Jackson levava o tabuleiro com as panquecas e ajudava Bambam a equilibrar-se até chegarem ao quarto. O loiro sentou-se logo na cama e Jackson imitou-o, pousando o tabuleiro em cima das pernas do mais novo para ele poder comer.

Bambam mostrou um sorriso pequeno e encostou a cabeça no ombro de Jackson.

– Desculpa… - Murmurou.

– Porquê? - Perguntou Jackson. “Por não teres visto o pedido de namoro mais adorável do mundo?” Tinha um pouco de rancor na voz quando falou, mas Bambam não notou.

– Por teres sido preso por minha causa…

Jackson para o seu raciocínio ao ver que o assunto era sério. Bambam ainda mantinha a cabeça encostada ao seu ombro e o chinês aproveitou-se dessa proximidade. Acariciou a bochecha de Bambam e desceu até ao queixo para lhe erguer o rosto, forçando uma troca de olhares. Os olhos de Bambam estavam tristes e Jackson não conseguia ficar chateado por uma coisa tão sem sentido quando via aqueles olhinhos tão perto e tão tristes.

– Jackson…

Sentir o hálito quente de Bambam contra a sua boca foi o suficiente para fazer Jackson quebrar a distância e sentir mais daquele sabor tão viciante. Bambam abraçou o pescoço de Jackson com brusquidão e o mais velho abraçou-lhe a cintura, aproximando mais os corpos. O beijo, por parte de Bambam, era agressivo e desesperado e isso apenas fazia transparecer o seu estado emocional no momento. Por outro lado, Jackson estava calmo e abraçava-o de forma protetora e carinhosa, querendo transmitir todo o carinho que tinha por aquele ser que estava tão perturbado no momento.

Bambam deixou-se cair em cima de Jackson, com intenção de continuarem os beijos deitados mas Jackson manteve-se firmemente sentado.

– Calminha. Cuidado com o tabuleiro. - Sorriu Jackson, separando um pouco o beijo para encarar o loiro. - Se entornar-mos isso a Yuri mata-nos.

Bambam observou-o confuso e frustrado. Olhou para o tabuleiro com comida que ainda estava em cima das suas pernas e agarrou-o, com intenção de o pousar onde não incomodasse. Novamente, Jackson abraçou-o, mas desta vez com intenções de o prender no local.

– Que estás a fazer? - Perguntou Bambam, ainda sentado na cama a segurar o tabuleiro.

– Não vais comer? - Perguntou enquanto lhe beijava o pescoço.

– A-agora…? - Gaguejou visivelmente frustrado, fazendo Jackson rir e morder o local que beijava.

– Sim! Deu muito trabalho a fazer e tu já estás há muitas horas sem comer.

Bambam suspirou rendendo-se. O baixista largou-o e ficou a observa-lo com expectativa. Ele nunca tinha feito panquecas na vida e queria saber o que Bambam achava.

O mais novo cortou um pedaço generoso e levou à boca, mastigando com vontade, sempre sobre o olhar atento de Jackson. O mais velho tinha um sorriso enorme no rosto enquanto Bambam mastigava, sorriso este que foi desaparecendo aos poucos enquanto o loiro foi fazendo uma careta estranha e começou a tossir.

– Está assim tão mau…? - Perguntou Jackson tristemente, entregando-lhe um copo de água.

Bambam bebeu tudo de seguida e encarou o rapaz que estava com um olhar desolado.

– Não! - Mentiu bruscamente. - Está óptimo! Eu só me engasguei.

Jackson franziu uma sobrancelha e Bambam voltou a afirmar que estava mesmo bom, agora fazendo o rapaz sorrir.

– Sério mesmo? Deixa-me provar…

– Não! - Gritou Bambam antes que Jackson alcançasse a comida. - É minha! - Jackson voltou a encara-lo com a sobrancelha erguida e Bambam, sem ver outra alternativa, voltou a comer mais e forçou um sorriso. - Delicioso! - Disse de boca cheia, forçando-se ligeiramente para conseguir engolir. “Mas quem é que mete picante e molhos de carne em panquecas com chocolate?!” Pensava desesperado, sentido lágrimas a virem aos olhos. Aquilo sabia mesmo muito mal.

