A fuga da herdeira escrita por Nathaly Switt


Capítulo 8
A ilha


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples...saudades? A tempos não posto aqui né? Enfim, capítulo novinho hoje, me desculpem ele ser curto, mas é porque quero que tudo se esclareça no prox.
Boa leitura.



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— Só pode estar brincando! - alterei o tom de voz completamente revoltada e desesperada com a informação de que seria levada de volta para meu reino.

— Swan, não posso deixar você solta por aí - ele falou de maneira calma, não estava muito afim de brigar, mas eu estava, e o fato de ele não querer brigar me deixava mais revoltada ainda - É perigoso.

Havia um leve preocupação em seu tom de voz.

— Perigoso? Que se dane o perigo - gritei.

Aposto que uma plateia estava se formando na porta do capitão por causa dos meus escândalos.

— Olha Swan, eu estou tentando ser calmo - ele falou fechando os olhos com força para recuperar a paciência - mas meu pavio é curto, então colabora.

Dei uma risada sarcástica.

— Eu não quero colaborar meu querido capitão, fizemos um trato - O lembrei. Me sentei na cama e então cruzei os braços - Eu não vou voltar para meu reino, eu não vou voltar para o castelo - falei como se fosse uma criança de cinco anos que não estava satisfeita com seus brinquedos.

— Ta bom você não quer colaborar, sem problemas amor - Ele disse em redenção e em seguida pegou a cadeira que estava perto de sua mesa, a colocou de coatas pra mim e então se sentou - Então me de um bom motivo para eu não te levar de volta, pois pelo que Rumpelstilstikin disse você fugiu para não encarar as responsabilidades de rainha. Sinceramente eu fiquei desapontado, eu esperava um motivo mais chocante.

— Tipo o que? Traição ao rei? - brinquei com um sorriso sarcástico no rosto - Sabe qual o problema? As pessoas esperam coisas totalmente exorbitantes das outras. Não é porque não excedi suas expectativas que não seja algo complicado.

— Tem sentindo, mas não tem como evitar, pessoas gostam de complicar as coisas - falou arqueando as sobrancelhas como se dissesse o óbvio - E eu aposto que você está fazendo isso.

Fiquei o encarando por segundos com a cara fechada.

— Meus pais querem fazer a junção dos reinos - confessei e ele arregalou os olhos me olhando com a expressão espantada - E eu sou a única herdeira, tenho que me casar.

Esperei que ele falasse algo mas seus olhos estavam mais interessados no nada a sua frente do que em mim.

— Eu não nasci para aquilo - Comecei a colocar para fora tudo que guardei todos esses anos. Sei que o certo era fazer isso com meus pais, mas na falta deles, gancho parece interessado nisso - Nascer com o título de nobreza é algo cansativo, os mimos, nossa, são maravilhosos, água quente no banho, uma cama enorme e macia, vestidos feitos com os tecidos mais lindos que se possa encontrar - falei me lembrando do todos os mimos que recebi desde que era criança naquele palácio - Mas eles tem um preço, e um deles é que eu devia abrir mão da minha vida para cuidar de outras. Pode me chamar de egoísta, mas não farei isso.

Levantei a cabeça para o encarar e percebi que seus brilhantes olhos azuis estavam fixos em mim. Ele me olhava de maneira intensa, como se entendesse o que eu dizia.

— Quase arruinou sua vida, por causa das escolhas que era obrigado a tomar? - arrisquei-me em perguntar.

Para minha surpresa ele respondeu:

— Já.

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Olhei para o livro em minha frente, gancho havia o trancado na gaveta da mesinha em seu escritório para que eu não o pegasse. Mas eu guardei o arame que o usei para fugir, ele era bem útil.

Coloquei o livro em cima da mesa, e virei a sua capa pesada para o outro lado, logo folheei as páginas cheias de palavras em uma língua desconhecida por mim.

— Eu preciso decifrar isso - sussurrei semicerrandos os olhos, como se isso fosse me ajudar a ler o que está a escrito.

Passei os dedos em cima do papel, quando para minha surpresa, vejo duas palavras saindo do livro.

Sorri maravilhada.

— Descobri!

.....................................................................

— Oi - cumprimentei entrando na cabine do capitão, ou melhor, invadindo.

Carregava o livro por debaixo de meu braço. Eu havia acabado de decifra-lo, descobrindo assim os segredos de seu maior inimigo.

— Preciso falar com você - falei observando ele ainda de costas analisando alguns papéis em sua mesa.

— Swan, se for para falar sobre eu te levar de volta, não adianta insistir - Ele se virou para mim - O que faz com isso? -perguntou assim que percebeu que eu estava com o diário de Cora.

