Ao Pôr do Sol escrita por Vick Alves


Capítulo 5
Uma Noite de Babá


Notas iniciais do capítulo

Dizem que quando pessoas malucas se juntam para cuidar de uma criança sempre acontece algo de errado, eles podem ter razão.
Personagens:
Ashley
Thomas
Ammy
Connor



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Thomas começou a organizar as coisas, entanto eu tirava o skate da bolsa. Não estava nenhum pouco afim de ir com ele já basta o aguentar na barraca a inda vou com ele? Nem pagando, assim que chegou o asfalto eu joguei o skate do chão e comecei a andar, eram intermináveis ruas até finalmente chegar a rua da Ammy. Ela estava sentada num degrau da escada ansiosa para eu chegar para que ela pudesse ir trabalhar sabendo que Connor esta “seguro”, é claro que eu iria irritar um pouco ele por causa o Mp3, mas nada que ele vá morrer ou algo do tipo. Eu parei o skate quando estava chegando em seus pés, deu para sentir de longe o medo que ela teve de atropelar os dedos dela. Ela levantou-se e me deu um leve beijo na bochecha, alisou e meu rosto e olhou dentro dos meus olhos, os olhos de Ammy eram tão escuros quanto a noite e tão brilhantes quanto as estrelas, ela sempre teve uma doce beleza que chegava a encantar pena que o Ethan não soube aproveitas isso.

– Obrigada por ficar aqui e cuidar de Connor por essa noite, fico feliz em saber que vou poder contar com você enquanto eu trabalho na feira grande parte da noite. Você é magnifica!

– Esta bom, chega de puxar saco por hoje.

– Ashley, Connor esta com fome não deu tempo de fazer nada para ele comer. Eu vou deixar dinheiro com você caso algo aconteça, eu deixei na mesa do telefone debaixo de uma tartaruga.

Ela me deu outro leve beijo na bochecha e saiu andando deixando comigo o doce perfume que ela usa, eu suspirei e subi os degraus para entrar em casa. Eu precisava cuidar de Connor, ligar para Scarlett e fazer a unha tudo isso ao mesmo tempo, não que fazer a unha e falar com Scarlett seja difícil, mas cuidar de Connor é. Ele estava encolhido do sofá coberto com uma manta, ele falava só enquanto brincava com seus dinossauros. Eu caminhei até o quarto, deixei minha bolsa e peguei um esmalte azul-jeans em minha mala. Voltei para a sala e sentei-me na poltrona perto do telefone, disquei o número de Scarlett demorou um pouco até uma voz um pouco rouca atender, com certeza era ela.

– Scarlett, sou eu Ashley.

– Ashley, achei que tinha se perdido no meio das retardadas torradas que tem por aí.

– Muito engraçado senhorita Scarlett, eu queria te contar mesmo...

– Desculpa Ash, é que agora não dá mesmo. Eu chamei o pessoal do último ano para passar a noite aqui, você sabe, Max, Elsie...

– Não há problema, eu ligo outro dia.

Eu desliguei sem nem mesmo me despedir dela, eu fiquei um pouco chateada por ela não ter me contado que faria uma festa na casa dela entre as férias e convidaria pessoas como Max e Elsie. Max era um das pessoas mais incríveis do último ano, ele tinha uma lista infinita de prêmios da escola e ele chegou a fazer algumas propagandas para marcas incríveis de roupa, e Elsie era a garota mais cobiçada do último ano, todos a amavam porque ela era realmente muito adorável, era inteligente e os pais dela já a levaram para conhecer lugares como Paris e Londres. Eu voltei a prestar atenção nas minhas unhas, abri o esmalte que já estava acabando e com a minha péssima mão esquerda comecei a pintar, saiu um desastre! Eu nunca pintei minha unha só, eu era a mais nova quando não era minha mãe que fazia as coisas era Ammy, e depois que Ammy se casou quem virou minha irmã mais velha era Scarlett que vivia na minha casa colocando o pé no meu sofá e chamando minha mãe de “tia”. Scarlett era mesmo um ano mais velha, ela repetiu na quarta série porque ela faltava muito quando os pais dela se divorciaram por causa de um cachorro, mas isso não importa.

Eu ouço alguém bater forte na porta dos fundos, Connor saí correndo para abrir sem mesmo eu pedir. Ele demora um pouco, e volta com uma caixa nos braços tão alta que não dava para ver nem seu rosto. Eu percebi que estava pesada, então tirei de sua mão e coloquei no chão.