– Eu nunca tinha cozinhado isso na vida, acreditas? - Sorriu Jackson orgulhoso do seu feito.

Bambam fingiu-se surpreso e continuou a tentar engolir aquele pedaço de comida. Infelizmente para o loiro, não aguentou mais e voltou a tossir com uma careta desgostosa. Era impossível mandar aquela comida para o estômago.

– Está mesmo mau, han…? - Murmurou Jackson desiludido consigo mesmo. Mas sorrindo mesmo assim por Bambam ter tentado agradar-lhe.

– Desculpa…

– Para de pedir desculpas por coisas que não tens culpa. - Reclamou, pousando o tabuleiro com o resto da comida no chão.

– Certo. Desculpa por isso também.

J❦B

Após a gritaria toda, a senhora Park entrou na sala e arrastou Junior com ela para terem uma “conversa”. Obviamente que não ia gritar com o rapaz à frente dos amigos. Na verdade, ela não ligava a esse tipo de coisas, mas ninguém gosta de ser acordado com gritos às três da manhã quando tem que acordar às sete para ir trabalhar no dia seguinte. Esse era o real motivo para a senhora estar tão chateada.

– E nós? - Perguntou Youngjae após Junior ser arrastado para outra divisão. - Devíamos ir embora?

– Acho que não… - Responde JB pensativo. - Seria má educação se saíssemos assim já que fomos convidados para dormir cá… Não é?

Youngjae responde com um monossílabo e volta a sentar-se no sofá. Entretanto, Jaebum avisa que vai à casa de banho e Youngjae fica sozinho a tentar encontrar alguma coisa interessante na televisão. Em menos de um minuto, sente umas mãos a taparem-lhe os olhos, impedindo-o de ver.

– Já voltas-te? - Pergunta sem tentar tirar aquelas mãos da sua vista. Àquela hora só podia ser JB mesmo. Apesar de ter as mãos muito mais macias do que se lembrava. “Deve ter usado algum creme na casa de banho”Pensou Youngjae descontraído. - Finalmente estamos sozinhos… - Diz de forma manhosa.

Sentiu que a pessoa aproximava-se mais do seu rosto e não evitou sorrir matreiro enquanto esperava que o namorado o beijasse no meio daquele jogo estranho mas excitante ao mesmo tempo.

– Estou a interromper?

JB acabara de voltar à sala e não gostava nada do que estava a ver. A irmã de Junior preparava-se para beijar o SEU namorado e Youngjae não parecia minimamente incomodado com isso. Muito pelo contrário. Youngjae estava sentado no sofá com o sorriso mais idiota do mundo enquanto esperava ser beijado.

– Um pouco… - Responde uma voz feminina, rente à orelha de Youngjae.

Jae, só agora toma noção do que se estava a passar e salta do sofá com um pequeno grito e olhos arregalados para a rapariga que sorria para ele.

– É mesmo? Se quiserem eu posso sair. - Diz Jaebum enquanto fuzilava o namorado com o olhar. Youngjae morria de medo sempre que via aquele olhar, mas desta vez era diferente. O mais novo correu para junto de JB e abraçou-se a ele sem se importar se era ou não correspondido ou se a rapariga estava ali a ver tudo ou não.

– Pensei que eras tu. - Sussurra Youngjae tentando com que só JB ouvisse mas falhando.

– Isso ofende-me. - Resmunga em resposta, ainda sem corresponder ao abraço.

– Afinal acho que sou eu que estou a mais… - Murmurou a menina com uma voz baixa e chorosa enquanto observava os dois rapazes.

Jaebum tentou afastar Youngjae de si para inventar alguma desculpa mas o namorado não deixou.

– É verdade. Desculpa-nos. Nunca te quisemos iludir. - Responde Youngjae naturalmente, sem largar JB.

A menina diz alguma coisa baixinho antes de fugir da sala a chorar, deixando os dois rapazes para trás. Jaebum estava furioso. Junior iria mata-los se soubesse o que acabara de acontecer.

– Qual foi a ideia? - Acusou JB tentando afastar o mais novo mas novamente sem resultado.

– Pensei que eras tu. - Repete sem o largar.

– Se querias beija-la porque lhe disseste aquilo?

– Eu nunca a iria beijar! Pensei que eras tu! - Repete novamente um pouco mais alto.

