Com Todo o Meu Coração escrita por Sereny Kyle


Capítulo 1
one-shot


Notas iniciais do capítulo

essa é a 20ª fanfic da série. Antes dela veio "Ficar com Você"
A citação do começo é do meu seriado preferido, "Castle".



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“A primeira vez que eu te vi, eu soube que você seria um mistério que eu nunca desvendaria... E, ainda agora, mesmo depois de tanto tempo juntos, eu continuo encantada...”

Nós dois estávamos deitados juntos, abraçados na cama do apartamento dele. O sol entrava fraquinho pela fresta da janela entreaberta, com a luz alaranjada do entardecer e eu olhava maravilhada, sentindo o peito dele subir e descer com sua respiração sob meu ouvido. Kouyou brincava com os dedos de minha mão direita.

– Isso... – ele disse, de repente, quebrando o silêncio que pairava no quarto há muito tempo, segurando meu indicador e acompanhando com a ponta de seu dedo a linha, branca e reta, que cortava diagonalmente o meio de meu dedo. – É uma cicatriz?

Eu dei risada, olhando a marca que ele me mostrava e que eu quase nunca notava.

– É sim... – respondi divertida e ele levou meu dedo até sua boca e beijou a marca carinhosamente, me fazendo sorrir e afagar seu rosto lindo com a outra mão.

– Tem uma história por trás dela? – sua voz soou lindamente curiosa.

– Eu tinha quatro anos... – comecei, como se voltasse àquela cena antiga, uma das poucas que eu mantinha guardada na memória sem nem saber direito o motivo, afinal, tantas outras tinham se perdido ao longo dos anos... – Estava brincando de esconde-esconde na escola e me escondi atrás da porta de vidro que tinha na sala... – ele se retraiu fechando os olhos ao ouvir.

– Quebrou em você? – Kouyou me perguntou, horrorizado e temeroso, como se conseguisse ver a cena diante de seus olhos dourados tanto quanto eu via gravada em minha memória como um filme que colocava pra passar na televisão.

– Não... A... Professora não me viu lá atrás e fechou a porta... Na minha mão... Meu polegar e meu indicador ficaram na dobradiça... – seus braços me apertaram, como se pudessem confortar a menininha de quatro anos. – A unha do polegar caiu completamente e eu fiquei com essa cicatriz... – acompanhei a linha branca como ele tinha feito anteriormente.

– Coitadinha... – ele beijou meu rosto e eu sorri, apertando meus braços por sua cintura.

Kouyou voltou a encarar minha cicatriz com um pesar sobre seu cenho franzido, seus olhos fixos com tanto carinho e tanta doçura que acelerava meu coração completamente apaixonado. Seu dedo acompanhou as linhas de minha mão lentamente e, de repente, ele parou, percebendo uma forma que se desenhava impossivelmente em minha palma.

– Ny... Você percebeu... – ele franziu ainda mais o cenho, avaliando se era realmente possível o que estava vendo, se não tinha enxergado errado e eu dei risada, só esperando pelo término de sua frase. – Percebeu que você tem desenhada na mão...

– A letra K? – eu completei vendo que ele estava pasmo demais pra terminar sozinho e desenhei o contorno da letra que se formava com as linhas naturais de minha mão que se uniam.

– Já tinha percebido isso antes? – ele perguntou, assombrado, desenhando o contorno como eu tinha feito, olhando a letra atentamente.

– Chibi percebeu um pouco depois de nós conhecermos a música do the GazettE... Um pouco depois de eu descobrir que o que eu sentia por você era maior do que um simples amor de fã...

Meu guitarrista preferido ficou por um longo tempo em silêncio, apenas olhando para minha palma da mão aberta diante de seus olhos, que acompanhavam as linhas tantas vezes quantas eu tinha acompanhado quando a descobri ali. Permaneci em silêncio, esperando que ele me dissesse o que estava em sua cabeça.

– É... – ele disse, baixinho. – É mesmo um K! – a surpresa em sua voz era tão linda quanto misteriosa. – Não é outra cicatriz? – seus olhos se desviram de minha mão pela primeira vez depois de muito tempo e se fixaram em mim, com uma leve preocupação na voz que me fez rir baixinho.

– O quê? Não acha que eu fiz isso, né? Alguma coisa maluca de fã – eu brinquei.

– Não... É claro que você não faria isso... – ele tornou a desviar seu olhar pra minha mão e depois voltar a me olhar. Eu sorri.

– Não fui eu mesmo! Está comigo desde o dia em que eu nasci – dei risada contornando a letra em minha mão com carinho.

– Na... Na sua mão direita... – ele falou pausadamente, ainda olhando incrédulo. – Na sua mão da...

– Akai Ito – eu completei num sussurro o pé de seu ouvido e ele assentiu emudecido, entrelaçando os dedos da minha mão que ele encarava depois de tanto tempo com seus dedos longos de guitarrista, carinhosamente. – Eu estava destinada a te conhecer! – sorri beijando seu rosto e seu pescoço.

Kouyou virou meu corpo e me deitou sobre a cama, ficando sobre mim e me olhando tão fixa e apaixonadamente quanto estava há pouco olhando a letra em minha mão. Seu sorriso sutil era encantadoramente convidativo e os meus lábios imitaram os dele, se desenhando minimamente acanhados com tanta intensidade que chegava a mim de seus olhos dourados. Ele foi se aproximando lentamente e eu fechei meus olhos, esperando ansiosa pelo que viria a seguir.

Quando seus lábios encontraram os meus, todo o meu corpo reagiu e eu o puxei mais de encontro a mim, implorando por mais daquele carinho que fazia meu coração arder em chamas. Ele atendeu prontamente, satisfeito demais, e me deixou completamente sem fôlego. Quando nossos lábios se separaram, aqueles lábios pecaminosos se deslizaram pela minha pele até chegar perto de meu ouvido e sussurrou sensualmente, me deixando ainda mais arrepiada e ofegante:

– Você nasceu pra que eu te amasse!


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Notas finais do capítulo

mereço reviews???

a próxima fanfic se chama "Lutar por Nós"



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