Types escrita por Benjamin Theodore Young


Capítulo 2
- Tríade -


Notas iniciais do capítulo

Segundo Capitulo. Espero que gostem galera ;)
Desafio, (hahaha), os meninos Ale, Hayes, Cameron, Hunter, Troye e Brooke, são inspirados nos meninos da capa da fic. O desafio é o seguinte, vocês adivinharem, através das poucas descrições que dei deles, quem é quem. (hahahah). No próximo capitulo eu conto.



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Cameron havia dito a si mesmo que se esforçaria o máximo para adaptar-se a nova escola, o novo estilo de vida, pra dizer propriamente o estilo americano, que ele tanto odiava. Os Clifford eram ricos de berço, e toda aquela caipirice, o inglês, os modos, a intromissão coletiva, incomodava o jovem aristocrata, não que o loiro fosse esnobe, ou elitista demais, não era isso, na verdade fora criado assim, e conviver, mas principalmente fazer amizade com os newbies seria algo interessante.

– E então querido, como foi o primeiro dia de aula? – Perguntou a mãe enquanto dobrava o guardanapo no colo.

– Interessante! – exclamou Cam – Estes americanos são estranhos...

– Acho que na verdade somos nós, europeus, que somos sisudos demais – atou Mr. Clifford levando a taça de vinho à boca.

– Pode ser – sugeriu o garoto – mas enfim, estou tentando me enturmar, o pessoal é diferente, mas nada demais também, tirando claro, alguns contratempos – ele então olhou mais uma vez no celular fitando o vídeo de sexo de Ale – mas estes ao menos me soaram bem interessante – e encerrou a tela dando um risinho de canto de boca - E como foi o primeiro dia na empresa papai?

– Te parafraseando meu filho, alguns contratempos, mas nada demais. O escritório ainda esta se adaptando em ter um dos donos da empresa lhes vigiando de perto agora, mas logo tudo volta ao normal.

– Hoje vai estrear uma peça de teatro maravilhosa, podíamos ir todos? – sugeriu Mrs. Clifford.

– Vou ter que falhar mamãe, como vocês mesmo disseram para eu enturmar, vou numa festa na casa de uma menina que conheci na escola hoje – relatou o garoto demonstrando alguma empolgação.

– Nossa! Isso é ótimo – interviu o pai – as adaptações estão melhores do que eu podia imaginar – e virou para o filho dando uma piscadela.

– Bom, o jantar esta delicioso, mas já terminei por aqui! – vou pra aula de esgrima, e volto mais tarde, não esperem por mim!

...

– Ele é lindo – suspirou Candy enquanto tirava a blusa que experimentava – e esta aqui... O que achou? – virou-se para Summer, colocando outra blusa e recebendo em troca um careta – Ai meu Deus, não estou a fim de ir ao shopping só pra comprar uma blusa, mas estou tão sem roupa – e olhou novamente para dentro do guarda roupa abarrotado – Mas voltando ao menino que te falei... Nossa ele é um fofo, branquinho, cheiroso, e aquele sotaque, céus aquele sotaque me matou – gargalhou – e claro, muito gostoso – gargalhou novamente.

– E você e o idiota do...

– Por favor – interrompeu Summer – nem me fala o nome daquele imbecil – respondeu irritada.

– Nossa, definitivamente vocês não estão bem...

– Eu estou ótima, alias, você não chamou ele pra vir aqui não ? – questionou Summer.

– E precisa amiga, ele vai vir de uma forma ou de outra.

– Proíbe a entrada dele – sugeriu a garota.

– Jamais Summer, você sabe que não faço isso, tudo bem que você é minha amiga e tudo mais, mas não posso fazer isso com ele, afinal, ele não me fez nada!

– Mas fez pra mim – respondeu a ruiva irritada – e você deveria ficar do meu lado.

– Sem dramas Summer, por favor, bem menos! Tenho certeza que isso logo passa, e depois eu que fico com cara de taxo, por ter intervido no meio de vocês dois.

Candy e Summer eram amigas desde o ensino fundamental, mais do que isso, eram irmãs. Onde uma estava, a outra certamente estaria. E quando isso acontecia, bem, boa coisa nunca saía disso.

– Preciso avisar minha mãe que vou posar aqui – argumentou Summer discando o celular.

– E eu preciso conferir meu estoque de camisinha – gargalhou Candy, levando a amiga junto consigo.

– Amo quando seus pais viajam – respondeu a ruiva.

