A ampulheta da mente escrita por Howlita


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic sem ser one shot,comentários e criticas construtivas são muito bem vindos! :3



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“Nosso mundo foi criado pelos deuses há vários anos atrás...”
– Professora não acha que devíamos aprender como lançar feitiços e outras coisas importantes invés de historinhas bobas?
Sobre a luz da tarde, o silencio reina na sala. A professora com sua experiência à mostra, assim como suas cicatrizes, quebra tal silencio mórbido com sua voz rouca.
– Nós somos a esperança desse mundo, nós somos a força que trará paz. Sabem por quê?- A professora pergunta para suas alunas com um olhar sério. - Nós somos as guardiãs da ordem, tão poderosas, quanto temidas. Aquelas que acham que o poder é para uso próprio, não tem determinação. E estas devem sair deste local agora e nunca mais voltar! Esta historinha mostra nossa determinação aquelas que não desejam ouvir que saiam de nossa ordem! - Ela observa as excreções das jovens e continua. - Voltando ao assunto...
“Os deuses mais fortes teriam controle sobre um território, e os outros os ajudariam. Aqueles que reinavam com o poder da luz, ficaram com o controle das férteis planícies do oeste, com seu líder o deus do Sol, Solen. Já os das sombras com as gigantes montanhas e cascatas do leste, comandados pelo deus da noite, Noir. Os deuses da água ficaram com os oceanos e a costa sul, sobre o controle de Mari, a deusa do mar. Outros ficaram com os desertos escaldantes do norte, junto ao deus das areias do deserto, Anwar. Por fim a deusa da mente, Turquesa, criou um reino nas nuvens para observas todos os seres daquele mundo.
Juntos todos os deuses criaram vários seres, como humanos, fadas, lobisomens, dragões, animais entre outros. Enquanto a deusa da mente lhes dava consciência. Mas com o tempo os seres das sombras começaram a invejar os da luz, pois estes tinham terras férteis e um clima agradável, diferente de suas duras e frias montanhas. Os moradores do deserto também se sentiam injustiçados com seu clima árido e a falta de água. Não demorou muito para as guerras explodissem pelo controle dos territórios entre os mortais.
Mesmo com seus territórios em guerra, os deuses se recusavam interferir para não causar mortes desnecessárias, e mandava seus sacerdotes para impedir confrontos. Mas no final isso era inútil.
Com essas guerras muitos perderam suas casas, suas famílias, tudo. Entre elas estava uma jovem. Ela perdeu tudo e perto da morte encontrou com uma bruxa. Esta bruxa a salvou e nos trouxe até a nossa ordem. Aqui ela aprendeu magia assim como nosso ideal de paz pela força. Para alguém que perdeu tudo por causa da guerra nosso pensamento lhe dava esperança. Não demorou muito para se tornar uma poderosa bruxa e nossa imperatriz. O nome dela era Scarlet.
Enquanto isso o deus Noir sentia a angustia de seu povo por viver naquele lugar frio e escuro, apoiando a guerra, porém ele não poderia interferir já que sua amada irmã A deusa da lua Selene, não o deixava participar. Scarlet então usou um feitiço para controla-lo, incitando-o a lutar contra os deuses da luz. Desta forma ela conseguiu um grande exército, e com ele acabaria com a injustiça entre os reinos e criaria a paz que o deus tanto desejava. A irmã dele até ficou no caminho, mas no final ela viu a verdade e decidiu se unir a eles.
Logo todos os deuses entraram na guerra. Mari e o reino da água ficaram neutros, porém ela foi morta, e seu reino conquistado pela deusa da lua. Já os deuses do deserto se aliaram aos da luz para em troca de recursos como água e comida, mas no final foram massacrados. Apenas sobraram quatro deuses, o deus do sol e a deusa da mente contra o deus da noite e a deusa da lua. O final da guerra se aproximava. Selene então se propõe a lutar contra o deus do sol para acabar com tudo. Um desafio de vida ou morte. No final, ele perde, mas prestes a morrer, ele diz à ela.
– Não vê o que você esta fazendo, nossos irmãos estão mortos e por quê? Por uma briga inútil como essa. Nosso mundo, aquele que criamos com as melhores intenções está destruído, nós éramos mais de trinta no total, agora só sobraram quatro de nós... É isso que você quer? Se a resposta é sim, então você não é mais aquela que me apaixonei.
Sua consciência pesa com estas palavras, na mesma hora o arrependimento lhe atinge. Ela só queria que seu irmão fosse feliz, que seu povo fosse feliz, mas a guerra lhe custou muito caro. Os três deuses se dirigem para a fortaleza de Noir, para convencê-lo a acabar com isso. Porém lá estava ela, nossa imperatriz, apesar das intenções dos deuses, o feitiço não pode ser quebrado com palavras. Selene, percebendo que seu irmão estava sendo manipulado por Scarlet, a mata. Mas isso não bastou para liberta-lo do feitiço. O deus da noite então teve que ser selado, para que não continuasse causando problemas.
No final os deuses estavam muito feridos. A deusa da lua e o deus do sol deram metade de sua alma para ser reencarnada em um herói para guiar seus reinos, enquanto eles selam a si próprios para poderem se curar. A deusa da mente dividiu-se em milhares de sonhos e pesadelos. Os sonhos para dar esperança e os pesadelos para avisar possíveis erros. Porém, antes de ser selada, Selene pede para Turquesa para separar metade da alma de seu irmão, para ser reencarnada assim como a dela, para tentar recupera-lo do feitiço.
Para ter certeza que os deuses encarnados não se afastariam do caminho da paz, foram criadas três joias. Cada joia permitiria inibir os poder do deles, assim como localiza-los. Porém nós conseguimos pegar a joia do deus da noite e dessa forma, conseguimos usufruir do poder de Noir novamente, para conseguir a paz.”
– E Agora depois de trezentos anos podemos finalmente terminar o que a Scarlet começou,com o novo deus da noite ao lado de nossa nova imperatriz Vira, conquistaremos um novo e glorioso exército e com ele traremos a paz e a ordem!- Brandou a professora, inspirando suas alunas. - E amanhã nos vamos à guerra contra os reinos da mente, se preparem.
De modo vitorioso, ela saiu da sala. Partindo em direção a sala principal. Adentrando as paredes de mármore, ela vai até o centro e se ajoelha ao trono de sua imperatriz. Já a figura encoberta por uma capa, apenas lhe mostra um sorriso e lhe diz:
– Ora minha amiga como vão as suas alunas?- Sua voz sai de forma suave, porém ameaçadora.
– Minha grande imperatriz, devo lhe dizer não são dignas, não para serem guardiãs.
–Mas serão ótimos peões não acha?
Nada mais foi dito apenas um sorriso e isso já bastava.


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Notas finais do capítulo

Obrigador por lerem e espero que tenham gostado :3