Logo, Isabela entrou para o curso de cinema, um ano depois de Manuela, na mesma instituição.

Na instituição…

Isabela andava por ali, tentando descobrir onde era a sala dela, pois era seu primeiro dia ali.

“Boa noite, gostaria de saber onde é a sala do primeiro ano de cinema!”, falou a moça para uma das estudantes.

“Olha, o melhor jeito de saber é perguntar para a conselheira de classe!”, disse uma estudante.

“E quem seria essa ‘conselheira’?”, perguntou a moça, fazendo aspas com as mãos.

“Olhe só!”, disse a estudante que falava com Isabela, apontando para uma garota ao longe.

A garota tinha belos e longos cabelos castanho-escuros, estudava no segundo ano do curso de cinema. Fora apontada como conselheira pelas regras da instituição, era a mais popular dali.

“A conselheira falava de uma tal Isabela, a qual ela era fã! Ela e Isabela passavam muito tempo juntas!”, disse a estudante.

“Eu também tinha alguém especial, uma menina que convivia comigo em São Paulo, onde eu morava com meus pais! Ficávamos juntas todos os dias, até meus pais me trazerem para Londres! Eu perdi contato com ela!”, falou Isabela, com cara de choro.

“Poxa, não fica assim! O que fez com que seus pais a trouxessem para cá?”, perguntou a estudante.

“Desculpe, prefiro não falar sobre isso!”, respondeu Isabela, ainda chorosa.

“A conselheira também sente falta da antiga amiga dela!”, disse a estudante.

Logo, Isabela resolveu andar por ali e em um lugar afastado, encontrou a conselheira.

“Sente falta de sua antiga amiga, né?”, perguntou Isabela.

“Como sabe?”, falou Manuela, a conselheira.

“Uma aluna me contou isso! Desculpe se estou sendo chata, mas eu também sinto falta de minha antiga amiga! Eu gostava dela, passava meu tempo com minha amiga, até aquele fatídico dia…”, dizia Isabela.

“Fui separada de minha amiga quando a mãe dela nos pegou dormindo na cama dela! A mãe dela me expulsou de lá, e ligou para minha mãe ameaçando chamar a polícia se eu aparecesse por lá de novo!”, disse Manu.

“Pois é, por coincidência, foi o que aconteceu comigo, conselheira! Só que no caso, foi minha mãe que expulsou minha amiga da minha casa!”, falou Isa.

“Nossa, pura coincidência!”, respondeu Manu.

As duas não se ligaram que estavam frente a frente.

Lembrando que tinha de fazer algo, Isabela saiu correndo e deixou cair seu smartphone, o qual continha uma foto dela aos 14 anos.

“Ei, espera! Você deixou cair!”, gritou Manuela, pegando o celular. Ao olhar no celular de Isabela, Manu viu a foto. “Meu Deus, não pode ser verdade!”, disse ela, para si mesma.

Logo, Manu foi atrás de Isabela, e a encontrou.

“Diga-me, por acaso, esta foto do seu celular, é você ou sua amiga?”, perguntou Manu para Isabela.

“Sou eu, quando eu tinha 14 anos! Mais ou menos depois de ver minha amiga sendo expulsa da minha casa!”, respondeu Isabela.

“Minha nossa, vi essa foto e lembrei! É minha idol, a qual eu sempre gostei! Isabela, você mudou muito! Lembra-se da grande live? Na qual você chamou uma fã? Pois é, aquela fã sou eu, Manuela Agnes!”, disse Manu, esperando que sua antiga amiga a reconhecesse.

“Como iria me esquecer daquela livestream, Manu? Foi demais! Poxa, amiga, senti tanto sua falta depois que minha mãe te expulsou de casa, e juro que não te reconheci, tá tão diferente!”, comentou Isabela.

“Conselheira, esta moça está lhe perturbando?”, perguntou uma estudante.

“Não, Luisa, esta é Isabela, a garota que sempre foi minha melhor amiga, e que fomos separadas quando os pais dela a trouxeram para cá para Londres!”, respondeu Manu, acalmando as meninas que a protegiam.

“Entendo, conselheira! Perdoe-me!”, disse Luisa, se retirando dali.

As meninas se abraçaram e disseram uma a outra o quanto sentiram falta. Manu convidou Isabela para ir ao seu apartamento, onde teriam mais privacidade. E chegando no apartamento, foram assistir um filme. Manu deitou Isabela em seu ombro e começou a acariciar o rosto dela.

Isa se permitiu e as duas trocaram um beijo, o qual vinham esperando por anos para ter…

FIM