Santana entrou no vestiário feminino. Parou em pé, encostada na porta do armário, de braços cruzados, uma expressão de poucos amigos, sem ao menos piscar. O uniforme da torcida ainda em seu corpo. Não demorou muito para que Fabray entrasse no local também, com sua famosa carranca de rainha do gelo, como se nada e nem ninguém ali pudesse chegar a seus pés. A latina bufou quando viu a loira, parada em sua frente.

Quinn começou a retirar o uniforme vermelho, lentamente quase como que se fosse um strip-tease. A morena mordeu o lábio inferior, Fabray estava provocando e Santana sabia disso, ela queria testá-la. Com um sorriso vitorioso e os olhos negros presos fixamente em si, a loira comemorava mentalmente, conversando com Santana através de olhares.

Olhando de um lado para o outro, a latina procurava pela presença de alguém ali. Algumas cheerios, terminavam seus banhos e já vestidas, puseram-se para fora do vestiário. Assim que a latina perdeu a visão das outras garotas, pode observar Quinn melhor, já livre de seu uniforme e agora enrolada em uma toalha branca. Santana avançou em sua direção, agarrando a loira enquanto a empurrava para um dos boxes ali. Quinn não reagiu, e nem era o que queria, pois, o que queria era exatamente aquilo. Que Santana a atacasse.

A morena olhou no fundo dos olhos de Fabray, e esta ergueu uma sobrancelha desafiadora. Então Santana a beijou. As mãos foram parar na cintura da loira, a puxando para perto, assim como fez com os lábios que se encontraram numa ferocidade louca. Quinn entrelaçou as mãos no pescoço moreno. Santana sugava com força sua língua, que se entrelaçavam em uma dança de ritmo frenético, a morena finalizou mordendo o lábio inferior da loira, com força e puxando entre os dentes.

— Por que me provoca? — Santana indagou respirando com dificuldade.

— Por que gosto das suas reações. — a loira respondeu, com um sorriso maliciosos juntou os seus lábios nos da morena novamente, iniciando mais uma sessão de amassos.

As duas ficaram um bom tempo naquilo. Com uma certa dificuldade, puseram-se para fora do chuveiro. Quinn terminava de se vestir e Santana secava os cabelos negros, também já vestida. Ela olhou a loira e um sorriso brotou em seus lábios, sentindo o coração bater um pouco mais rápido que o normal, disse:

— Eu acho que te amo.

— Como assim acha? — Quinn se virou para encara-la, com um sorriso brincalhão — Me ama, ou não me ama, simples assim. — deu de ombros.

Santana soltou um suspiro e Quinn foi até ela, sorrindo de canto.

— Quando estou contigo, sinto algo. — fechou os olhos — No coração. Acho que é amor, ou pelo menos como eu penso ser o amor. — Quinn sorriu, agora quase como uma gargalhada e Santana abriu os olhos, irritada pelo deboche da outra.

— Acha é? Então me ama? — a loira replicou, aproximando seus rostos, fez um carinho na bochecha morena enquanto roçava o nariz nos lábios carnudos. Santana sentiu o calor emanar da loira e juntar-se ao seu. Fechando os olhos e respirando pesadamente ela sentiu os lábios pálidos tocarem os seus levemente em um selinho terno e cheio amor. Então, abriu novamente os olhos brilhantes e cheios de vida, para encarar os verdes a frente, apenas para sorrir largamente e depois dizer:

— Sim, é amor.