– Não mintas. - Insiste com um tom de voz mais baixo. - Eu vi bem a tua cara.

Youngjae suspira audivelmente e tenta fazer o abraço mais confortável, mesmo que JB preexistisse em não corresponder.

– Eu já te disse que achava que eras tu. Porque não acreditas em mim?

– Como conseguiste confundir as mãos delas com as minhas? Não me conheces já o suficientemente bem? - Responde com amargura. - É impossível teres confundido.

– Confundi porque tu nunca fizeste esses joguinhos comigo! - Acusou, também se irritando com o assunto. - Como querias que reconhecesse?!

JB ficou calado durante um tempo. Realmente não se lembrava de fazer brincadeiras de casais com Jae, por parte isso era culpa de Junior porque sempre tiveram que se esconder.

– Tu querias ser beijado! - Continua a atacar. - Via-se perfeitamente na tua cara de idiota!

Youngjae afastou-se um pouco mas sem romper o abraço. Tinha um olhar magoado para JB. Não gostava do que estava a ouvir e não sabia como provar que estava a falar a serio quando dizia que os confundira.

– Se tinha cara de idiota é porque estava a pensar num idiota ainda maior. - Diz secamente. - Reclamavas comigo por ser ciumento mas eu nunca duvidei de ti.

– Eu nunca estive quase aos beijos com ninguém. - Responde sério.

– A sério que não vais acreditar em mim!? Depois de tudo… Tu passas-te pelo mesmo com ela!

– Eu nunca a quis beijar!

– Foda-se! Nem eu! Eu só te quero a ti, sua cabeça dura! - Gritou sem pensar nas horas que eram. - Porque eu amo-te! Só a ti! - Enquanto gritava, apertou mais o abraço com JB fazendo os seus corpos ficarem colados.

Com receio, JB começa a levantar os braços lentamente até corresponder ao abraço do namorado. Jaebum enterra-se no abraço como se procurasse proteção.

– Pensavas mesmo que era eu…? - Perguntou a medo.

– Claro que sim. - Youngjae respondeu aliviado, tinha-lhe saído um peso enorme de cima dos ombros. Por muito que não aparentasse, JB era extremamente inseguro e quando começava a fazer perguntas era porque já o estava a perdoar.

– Não a querias beijar? Nem que fosse só para experimentar…? Podes dizer-me eu…

– Eu só te quero beijar a ti. - Interrompe e beija-lhe o topo da cabeça, que era a única parte do rosto que via naquele momento.

– Mas tu disseste que ela era bonita.

– Sabes bem que eu não gosto de raparigas…

– Tu piscaste-lhe o olho e estavas sempre a sorrir e…

– JB… - Interrompe com um tom de voz que pedia por paciência. - Ela estava a fazer-se a ti, só a queria afastar.

– Não correu lá muito bem. - Sorriu fracamente.

– A culpa não é minha se sou irresistível.

Jaebum riu e empurrou-o de leve, sem afastar-se do abraço.

– Deixa de ser adorável. - Reclamou JB enquanto ria.

– Deixa de ser ciumento.

– Tu és pior!

– Não sou! - Defendeu-se Youngjae, dando inicio a uma briga infantil sobre quem era o mais ciumento.

J❦B

Mark levanta-se do lugar em que estava sentado e aproxima-se da multidão de gente que faziam fila para entrar no avião. No inicio estava bastante feliz por voltar para a Coreia, mas assim que as pessoas começaram a esbarrar nele, simplesmente para se ajeitarem, a sua felicidade desapareceu toda. Estava sozinho, rodeado de estranhos e isso estava a elouquece-lo.

Usava um casaco largo com capucho a tapar-lhe a cabeça e uma máscara a esconder-lhe o rosto. Não queria ser reconhecido e parecia estar a resultar. Mas isso não fazia com que as pessoas se afastassem dele. Apenas o tratavam como qualquer outra pessoa, mesmo que isso implicasse serem um pouco rudes e apressadas.

Sempre que alguém esbarrava contra ele para passar, Mark pensava nas pessoas que o queriam ver morto e isso estava realmente a deixa-lo num estado de pânico muito grande.

