The Kiss Of Midnight escrita por Nárriman


Capítulo 52
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E aqui estamos. Último capítulo da fic postado no último dia do ano. Depois de um ano e três meses finalmente ela esta chegando ao fim. Quero dizer que estou muito feliz de te chegado até aqui, que tenho orgulho de estar terminando ela da maneira como coloquei. Como já falei a algumas das leitoras estou terminando essa história porque sinto que já chegou o momento certo de por um fim nela. Quero que saibam que agradeço muito a cada um de vocês que leu a fic, que comentou desde um ‘’continua’’ a um texto enorme. Agradeço a cada um que favorito, acompanhou até aqui e recomendou a fic. Vocês são os melhores e até mesmo aos meus milhares de leitores fantasmas que mesmo não estando presentes aqui ainda assim são visíveis nos acessos da fic. Bom quando comecei The Kiss Of Midnight confesso que não foi por querer escrevê-la. Eu sempre tive o interesse de ler uma fic auslly onde eles fossem vampiros, mas nunca tive esse prazer. Nunca tive ninguém para me incentivar a começar uma fic ou me apoiar em relação a continuar a escrevendo. Sempre fui eu, apenas eu mesma e a minha vontade de por em algum lugar algo que eu gostaria de ter para mim. Sempre que eu entrava no nyah e via as últimas atualizações e eram sempre histórias onde a Ally é nerd e o Austin o popular e sem querer ofender ninguém, mas qual é? Uma hora isso cansa. São as mesmas histórias com sinopses e capas diferentes. Eu queria algo, além disso, algo diferente do que vocês estavam acostumados a ler e eu consegui isso. Consegui fazer pessoas que odiavam histórias de vampiros recomendarem a fic e até mesmo conseguir que leitores começassem a assistir the vampire diaries pelo mesmo motivo e é isso o que faz sorrir. Saber que vocês gostaram da fic e que sorriam a cada vez que ela foi atualizada. Isso é algo tão maravilhoso. Mas também ouve momentos em que me arrependi de ter escritos certas coisas ou de não ter escrito outras coisas também, sério eu tinha muitos assuntos que não abordei na fic e me arrependo, mas não posso voltar atrás. E também queria dizer que agora que terminei a fic posso enfim me dedicar por completo em minhas outras três fics porque não posso negar que essa sempre foi de longe a que eu mais dei atenção porque em minha mente sempre foi a mais forte que escrevi até hoje, algo diferente do que vocês estavam acostumados a ler enquanto que Paris doll ensina que às vezes a protagonista ser a vilã é algo aceitável, master trick que se você for uma ladra, assassina e tudo mais ainda assim consegue manter um sorriso no rosto e lost on the island que podem considerar a fic mais normal que possuo ser algo doce, amoroso e romântico então espero muito que minha história com alguns de vocês não acabe aqui porque espero muito ver vocês em pelo menos uma das minhas outras três fics. Amo muito cada um de vocês e isso é tudo o que tenho a dizer. Muito obrigada por tudo o que fizeram por mim, talvez seja pouco, mas nunca me imaginei tendo nem ao menos 50 comentários, mas agora tenho mais de 300 e vocês não fazem idéia de como isso foi importante para mim, para eu crescer como autora então apenas só tenho o que agradecer mesmo.

Boa leitura (pela última vez).



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Pov’s Ally

*Um ano depois*

—Ally ainda da tempo de trocar o vestido.Eu consigo um em duas horas.-Cassidy me encarou com uma expressão desesperada através do espelho.

O vestido que escolhi para me casar não lhe agradou muito, na verdade foi à cor que ela odiou.

—Eu já falei que quero esse. É o meu casamento Cassidy. -Respondi ainda sem dar muita atenção ao que ela estava falando.

O vestido preto que moldava o meu corpo para mim era a coisa mais linda que eu já havia vestido em toda a minha vida. Era rodado e tomara que caia com alguns babados detalhando a sua parte inferior. Simplesmente perfeito.

—Deixa ela. Ninguém mandou você casar com o Elliot enquanto estava bêbada em uma capelinha de Las Vegas. -Kira deu língua para a loira.

Cassidy então bateu em Kira com o buquê e bufei começando a me irritar.

—Chega. Vocês duas. -Parei de me admirar tendo que prender minha atenção nas crianças atrás de mim.

—Não quero ser obrigada a tirar a vida de ninguém hoje. -Virei de costas para o espelho para ver todos os ângulos possíveis do vestido.

—Ally todas nós sabemos que você não é mais virgem e que o branco significa a pureza, mas um vestido preto?Os vermelhos estavam em falta?-A voz de Agnes me fez revirar os olhos.