– Quem era Connor?

– Era Thomas, ele quer entrar eu disse que iria perguntar se você deixa... pode?

– Pode, fazer o que – ele saiu. – Droga! – eu pensei alto.

Alguns segundos depois Thomas entrou na sala segurando mais uma caixa gigante, ele deixou no canto da sala e sentou sem que eu pedisse. Connor deitou no sofá com a cabeça no braço do sofá a as pernas sobre as de Thomas, eu continuei prestando atenção nas unhas, ou pelo menos fingindo que estava. Quando Connor sentou no meu colo e ficou me olhando como quem iria pedir algo proibido.

– O que você quer Connor?

– Pizza, por favor faz muito tempo que eu não como pizza!

– Não vende pizza aqui, e se vender deve ser no centro. Pessoas normais costumam tomar soverte quando estão de férias na praia – Thomas comentou.

– Pena que não somos normais, olha Connor sua mãe só deixou dinheiro de emergência é errado gastar com coisas assim... o máximo que posso fazer é comprar uma pizza!

Ele cruzou os braços fazendo cara de choro, sempre que ele faz essa cara eu juro que morro de vontade que bater nele só que eu lembro que já fiz muito isso com a mãe dele, então é hora de retribuir. Eu peguei o meu casaco que Ammy jogou no sofá tentando fazer com que eu me sentisse mais em casa só que não deu muito certo, voltei para sala pegando o dinheiro e as chaves que estavam jogadas na estante. Quando eu estava quase saindo, Thomas segurou meu braço fazendo com que eu rapidamente voltasse o olhar para ele.

– Vai me deixar mesmo com ele?

– É só por alguns minutos, se ele tiver fome tem comida na geladeira... eu estou morrendo de vontade de tomar sorvete, e sei que ele vai fazer uma birra gigante se eu não for. Tudo bem por você?

– Não demore muito, estranha.

Eu saí, suspirei ao sentir o cheiro de que estava livre deles por pelo menos cinco minutos, e por causa do cheiro de água salgada que dava para sentir mesmo por quilômetros. Peguei meu skate que estava jogado na varanda e saí contra aquela brisa de praia a noite, não demorou muito até eu encontrar uma sorveteria aberta, tinha uma fila gigante só que parecia ser a única por perto e não estou muito curiosa para sair por aí por nada.

– Infernos! – eu pensei em voz alta.

Uma mulher olhou para eu torcendo o nariz como se eu tivesse falado a pior coisa do mundo, eu não achei então nem pedi desculpas. A fila estava tão grande que demorei trinta minutos para poder finalmente chegar ao caixa onde eu já pedia e pagava, pelo menos era para ser fácil assim. Quem estava me atendendo era uma ruiva totalmente estanha que no crachá dela esta escrito Ella, eu estava totalmente irritada com aquela mulher que eu precisei soletrar meu nome três vezes para ela poder escrever, o pior é que eu pedi um pode gigante de sorvete que viraria Milk Shake. Subi em cima do meu skate e fui andando e parando para pedir “licença” até chegar à porta, onde pude seguir direto sem a interrupção de pessoas que não saem da minha frente.

Eu entrei em casa, deixando novamente o skate na varanda e as chaves na estante. Andei até a cozinha impressionada com o silencio que estava a casa, Thomas estava na varanda de trás sentado com Connor na rede provavelmente explicando para ele mais um jeito de me irritar.

– Eu já voltei...

Thomas desceu da rede num pulo quando ouviu minha voz, Connor demorou um pouco o que não é normal dele quando se trata de desobedecer a mãe dele que nunca deixava-o tomar sorvete.

– Tia Ash! – Connor gritou desesperado.

Eu corri para a varanda, eu reconheço o grito de Connor quando ele realmente precisa de mim, ele estava jogado na rede um pouco roxo e aparentava estar fraco. Eu o peguei em meu colo, conseguia sentir o calorzinho do seu corpo grudado ao meu corpo.

– O que você deu para ele?

– Só biscoitos e leite – Thomas respondeu com olhos arregalados.

– Connor tem intolerância à lactose!


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Notas finais do capítulo

Continua:"Ele estava tomando soro, eu fiquei com pena do meu pequeno ele havia vomitado muito e estava fraco"
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