Meu paizinho Naraku escrita por Okaasan


Capítulo 16
Acerto de contas entre pai e filha


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!

Segundo capítulo do dia XD É para compensar a imensa demora...

Boa leitura!



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Vinte minutos após voar a toda velocidade em direção ao castelo de seu mestre, a youkai Kagura percebia o quanto era interessante ter um coração dentro do tórax. O órgão fazia um ruído constante e rítmico e, conforme ela pensava nas mil e uma teorias de como seria a sua vida e a de Kanna assim que o efeito do encantamento do youkai pedra se findasse, aquele coração batia descompassado.

Como o hanyou a receberia? Afinal, ela o abandonara. Não que Kagura tivesse se arrependido, contudo... A saudade e a vontade de receber o amor paterno e com prazo de validade de Naraku era maior. Por fim a Mestra dos Ventos chegava à propriedade. Ouviu o som de um ressonar tranquilo e voou a toda em direção à janela do quarto onde Naraku ficava. Estranhamente, não sentiu o youki dele.

— Naraku? — chamou ela, entrando no cômodo escuro. Logo notou que quem dormia era sua companheirinha que não tinha cheiro. — Ah, é você, Kanna. Pensei que nunca te veria dormindo...

A audição sensível da pequena albina captou a chegada da Mestra dos ventos à moradia e ela acordou, meio atordoada. Deu de cara com a mais velha a encarando profundamente.

— O q-que aconteceu? — indagou Kanna, coçando o olhinho. Era a primeira vez que ela despertava de uma soneca; a criança se sentia estranha. — Onde está o papai?

— Não sei — respondeu Kagura, cenho franzido, tentando se fazer de durona. — Vocês não estavam juntos?

— Sim. Ele penteou meu cabelo e... Cantou para mim. Aí não me lembro de mais nada.

— Ah, Kanna! Você pegou no sono!.

— Eu dormi? — replicou a menina, surpresa. — Isso que aconteceu aqui foi eu dormindo?!

— Bom, parece que sim...

Kanna se colocou de pé, olhando para todos os lados. Algo não estava certo; a noite havia chegado, o céu estava povoado de estrelas cintilantes. O feitiço de Ishiteimei, o youkai pedra, estava perto do fim. E a energia sinistra de Naraku, peculiar e única por causa da Joia, parecia ter evaporado. As duas youkais se olharam, temerosas.

— Será que ele resolveu sair do castelo? — considerou Kagura, duvidosa. Kanna, ao ouvir isso, soltou um gritinho:

— NÃO! Ele não podia ter saído daqui sem mim!

— Calma, Kanna. Você fica tão esquisita expressando emoções que me assusta, confesso.

— Mas eu estou preocupada! Ele estava aqui ao meu lado, estava tudo sob controle! Mas aí eu me desliguei da realidade e...

— Você DORMIU, Kanna — redarguiu a mais velha. — Todos os seres vivos dormem. Você era um caso à parte por não ter alma, mas, agora que tem, é bom se acostumar com a ideia de dormir.

— Você não entende o tamanho do nosso problema, Kagura — e Kanna enfiou os pezinhos nas sandálias apressadamente, procurando o espelho que estava atrás do estojo de maquiagem, no chão. — Se o feitiço de Ishiteimei se findar com Naraku perdido por aí, como vamos socorrê-lo? Esqueceu que ele fica doente quando falta o azevinho do youkai?

— O pior é não sentir a presença daquele idiota... Vem, Kanna. Vamos procurá-lo, ele não deve estar longe.

Kagura sacou a pena dos cabelos, ampliando-a, e chamou sua pequena companheira para voar consigo. Kanna, apreensiva, usava o espelho para sondar os bosques que ficavam ao redor do castelo; Kagura, apesar de tentar demonstrar segurança, sentia o coração tão desejado palpitar de angústia em seu peito.

