Querer escrita por Mrs Kye


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Bom, como podem ver essa é minha primeira fanfic. Eu tinha ela no meu pen drive, então eu basicamente só readaptei ela. Sempre tive conta no Social Spirit a quase uns 3 anos, mas nunca postei lá e eu já lia muitas fanfics por aqui desde o último ano, mas só tomei coragem pra postar alguma coisa agora.

Não vou mais enrolar! Boa leitura a todos e por favor leiam as notas finais hein?



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Querer

Por: Mrs. Kye

"E no fim, ela percebeu que ele nunca havia pertencido a si."

Capítulo único.

Ajeitou os óculos de armação escura enquanto observava aquele tão conhecido local, um dos esconderijos de seu mestre, Orochimaru. Havia voltado a trabalhar para o sannin, não por obrigação e sim, por que queria. Afinal, o que ela tinha a perder?

Nada.

Passou pelos corredores de tons pasteis, pouco iluminados pelas lamparinas espalhadas pelas paredes, que davam um ar meio sombrio ao local, porém comparando a alguns poucos anos atrás estava até mesmo melhor, e de fato, aquilo combinava com o local, onde se era antigamente, usado para experiências com cobaias. Na atualidade, o esconderijo instalado longe de Konoha servia para algumas pesquisas secretas dirigidas por Orochimaru a mando da Folha, o sannin havia requerido o perdão da Folha, sendo concedido, com a condição de que Orochimaru ficaria em vigilância de alguns ninjas da vila, além de que seria proibido qualquer experimento desumano, por parte do sannin e de seus subordinados, até mesmo seus antigos métodos sujos usados para conseguir mais poder, conhecimento e jutsus proibidos.

Com isso, ela estava satisfeita, Karin poderia muito bem acabar ficando na vila da Folha, teria algum futuro ali, porém, decidiu optar por servir a alguém que a havia salvado, quando o antigo país do Redemoinho foi atacado e ela órfã e sozinha, sem ter algum lugar para onde ir, foi acolhida pelo sannin. Havia ganhado algo que era próximo e também, muito diferente de um lar.

Claro, em troca de alguns favores, um preço que para alguns era muito caro e injusto, contudo, para ela era algo misericordioso. Havia se acostumado com aquilo, não se importava tanto com as marcas de mordidas espalhadas pelos seus braços. Pelo seu corpo.

Aquilo poderia ser loucura, porém, para Karin era a oportunidade de quem sabe, viver, não da forma que queria em seus sonhos infantis e inocentes de infância, mas o suficiente para fazê-la viver e entender o quanto a vida ninja era difícil e dura. Ter um lugar para dormir, descansar, comer e até mesmo companhia, por mais que não fosse das mais agradáveis, já era algo.

Após Orochimaru ter seu então, misterioso perdão concedido optou por não ficar na Folha, não só por se sentir mal por estar ali, já que um dia fora do Time Taka, pelo qual era formado com o objetivo de destruir Konoha e acabar com aquelas ruas cheias de vida da Vila do Fogo. Das poucas e algumas vezes em que esteve pelas ruas de Konoha, ela percebeu que ali realmente era um lar. Sentia-se estranha por estar ali e ainda mais pela felicidade que rondava aquele lugar, era algo familiar, que a deixava extasiada por ter aquele tipo de sentimento e ao mesmo tempo, cismada.

Havia outra questão, um tanto quanto perturbadora, não de fato uma questão e sim, uma pessoa, alguém por quem ela havia sentido algo e do seu jeito, havia amado, se agarrado com todas as suas forças a aquilo. Porém, aquilo não fora bastante, nunca era o bastante.

Por que agora, Uchiha Sasuke já havia há muito tempo voltado de sua tão procurada redenção assim, pagando por seus crimes e pecados cometidos, limpando a sua alma de tudo o que havia feito para conseguir alcançar sua vingança, além de tentar se redimir, não só consigo mesmo, porém com tudo e com todos. Ele procurava algo, que esteve o tempo todo em Konoha, esperando por ele, durantes os dias, semanas e meses que ele esteve fora.

Alguém que tinha os cabelos estranhamente rosas, Haruno Sakura.

A ex-companheira de time de Sasuke, a garota que desde cedo, do momento em que o vira na academia, havia amado o Uchiha, assim como ela. Sendo a melhor e mais experiente médica-nin do país do Fogo e talvez, do mundo ninja, atualmente, no momento era a esposa de Uchiha Sasuke e mãe de sua única filha, Uchiha Sarada.

