Whole Lotta Love 3 - Especial 1: Meus bebês escrita por mlleariane


Capítulo 2
Lado a lado


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Estou TÃO feliz que vocês vieram! Obrigada pelos comentários lindos e pela confiança de já favoritarem a história :))

Hoje só tenho a dizer que... é flashback. Peguem as fraldas e... preparem os ouvidos! rs

Beijo, Ari ;)



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8 anos antes...

Kate: Calma, meu amor, calma...

Kate balançava Johanna delicadamente. A menina, que chorava há mais de uma hora, definitivamente não queria dormir. Alexander tinha exatamente a mesma reação, só que agora estava nos braços da avó, que havia perdido o sono há tempo com o barulho.

Castle: Nada? – Castle adentrou o quarto desanimado.

Kate: Não... – Kate o olhou desolada.

Castle: Alexander também não dá trégua.

Kate: E eu não estou ouvindo? Parece que a sala é aqui! Eu não sei como os vizinhos ainda não reclamaram.

Castle estendeu os braços pegando a filha. Johanna parou por um minuto, mas logo o resmungo recomeçou. Kate sentou-se devagar na cama, exausta.

Kate: Eu não entendo, Rick...

Castle: O que?

Kate: Isso! Isso tudo que eles aprontam à noite!

Castle: Kate, eles têm um mês, o começo é difícil mesmo... Se bem que Alexis era tão calminha...

Kate: Se você disser mais uma vez que Alexis era calma, eu juro que te jogo por aquela janela!

Castle a encarou assustado.

Kate: Desculpa. É que eu estou tão cansada... e tudo isso com os bebês... parece que a culpa é minha.

Castle: Não, meu amor, claro que não. Por que culpa sua?

Kate: Porque você mesmo disse que Alexis era calma, e... bem, ela é sua filha. Então é claro que os gêmeos herdaram esse gênio ruim de mim.

Castle riu, se aproximando da cama.

Castle: Amor, você precisa dormir. Sério.

Kate: Eu dormiria se meus filhos deixassem...

Castle: Escute, eu vou lá para a sala com minha mãe. Você vai se deitar e dormir.

Kate: Rick, eu não consigo dormir com o mundo desabando e meus filhos estando envolvidos nisso!

Castle: Eles vão se acalmar, eu prometo, é só uma questão de tempo. Bem, e paciência. E braços fortes para segurar – Castle sentou-se na beira da cama, fazendo com que Kate se deitasse, acariciando seus cabelos com a mão que estava livre – Você não tem nenhum desses três requisitos agora.

Kate: Rick, o que nós estamos fazendo de errado? – os olhos de Kate encheram-se de lágrimas, atraindo um olhar profundo de Castle.

Castle: Nada, meu amor. Nada.

Castle deu um beijo na esposa e deixou o quarto. Kate ainda ouviu o choro das crianças por alguns minutos, mas logo um silêncio se fez. Seria aquilo possível? Ou era apenas sua mente cansada a iludindo? Kate não se respondeu. Simplesmente dormiu.

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No dia seguinte...

Castle: Bom dia! – o rosto de Castle esboçou um sorriso ao ver Kate se aproximando.

Kate: Rick, por que você não me acordou? – Kate já foi logo perguntando, enquanto se aproximava das crianças, que estavam quietas no carrinho, lado a lado – São dez horas! Já passou e muito da hora deles mamarem!

Castle: Não se preocupe, eles mamaram.

Kate se virou séria para o escritor, que estava sentado no sofá.

Kate: Nós combinamos que o leite em pó seria usado em caso extremo!

Castle: Foi um caso extremo. Você precisava descansar.

Kate: Castle, eu estou bem.

Castle: Hoje certamente sim – Castle a puxou pelo braço, fazendo-a sentar-se em seu colo – Eu ganho ou não um bom dia?

Kate: Bom dia, amor. E... obrigada.

Castle sorriu, ganhando um beijo da esposa.

Kate: Ontem quando você saiu do quarto, eu tive a impressão de que logo eles pararam de chorar... isso é possível?

Castle: Sim, e eu também acho estranho. Mal cheguei na sala com Johanna e os dois pararam de chorar quase que ao mesmo tempo.

Kate e Castle se olharam intrigados.

Castle: Talvez eles já estivessem cansados...

Kate: Ou talvez eles decidiram que se a mamãe não estava presente não tinha mais graça chorar.

Castle olhou sério para Kate, e ela sorriu.