—Vejo que deu as caras. -A olhei de cima abaixo.

Parece que minha ‘’irmã gêmea’’ aceitou ser uma das minhas madrinhas.

—Acha mesmo que eu iria perder o seu casamento?Os convidados devem estar uma delícia.

Ela veio em direção ao espelho e ajeitou seus cabelos agora mais cacheados do que o normal. Seu vestido de madrinha de casamento estava deslumbrante. Era idêntico ao de Cassidy e Kira. Vestidos longos de cor azul escuro.

—Desculpa acabar com a sua alegria, mas todos os convidados são seres sobrenaturais e você esta grávida. -Kira foi em direção ao seu buquê de rosas negras.

O de todas elas era igual ao meu, porém o meu era o triplo do tamanho.

—Estou grávida, não de dieta. Deu de ombros.

—Como o Alex reagiu à notícia?-Cassidy disse pela primeira vez desde que Agnes havia adentrando o quarto que um dia já foi meu. Decidi me arrumar na casa dos meus pais.

—Ele não me assassinou ou assassinou o bebê como da primeira vez então posso dizer que ele aceitou muito bem. -Deu um sorriso irônico da direção da loira o que fez meu sorriso desaparecer na hora.

—O que foi Ally?-Kira me olhou preocupada. Eu passei o dia inteiro sorrindo, já estava até me acostumando com isso, mas eu sabia que uma hora ele iria morrer.

—Queria que a Trish estivesse aqui. -Engoli em seco.

Me casar sem ela estar aqui é como cometer um crime que eu nunca quis cometer.

—Todas nós queríamos. -Sorriu para mim. —Mas ela esta aqui, eu posso sentir isso. -Segurou em minha mão e eu a apertei com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram mais brancos do que o normal.

—Se quiser posso fazer um feitiço de comunicação para que você consiga falar com ela por alguns segundos. -Sua sugestão era ótima, mas eu não tinha tempo para isso por mais que eu desejasse muito isso. Talvez na festa depois da cerimônia.

—Quando o casamento acontecer conversamos melhor sobre isso. –Sorri de volta para ela.

—Então quer dizer que os Dawson’s e os Moon’s finalmente estarão reunidos em uma igreja?Isso vai ser divertido. –Agnes tentou mudar de assunto.

Seus olhos estavam mais acessos do que nunca e por baixo disso tudo sei que ela apenas não quer que eu chore hoje.

—Acho bom não provocar os avôs do Austin, eu soube que ao invés de matar eles te torturam até você morrer por falta de sangue no corpo. -Os olhos assustados de Cassidy me fizeram rir.

Elas estavam tentando me distrair de tudo ao meu redor enquanto ainda não havia chegado a hora de irmos.

—Onde esta Audrey?Desde que comecei a me aprontar não a vi. -Só então me lembrei da minha filha.

Com todos os preparativos mal tive tempo para ela hoje, na verdade só nos vimos essa madrugada antes de eu ser arrastada para o salão as 04h00min da manhã.

—O que você quer dizer é que não a vê há dezoito horas não é mesmo?-Kira me repreendeu.

—Quando vocês vão parar com as piadinhas?Todos os meus convidados já estão na igreja e vocês estão me enchendo com besteiras. -Fuzilei Cassidy com o olhar.

—Parece que você esta indo se despedir do seu noivo no funeral dele e não que vai casar-se com ele. -A loira voltou a reclamar.

Vai ser uma longa noite.

***

—Não precisa ficar nervosa. -Senti a mão do meu pai segurar a minha e deixei que meus olhos encontrassem os seus.

—Eu não estou nervosa. -Minha voz saiu tremula e precisei me xingar mentalmente por isso.

—Então porque sua mão esta gelada?-Sorriu para mim.

Porque sou uma vampira?Pensei em perguntar, mas nós dois sabemos que não era apenas aquilo.

Minha relação com meus pais nunca foi uma das melhores, mas ainda assim sempre me conheceram mais do eu mesma.

—Porque eu não sei se estou fazendo o que é certo. -Senti as lágrimas começarem a esquentar meus olhos.

Eu não podia chorar. Se fizesse isso toda a minha maquiagem iria desmanchar e deu muito trabalho deixá-la como esta.

—E o que é certo para você?-Perguntou assumindo uma expressão séria em seu rosto.

—Pegar o primeiro táxi que eu ver na frente e fugir com Audrey para Louisiana. -Admiti.

A verdade ficava muito melhor em minha boda do que guardada em meu coração.