Ela sabia que Sakura havia dedicado sua vida a ele, não literalmente, mas sempre lá, o esperando retornar para ela, mesmo depois de uma de suas despedidas, quando estava indo se encontrar com os subordinados de Orochimaru para seguir o seu caminho como um vingador, mesmo depois do reencontro de anos, tão avassalador quanto, de quase ter a matado e depois a Quarta Grande Guerra Ninja e de tudo pelo que passaram, veio mais uma despedida, e essa, sendo a última. Sakura amava Sasuke, até mesmo tanto quanto Karin.

Quando recebeu a tão estranha proposta do Uchiha, sua integração ao Time Taka, antes Hebi. Então, ela havia aceitado, com a morte de Orochimaru na época não havia muito que poderia fazer, contudo ela não havia aceitado por esse fato e sim, por que sentia algo por ele e queria ficar perto do mesmo, porém de forma distante.

Logo então, veio os vários momentos em que passaram juntos, de forma distante, mas ainda sim, eram alguns momentos.

Quando vira Sasuke tão ferido pela luta contra Deidara, o agora, morto integrante da Akatsuki, seu coração se apertou, por que tinha medo de que algo ruim prevalecesse sobre o recém-formado Time, que por acaso ela também considerava como algo, agora, próximo a um sentimento um pouco acolhedor, mesmo que tivesse que aguentar Suigetsu e suas brigas, trocas de ofensas e tapas que travavam entre si, até mesmo a tranquilidade de Juugo a deixava um pouco irritada, quando ele não estava em um do seus surtos de personalidade, que eram controlados por Sasuke, e até mesmo os "chega pra lá" e gelos que ela recebia do Uchiha, não a afetavam tanto.

Após isso, muitas coisas começaram a mudar: a constante mudança de Sasuke, não em sua personalidade sempre reservada e distante, mas sim, no ódio que dominava o seu coração, que ela podia ver, assim como todos, tão claramente. Depois do mesmo derrotar seu irmão e descobrir toda a verdade que lhe fora escondida por anos. A partir disso, nem tudo era a mesma coisa.

Ele havia mudado, o ódio o dominava.

Também havia Sakura, que amava Sasuke tanto quanto Karin.

Ela sabia disso e sabia muito bem. Sabia por que após ter sido golpeada pelo Chidori de Sasuke e após ser salva pela mesma de levar um golpe fatal do Uchiha, tudo havia acontecido rápido de mais.

Ela havia visto aqueles olhos esmeraldas, bem abertos e claros, para quem quisesse os ver, as lágrimas caiam de forma pesarosa, enquanto a mesma tentava controlar seu chakra, para curá-la, mas de forma inútil, já que o mesmo oscilava constantemente.

Ela chorava, chorava de forma tão sofrida, que Karin por um momento, até mesmo sentiu pena. Sentiu pena por que já havia passado pela mesma coisa, afinal, quantas vezes, enquanto todos do Time Taka, dormiam, acampados em alguma caverna ou floresta fechada, ao invés de ir dormir e acordar descansada para a missão no outro dia, ela acabava de forma inevitável, observando as costas de Sasuke, sempre a distância?

Ela não sabia, por que havia perdido a conta.

Ou quando ela tentava inutilmente se aproximar de Sasuke e o que recebia eram os olhares distantes, por que ele não queria nada. Ele tinha os seus objetivos e ela não estava inclusa neles e nem estaria.

Além disso, também não culpava Sakura, talvez no começo sentiu algo não muito bom sobre a mesma, mas com o passar dos fatos, isso mudou, além disso a ruiva não poderia falar sobre a Haruno, afinal, quem havia convivido com o Uchiha desde o início, fora ela. Quando o rosto de Sasuke não era tão indiferente e frio, os olhos não eram tempestuados pelo desejo de vingança e ainda se podia ver alguns sorrisos contidos esboçados de canto, ou quando a alma do mesmo era preenchida pelos companheiros, que ele começava na época a considerar o Time 7 como uma família. Algo que ele havia perdido.

Não era com ela e sim com Sakura.

Quando se insinuava a Sasuke, na época em que o Time Taka ainda era o Time Taka, ela havia percebido seu olhar, era de rejeição, de quem não queria nada, por que ele realmente não a queria e aquilo doía, doía tanto que em algum momento ela pensou que fosse desistir de tudo, por que no fundo, aquilo não daria em nada e não chegaria a nada.