Castle: Isso não é engraçado. E além do mais, por que eles fariam um complô contra você? É você quem tem o que eles mais gostam! – Castle apontou para os seios de Kate.

Kate: Aparentemente não mais, já que você acabou de inseri-los no mundo do leite em pó.

Castle: Foi só uma vez.

Os dois pararam e olharam para as crianças.

Kate: Tão tranquilos e silenciosos agora... Nem parecem os mesmos bebês...

Castle: Kate, as coisas vão melhorar, eu prometo.

Kate: Não prometa coisas que você não pode cumprir, Richard Castle.

Castle puxou o rosto de Kate para perto de si, dando-lhe um beijo.

Castle: Você vai ver.

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Mais tarde...

Martha: Não, nem pensar.

Castle: Mãe, você precisa.

Martha: Eu não vou deixá-los sozinhos.

Kate: Martha, por favor. Eu já estou me sentindo culpada de te obrigar a essa sinfonia toda noite.

Martha: Minha querida, você não está me obrigando a nada. Eu só quero ajudar.

Kate: Eu sei – Kate segurou as mãos da sogra – E você fez isso maravilhosamente bem esse mês todo. Mas você precisa de um descanso.

Castle: Kate tem razão, mãe. Passe o fim de semana nesse retiro, você precisa mais do que nunca.

Martha: Mas Alexis já vai viajar com a turma esse fim de semana... vão ser só vocês dois com eles, pela primeira vez.

Kate: Sim, e nós vamos dar conta.

Castle: Não se preocupe, mãe.

Martha olhou para os netos, tão pequenininhos, deitados lado a lado no carrinho.

Martha: Tem certeza?

Kate e Castle assentiram, e Martha concordou. Ao cair da tarde, naquela primeira sexta-feira de setembro, Martha e Alexis saíram para passarem o fim de semana fora.

Kate: Eu me sinto aliviada em não prendê-las aqui.

Castle: É, eu também. Está tudo sob controle, afinal.

Kate: É, agora sim. Durante o dia é sempre uma maravilha, quero ver é daqui a pouco... Aquele negócio que a médica disse, que eles podem se agitar mais à noite porque nós nos agitamos, lembra?

Castle: Aham.

Kate: Você acha que nós somos agitados?

Castle: Calmos é que nós não somos.

Kate: Pois nós teremos que encontrar um jeito de nos acalmarmos.

Castle: Sim. Você pode começar trocando essa fralda suja de Alexander.

Kate: Ahh porque isso acalma que é uma beleza!

Os dois riram. A noite estava só começando.

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Depois do banho dado, era hora de amamentar. Kate gostava muito disso, apesar de toda a dificuldade no início. Ter Johanna ou Alexander em seu peito fazia com que seu coração de enchesse ainda mais de amor. Ela era mãe agora. Uma mãe cuidadosa e amorosa. E cansada. E com olheiras. O que isso importava? Seus bebês eram fortes e saudáveis.

Johanna era, de fato, um pouco mais delicada. A menina tinha alergia de fraldas descartáveis, o que dificultava um pouco. Mas lavar fraldas sujas não era nada comparado às horas de choro insistente que os gêmeos entoavam à noite. O ritual era sagrado: era só colocar os bebês nos respectivos berços que o choro começava. No começo Castle até brincava, dizendo que parecia ter espinhos nos berços. A piada, porém, foi perdendo a graça. A tensão que acontecia todas as noites vinha desgastando não só o casal, mas todos na casa.

Naquele dia, quem mamou primeiro foi Alexander. Logo que saiu dos braços da mãe, foi para o colo do pai, dando um leve resmungo.

Castle: Ei garotão, que foi?

Alexander mexeu a cabecinha em direção a Castle.

Castle: Olha, Kate, como ele está firme!

Kate: Segura a cabeça dele, Rick!

Castle: Ei, calma. Eu tenho a situação sob controle. Ainda.

Kate trocou Johanna de peito, e a garotinha olhou para a mãe antes de continuar a mamar.

Kate: Você é uma menininha muito linda, sabia? É sim!

Johanna prestou atenção na voz da mãe, e depois voltou ao peito. Só parou quando adormeceu, e ao mesmo tempo Alexander já dormia no colo de Castle.

Kate: E agora? Como nós faremos para tomar banho?

Castle: Indo ao banheiro?

Kate: Castle, eu to falando sério! E se eles acordarem?

