- Entre, se quiser. – Olhando de relance para o ruivo, concluiu, entrando em seu quarto logo após – E feche a porta, caso entre.

Pensara por vezes que, talvez, o calor estivesse afetando seu juízo, mas, ao parar em frente à porta do quarto do moreno, vira que estava em pleno domínio de sua consciência. Lavi não pensou duas vezes, entrara no quarto, fechando a porta atrás de si. Estava um pouco atônito para pronunciar qualquer palavra. Mesmo receoso, chamou timidamente por Kanda , talvez este pudesse dar-lhe alguma explicação melhor. Lavi não podia ficar a mercê do que sua mente já começara a imaginar.

-Yuu ...err..?

O exorcista desabotoava o que faltava de sua camisa, retirando-a em seguida, deixando sua tatuagem amostra. Jogando sua veste ao chão, fixou seu olhar ao ruivo, ainda sustentando uma expressão séria, porem assumira um ar sádico, pouco perceptível. Aproximou-se de Lavi, - que realmente parecia um coelho, indefeso – e segurando pela camisa do ruivo o encostou na parede, segurando seu  queixo, roçando levemente seus próprios lábios aos dele.

- Estou entediado, e sei que você também esta. Se quiser fazer escândalo e correr, fique a vontade. Mas se ficar, prosseguiremos. –Sentenciou seguramente Kanda.

Aquela sucessão de acontecimentos inesperados deixara Lavi sem ação por alguns momentos apenas, pois logo que Kanda o informara da “situação”, sem hesitar, o Bookman agarrou decididamente a cintura do moreno; de fato, não correria, e já nem deixaria mais o outro fazê-lo. Com os lábios encostados aos do moreno, Lavi sorria maliciosamente para ele.

- Se realmente começar algo, não pense que o deixarei parar... -Procurava provocar o exorcista com esta afirmação, o que conseguira com sucesso; Kanda deixou escapar-lhe um perverso sorriso ao canto dos lábios, sentia-se incitado, o que aumentava mais seu desejo pelo ruivo. Seria o calor, ou o espadachim sentia-se atraído por ele desde o inicio? Não se sabe, mas Kanda queria aproveitar enquanto estava ali. Direcionou seus lábios ao pescoço de Lavi e começou a beijá-lo, dando leves mordidas no lóbulo da orelha do Bookman.

 - E quem falou em parar... ?  - Instigante, cochichou no ouvido do ruivo, ao passo que descia o ziper da calça do mesmo . Ao sentir tal caricia já tão pronunciada, Lavi segurou a mão do moreno exorcista, conduzindo-a para dentro de sua própria camisa, mantendo-a em seu abdômen - sentia que Kanda tinha pressa, e ele próprio talvez também tivesse, mas sempre fora dado a brincadeiras e queria testar os limites de Kanda. Não era todo dia que tinha a oportunidade de explorar as formas robustas do samurai, seu corpo escultural dava a Lavi uma sensação de poder saborear um banquete: e era certo que o faria.  Descobriu que almejava esse momento mais do que ele mesmo sabia - e desconfiava que não era só ele que sentia-se assim.

 Vendo que o ruivo não tinha tanta urgência, Kanda deixou-se entrar nesse jogo. “Vamos brincar...”, sorriu o moreno ao pensar que de fato, não era preciso ter pressa.

Movimentando vagarosamente sua mão sobre o abdômen do ruivo – que sorria satisfeito com a carícia e a concessão que Kanda demonstrava –  o moreno atreveu-se: testaria os “limites” de Lavi também. 

Levantando lentamente a camisa do Bookman, deixando seu torso a mostra,  começa a dar breves beijos em seu abdômen, como se estivesse brincando, enquanto suas mãos acompanham o contorno dos quadris do ruivo. Entre intervalos, olhava momentaneamente para  ele, e via em sua face um largo sorriso de satisfação: era agradável, porem Kanda almejava mais do que aquilo; tinha uma natureza um tanto sádica, era verdade. 

 Apoiando os cotovelos sobre o tórax do Bookman, o moreno para e fica a mirá-lo, sorrindo de forma mordaz. Este por sua vez, fica a observá-lo com um olhar incerto, “ O que ele quer  fazer...?”, chega  a pensar.

 Kanda então leva seu dedo indicador ao queixo do ruivo, levantando-o e depositando ali um demorado beijo, ao tempo que deslizava seu polegar ao peitoral do mesmo,  alisando e  pressionando ligeiramente seu mamilo esquerdo, o que fez o ruivo morder o canto de seus próprios lábios , contendo um suspiro.  Kanda então desceu seus beijos, e lascivamente passou sua língua em torno do mamilo direito do ruivo, enquanto pressionava energeticamente o outro, arrancando assim voluptuosos gemidos, impossíveis de serem contidos, por mais que o ruivo tentasse. Porem, apesar de toda a  excitação, havia algo que incomodava o ruivo.