Para onde quer que olhasse, parecia que via pessoas com facas ou fogo, prontas para o atacarem. Em vez de ver as pessoas a puxarem as suas bagagem de viagem, via pessoas a puxarem o seu próprio corpo morto e ensanguentado. Sabia que estava a alucinar mas não conseguia fazer nada para mudar aquilo. Era impossível ser ele a ser arrastado por milhões de pessoas, certo? Afinal ele sentia-se vivo e via aquele cenário horroroso.

A sua respiração estava a ficar irregular e a sua pele mais pálida que o normal. Sentia que ia desmaiar se continuasse ali.

Conseguiu entrar no avião sem ter um ataque e sentou-se o mais direito possível. Normalmente metia fones nos ouvidos e iria o tempo todo a ouvir música ou a dormir. Mas agora, tinha medo de ir demasiado descontraído e que o atacassem de surpresa. Estava a ficar paranóico. A qualquer barulho que ouvisse sentia que o iam atacar.

Quando o avião começou a descolar um novo pensamento invadiu-lhe a mente “E se pagaram ao piloto para se despistar durante o voo, para me matarem?!”

Mark começou a ter um ataque de pânico e isso era visível a qualquer um. A pessoa que estava sentada ao seu lado apercebeu-se e chamou uma assistente de bordo para ajudar o rapaz a acalmar-se. Todos os olhares estavam postos em Mark mas não durante muito tempo pois todos pensavam que era apenas mais algum com medo de andar de aviões.

A jovem tentou falar com ele calmamente e pediu-lhe para respirar mas Mark simplesmente não ouvia. A assistente de bordo agarrou num saco e entregou-o ao rapaz, pedindo-lhe para respirar para dentro do saco. Isso Mark conseguiu fazer, e realmente acalmou-se um pouco, enquanto a jovem continuava a falar e tentar acalma-lo. Afinal era o trabalho dela. A rapariga sorriu ao ver que Mark já respirava mais calmamente apesar de nunca ter falado e de chorar silenciosamente. Tentou oferecer-lhe comida ou um calmante mas com isso o rapaz voltou a stressar pensando que podiam estar a tentar envenena-lo. A jovem teve que repetir todo o progresso do saco até o rapaz conseguir suportar o resto da viagem sozinho.

J❦B

Bambam voltou a atacar Jackson com beijos agressivos. O mais velho estava preocupado com o estado mental do loiro mas não conseguia simplesmente resistir. Conseguia perceber que Bambam não estava bem, que estava irritado, triste, desesperado. Uma grande mistura de sentimentos. Apenas estava a usar Jackson para se acalmar sem partir para a violência e o rapaz chinês tinha noção disso, mas não se importava minimamente.

Jackson estava deitado, atravessado na cama, com Bambam por cima de si. Estava nas nuvens enquanto sentia os beijos e as caricias do mais novo. Mas quando Bambam tentou tirar-lhe a camisola, um pensamento falou mais alto e fê-lo sentir-se incomodado com aquilo tudo.

Com jeitinho, impediu que o loiro continuasse o que queria e sentou-se, puxando-o consigo.

– O que foi? - Perguntou Bambam sentado ao seu colo com um rosto frustrado.

– Tu não estás bem. - Respondeu simplesmente, começando a brincar com o cabelo do loiro em seguida.

– Não me importo se me magoares. - Disse rapidamente, quase que desesperado. - A dor não me incomoda.

Jackson apenas assentiu com a cabeça, confirmando que o mais novo não estava mesmo bem.

– Eu quis dizer que não estás bem aqui. - Esclareceu, batendo levemente na cabeça do mais novo para indicar o local a que se referia. Bambam apenas o olhou confuso. - Não quero que estejas assim na nossa primeira vez… - Continuou, ficando constrangido. - Depois ias-te arrepender.

– Mas assim como? Eu estou bem. - Responde prontamente tentando beijar o mais velho de novo mas Jackson desvia o rosto fazendo com que Bambam lhe beije a bochecha.

– Não, não estás. - Diz sério, assustando um pouco o rapaz sentado no seu colo. - Estás perturbado com o video e não queres mostrar.