Castle: Amor, hoje eles dormiram rápidos, não acho que vão dar trabalho tão cedo. Vem. – Castle fez sinal, e Kate o acompanhou. Os bebês foram colocados delicadamente em seus berços, e um silêncio tomou conta do quarto.

Castle: Viu? – Castle sussurrou.

Kate: Eu prometo ser rápida – Kate tascou um beijo na bochecha de Castle e saiu.

Castle: Não precisa, eu tenho tudo sob controle aqui. Tudo!

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5 minutos depois...

Castle: Não, não... – Castle pegou Johanna em seus braços. A garotinha chorava esperneando – O que foi? Você estava dormindo tão lindinha... – Castle lançou um olhar em direção ao banheiro – Não, eu não vou chamar a mamãe. Eu posso lidar com você. Não posso? Posso sim. Você gosta do papai, não gosta?

Johanna respondeu com outro choro, seguido de um resmungo de Alexander, que despertou e começou a se mexer no berço.

Castle: Ai meu Deus, você também? – Castle olhou desesperado – E as pessoas ainda acham fofinho gêmeos fazerem tudo igual!

O escritor equilibrou a garotinha no braço esquerdo, pegando o garoto com a mão direita, com o máximo de cuidado possível.

Castle: Pronto, pronto... – Castle chacoalhou os dois ao mesmo tempo. Era a primeira vez que fazia isso em pé, numa situação de desespero, pois sempre havia alguém para segurar uma das crianças.

Castle: Olha só o que o super papai consegue! Viram? – Castle continuou balançando devagar, e de repente tudo ficou silencioso – Eu consegui! Eu consegui! Eu amo vocês, eu amo muuuuito vocês! Obrigado – Castle beijou as pequenas cabecinhas repousadas em seu peito, e observou que os olhinhos de Johanna e Alexander já estavam se fechando.

Castle: Isso é estranho... muito estranho... – Castle andava pelo quarto, e os bebês continuavam dormindo – Eu não posso nem dizer que vocês dormiram porque estão no colo, porque vocês sempre ficam no colo de alguém quando não querem dormir. A não ser que... – Castle olhou para os filhotes de novo. Pensou um minuto e sorriu. Ele tinha descoberto.

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Quando Kate adentrou o quarto, avistou Castle sentado na cama do casal, com os dois bebês dormindo à sua frente.

Castle: Kate, eu descobri!

Kate: Rick, o que os bebês estão fazendo na nossa cama?

Castle: Eles choraram, os dois, ao mesmo tempo, e eu tive que pegá-los e...

Kate: Ok, calma. Fale devagar.

Castle: Eu descobri, Kate! Eu descobri porque eles choram tanto à noite!

Kate: Descobriu? – Kate o olhou desconfiada – Como assim?

Castle se levantou e foi até ela.

Castle: É porque eles ficam muito tempo separados!

Kate: Separados? Isso... isso não faz sentido.

Castle: Não meu amor, faz todo o sentido! Eles ficaram nove meses, ta, oito meses e meio aí dentro de você, juntos, dividindo o mesmo espaço. É claro que eles sentem a presença um do outro.

Kate: Sim, mas... o que isso tem a ver com o fato deles chorarem à noite?

Castle: Simples. É porque durante o dia eles passam a maior parte do tempo no carrinho, em que eles ficam...

Kate: Lado a lado – Kate concluiu, ainda duvidando, mas enxergando a lógica de Castle.

Castle: E é ali que eles dormem. Só que à noite nós os colocamos nos berços. Agora olha amor – Castle a virou em direção aos dois berços – Esses berços são enormes, e nossos pequeninos bebês ficam distantes um do outro.

Kate: Não pode ser... – Kate balançou a cabeça incrédula.

Castle: Mas é.

Kate: Como você pode ter tanta certeza?

Castle: Eu só estou pesando como eles!

Kate se aproximou da cama e olhou para os bebês, que dormiam tranquilos.

Castle: E quando eles choram, nós os afastamos, indo cada um para um canto da casa, o que ironicamente os faz chorarem mais ainda, porque estão longe um do outro.

Kate: Quando foi que nós começamos a fazer isso?

Castle: Desde o começo. Nós criamos a ideia de que o choro de um poderia induzir o outro a chorar.

Kate: Não é possível que nós tenhamos errado tanto assim...

Castle: É possível sim, meu amor – Castle a abraçou pela cintura – Ser pai e mãe é errar e aprender com os erros. Cada dia é uma nova lição.

Kate respirou fundo e se virou para Castle sorrindo.