— Eu o traduzi - falei com um ar superior no tom de voz.

Ele me olhou surpreso mas depois entendeu o que eu exigiria em troca.

— Que infernos Swan! - murmurou ficando com uma expressão séria.

....................................................................

Eu estava escorada na borda do navio observando o mar levemente agitado, uma tempestade estava a caminho.

Nesse momento a minha mente só tinha espaço para relembrar a conversa que tive mais cedo com o capitão. É não demorou muito para que ele aparecesse.

— Desculpe Emma! - Ele pediu se aproximando de mim.

Não falei nada, apenas continuei a encarar a oceano a minha frente.

— Você não entende....

— Realmente - O interrompi - Realmente eu não entendo Capitão. Você não devia se importar comigo, não é nada pra mim. Não é caracteristica sua se importar se eu estou em perigo ou não. Você tem o título de pirata mais temido desses sete mares, mas pelo que parece é só um titulo mesmo...

— Antes de ser pirata Swan, eu também sou um ser humano - dessa vez ele me interrompeu - com o tom de voz mais elevevado - Você não o conhece, ele está atrás de você, você irá morrer.

— Talvez morrer não seja tão ruim assim -falei desviando a atenção para o mar.

— Da sua boca sai isso, mas seus olhos assustados dizem o contrário - contestou.

— Quem é ele? O que ele quer comigo? - perguntei não aguentando mais a curiosidade.

Ele suspirou o ar pesado que estava em seus pulmões e então me respondeu:

— Eu não vou arriscar falar o nome dele.

Dessa vez eu bufei estressada.

— Swan.... - Ele ia falar algo, mas arregalou os olhos quando levantou o olhar para me encarar.

— O que foi?

Ele não respondeu nada e então me virei. Não precisei olhar muito para descobrir o que fez ele ficar tão paralisado. Havia um redemoinho se formando no meio do mar, e dentro dele havia um brilho verde.

— Meu Deus! - exclamei espantada, nunca vi nada parecido antes - O que é isso? - Me virei para encarar Gancho outra vez.

Como se acordasse de uma hipnose, ele saiu correndo em direção ao timão. Mas antes pude ouvi-lo murmurar.

— Ele nos achou.

Me virei para voltar a encarar o gigante redemoinho se formado no meio do mar, que estava muito inquieto. As ondas estavam tão fortes que a sensação que eu tinha é que o navio iria virar a qualquer momento. Corri para dentro do navio e fui em direção ao quarto do capitão para me esconder do perigo. Como se fosse adiantar algo, mas eu sabia que não adiantaria.

"Minha nossa! Vamos morrer aqui"

Foi o pensamento que eu tive antes de tropeçar e bater a cabeça em algo.

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

— Swan!

Ouvi a voz do capitão chamando meu nome, foi então que eu senti meu rosto ficar gelado e molhado.

— O que?... MAS O QUÊ É ISSO? - gritei ao perceber que havia tomado um banho com o copo de água que o Jones jogou em mim - VOCÊ É MALUCO?

Ele colocou o copo em cima da mesinha só seu quarto e me encarou preocupado.

— Que bom que está bem - pude sentir a leve ironia em seu tom de voz.

— Bem? - O olhei incrédula - Bem não é exatamente a palavra certa. Minha cabeça ta doendo - levei as mãos a minha cabeça e toquei a área dolorida, mas para meu azar estava mioto sensível, e um toque meu fez tudo doer - Ai - Tirei a mão rapidamente do local e então olhei perplexa para meus dedos com um pouco de sangue - Ai meu Deus! O que foi isso? - perguntei tentando não me desesperar.

— Isso - Ele se aproximou de mim - É um machucado que você ganhou ao bater de cabeça na ponta da mesa - colocou um pano molhado no local onde eu estava sentindo dor.

Fechei os olhos e tentei não dizer nada, pois eu iria acabar gritando por causa da forte dor que estava sentindo.

— O que aconteceu? - perguntei me referindo a tempestade, mas ele pareceu não entender pois me olhou com uma expressão confusa - O redemoinho. O que aconteceu? Desviou?

— Emma... - pela primeira vez ele me chamou pelo meu primeiro nome e eu me preocupei com o tom de sua voz - A pessoa que está te procurando, conseguiu nos trazer para cá.

O olhei confusa. O que ele estava querendo dizer.

— Onde estamos? - perguntei desconfiada e preocupada.

— Em uma Ilha - ele me responde com a expressão séria - Terra do nunca!


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Notas finais do capítulo

Ansiosos??



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