– Não estou nada! Aquilo não me afetou minimamente. - Defendeu-se, começando a falar muito rápido e deixando o seu sotaque tailandês mais evidente. - Mas afetou-te a ti não é? - Acusou com um olhar agressivo. - Ao veres aquilo percebes-te que eu fui fraco e agora não me queres mais, não é? É por isso que não queres namorar comigo? Porque sou fraco e não estou à tua altura? Ou apenas não queres ver-me agora porque estou cheio de marcas e nódoas negras?

Jackson ouviu o rapaz falar rápido e fazia um enorme esforço para perceber o que ele dizia. Percebia tudo o que ele estava a dizer mas não o iria interromper até ele se calar sozinho, mesmo que para isso estivesse a fazer um enorme esforço pois o mais novo só dizia disparates.

– Admite! Tu já não me queres e é por isso que estás a agir assim. - Continuava Bambam. Falava tão rápido que Jackson perguntava-se como ele conseguia respirar.

Bambam ainda estava sentado sobre as pernas de Jackson mas agora tremia ligeiramente.

– Sabes que nada do que disseste faz sentido, certo? - Perguntou Jackson agarrando-lhe as mãos e entrelaçando os dedos.

Talvez… - Respondeu de cabeça baixa, sem encarar o rapaz.

– Eu tenho muito orgulho em ti, sabes? Fiquei impressionado por teres enfrentado o teu pai daquela maneira e a forma como lidas-te com as coisas… Eu pensei que era impossível apaixonar-me mais por ti. - Bambam corou ao ouvir aquilo. Não sabia o que dizer por isso apenas abraçou Jackson e deitou a cabeça no seu ombro.

– Fiquei mesmo com uma enorme vontade de matar o teu pai… - Continuou Jackson, enquanto correspondia ao abraço e penteava os cabelos de Bambam. - Se eu tivesse chegado mais cedo…

– Eu não queria que fosses lá. - Interrompe Bambam. - Não queria que soubesses o que ele fez comigo… E muito menos que visses as imagens… É humilhante.

– Desculpa por ter visto o video… Mas a única pessoa a ser humilhada ali é aquele homem e não tu! Tu foste incrível!

– Como é que uma pessoa que é agredida pelo próprio pai pode ser incrível… - Murmurou para si mesmo. - Sou um fracasso, ele sempre disse isso e tem razão.

– Acho que é melhor descansares um pouco e acalmares as ideias. - Jackson estava a fazer um esforço descomunal para ser sério e fazer o que estava certo naquele momento. A sua vontade de voltar a casa de Bambam e acabar com aquele homem aumentava a cada segundo.

Bambam concordou com a cabeça mas não fez intenções de se mexer nem de olhar para o rapaz.

– O que foi? - Perguntou Jackson.

– Porque não queres namorar comigo…?

– Eu quero.

– Nunca o disseste… - Continuou inseguro. O Bambam atrevido tinha desaparecido.

– Nem tu. - Rebateu com naturalidade.

– Eu disse…

– Quando!? - Perguntou realmente confuso.

Bambam ficou calado por um tempo, simplesmente a brincar com as mãos de Jackson até levantar o olhar sério.

– Queres ser a minha propriedade?

Jackson franziu as sobrancelhas ao ouvir aquilo. Ao ver que o mais novo mantinha o olhar sério e decidido percebeu o que ele queria dizer.

– Isso é algum pedido de namoro estranho? - Perguntou sorrindo.

– Não é estranho. - Bambam fez uma cara amuada. - Apenas diz sim ou não. E por favor não me dês um murro como da primeira vez.

Jackson riu com a lembrança. Tinha sido no dia seguinte após conhecer o “proprietário”, quando ele apareceu na garagem a pedir-lhe para ser a sua propriedade.

– Isso é algum esquema para dormir contigo? - Perguntou enquanto ria.

Bambam corou e cruzou os braços à sua frente, como se tentasse impedir Jackson de fazer alguma coisa.

– Este sim, é o meu Baby Bambam. - Sorriu carinhosamente antes de lhe dar um rápido beijo. - Só aceito ser a tua propriedade se aceitares ser a minha. - Disse com a testa colada a do rapaz.

Bambam corou mais mas não hesitou em concordar com a cabeça, sendo novamente beijado pelo seu namorado. Sim, agora eram oficialmente namorados e não podiam estar mais felizes.

Continua...