Foi também, comprovado naquele momento e em alguns outros, que desde o inicio isso era algo certo. De que ela nunca seria algo para Sasuke e que, ela não havia de fato, amado ele como ela havia pensado.

No momento em que estavam na guerra, a Quarta Grande Guerra Ninja, que fez tantas perdas e devastações ela havia visto ali o verdadeiro Time 7, ela percebeu que Sasuke nunca se sentiria completo com o Time Taka, por que o Time Taka nunca seria um lar para ele ou algo próximo da família.

No fim da guerra, Uchiha Sasuke havia sido derrotado e estaria, voltando ao seu lar, Konoha. Ao lado daqueles que realmente o amavam.

Ali ela havia dado de si, um quarto de suas forças.

. . .

Mas o tempo sempre consertava tudo e sempre passava levando algo, pouco tempo antes de Sasuke ser libertado de sua condicional e ter seus crimes e atrocidades pagos diante do Conselho de Konoha e da Vila, com o pedido de perdão também concedido ao sannin, ela estava em Konoha juntamente com Juugo, para entregar o redirecionamento das pesquisas que seriam feitas nos esconderijos de Orochimaru.

Ela andava em direção ao escritório Hokage, por aquelas grandes ruas, de diferentes casas coloridas, com estabelecimentos cheios, crianças correndo e gritando, com suas mães logo atrás preocupadas, era algo tão verdadeiro e belo, que era no fim, a felicidade de ter um lar, algum lugar onde se era querida, onde seria bem-vinda.

No entanto, ela havia obtido isso, por um curto período de tempo de sua vida, mas ainda assim, valia muito. Sua casa, no agora destruída e reduzida a grandes ruínas, o país do Redemoinho, arrasado pelas nações que temiam o poder deste país e que também arrasaram a vida dela. Ela havia tido os seus amigos, pais, familiares. Um lugar onde poderia chamar de casa, porém, em um rompante tudo havia se esvaído, como areia em suas mãos. Não restava a Karin muitas coisas.

Então ela viu Sasuke e Sakura, e ela sorria para ele, de forma tão verdadeira, singela e intensa que ela viu ali, que não teria para ela espaço no coração de Sasuke, por que afinal, ele nunca havia pertencido a ela, ele pertencia a outra.

Sasuke somente olhava Sakura, alguns poderiam interpretar um olhar indiferente, mas ela via algo indecifrável, talvez uma fagulha, algum resquício, havia algum sentimento no olhar dele, de forma discreta e contida. Mas havia sim, alguma coisa.

Com isso, ela deu dois quartos de sua força.

. . .

No momento em que Sasuke estava prestes a sair de Konoha, para a sua redenção, a menos de três dias depois de presenciar o episódio em que vira Uchiha Sasuke e Haruno Sakura juntos, ela passava pela saída da vila, junto com Juugo, estava retornando ao esconderijo, que agora não era mais necessariamente um, de forma discreta e imperceptível, ela observou a cena, sem ser notada por ninguém, ela havia visto, aquele toque.

O suave toque que Sasuke dera na testa da garota de cabelos rosados, que para Sakura, talvez não quisesse significar alguma coisa, naquele momento, porém, Karin sabia que aquilo era muito mais do que algo simples, era um gesto de amor, ou algo próximo a aquilo.

Um gesto que Uchiha Itachi fazia a Sasuke, sempre falando que haveria uma próxima vez entre eles, um gesto carinhoso, que representava de forma contida, sentimentos que não poderiam ser ditos naquele momento.

Ela não soube ao certo o que pensar, ela somente deu três quartos de sua força.

. . .

Havia também, o momento em que fora ela a entregar Uchiha Sarada, para os braços de seus pais, ela quem havia realizado o nascimento de Sarada, Uchiha Sakura estava grávida durante a viagem que fez com Sasuke e por não terem a condição do tempo para chegarem a Vila da Folha, Sakura teve que ter Sarada em um dos esconderijos de Orochimaru, o local mais próximo e apropriado entre as florestas que Sasuke havia achado, e lá, havia alguém que poderia ajudá-los.

Karin.

