Dirty Love escrita por Secret Dream
Notas iniciais do capítulo
Gente, fiquei séculos sem postar nada na página, mas espero que gostem dessa nova história. Sério, de coração.
-Lily, você pode abrir a porta agora? POR FAVOR!- James gritava atrás da porta.
Suspirei. Estava fingindo que estava com raiva do meu irmão por alguma besteira. Nem me lembrava o que era. Não importava. A verdade era dura: eu estava apaixonada pelo meu irmão mais velho. Oito meses de lágrimas todas as noites e o sentimento só aumentava.
-Estou ocupada, James. Me deixe em paz.- disse com a voz abafada.
Após de "o que eu fiz?" e "Lily, me desculpa." e alguns minutos esperando atrás da porta - não podemos esquecer do meu coração gritando para que eu fosse falar com ele -, James foi embora. Sabia que ele tinha ido para o seu apartamento, no prédio na esquina da minha rua.
Vesti um casaco e saí de casa. Sei que era perigoso, visto que já era mais de meia-noite e não tinha ninguém circulando na rua onde morávamos. Sentei em um banco da praça em frente ao meu prédio e fechei os olhos, enfiando as mãos no casaco para aquecer-me. Pensei naquele sorriso que podia ser facilmente confundido com o de uma criança, de tão inocente e único que era. Pensei naquele par de olhos castanhos que eram o meu refúgio.
Estava divagando sobre seu lábios, quando senti mãos ásperas e fortes tapando os meus. Eu tentava, inutilmente, gritar e me debater, mas o homem era forte demais. Eu estava sem varinha. Comecei a entrar em pânico.
-Quieta, bonequinha. - ele falou com um bafo horrendo de cerveja, me levando à um beco que eu nunca tinha visto antes. Era sujo e tinha um péssimo odor.
Ele tentou tirar meu casaco e eu mal conseguia respirar. Eu vi que tinha o braço esquerdo livre e o acertei na cabeça com um pedaço de madeira que tinha observado. Chorei de alívio. E pensei, será que eu tinha o matado? Ah, não. Chequei seu batimento cardíaco e estava fraco. Resolvi ligar para os meus pais e depois ligar para a polícia trouxa, eles iam se encarregar disso.
-Lily? Por que está me ligando a essa hora?- minha mãe disse com uma voz sonolenta. Que horas seriam?
-Mãe, perto da praça em frente ao meu prédio. Preciso que vocês venham aqui agora mesmo. Por favor. -implorei.
-Calma, estamos indo.- disse ela. Sabia que ia entender minha voz e sabia que estava indo o mais rápido possível.
Quatro exatos minutos depois, avistei meus pais na praça. Tinham aparatado. Corri até eles e comecei a chorar quando os vi, com caras de preocupação.
-O que aconteceu, minha filha?- meu pai perguntou. Eu não consegui falar. Em vez disso, me virei e caminhei até o beco. Meus pais pareciam extremamente confusos quando viram o homem.
-Ele tentou me... me tocar. Eu o acertei com um pedaço de madeira na cabeça. Precisamos chamar a polícia trouxa. Ou devemos chamar logo uma ambulância?- disse, pausadamente.
-Você está bem?- disse meu pai.- Merlin, claro que não. Desculpe. Desculpe.- ele veio me abraçar.
-Oh, minha filhinha.- minha mãe se juntou ao abraço. Minha mãe chorava, assim como meu pai, discretamente.
Até que meu pai olhou para o homem deitado no chão, e eu soube que ele estava querendo bater nele. Ele estava chateado por que não estava mais lá para me proteger. Eu o entendia. Eu só fiz que não com a cabeça e meu pai se afastou.
Chamamos a polícia trouxa e eles cuidaram de tudo. Estavam cientes da culpa do homem, já que ele já tinha sido preso por vários crimes. Fomos para casa e fui direto tomar um banho. Esperava que a água levasse minha tristeza e meu recente trauma. Não deu certo. Desci as escadas do meu duplex e meus pais estava me esperando com um chocolate quente e um espaço no sofá. Sentei-me entre eles e me permiti adormecer com os beijos da minha mãe e as carícias do meu pai no meu cabelo. Eles queriam que eu esquecesse o que tinha acontecido. Eles eram pais tão bons. Se ao menos soubessem que eu não era um filha tão boa assim.
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É isso, gente! Gostaram? Comentem, por favor! Amo interagir com vocês. Beijo!