– Que coincidência, eu também... – risos – Pedi pro seu irmão comprar as bebidas pra mim, já que ele pode, mas não se preocupe, ele me prometeu que não vai ficar muito tempo, e muito menos te encher o saco, Ah! – disse ela esboçando euforia – prometeu também trazer alguns amigos da fraternidade.

...

Os ânimos já estavam um pouco exaltados, Cam, ainda que iniciante na esgrima, não aceitava perder, principalmente tantas vezes. Ele então cumprimentou o seu adversário pela última vez finalizando a luta, e congratulando-o pelas inúmeras vitórias.

– Você é bom – argumentou o rapaz que competia com ele ainda com a mascara cobrindo o rosto – mas falta treino – sugeriu – não deixe sua vontade de ganhar ser maior do que sua capacidade de ganhar – ele então estendeu uma das mãos, e com a outra tirando a mascara e levando os olhos aos de Cameron, anunciou-se:

– Lewis, Hayes Lewis – e teve o aperto de mão retribuído – Você é novo por aqui? – perguntou o jovem.

– Sim! Não faz nem um mês que me mudei, quer dizer, mudamos, vim com meus pais, me desculpe, meu nome é Cameron Clifford – atou o loiro.

– Tá estudando onde? – perguntou o rapaz.

San Francisco High – respondeu Cam.

– Legal! – exclamou o garoto – eu também estudo lá, freshman? – questionou Hayes.

– Sim!

– Você vai curtir a escola, tem um pouco de gente metida – confessou sorrindo – mas tudo sob controle. Bom, vou tomar uma ducha e sair daqui depressa, logo mais tem uma festa pra eu ir!

– Acho então que nos veremos por lá – informou Cameron – é a festa da Candy?

– Opa! É sim...

Bora tirar o atraso dessa ducha então – sugeriu o loiro caminhando ao lado do moreno em direção ao vestiário.

Hayes era sênior no colégio São Francisco, era o típico atleta habilidoso e popular, mas pra dizer a verdade, suas habilidades ultimamente estavam mais no tráfico de entorpecentes, do que qualquer atividade escolar. O jovem era alto, bonito e bem forte, as horas a fio no time de waterpolo tinham esculpido meticulosamente a tez branca e definida do garoto de cabelos negros, que caiam formando uma franja na testa e complementando mais ainda o rosto marcante, como um busto romano lapidado em mármore. Tinha um nariz alongado, que adornavam suavemente seus lábios rosados e finos. Cameron havia tirado parcialmente sua roupa quando observou o moreno já de baixo do chuveiro, (alias, era difícil não observar), tinha um corpo escultural, que em baixo das gotas de água que caiam sobre a pele, deixava a cena cada vez mais vertiginosa, quando virou de costas então, entregando seu dorso e um bumbum avantajado, bem, aquilo fora sem dúvida o culminar para a ereção espontânea de Cam, que fazia uma força descomunal a fim de elimina-la.

– E então, você vai com alguém – perguntou o moreno ainda de costas e enxaguando o xampu sobre os cabelos.

– É... Não! – respondeu Cameron, já mais aliviado - vou sozinho mesmo.

– Sozinho nada! – Atou o jovem virando-se para Cam – você vai comigo então – fazendo com que ele virasse de costas para o moreno e disfarçando o clima.

– Bom! Já terminei por aqui... Vou pegar meu celular e você me passa seu whats, pode ser?

– Claro! – O moreno foi até o armário voltando com o celular nas mãos e apenas uma toalha jogada nos ombros, deixando em evidência toda a sua nudez desconcertante, Cam falou o numero rapidamente e despediu-se do rapaz enrolando uma toalha na cintura.

– Vou te mandar uma mensagem, você me passa seu endereço beleza? Até mais, abraços.

Quando tinha quatorze anos, Cameron teve a infelicidade de se apaixonar pelo amigo de infância, e fora nessa época que havia descoberto o que de fato lhe atraía. Meninos, sem dúvidas eram meninos. E garotos como Hayes, lhe faziam lembrar, em suas palavras, o quanto ele era “porra, convicto”.

...

– Vai logo Brooke! – gritou Candy – como eu te odeio...

– Eu te odeio mais – atou Brooke surgindo na cozinha – alias péssima essa ideia do papai e da mamãe ter te mantido viva, afinal eu já não tinha nascido? Porque eles tinham que inventar que a irmã gêmea tinha que viver? – sugeriu Brooke olhando para Candice, enquanto ela fazia uma careta.

– Idiota! Vai, liga logo esse chopp, o pessoal – ela então foi interrompida pela campainha tocando – bem, ia dizer que estavam chegando, mas já chegaram pelo jeito. Vai arruma logo isso, eu vou lá recebê-los.