Ela viu o olhar de ambos, um olhar repleto de felicidade e amor, acima de tudo, a realização por verem a filha bem, a pequena garotinha de pele pálida, os olhos tão negros quanto o de Sasuke e os poucos cabelos que tinha, eram pretos, uma miniatura do Uchiha, em versão feminina.

E ela também se sentiu bem e feliz, não só por ter feito parte daquele momento, de ter realizado o nascimento de Sarada e sim, por finalmente entender tudo, ou o que restava.

Entendeu que, no fundo, ela só queria que Sasuke fosse feliz, com Sakura, e sua então nova família, ela entendeu que já havia esquecido ele a muito tempo, sabia que não tinha arrependimentos, agora ela poderia falar que havia superado aquilo, havia superado Sasuke, e os sentimentos que sentia por ele.

Karin sabia que não o amou tanto quanto Sakura e também não chegaria a tanto.

No fundo, ela queria o que a maioria das pessoas desejavam.

Queria ser amada, tão desesperadamente, que havia se esquecido do que era importante. Ela queria ter um lar, no caso, alguém para quem ela pudesse retornar.

No fim daquilo, sem hesitar ela finalmente deu toda a sua força.

. . .

– Ah! Suigetsu, eu vou te esganar, cabeça de peixe. – Gritava a ruiva enquanto ajeitava o óculos em seu rosto e o encarava. Céus! Ele havia feito uma bela burrada. – Isso é impossível, Sakura estava com Sasuke e durante esse tempo, a Sarada nasceu no esconderijo, seu idiota!

Suigetsu apenas a encarou, a face um pouco surpresa, talvez divertida pela exaltação da ruiva.

– Então aquele cordão umbilical...

Deixou a frase no ar, ainda não crendo naquilo tudo.

– É óbvio, era da Sarada. – Karin murmurou por fim, suspirando. – Você é realmente um retardado.

– Então, você está falando sério? – Perguntou, dando uma pausa e logo depois de uma confirmação muda de Karin, logo continuou. – Quer dizer, você dizia que amava o Sasuke, bem, faz muito tempo, mas e agora você realmente superou o que sentia por ele, Karin?

Karin percebeu um pouco de seriedade no tom de voz dele, porém, não disse nada e nem diria.

– Eu estou bem e eu superei isso, eu realmente só quero que o Sasuke seja feliz, seu babaca! Além disso, existe uma coisa chamada amizade entre mulheres, se você não sabe... Você não entende mesmo, Suigetsu.

De fato, existia sim uma amizade por ali, no curto período de tempo em que Sakura ficara no esconderijo durante o nascimento de Sarada, ela havia criado uma amizade, uma espécie de laço entre elas.

– Então era isso... Molde de dentaduras, você também deve um novo par de óculos a Sarada.

– E pensar que ela já cresceu o suficiente para aqueles que eu dei a ela. Além disso, você tem muito que se desculpar com a Sarada, Suigetsu. – E ela prometeu que ela mesma o faria se desculpar com a garota. – E não me chame assim, cabeça de peixe!

Ele apenas riu profundamente, não devolvendo o xingamento enquanto continuou a olhar para ela.

E talvez, ela tivesse sim, um lugar ao qual pertencesse, e um certo ser de cabelos azulados meio esbranquiçados, com uma alma de peixe – literalmente – estaria incluso nisso.

Por que afinal, ela só desejava ser amada e amar

. . .


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado verdadeiramente da leitura, primeiramente por que eu mesma achei essa fanfic meia vaga, sem graça e curtinha, mas se houver uma próxima vez, prometo fazer algo melhor, haha.

Além disso, a Karin é uma personagem que eu gosto muito, apesar de na maioria das fanfics, ela é abordada como uma rival da Sakura na questão do amor que sentem pelo Sasuke, mas eu sou completamente shipper SasuSaku e, resolvi fazer essa fanfic baseada nos sentimentos da Karin, de como ela se sentia com tudo que aconteceu e na superação dela com o Sasuke, além disso estejam cientes de que a fanfic não segue uma clara linha do tempo, por que mostra diferentes passagens, desde o momento ta integração dela ao Taka até o momento em que ela fez o nascimento de Sarada.

Mas enfim, não enrolar mais vocês, sei que a maioria vai ter preguiça de ler até aqui e muito obrigada a todos, principalmente aqueles que participaram, seja nos comentários, recomendação ou favoritos! Beijos ♡♡ E se tiver algum erro, me desculpem.

Mrs. Kye