—E porque não faz isso?Se quiser posso hipnotizar o motorista e fazer com que te leve até lá.-Deu de ombros.

Funguei um pouco e voltei a olhar para a janela da limusine.

—Porque eu o amo. -Sussurrei engolindo em seco.

—E isso por acaso é errado?Olhe para Agnes e Alex. -Falou apontando para a morena idêntica a mim no banco de frente para nós. Ela estava com os olhos fechados e sua mão direita batucava em sua barriga.

—Acha que tudo o que eles viveram foi fácil?Todos esses séculos de tormento para eles só serviu para que se aproximassem ainda mais um do outro e isso é a coisa mais linda do mundo. Eles conseguiram perdoar os erros um do outro e seguir em frente. -Falou orgulho dela.

Parecia até ser sua outra filha.

—Não deixe que suas mágoas, arrependimentos ou lembranças atrapalhem o caminho que o seu coração esta tentando traçar filha. -Segurou ainda mais forte minha mão o que me fez olhá-las. A minha estava começando a ter um tom avermelhado.

—Eu tenho medo de como será nossas vidas de agora em diante. Nunca pensei na hipótese de me casar e não faço idéia de como isso vai funcionar. -Respondi desesperada.

Para mim tudo o que envolve matrimonio e aliança é o mesmo eu se jogar de um penhasco e no momento estou na beirada de um.

—Se Austin não quisesse uma vida ao seu lado aposto que teria desistido desde o momento em que tiveram que fazer dupla juntos. -Enxugou uma lágrima minha e assenti.

Austin me ama e isso é tudo o que eu preciso saber para não temer o nosso futuro, sem contar o fato de que mais uma palavra e meu pai irá perder a paciência comigo.

Por isso preferi penas concordei com a cabeça e me recostar no banco continuando em silêncio até o momento de descer do carro.

Cassidy foi a primeira a adentrado a igreja junto a Elliot para logo em seguida ser a vez de Kira e Gavin, ela o conheceu a cerca de três meses atrás e acho que as coisas estão começando a ficar sérias entre os dois. Ele é um lobisomem e parece estar realmente animado com o convívio com a minha amiga. E por ultimo Agnes e Alex. Os dois eram os que mais sorriam de todos ali presentes, talvez para demonstrar superioridade a todos os outros de nossas famílias ou apenas por se amarem de verdade, de qualquer forma não deixavam de ser um belo casal.

Mas quando a música de entrada da noiva soou em meus ouvidos o meu sorriso se desmanchou novamente, não tinha mais como fugir.

—Pronta?-Meu pai estendeu o braço para mim.

—Nem um pouco. -Ri da minha própria desgraça.

Não tinha nada de engraçado naquilo, mas eu precisava ocupar a minha mente com qualquer bobagem.

Enlacei meu braço ao seu e as portas da igreja finalmente se escancararam diante de mim. Um frio se apoderou do meu estômago e engoli em seco já começando a caminhar.

Preferi olhar para os convidados, chão, enfeite ou qualquer coisa que não fosse Austin. Se eu o fizesse acabaria desmanchando em lágrimas.

Vi Audrey se sair muito bem com uma almofada de seda branca onde continha nossas alianças e tive inveja por não estar tão segura quanto ela.

E por mais que o meu vestido não fosse uma cor tão comum de se usar para essa ocasião as pessoas ainda assim pareciam encantadas com ele o que me fez sorrir para algumas delas. Apertei ainda mais forte o braço do meu pai quando chegamos ao altar e ele entregou a minha mão a Austin.

Meu coração disparou e eu não consegui olhar para ele, mas ainda assim o loiro removeu o véu que nos separava e precisei fechar meus olhos por um breve momento. O que estou fazendo não é certo e é isso o que me faz querê-lo ainda mais.

—Seria estranho eu te dizer que não te imaginava casando com uma cor além dessa?-Sussurrou em meu ouvido com um ar divertido.

Parece até que não estava tentando devorar o padre dois minutos atrás.

Mas Austin é patético demais quando o assunto é elogios. Provavelmente isso deve ser o ‘’você é a noiva mais linda que eu já vi em toda a minha vida’’ que ele quis dizer.

—Eu só não te xingo porque estamos em uma igreja.-Falei também aos sussurros e com um sorriso falso enquanto o padre começava o seu sermão.

Foram horas tendo que segurar o buquê e agüentando um sorriso no rosto, parecia até que já estava amanhecendo quando o padre finalmente chegou a aquela frase. Aquela maldita frase que nunca dei importância, mas que nos últimos meses é o motivo dos meus pesadelos.