(Skrillex and Diplo - "Where Are Ü Now" with Justin Bieber)

– Vadia – gritaram as amigas em coro e se abraçando, aquilo era definitivamente um festival de falsidade.

A “festinha”, a principio, prevista para poucas pessoas já havia sido dominada por uma legião de jovens bêbados, gritando e dançando por todo o canto da casa, sem contar claro, na pegação explicita que o ambiente oferecia. Passado algum tempo, Hayes e Cameron chegaram, para a felicidade de Candy, e para infelicidade de Summer, afinal, era o moreno forte, o garoto tão odiado por S.

– Meninos... Que bom que vieram! Cam, você vem comigo, preciso te apresentar a bebida – gargalhou – Hayes, boa sorte com a Summer – risos. Candice puxou o loiro que estava desconcertado para o outro lado da casa, em seguida colocando um de seus braços já em volta da sua cintura e sugestivamente se esfregando no garoto.

– O que você esta fazendo? – perguntou o rapaz em meio ao barulho da música alta e a galera conversando ao mesmo tempo.

– Eu? – interrompeu rindo maliciosa – nada que você não queira – respondeu, como se esperasse do loiro uma atitude, digamos, vantajosa.

– Eu não quero – respondeu ele em negação, fazendo Candy literalmente abrir a boca em choque.

Caralho – questionou ela sem graça – essa foi a maior tirada que eu já levei na vida – acho que convidei a pessoa errada – atou seca.

– Calma! – risos – eu posso te explicar? – Argumentou o jovem.

– Depende, se for pra você me dizer que tem uma namorada lá porra da Escócia, vai a merda... Eu ia preferir que você me dissesse que é gay – gargalhou – Cameron então olhou para ela arqueando uma das sobrancelhas como se dissesse – exatamente – fazendo então com que ela desacreditasse – Mentira! Você não pode ser gay – indagou – que merda, o que vai ser desse mundo, só tem viado nessa porra toda – gargalhou eufórica e grosseira – nada contra – continuou rindo – mas você é tão lindo e gostoso, você tem certeza? – e riu novamente.

– Acho que você esta sendo um tanto inconveniente! – Atou Cam sucinto.

– Nossa, desculpa, eu me esqueci de como vocês europeus são introspectivos – respondeu ela esboçando um cinismo.

– E eu havia me esquecido como essa porra toda de high school americana pode ser um filminho manjado de mean girls, e vadias pretensiosas – concluiu o loiro saindo de perto dela, que o seguia aos berros.

...

– Isso aqui tá precisando de animação – sugeriu Hayes no outro canto da sala, tirando um pacote de cocaína dos bolsos e chamando Hunter e Troye para acompanha-lo na empreita.

– Achei que você não ia chamar nunca – Atou os dois, indo com o moreno a um lugar mais afastado – vai... da um tiro aí – sugeriu Hayes alinhando uma carreira para Troye – vai devagar filho da puta, não vai desperdiçar meu talco.

Os três garotos formavam a tríade do mal, como assim denominavam-se, viviam suas vidas abastadas e desregradas sem medir qualquer peso de suas consequências, inicialmente eram só eles, porém como diz o ditado, quanto mais, melhor.

– E então, o Ale deu noticia? – perguntou Hunter enquanto puxava uma carreira.

– Sim! – respondeu Hayes, alinhando mais outras três – vai Troye, sua vez – disse entregando o canudo formado com uma nota de cem dólares – Vocês viram o menino novo? – perguntou o moreno.

– O escocês? – sugeriu os rapazes.

– Esse mesmo, presa fácil! – anunciou Hayes – já ta no papo.

– E como você sabe disso? – indagou Troye

– Porque hoje no vestiário da academia de esgrima, na hora da ducha, ele fez mais força pra não ficar de pau duro na minha frente, do que eu, quando faço força pra cagar – gargalhou o moreno forte, fazendo os dois jovens rirem junto.

– E então, tem um tiro pra mim? – perguntou Brooke entrando na adega de supetão.

– Filho da puta – assustou os rapazes – quer me matar de susto – questionou Hayes – Hey Brooke – comemorou Hunter e Troye – chega mais putinha – disse os meninos puxando o garoto pelo braço – alias... Que performance digna de oscar aquela trepada com o Ale heim – fazendo o jovem rir – pena que só a carinha dele apareceu – e gargalharam – alias ideia maneira a da mascara do pânico, você é doente – sugeriu Hunter dando um gole na garrafa de vinho que abriu ali na adega, enquanto ria.

