Tédio escrita por Akirayagami


Capítulo 4
Hanging by a moment


Notas iniciais do capítulo

O titulo da fic é o mesmo de uma música do Lifehouse, pois a letra da música tem muito a ver com esse capitulo:3
Para quem quiser ver a letra:

http://letras.terra.com.br/lifehouse/22810/traducao.html

A música tem nesse site:
http://www.lojadosom.com.br/



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“Tsc! Mas que merda é essa? Esse imbecil... Quem ele pensa que é? Me Fazendo perder o controle dessa forma...”  Conjeturava furiosamente Kanda. “Deveria matá-lo! Assim nunca mais teria que olhar para aqueles olhos verdes, que estão agora mesmo mirando-me... E que me deixam tão inquieto! Perscrutando-me, como se me conhecesse , soubesse meus pontos fracos... Nunca mais ouvir sua voz gritando “Yuuu” daquela forma irritante, sempre rindo, falando besteiras e provocações desconexas! Ver seu sorriso... Aquele sorriso bobo, sempre tão alegre e risonho... Feito um demente, é um porre! Sentir o toque de suas mãos... Macias, ágeis, me causando arrepios e descontroles sobre mim mesmo... Nunca mais sentir seu corpo, que ao aproximar-se do meu, sei lá porquê diabos,  faz meu coração acelerar, bater tão forte e rápido; um real aborrecimento...” 

Impulsivamente e sem perceber, o samurai perdeu-se em seus pensamentos, detalhando o ruivo mentalmente. E quantas vezes já não fizera isso antes ?   Todas as vezes que o pegava olhando para ele, todas as vezes que se esbarravam “acidentalmente” pelos corredores da Ordem, em missões, no silêncio de seu quarto, em madrugadas de insônias... Repentinamente, Kanda deu-se conta de algo realmente assustador; Lavi não sabia de seu “ponto fraco”: ele era seu ponto fraco.

  “... Esse idiota... é mais perigoso do que eu imaginava...” concluiu por fim o moreno.

Mordendo fortemente os próprios lábios, Kanda vira-se e finalmente encara a face aflita de Lavi. 

- O que você quer dizer com tudo isso, o que quer afinal?- perguntava propositalmente desdenhoso, porém notavelmente apreensivo.

- Eu só quero... - Lavi tentava explicar-se, mas fora interrompido: Kanda começara a desfilar sucessivamente perguntas em tom ofensivo, enquanto caminhava de um lado para o outro:

-... Como se isso tivesse alguma importância...  Eu não passaria de tinta no papel para você? De um mero Exorcista? – parou em frente ao ruivo e o fitou, impetuoso.

- E por quê eu estaria apaixonado por você? Você, há quem eu nem conheço... Não sei nada sobre você. – fez uma pausa, respirou afobado e continuo, dessa vez ironicamente:

- O Bookman Jr....  “Aquele que escreve a historia da humanidade”, não é?   Você, que partirá a qualquer momento... O que aconteceu com o “Não posso interferir na historia ” ? POIS ESTA INTEFERINDO! Interferindo na droga da historia.... Na droga da minha historia!

Visivelmente exausto, ele permaneceu parado frente ao Bookman e continuou a fita-lo. Sem ação, o ruivo não acreditara no que acabou de ouvir, e nem no que estava vendo: do rosto de Kanda escorriam lágrimas. Lágrimas cálidas que iam contornado o belo rosto do exorcista de longas madeixas.

Inesperadamente, Lavi toma o moreno pelo pulso – e apesar da relutância deste – recosta a cabeça dele contra seu peito, segurando-o firme.

- Desculpe...Eu tentei, juro que tentei “não interferir na historia”. Mas existem coisas que são simplesmente inevitáveis. Você é inevitável para mim. Não escolhi me apaixonar por você. Por que dentre tantos e tantas exorcistas, eu fui me apaixonar por você? Não sei.  E não é como se isso tivesse alguma importância... – o Bookman então pegou entre suas mãos o rosto de Kanda, fazendo-o olhar para ele - Porquê isso tem toda aimportância. Não posso prometer que “vou estar sempre ao seu lado”, é ilusão dizer algo assim... Não posso te dar certezas... Não posso dar respostas para suas perguntas, porquê ainda procuro respostas para as minhas... Mas posso te dizer quem sou eu. Você diz que não me conhece... Você quer saber, não é? Está bem.

Afastando o moreno de si, Lavi colocou a mão sobre seu ombro amigavelmente, e disse sorrindo:

-  Eu sou aquele que esta  apaixonado por você....- e fitando docemente a expressão de surpresa do moreno, Lavi adiantou-se e continuo, agora que tomara coragem não havia motivos para conter-se:

-...Não, na verdade, eu sou aquele que agora, te ama. Mas não vou ser um imbecil apaixonado; sei o que pode acontecer. Sei que há riscos a correr. Entenderei se não estiver disposto a isto.Mas, quer correr esses riscos comigo, Yuu ?

Não fora preciso palavras: os lábios selaram um “sim” ao juntarem-se em um beijo aflito: as línguas de ambos travando uma silenciosa “guerra”, explorando-se, seus lábios envolvidos, os dois estavam absortos nesse demorado beijo, mas tiveram de separar-se pela falta de ar. Ofegante, Kanda olha para Lavi e recuperando o fôlego sorri:

- Temos algo inacabado aqui, não é, Baka usagi ?

Retribuindo o sorriso maliciosamente, Lavi  comfirma com um aceno de cabeça:

E agora já não importava mais se fazia calor, frio, se estavam ocupados ou entediados: estavam juntos.


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