Kate: Rick, se você tiver descoberto mesmo o problema eu vou te amar tanto! – Kate se inclinou pra beijá-lo, sendo impedida por ele.

Castle: Espera! “Vai me amar”?

Kate: Não, eu já te amo, eu te amo muito! Você entendeu!

Castle riu e a puxou para um beijo.

Castle: Sim, e eu entendi. Eu também estou cansado. Agora vem, vamos colocá-los em um berço.

Kate: Não! – Kate o segurou.

Castle: Não?

Kate: Eles estão dormindo tão bem...

Castle: E eles vão continuar, eu prometo.

Kate: Rick...

Castle: Kate, confie em mim.

Kate suspirou fundo e cruzou os dedos. Castle pegou primeiro Alexander, acomodando-o no berço que ficava mais próximo à cama. Rapidamente, virou-se e pegou Johanna, aconchegando-a no mesmo berço que o irmão.

Kate: Eles não acordaram... Ai meu Deus eles não acordaram!

Castle: Eu não disse?

Kate: Rick, eu te amo, eu te amo tanto!

Castle: Você ta chorando? – Castle riu.

Kate: Eu vou poder dormir!

Castle: Vai meu amor, você vai – Castle a abraçou – Que tal começarmos agora?

XXXXXXXXXXXXXXX

Lanie: Quer dizer então que a mamãe do ano descobriu o problema? – Lanie tirou Alexander do colo de Kate.

Castle: O papai do ano você quer dizer, né?

A médica olhou para a amiga, que assentiu contrariada.

Kate: Sim, ele vai jogar isso na minha cara o resto da vida.

Castle: Não vou não – Castle se aproximou, dando um beijo na bochecha de Kate.

Jenny: Não dá nem pra acreditar que eles choravam tanto. Olhe para eles, são tão amorzinhos! – Jenny tinha Johanna nos braços, e Sarah Grace mexia com as mãozinhas da bebê.

Espo: Estranho é acreditar que esses dois são tranquilos.

Ryan: É, vindo de quem vieram...

Os detetives riam, e ganharam olhares sérios de Kate e Castle.

Espo: Qual é, vocês sabem que eles vão dar trabalho...

Lanie: Javi!

Espo: Eles são dois!

Castle: Sim, mas nós também somos – Castle sorriu para Kate.

Lanie: Vocês têm muita sorte. Esses bebês são lindos. Simplesmente lindos. – Lanie sorriu para a amiga, e Kate soube que aquilo era sincero. Sim, ela tinha muita sorte e sabia disso. Ela era enfim completamente feliz.

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Kate enchia Alexander de beijos, enquanto trocava o bebê, que esperneava sem parar.

Castle: Saindo mais um bebê do banho... – Castle chegou colocando Johanna ao lado do irmão.

Kate: Eles não são os bebês mais lindos, cheirosos e fofinhos do mundo?

Castle: Sim – Castle sorriu orgulhoso – E você é a mãe mais linda do mundo também – ele se inclinou para alcançar a bochecha dela.

Kate: Confesse, eu melhorei sem as olheiras.

Castle: Eu te amo de qualquer jeito, Kate. Mas que é um alívio ter os dois dormindo melhor à noite, ahhh é!

Kate: Eu já te agradeci por isso?

Castle: Você me agradece todos os dias com esse sorriso lindo – Castle alcançou os lábios de Kate, que retribuiu o beijo.

Kate: Sorriso esse que você colocou. Você e essas duas coisinhas lindas que nasceram do nosso amor – o casal voltou os olhos para os filhos, que remexiam as mãozinhas, e nesse movimento, acabavam tocando um ao outro – Eu nunca mais vou separar vocês dois. Nunca mais!

Kate beijou a barriga das crianças, agora já trocadas. Castle ficou observando sorrindo. Nem em seu melhor sonho poderia imaginar um futuro tão perfeito ao lado da detetive durona que puxava sua orelha desde o primeiro dia.

Castle: Kate...

Kate: Oi?

Castle: Você acha que eles serão terríveis?

Kate: Terríveis em que sentido?

Castle: Terríveis no sentido nós, eu e você.

Kate: Bem, eu acho que nós estaremos muito encrencados se isso acontecer – os dois riram – Mas como você disse, nós somos dois. Eu acho que a gente dá conta – Kate piscou para ele.

Castle: Eu tenho certeza disso – Castle a abraçou pela cintura – Eu encaro qualquer coisa com você. Always.


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