– E ele não esta aqui por quê? – Perguntou Brooke – Não era pra ele vir de qualquer maneira? – indagou.

– Calma – respondeu Hayes – vocês estão muito ansiosos – Daqui a pouco ele esta aqui, e riu dando também um gole no vinho. – Alias tenho que concordar com os meninos, trepada linda aquela sua – gargalhou – eu não sabia que você era tão puta assim – atou o moreno.

– Tudo pela causa – respondeu o jovem puxando uma carreira – mas preciso confessar, acho que ele curtiu.

– É claro que ele curtiu – respondeu Hayes – isso esta no vídeo.

– Ele já deu o dinheiro?! – Perguntou um dos garotos.

– Claro que sim! – respondeu o moreno forte rindo em vantagem – cinco maravilhosos mil dólares! Eu falei com ele agora à tarde, e prometi que esse vídeo nunca chegaria ao pai dele, que ele só precisava pagar um bom programador pra excluir o vídeo da surface, programador esse que por um acaso é um grande amigo meu, e fez baratinho pra ele – gargalhou cínico.

– E ele acreditou nessa idiotice? – perguntou Brooke rindo.

– Claro – argumentou Hayes – como um cara muito inteligente, Ale, é um ótimo atleta – e gargalhou novamente – Bom, agora vamos pro nosso próximo alvo, essa miséria que nós conseguimos tirar do Ale dura pouco, e como eu estava dizendo, o escocês é o caminho, e um mega plus, é milionário – e você Brooke, já deu fim no seu celular?

– Não, enquanto você não comprar um novo – sugeriu o rapaz.

– Seu idiota, o seu celular é o seu único álibi, se você não der fim nele, o Ale pode desconfiar que você mesmo espalhou o vídeo.

– Fica na sua aí – eu vou dar fim – mas primeiro quero um novo, ou você tá achando que eu vou ficar no prejuízo – argumentou Brooke

– É, você não esta tão no prejuízo, afinal de contas, o cara que você tanto queria te comeu – respondeu Hunter rindo, fazendo com que os outros rapazes também rissem.

– Vai se foder Hunt – disse o garoto mostrando o dedo do meio – logo esse seu bromance com o garoto da porta ao lado vem à tona...

– O que você tá querendo dizer com isso seu babaca – respondeu Troye em tom de ameaça – nós somos...

– Cala boca vocês três seus otários – gritou Hayes – Brooke, da fim nesse celular hoje a noite, amanhã depois da escola a gente vai junto no shopping e você escolhe um.

...

(Ariana Grande – Love Harder)

– Ok! Mais uma vez, me desculpa pela minha agressividade, é que... Bem, me desculpe! – tentava argumentar Candy.

– Sem problemas! Desculpas aceitas... Só quero te pedir uma coisa – disse Cameron encostando-se no pilar da varanda da piscina enquanto ajeitava o cabelo, e mais uma vez sendo interrompido por Candice, com prévias conclusões.

– Fique tranquilo, não vou contar pra ninguém! – atou ela.

– Nada disso – risos – quanto a isso pode ficar tranquila, até o papa sabe – e sorriu para ela enfiando um chiclete na boca – Os meus pais sabem, todos os meus amigos sabem, e não me preocupo com isso, minha sexualidade é muito bem definida, o que eu ia te pedir era outra coisa...

– Diga então, senhor resolvido – respondeu ela mexendo habitualmente nos cachos loiros.

– O garoto com quem eu cheguei!

– Não faça isso... – atou Candy – primeiro ele hetero, bom acredito que seja – risos – segundo, é o namorado da minha melhor amiga, ou era, não sei bem... Mas de qualquer forma, fica o aviso.

– Acha, longe de mim então, se você esta falando, morreu o assunto, e o bonitão também – risos.

– Claro – risos – mas te confesso, eu também o acho gostoso – gargalhou – gostei de você british boy, acho que vamos ser gbff – e desatou em risos – alias, tenho algo que você vai gostar então – risos.

Eita!

– Meu irmão é lindo, e é gay! – risos – e esse você pode mexer a vontade! Quer dizer, ele não é tão gay quanto você é gay, digo, não estou falando de estereótipos, é que dele, ninguém sabe, ou sabem, mas fingem bem, bom, pelo menos os meus pais eu tenho certeza que não sabem, porque se souberem, exorcizam ele – tagarelou rindo sem parar – vou pegar uma cerveja você está servido? Céus, como eu queria ser meu irmão agora – e saiu rindo.

– Ok! – respondeu o loiro, rindo junto.

