pelo chão de marmore. - Céus! Você não pensou, antes de fazer besteira? Não pensou em nossos pais? No que irão dizer sobre nós? - Esbravejou.

– Eu não fiquei gravida de proposito Christian! - Exlcamou nervosa.

– Não podia ter tomado a droga do remédio?! - Foi Sam quem perguntou.

– E por que raios, eu teria esse remédio? - Perguntou. Fez uma careta ao sentiu um dorzinha no abdome.

– Você não poderia ter se cuidado? - Noah disse. Passando a mão na testa.

– Me desculpe, mas eu não sabia que ficaria gravida logo de primeira. - Kile fez uma careta ao ouvir a fala da irmã.

– O que vamos fazer? Vocês so tem 16 anos, são crianças! Como irão lidar com um bebê? - Cody perguntou.

– Eles não ficarão com o bebê. Não é? - Liam disse. Allyson encarou os irmãos.

– Não é uma decisão só minha. Austin é o pai do bebê.

– Allyson. Por Deus, quem vai amamentar, sair da escola, ficar em casa com uma criança é você. Não estou dizendo que Austin não será presente, mas nada o impede de se formar, sair com os amigos. - Sam disse.

– Eu preciso pensar, podem sair? - Pediu. Deitando-se e cobrinco o corpo até os ombros. Ela viu seus irmãos sairem, um por um. Em silencio. Cobriu o rosto com as mãos e deixou as lagrimas molharem a sua face, então soluçou por minutos até o sono lhe levar.

...

– Por Deus! - Exclamou o loiro - Vocês dizem como se fizessemos de propósito. Minha intenção não era engravidar a Ally.

– Você não poderia ter usado um preservativo, maninho? - Rydel perguntou.

– Céus! Delly, eu não fazia ideia do que ia acontecer naquela festa e...

– Festa? - Mary interrompeu. - Austin Monica Moon, você foi a festa da Trish?

– Esse agora é o menor dos problemas, mas eu também quero saber. - Hannah disse

– Fui. - Suspirou.

– Licença. - Trish interrompeu - Austin, nós já estamos indo para casa. Avise a Ally por favor.

– Ok.

– Obrigada. - Beijou seu rosto, e Dezmond lhe deu um leve tapa nas costas. - Tchau meninas.

– Tchau Trish. - Ela sorriu acenando e saindo com o ruivo em seu alcance.

– Eu vou falar com os Dawson's - Kaya avisou se retirando.

– Vou ver a Ally. - Avisou o loiro.

– Nós não terminamos, Austin. - Hanna disse e saiu seguindo Kaya.

– Ok. - Ele saiu indo para o quarto de Allyson, abriu a porta vendo-a dormir serenamente. Sorriu torto, e sentou-se ao seu lado apanhando sua mão e fazendo pequenos circulos com o indicador sobre ela. - Nós vamos ficar bem. Nós sempre ficamos, não é mesmo ? - Perguntou. - É melhor eu ir, vou deixa-la descançar. - Beijou a testa da amiga saindo em seguida, abraçou Kaya pelos ombros que abraçou sua cintura o arrastando para fora.

– Agora vou fazer o papel da irmã mais velha. - Austin fez uma careta - Relaxa menino. Não vou brigar com você e nem dizer coisas constrangedoras. Prometo.

– Ok. Vamos nos sentar ali. - Pediu apontando para o banco. Sentaram-se e a mais velha segurou sua mão. - Pode mandar.

– Os meninos, estavam conversando sobre a possibilidade de dar o bebê para uma familia. - Lhe contou. Ele olhou para os pés com o cenho franzido - Ally não decidiu, disse que você era o pai do bebê e que também tinha de participar da decisão. - Ele suspirou, ainda encarando os pés.
Talvez fosse melhor, o bebê crescer com uma familia estavel e que estivesse preparados para recebe-lo. Não financeiramente, eles tinha dinheiro o bastante, mas mentalmente. Os dois eram apenas adolescentes, cercados de luxo, criados pelos irmãos. O que sabiam sobre cuidar de uma crianças?

– Tenho que pensar.

– Tudo bem. - A morena suspirou e ergueu o rosto, avistando Kile. - Kile! - Chamou - Vou deixa-lo sozinho, ok?

– Ok. - Sorriu fraco. Viu a irmã ir até o Dawson e lhe abraçar, então focou em seus pés novamente e fechou os olhos, deixando ser levado pela tranquilidade.

...

– Ah, Austin. Eu não sei, o que você acha melhor para vocês e o bebê. - Dezmond disse. Austin suspirou

– Sei que, ele será bem cuidado conosco, mas com uma familia estavel e prontos para terem um bebê, ele ficará melhor.

– Então já decidiu? - Austin ergueu os olhos para o amigo e suspirou.

– Já. Vou na casa da Ally, a gente se fala.

– Beleza. - Ele pegou o casaco e saiu da casa Wade, entrou em seu volvo e seguiu para mansão Dawson, estacionou em sua garagem e tocou a campainha. Kile abriu a porta, observou o garoto e suspirou.