—Austin Black Moon você aceita Ally Kasey Dawson como sua legitima esposa?Promete amá-la, honrá-la, consolá-la e protegê-la na enfermidade ou na saúde, na prosperidade o na adversidade, e manter-se fiel a ela enquanto os dois viverem?

Cada palavra era como um choque de realidade em meu coração o que só o fazia acelerar ainda mais.

Austin se virou em minha direção e só então percebi que minha boca estava seca. Ele segurou em minhas mãos as quais finquei minhas unhas em sua pele macia o que o fez dar um sorriso de canto.

—Sim, eu prometo. -Me encarou com os olhos mais sinceros, leais e fieis que já vi em seu rosto em toda a minha vida.

—Ally Kasey Dawson. –O padre começou novamente. Eu já até tinha me esquecido da presença dele. —Você aceita Austin Black Moon como seu legitimo esposo?Promete amá-lo, honrá-lo, consolá-lo e protegê-lo na enfermidade ou na saúde, na prosperidade o na adversidade, e manter-se fiel a ele enquanto os dois viverem?

—Sim, eu prometo. –Falei de uma única vez já sentindo as lágrimas tomarem conta do meu rosto, no entanto agora nem ligo mais para maquiagem nenhuma.

O padre continuou com outras breves palavras até Alex aparecer com duas adagas sobre uma almofada de seda preta. Elas eram banhadas a ouro e prata. E Audrey estava ao seu lado com nossas alianças.

Austin pegou uma das adagas e respirou fundo.

—Eu Austin, recebo-te por minha mulher a ti Ally, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da minha vida.

Em um movimento rápido fez um corte mediano na palma da sua mão. Pegou uma das alianças da almofada que Audrey segurava e pingou uma gota do seu sangue sobre o diamante que enfeitava o anel.

—Ally, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade.

Com cuidado ele segurou minha mão esquerda e deslizou sobre meu dedo anelar a aliança.

Não esquecendo por fim de beijar minha mão.

—Eu Ally, recebo-te por meu marido a ti Austin, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da minha vida.

Com as mãos um pouco trêmulas segurei a outra adaga disposta sobre a almofada. Fiz um corte quase do mesmo tamanho que o seu e a ferida fez cócegas. Com a outra mão agarrei a solitária aliança que se encontrava na almofada ao lado da adaga.

Fechei minha mão e derramei uma gota de sangue sobre o diamante do anel.

— Austin, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade.

Sem pressa segurei sua mão esquerda e deslizei a aliança sobre seu dedo anelar.

—Pelo poder concedido a mim, eu vos declaro marido e mulher. -O padre sorriu para nós dois.

—Pode beijar a noiva. -Disse por fim.

E só então pude soltar um suspiro de alivio.

Estava prestes a dizer algo quando Austin agarrou minha cintura e me trouxe para junto de si me deixando cair um pouco de lado.

Ri um pouco nervosa e ele acabou com a distância entre nós dois.

Os aplausos ao fundo não passavam de sussurros muito distantes para os meus ouvidos.

*Doze anos depois*

—Não precisa me levar para todo lugar como se eu fosse uma debilitada Austin. -Revirei os olhos

—Eu perdi a sua primeira gestação e os cinco primeiros anos da Audrey. Acha mesmo que eu vou tirar os olhos de você por um segundo sequer agora?-Debochou enquanto encarávamos a igreja a nossa frente.

Decidimos que Hill Valley seria bom para nós dois. Algo afastado de Craisville, mas ainda assim perto o bastante caso alguma emergência ocorresse. Terminamos parando na mansão que o loiro herdou e por mais que já tivessem se passado séculos desde a última vez que alguém morou lá ainda assim a casa era linda como eu recordava.

—Eu ainda estou no segundo mês Austin, não precisa exagerar. -Bufei enquanto me preparava para pular até o sino que ficava no ponto máximo da igreja.

—Você se alimentou de trinta humanos hoje pela manhã e sou eu o exagerado?-Perguntou incrédulo.

Tirei meus olhos dele e pulei de vez sendo seguida por ele.

—Isso é normal Moon. Quando eu estava grávida de Audrey era o dobro disso. -Ri comigo mesma.

Me sentei na beirada da extremidade da igreja e com o indicador o chamei para me fazer companhia.

—Por falar nela onde esta a lourinha problemática?Negou com a cabeça e se sentou ao meu lado.

—Provavelmente em alguma parte de NewYork torturando adolescentes com o namorado. -Dei de ombros.

—Não acredito que ela já tem dezoito anos. -Me olhou com os olhos arregalados.

Verdade. Parece que foi ontem que eu dei a luz a ela.

