Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 17
Capítulo 17




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Capítulo dezessete

POV Bella

Três dias passaram-se como um ano.

Era meu primeiro dia de aula, era o primeiro dia de Alec em casa e o dia que James estava de volta à cidade. Eu estava saindo do meu prédio quando o encontrei vindo em minha direção com um olhar perdido.

— Isabella, eu... — James parecia desnorteado. Ele levou a mão para a cabeça sem saber o que fazer — Eu me casei. Em Las Vegas. Com Victoria Volturi.

Victoria? Oh meu Deus. Victoria? A... Victoria? Continuei dizendo a mim mesma, enquanto tentava entender o James me dizia.

— O quê?! — Perguntei — Você nem ao menos... Me convidou?

O que diabos era aquilo eu estava dizendo? James me olhou sem entender, então ele estava pronto para se desculpar.

— Eu... Eu bebi e... Céus, me perdoe! Eu preciso de três meses para a anulação, você precisa entender que eu estava bêbado e... Eu achei que fosse brincadeira.

Eu segurei o riso na minha garganta. Ele realmente estava abalado com aquilo.

— Tudo bem. Alec nasceu há quatro dias. E faz exatamente esse tempo que estou tentando conversar seriamente com você.

— Eu já ouvi isso antes — Sua expressão mudou.

— Sim, já ouviu e eu acho que entende o conteúdo da mensagem. Vou me poupar de dizer, já que você até se casou — Eu ri um pouco e dei alguns tapinhas em seu ombro, deixando-o sozinho.

Eu realmente não entendi como ele tinha ido parar em Vegas, e como acabou casado com Victoria. Eu só estava habituado em vê-la em revistas de moda, exibindo seu corpo perfeito, e sua opinião sempre muito forte sobre tudo. Eu nem se quer sabia que eles eram amigos. Mas casados? Eu só imaginei como eu me sentiria agora se eu realmente estivesse empenhada a James. Em ser feliz com ele. Seria uma traição pior do que tudo que Edward já fez para mim.

Eu estava para o meu primeiro dia de aula sem meu anel de noivado, o que havia sido um peso retirado de mim. Algumas – todas – as pessoas me olhavam curiosas, mas eu não me importei com aquilo. Eu só observei o homem vestido com um terno cinza. Que mais parecia uma miragem, de tão bonito que era.

— Isabella — Ele parecia feliz. Bom, seu sorriso indicava isso.

— Eddie...

— Você ainda me chama de “Eddie” — Ele pareceu feliz com isso — Ah, e parabéns pelo seu primeiro dia. Eu estou orgulhoso.

Eu agradeci com um sorriso e ele acenou, mas então eu me virei para trás, fitando suas costas e gritei.

— O que faz por aqui? — A curiosidade matou o gato, Swan.

— Ah... — Ele deu um largo sorriso — Você não vai acreditar, mas parece que bons ventos sopram ao meu favor. A empresa estará responsável pela reforma de toda a instituição esse ano. Não é bom?

E por costume, habito, ou pura vontade louca, eu estava em seus braços, comemorando.

— É muito bom! Parabéns! Eu sabia que você daria um jeito!

— Obrigado, Isabella, de verdade. Eu fico feliz em ter seu apoio — O clima ficou um pouco tenso quando nossos olhares se cruzam. Edward molhou seus lábios e eu senti meu corpo tremer.

— Eu preciso ir... — Rompi nossa aproximação, fugindo da perdição.

Eu sorri para ele e andei para longe rapidamente.

Apenas uma madrugada para o casamento de Edward.

Pareceu que o dia nunca chegaria, mas ele chegou, não é?

Eu tentei retardar o máximo que pude os dois dias anteriores, eu fiz visitas a Alice e não foi nada agradável quando nós discutimos. Ela disse que eu deveria ir atrás de Edward e eu tinha a absoluta certeza de que ele sabia o que estava fazendo da sua vida e então ir até ele seria o maior erro que eu poderia cometer. Eu saí da casa de Alice decidida a nunca mais tocar nesse assunto.

Decidida a me mudar para longe também. Faculdade em outro país parecia ser uma boa ideia, longe de Edward e sua esposa.

Mas agora eu não podia evitar o sentimento. Eu o amava, e me sentia vazia por dentro, perguntando se todo o meu sofrimento nunca teria fim.

Eu fiz o que não fazia há meses. Eu me ajoelhei, me amparando na cama, enquanto as lágrimas rolavam, e entreguei tudo para Deus. Desde os meus sonhos, ao amor insano que eu sentia por aquele homem. E dizendo secretamente para aquele que conhecia todos os meus sentimentos, o quanto eu o queria de volta. Mas não do jeito que era. Eu queria um novo homem de volta, mas sabendo que não era possível, então que Ele apenas cicatrizasse meu coração e me abrisse para o amor, com alguém capaz de me fazer feliz.