Menos de dez minutos de voo, um vulto surgia de algum lugar e as alcançava rapidamente, planando em seu tsuru de papel: era Byakuya das Ilusões. Este mal disfarçou sua satisfação ao avistar a Mestra dos ventos; ela, por sua vez, fechou a cara, irritada.

— Seu tapado, que tal tirar esse sorrisinho de macaco da cara e ajudar a gente?

— É bom te ver também, Kagura — volveu ele, sem se incomodar com o ataque da youkai. — Todos nós sentimos sua falta.

— Cale a boca! Onde está Naraku?

— Byakuya, pensei que ele estivesse com você — afirmou Kanna.

— Não... Na verdade, eu o vi a última vez com você, Kanna. Não sinto a presença dele.

A pequena albina deu um tapinha da própria testa, inconformada.

— Era só o que me faltava! Papai, como pode ser tão inteligente e, ao mesmo tempo, tão burro!

Kagura arregalou os olhos.

— Acho que não vou conseguir me acostumar com você desse jeito, Kanna.

— Que jeito?

— Esse seu jeito ‘com alma’. Enfim... Você e essa cria nova do Naraku devem ir atrás do youkai pedra. É melhor alimentá-lo para evitar mais problemas, não acha?

— Mas e você, Kagura? — indagou Byakuya.

— Vou na frente, para continuar procurando por ele — respondeu a Mestra dos ventos, cuidando de ajudar Kanna a ir para o tsuru do youkai ilusionista. — Temos muito a tratar...

 

***

 

Pisando macio com seus sapatos de dança ao longo da floresta de InuYasha, Naraku caminhava em direção à Goshinboku, ansioso. Acreditava ele que ali poderia encontrar a sacerdotisa Kikyou e se exibir para ela. Orgulhoso de sua aparência à la Michael Jackson, o hanyou seguia em frente, com a dor de cabeça costumeira, atordoado o bastante pelo feitiço do youkai pedra para não notar a diminuição visível de seus poderes.

— If they say, why, why, tell 'em that it's human nature… Why, why… — cantarolava ele, baixinho, como que temendo acordar alguém. Foi aí que a intuição de Naraku demonstrou estar correta, já que ele se deparou com a silhueta de Kikyou adormecida ao pé da Goshinboku.

Os lábios do hanyou se abriram enquanto ele se aproximava, encantado. E intrigado também, já que a rachadura sempre presente no ombro da jovem garota de barro não estava mais ali; o miasma que costumava escapar do ferimento que Naraku fizera em Kikyou não passava de uma fumacinha tênue e incolor. Os insetos da garota também não estavam presentes... E a face delicada da sacerdotisa estava cheia de acne.

— Eu poderia jurar que ela se transformou em humana mais uma vez — disse ele a si mesmo, levando a mão aos cabelos soltos de Kikyou. Ela, no entanto, acordou ao sentir a presença dele e deu um grito.

— AI! Maldito Onigumo! O que pensa que está fazendo? — e Kikyou apalpou a terra ao seu redor, à busca do seu arco e flechas, só então se lembrando de que havia deixado seus objetos na casa de sua irmã Kaede. — Mas que droga...! Não pense que permitirei essas liberdades comigo, seu monstro! E...

Enquanto se colocava de pé, a jovem arregalou os olhos ao notar o quanto Naraku estava mudado com aquelas roupas estranhas. A camisa justa azul de mangas compridas realçava as formas magras porém agradáveis do tórax do híbrido; as calças de dança davam um destaque especial às longas pernas, o que deixou Kikyou bastante envergonhada. Afinal, na era feudal, não era comum alguém vestir roupas tão justas...

— Que roupas são essas? — perguntou ela, antes que pudesse evitar.

— Ah, essas? — volveu ele, cheio de si. — São as de um youkai super poderoso. Pena que elas me dão coceira entre as pernas e... Ops.