—Nem eu. Ela cresceu tão rápido. -Sorri para a cidade diante de nós. Dali podíamos ver a nossa casa.

Quando nos mudamos para cá doze anos atrás a primeira coisa que fiz foi tomar conta do jardim. Quando vim aqui pela primeira vez lembro que as roxas estavam murchas e a grama morta. Agora é o lugar mais bonito da mansão.

—Agora ela não pode mais envelhecer o que quer dizer que terá a aparência de ser minha irmã. - Neguei com a cabeça me divertindo com o pensamento.

—Ela esta namorando um bruxo. -Sussurrou para si mesmo.

—Sério Austin?Isso é o que mais te preocupa?-Olhei para ele fingindo desgosto.

—Claro. Ele é um bruxo, pode induzir ela a fazer coisas que não quer. -Me olhou como se fosse o dono da razão.

—Ela tem o nosso sangue Austin, não pode ser hipnotizada e você sabe disso. -Contei até três para me acalmar.

Não vou deixar meus hormônios tomarem conta de mim, não quero precisar jogar ele do alto dessa igreja.

—Mas...

—Você só não quer que ela transe com ele. -O cortei na hora. —Qual é, Austin?Ela me ligou mês passado dizendo que não é mais virgem e eu tenho certeza de que você ouviu toda a conversa. -Dei um murro em seu braço.

—O que?Eu não ouvi conversa nenhuma. -Começou a gritar.

Sua respiração se desestabilizou e seus punhos se fecharam.

—Não?Tem certeza Austin?-Cruzei os braços e arqueei as sobrancelhas.

—Tenho. -Disse com raiva.

—Ops. -Prendi o riso.

—Cala a boca Ally. -Disse encolhendo os ombros e assumindo um semblante triste no rosto.

—Não mandei você me seguir até aqui bebê. -Dei um beijo rápido em seu pescoço e encostei minha cabeça em seu ombro.

—Então agora vai ser assim?-Mordeu o lábio inferior.

—Só durante mais sete meses. -Pisquei pra ele.

Austin virou em minha direção e me deu um beijo quente, urgente e necessário para nós dois.

—Então deveríamos fazer filhos mais vezes. Já somos profissionais nisso. -Em um segundo eu já estava deitada sobre o chão de concreto.

Ele deu uma leve mordida em meu pescoço e suspirei alto.

—Temos uma eternidade inteira para fazermos um time de futebol Austin.

O vento então tomou conta do lugar o que fez nossos cabelos se misturarem por breves instantes.

—Graças a mim. -Colocou uma parte do meu cabelo atrás da orelha.

Puxei a gola da sua camisa e o beijei ferozmente e assim continuamos por longos minutos até a sede por sangue voltou a invadir a minha mente.

—Tudo bem, já chega. -Suspirei pesadamente enquanto me afastava dele aos poucos.

—O que foi?-Olhou para meus lábios pronto para atacá-los novamente e não o impedi.

—Estou com fome. -Respondi entre um beijo e outro.

Agora foi a vez dele corta o nosso momento.

—Como você consegue fazer isso?-Me olhou hipnotizado.

Seus olhos foram de encontro a todo o meu rosto e ainda assim parecia não ter encontrado o que tanto procurava.

—Fazer o que?-Perguntei ajeitando meu cabelo.

—Fazer eu me apaixonar por você a cada beijo que damos. -Tocou o meu rosto com a ponta dos dedos e fechei os olhos. —Fazer isso com apenas uma única palavra. -Senti o seu dedo indicador tocar os meus lábios e dei um sorriso de orelha a orelha.

—Fazer com que eu te amo cada vez mais pelo simples fato de existir. -Seus lábios se juntaram novamente aos meus.

—Acho que esse é um dos grandes mistérios da nossa vida. -Ajeitei seu cabelo.

—Suponho que seja um segredo nosso?

—Como o motivo de eu não conseguir mais enxergar minha vida sem você. -Encostei nossas testas.

Ele abriu um sorriso radiante.

—Acho que só por isso merecemos uma comemoração.

Ele me botou de pé e me arrastou até a beirada do parapeito com toda a pressa do mundo e não consegui conter o riso.

De relance via expressão em seu rosto, tão esperançosa e entusiasmada. Era só o começo do melhor século das nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

E aqui nos despedimos, amei muito cada um de vocês e espero que comentem para eu saber se gostaram. Não importa se você sempre comentou ou essa será a primeira vez, mas eu adoraria me despedir de vocês meio que individualmente. Espero ver vocês em minhas outras fics. E aqui terminamos. Amo cada um de vocês e feliz 2017.