– Como assim? - perguntei paralisada mas tentando parecer o mais serena possível. A música que a pequena orquestra tocava na festa de Anna era animada, a vontade de dançar ao ouvir o belo som era enorme.

– Amor, eu sou um pirata! Sei escutar conversas atrás fãs árvores! - disse com um sorriso tão cínico que a vontade que eu tive foi de sair dali.

– E? -me fiz de desentendida e ele revirou os olhos e me puxou pro meio do salão me fazendo dançar junto com ele. Mas eu não quer dançar, por mais convidativa que a musica fosse, eu queria que ele fosse direto ao ponto. Pergunte logo o que que perguntar, minha mente disse.

– Como todos que moram na floresta encantada, e que fazem negócios lá. Sabemos que O rei David e a Rainha Branca só tem uma filha, Emma Swan, a princesa mais querida do reino. Além de sumida, raramente alguém consegue lhe ver, ou falar com você, você sempre some no meio dos bailes. Então me diga. Como você pode ter uma irmã com poderes? - perguntou me trazendo um um pouco mais pra perto quando a musica ficou mais lenta.

Fiquei em silêncio.

– Ah não tem - continuou sendo sarcástico - Você referiu a você mesma não foi? - perguntou em um semblante sério dessa vez - Me responda Swan! - exigiu tentando parecer o mais normal possível pra que ninguém nos percebesse discutindo.

– Acho melhor conversarmos no Jardim! - falei O puxando pra fora do movimentado baile e indo pra onde ficássemos apenas nós dois. E não sei porque, parte de mim queria aquilo.

– Você tem poderes não é? - meu capitão perguntou curioso, mas senti um pouco de raiva em sua voz - Me responda Swan! - exigiu mais alterado.

– TENHO! - gritei - Tenho poderes, é esse foi um dos motivos de eu ter fugido do palácio! - confessei totalmente alterada. Nasci com poderes, é disseram aos meus pai que eu tinha grande potência para o mal, por isso nunca me deixaram usá-los, perdi as contas de quantas vezes meus pais pm foram atrás de alguém que tirasse isso de mim, mas não conseguiram. a pressão pra não usar foi tanta que até eu fiquei com medo do que era capaz - Pronto, feliz?

– Eu só quero entender o motivo de você não querer estar em um castelo, cheia de ouros, riquezas, vida boa. É ainda tem poderes, como pode reclamar disso! - falou confuso com a situação, com certeza foi o tipo de vida que sonhou. Os seus olhos azuis como o mar estavam mais brilhantes ainda por causa da Luz da lua, eu não sei o motivo, mas havia algo naqueles olhos que me hipnotizavam.

– Naquele lugar você tem duas opções, ou você é uma princesa que se importa e se doa de corpo e alma pro seu reino, ou você fingi que se importa e faz parecer que sempre vai protege-los de algo. Eu não quero ser nenhum dos dois! - falei finalmente, foi como se eu tivesse tirado uma carga enorme de mim. A verdade por trás do Monte de maquiagem que os governantes de um Rino usavam, ninguém se importava tanto.

– Sabe Swan! - ele se aproximou de mim, o que fez causar um certo frio em minha barriga - Você não tem cara de princesa mimada que se importa com vestidos! - disse enquanto olhava fixamente para meu olhos verdes, ele estava sério, e com certeza sendo sincero - Eu ainda penso em te devolver pro seus pai! - confessou - pensava! - concertou a frase - mas eu lhe entendo, não faria a mesma coisa também! Acho que fugir de coisas que nos fazem mal é o que temos em comum.

– Do que foge? - perguntei sendo meio intromentida.

– Acho melhor voltarmos pro baile! - ele disse indo em direção a festa.

– Não! - segurei seu braço fazendo com que ele me encarasse - Agora você também tem que me responder! - falei autoritária.

– É nesses momentos que você se parece uma princesinha mimada - murmurou e depois de revirar os olhos voltou sua atenção pra mim - Olha só amor, você é minha prisioneira e eu seu capitão, você tem mais do que obrigação de me responder - disse tocando em meu queixo tentando parecer sedutor.

– Bom, nesse castelo estamos como marido e mulher, você tem mais do que obrigação de responder! - debochei com uma verdade distorcida.

– Agora você não se importar em fingir ser minha esposa! - perguntou brincalhão e se aproximando mais de mim. Ele fazia questão de brincar com os poucos fios soltos de meus cabelos com seu gancho. Não sei porque mas eu estava arrepiada com aquela aproximação.

– Não é bem assim, estou tentando apenas conseguir uma resposta! - falei tentando me afastar, mas meu corpo não obedecia os comandos feito em minha mente.

– então trate de achar um jeito melhor! - disse se afastando - Vamos, temos que ir embora, os homens já pegaram o necessário, temos que sair e desse Reino!

O segui e saímos pela parte de trás do castelo da rainha Elsa, onde não tinha muitos guardas vigiando o portão.
Corremos para a vila para poder chegar ao porto, mas parei me sentando em um banco ali perto.

– Um minuto! - pedi tentado buscar por ar - É por isso que odeio esses vestidos! - resmunguei por causa do espartilho que tinha em meu vestido vermelho, sinceramente não acho espartilho necessário.

– Olha só Swan, pode não respirar, mas da uma bela visão! - Gancho disse apontando para meus seios. Por favor, homem é tudo igual mesmo.

– Acho melhor irmos para o navio! - falei me levantando.

– Estamos tentando fazer isso não é! - disse

Depois de quinze minutos lá estavamos nós de volta ao navio. Fui direto pra onde eu ficava, o escritório de Gancho, esperei ele os homens nós tirassem daquele reino, com certeza o capitão ainda viria me ver antes de ir pra sua cabine dormir. Não demorou uma hora para que eu ouvisse um barulho na porta e ele entrasse.

– Acho que você ia gostar de umas roupas mais confortáveis! - falou colocando umas roupas dobradas em cima da mesa.

– Obrigada! - falei indo até as roupas e desdobrando pra poder ver cada peça, uma calça de couro Preta, uma blusa branca, e um sobretudo parecido com o de Gancho, só que mais longo e bege, sem contar que todas as peças eram roupas de mulher. Logo me veio a cabeça a mulher que estava no retrato que achei em sua gaveta.