Num movimento rápido, Edward levantou-se, estendendo a mão a ela.

- Dar-me-ia a honra dessa dança, Srta. Isabella?

- Não, quer dizer sim, é que... Ah! – colocou sua mão junto à dele, levantando-se. – Sim, eu adoraria dançar, apesar de não ter uma música. E, por favor, não me chame de Isabella, nem a minha mãe me chama assim.

Ed riu, falando: - E devo chamá-la de ... ?

- Bella. – ela completou.

Ele colocou suas mãos na cintura dela, que por sua vez, colocou os braços envoltos no pescoço dele. Apoiou sua cabeça no peito Edward, e ele encostou seu rosto nos cabelos dela.

Ficaram ali, naquele balançar de corpos, ambos aquecidos pela proximidade. Mas também se sentiam aquecidos internamente: ela por encontrar alguém para se abrir e conversar, alguém que demonstrava a segurança que ela precisava; e ele por poder compartilhar com alguém um momento tão especial para ele.

Um vento frio fez com que Bella levantasse o rosto, encarando os orbes castanhos de Edward. Ele a olhava profundamente. Os rostos começaram a se aproximar. As testas se encostando. A respiração entrecortada de Bella, podia ser sentida por Ed, em seu rosto.

Os lábios se encontraram, apenas roçando um no outro. Ou pelo menos começou assim. A língua de Ed pressionava os lábios de Bella gentilmente, enquanto ela os abria.

As línguas se tocaram provocando uma corrente elétrica, arrepios que percorriam o corpo dos dois. O beijo se aprofundava. Ele puxava-a para mais perto, segurando sua cintura; ela passava suas mãos pelos cabelos e pela nuca dele.

O ar começou a faltar e, apesar de não quererem interromper aquela ligação, separaram-se ofegantes. As testas continuavam encostadas, assim como os lábios. Os olhos fechados ainda aproveitando as sensações causadas por aquele beijo.

Não haviam palavras a serem ditas naquele momento. A atmosfera mágica que os envolvia impedia que todo aquele sentimento expresso no beijo fosse descrido por palavras, fazendo com que o casal apenas se olhasse.

O olhar mais significativo da vida deles; um olhar que demonstrava todo o carinho e segurança que os dois precisavam.

Nada poderia acabar com aquele momento perfeito. Ou, pelo menos, quase nada.

De repente, Bella sentiu alguma coisa em seu ombro direito. Afastou seus lábios dos de Ed para poder se virar, mas era apenas uma folha que havia caído da árvore.

Voltou-se para ele sorrindo e, no mesmo instante, viu que em seus olhos se formavam algumas gotas de lágrimas. O motivo, segundo Ed, era que há muito tempo ele não sentia aquilo.

- Como assim, isso o quê ? – Bella perguntou.

- Essa felicidade, e a vontade de ...

- De ...

- Fazer isso ...

Então ele beijou-a de novo. Outra corrente elétrica, mais arrepios.

Passaram a tarde daquele jeito, beijando-se e conversando. Deitaram na grama, olhando as primeiras estrelas que surgiam no céu.

- Esse será o nosso novo começo, “Lonely Girl”.

- Com certeza, “Lovely Boy”...