– Ela está no quarto - Avisou

– Obrigado

– Sobe lá. - Ele assentiu e subiu, deu dois toques na porta

– Alls? - Chamou

– Entra, está aberta. - Disse. Ele abriu a porta e entrou, sentou na poltrona de frente para amiga, que depositará o livro sobre as pernas. - O que foi?

– Kaya me contou sobre a possibilidade de entregar o bebê para uma familia. - A morena se remexeu, desconfortavel. - E disseram que você queria minha opinião, certo?

– Sim. Você é o pai do bebê, é certo decidimos juntos.

– Ok. - Ele sentou na cama, apanhando a mão da amiga - Acho que devemos procurar uma familia, para cuidar do bebê. Sabe, nós somos apenas adolescentes, mas se não quiser. Vamos cuidar dele ou dela juntos.

– Acho que é certo, eu só quero o bem do bebê, e sei que a familia que escolhermos cuidará bem dele. - Suspirou. Ele lhe abraçou, pousando a cabeça sobre a dela.

– Devemos contar para os nossos irmãos, a nossa decisão ? - Perguntou

– Sim, mas não agora. Eu só quero ficar aqui, com você

– Tudo bem. - Beijou sua testa e se deitaram na cama, sentindo o calor um do outro - Eu amo você - Sussurrou

– Amo você - Respirou fundo, sentindo seu perfume adocicado. Aquele que havia lhe dado de aniversario, ano passado. Passaram minutos assim, até Cody bater na porta, chamando-os para uma conversa. - Vamos. - Segurou na mão do loiro, calçou as pantufas e desceram. Ele se sentou no sofá, lhe aconchegando nos braços,afagando seus fios castanhos.

– Ja decidiram? - Rydel perguntou.

– Já - Murmurou Austin, sem olhar para irmã.

– E então? - Liam perguntou, enquanto entregava um copo de suco para Hanna e se acomodava ao lado da loira

– Decidimos que... Vamos procurar uma familia, para o bebê. - Os mais velhos ficaram aliviados, era obivio que amariam o sobrinho, mas não tinham como cuidar de um bebê, além de terem o trabalho, a faculdade e os adolescente a escola, eles nãos estavam mentalmente preparados, para serem pais. Kaya e Kile se entreolharam, adoraria que eles ficassem com o bebê, ajudaria com certeza, mas não queriam ser do contra.

– É melhor assim. - Concordou Chris.

– É sim. - Sam disse.

– É. - Murmuraram juntos.

– Vou dar uma volta, vem comigo Austin? - Pediu Allyson.

– Aham - Se levantaram e partiram, sem olhar para seus irmãos. Sabia que eles não tinham culpa do que estava acontecendo, só queriam o bem de ambos, mas não estavam prontos para encara-los. - Você... Está bem, com isso? - Perguntou

– Estou. Eu só, não me sinto bem, em olhar para os meus irmãos e para suas irmãs.

– Entendo. Eu... Esquece. - Pediu. Ela assentiu

– Vamos ao parque?

– Vamos. - Pegaram o caminho do parque, se balançaram no brinquedo, escorregaram e brincaram com algumas crianças, se esquecendo dos problemas que lhe cercam, Dezmond, Patricia, Lorena, Kira, Cassidy, Elliot e Dallas se juntaram á eles, assim que receberam uma mensagem, e os jovens se divertiram, como faziam, quando eram crianças. Sem problemas, apenas se preocupando em fazer um ralado e levarem bronca, mas nada sério.
...

Allyson estava sentada perto da janela, com os fones plugados nos ouvidos, e os olhos focados no livro, sorriu enquanto lia a cena, já havia se passado algumas semanas, desde a ida ao hospital, leu alguns anuncios no jornal sobre familias, interessadas em adotar um bebê, mas nenhuma lhe agradou.

Um barulho no andar de baixo, chamou sua atenção. Pendurou os fones no pescoço e fechou o livro, jogou os pés para dentro das botas e suspirou descendo, a barriga estava começando a aparecer em suas vestimentas.

– Lee? - Chamou. Começou a descer os degraus, e franziu o cenho, ao avistar seus irmãos sentados no sofá e uma bela senhora, de olhos azuis e cabelos claros, conversando divertidamente com eles - Mamãe?

– Querida. - Penny sorriu para menina.

– Hey docinho. - Lester chamou sorridente, se aproximou da filha, que cobriu a barriga com os braços, o senhor lhe abraçou. A morena ficou tensa, não estava pronta para conversar com os pais sobre o bebê.

Lester franziu o cenho, estranhando a leve protuberancia em meio a ele e a filha, se afastou segurando os braços dela, coberto pela blusa listrada. Observou a filha, estava um pouco mais gorda, do que a ultima vez que se falaram ao vivo, e o abdome mais inchado.

– O que raios é isso, Allyson? - Perguntou. Ela abaixou os olhos, suspirando, estava encrencada