Após olhar ao redor da festa, e ver tanto jovens com atitudes tão invulgares quanto à de seus amigos escoceses, Cameron por fim, começava a achar que eles, e ele, não fossem tão opostos assim.

– Se eu fosse você tomaria mais cuidado – confidenciou uma voz surgindo atrás dele. Era Alejandro

– Como é? – questionou Cam.

– Estou falando da sua nova amiguinha...

– Bem, não me lembro de ter pedido a sua opinião – atou o jovem seco.

Ouch! Acho que eu mereci essa – sugeriu Ale – foi mal hoje de manhã, eu não costumo ser tão babaca desse jeito. Então acho que agora estamos quites na grosseria – argumentou Ale dando um risinho sem graça e virando o último gole de cerveja.

– Desculpa... Eu, eu também não deveria ter falado assim com você! Mas a propósito, porque o alerta quanto a Candy?

– Bem, digamos no português bem claro, que ela não é flor que sei cheire.

– É – risos – ela me pareceu bem exagerada, mas acho que vou esperar um pouco mais pra tirar minhas próprias conclusões, sem querer ser grosseiro! – respondeu o loiro.

– Claro! Acho que vou indo nessa, isso daqui definitivamente não era pra ter acontecido. Você já viu? – perguntou Ale, lançando uma indireta sobre a sua sex tape.

– Desculpa? – atou o jovem.

– O vídeo...

– É... É... – gaguejava o loiro, tentando responder desconcertado.

– Claro que viu – sorriu inconformado.

– Foi mal! – desculpou-se Cameron

– A culpa não é sua... Bom vou indo nessa, valeu... É Cameron não é?

– Isso – respondeu – acho que vou indo nessa também, cheguei com um amigo, quer dizer, colega, mas ele desapareceu, isso aqui ficou obsoleto pra mim.

– Obsoleto? – Ale então deu um sorriso anasalado – garoto de Oxford, palavras difíceis sempre me impressionaram... – argumentou o moreno rindo, fazendo Cam rir desconcertado.

– Não foi pra parecer prepotente...

– Relaxa, eu não pensei isso... Vou ligar pra um taxi, meu carro deu pra foder justo hoje.

– Onde você mora? – perguntou o loiro.

– Nob Hill.

– Porra, eu também, podemos rachar esse taxi então, meu pai foi para o teatro com minha mãe, e não vai poder me buscar, você se importa?

– Claro que não!

Os jovens se direcionaram pra fora da casa, e ficaram a espera do taxi chegar. No caminho para suas respectivas residências, descobriram que moravam exatamente na mesma rua, a três casas de distância um do outro, e isso, fora o suficiente para então engatarem numa vindoura “amizade”.

(Course of Nature – Caught In The Sun)

– Bem… Acho que eu vou indo nessa – disse Ale, enfiando as mãos dentro da calça e olhando para a rua vazia em frente à casa de Cameron – mais uma vez, obrigado por dividir o taxi comigo! – atou o moreno agradavelmente.

– Sou eu quem agradeço, valeu pela companhia também – Os jovens sorria comedidamente a medida que se olhavam e Cameron sobretudo, sentia uma vontade imensa dentro de si, de dar um beijo em Ale. Por um segundo quase obedeceu a seu impulso, mas logo recobrou a consciência apenas estendendo uma das mãos para o rapaz, que lhe retribuiu dando-lhe um furtivo abraço.

Ale andou alguns passos até sua casa e chegando, foi direto para seu quarto, lá, abriu a janela o máximo que pode e com sua luneta começou a procurar algumas estrelas no céu. Admirou por alguns minutos o espaço, quando sugestivamente discorreu a luneta para a casa de Cameron, conseguindo com ela, achar a janela do quarto dele, e ver o jovem que tirava a camiseta, em seguida fechando as cortinas, fazendo Ale abaixar-se rapidamente como se o loiro a tantos metros de distância pudesse ter visto o gesto de curiosidade alheia.

...

Cameron começava a fechar os olhos lentamente pelo sono que lhe acometia, quando ouvira seu celular apitando. Era uma mensagem.

[Hayes] – Hey esgrima... Foi embora por quê?

[Cameron] – foi mal, fiquei indisposto!

[Hayes] – tá melhor?

[Cameron] – sim! Já to deitado...

[Hayes] – então levanta que to passando ae pra gnt dah um rolé!

[Cameron] – tá maluco amanha tem aula!

[Hayes] – são dez horas ainda esgrima, vai levanta, não faz eu ficar buzinando ae na frente da sua casa!!!


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