Eu passei a madrugada em claro esperando pelo meu milagre. E todos os beijos com Edward passaram em minha mente, como todas as caricias e tudo que eu tive. O que todas as outras sonhavam em ter.

Por que ele não poderia ser meu? Por que tinha que ser de Tânia? Por que ela o vira primeiro? Ela não o merecia. Ela não amava. Tudo que ela soube fazer foi levar a vida dele para o fim do poço. Ela iria destruí-lo, até não sobrar absolutamente nada.

Eu agora entendia porque eu perdia tantas noites de sono, e continuava a perder. Ele iria se casar, ele iria estar tão longe de mim, que nunca nem nos tocaríamos mais. E ninguém poderia impedir isso.

Eu fui para cama, eu engoli comprimidos e eu dormi.

POV EDWARD

Despedida de solteiro.

Jasper decidiu que outra despedida de solteiro deveria ser feita. E aquilo estava me irritando. Eu estava me imaginando preso a Tânia, mas sem amor. Em uma boate, bebericando uma garrafa de uísque enquanto a minha frente belas mulheres dançavam de maneira sensual. Insinuando seus corpos, mas não era aqui que minha cabeça estava. Ela dividia-se no dia do meu primeiro casamento, até meu último encontro com Isabella, onde ela esteve deliciosamente pressionada contra meu corpo, quando comemorávamos minha vitória.

Eu queria ir para casar e me deitar na cama dela. Para sentir seu cheiro que ainda estava ali dentro, e então sonhar com ela. Sonhar que eu estava fazendo-a minha. Minha. Somente minha.

Eu revirei os olhos quando uma das mulheres esfregou sua bunda contra meu pau, eu me contraí um pouco. Nem ele estava feliz com aquela situação. Todas elas, seminuas, e bonitas. Tão atraentes quanto prostitutas de luxo conseguem ser. Mas nada daquilo parecia ser bom o suficiente para mim – ou o meu amigo lá em baixo. Então eu só me levantei, afastando gentilmente uma oriental de mim. Eu vi meus amigos soarem tristemente com a minha partida, mas eu só fiz o caminho para a saída, quando deixei todos os lá, livre para comerem cada mulher que quisessem.

Eu só queria dirigir para casa.

Fazia dias que eu não tinha uma noite de sono decente. Eu estava passando as noites em claro, aterrorizado com meu casamento e o que faria após ele.

Naquela manhã de dez de janeiro, Tânia acordou bem cedo. E eu a vi deixei a cama com um sorriso satisfeito no rosto. Ela estava assim nos últimos dias. Ela se vestiu e deixou minha casa o mais rápido possível.

Eu só me sentei na cama e xinguei.

— Senhor, seu smoking — Eu ouvi George dizer num tom triste.

Eu sabia que nos últimos dias ele tinha ido visitar Isabella, mas não havia dito nada sobre isso. Apenas Leah comentou por alto, dizendo que ela estava bem e Sue havia ficado feliz com as notícias.

Eu me obriguei a levantar a bunda da cama e ir até o jardim ver os preparativos para a festa. E parecia tudo certo para a recepção.

Eu não sabia quantas pessoas viriam, não queria que viesse ninguém.

Para minha decepção até o relógio agia contra mim, e logo eu estava começando a me arrumar. Um banho longo, meia hora fitando o espelho, perguntando se eu realente conseguiria fazer aquilo. E então, depois de muito respirar, eu estava me vestindo.

Pov Bella.

Acordei tarde, tive o tempo de um banho rápido e comer algo. Minha mãe estava emburrada e meu pai parecia nervoso e eu sabia bem o porque. Então resolvi ignorar. Eu comi uma rápida salada e parti para a faculdade, sem pensar em mais nada.

Eu era uma idiota e já tinha assumido para mim mesma.

Deveria ter jogado tão baixo quanto Tânia. Sujo mesmo. Eu estava morando lá, então seria fácil demais estar na cama dele. Alice tinha toda razão, eu tinha sido burra. Incrivelmente burra e agora não podia voltar atrás.

Eu cheguei na faculdade, e então me arrependi por ter ido. Todos aqueles olhares e piadas mal intencionadas. Eu apenas deixei de lado por hora, eu entrei no prédio de medicina e sentei em uma das últimas cadeiras, fitando a mensagem que havia chegado em meu celular.

“Esperando que esteja bem. Amo você. Alice”

Eu não estava. Nem ficaria.


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