Só então ele se deu conta de que havia dito algo impróprio; Kikyou o olhava vermelha e irritada. Aliás, ela toda estava estranha, desconfortável. Recriminando-se, Naraku tentou fingir que não tinha dito nada errado e indagou:

— Você conseguiu mesmo se curar daquele meu veneno, hein?

— N-na verdade não. Não fiz nada, o miasma... Simplesmente passou a ficar verde e meu corpo voltou a ser o que era... Isso tem a ver com algum de seus planos, não é? — retrucou Kikyou, acusatoriamente. — Isso explica essas folhas no seu cabelo...

— Nos meus cabelos não tem folhas, você deve ter ficado maluca. E eu não vim atrás de você para isso.

— Ah, é? Veio para que, então? — volveu ela, em postura desafiadora. “Se ele pretende me matar, vou lutar até o fim”, raciocinava Kikyou, totalmente na defensiva. No entanto, Naraku fez algo inesperado: passou a estalar os dedos, de forma lenta e sequencial. — O que significa isso, Onigumo?

— Apenas me ouça, por favor — respondeu Naraku, passando a andar ao redor dela e sempre estalando os dedos. — Vou lhe mostrar meus novos poderes.

E, olhando nos olhos castanhos da sacerdotisa, o hanyou começou a cantar:

— Each time the wind blows, I hear your voice so I call your name

A jovem ficou totalmente muda, sem conseguir reagir ao que Naraku dizia ser seu “novo poder”. Sua voz estava mais aguda, seu corpo gingava levemente e ele caprichava nas expressões faciais que o Rei do Pop costumava fazer em seus clipes e apresentações. Não tardou para que o hanyou, vendo-a tão imóvel, se sentisse impelido a segurar seu queixo, enquanto cantava o refrão de ‘I just can’t stop loving you’.

Mas por que ele está cantando para mim?! Esse idioma esquisito... O que ele quer dizer?!”, pensava Kikyou, realmente chocada com as atitudes de seu perigoso inimigo. Ela continuava odiando Naraku, mas no momento estava profundamente balançada tanto pela beleza quanto pela atitude romântica do hanyou de presenteá-la com aquela linda e envolvente melodia.

 

***

 

Kagura voava ansiosa pelos céus, temerosa pelo bem estar de seu mestre. Era estranho para ela ver que o encantamento mexera também consigo, já que ela agora sentia muita vontade de estar com Naraku. Tendo uma súbita intuição, a Mestra dos ventos resolveu ir para a floresta de InuYasha.

Inquieta como estava, porém, a youkai não notou que estava sendo seguida à distância por um indivíduo de olhos âmbares e cheio de vontade de matar. Este a observava atentamente, na esperança de que ela o levasse até o hanyou aracnídeo. O olfato privilegiado do daiyoukai Sesshoumaru iria detectar o cheiro de Naraku em pouco tempo, mas ele preferiu ficar à espreita.

Foi aí que, do alto das árvores, Kagura finalmente encontrou o cocuruto de duas cabeças muito próximas uma da outra. Naraku não tinha mais youki algum, mas seu cheiro era facilmente perceptível, até porque não havia nada naquela era que tivesse odor de redutor de cachos. Impulsiva, a Mestra dos ventos desceu no local de uma vez, assustando os dois que ali estavam numa posição curiosa: o hanyou com o nariz quase colado ao da sacerdotisa, que colocara a mão em seu peito tentando afastá-lo de perto de si, mas sem colocar força no gesto.

Em suma, Naraku e Kikyou pareciam muito um casal de namorados naquele instante; mesmo a chegada da youkai não os fizera se distanciar. Kagura, surpresa e com uma pitada de ciúmes, exclamou em alto e bom som:

— Será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí?

Só então Kikyou empurrou fortemente o aracnídeo que, agora muito atento à sua cria, deu um passinho em sua direção. A Mestra dos ventos o impediu:

— Pode ficar aí mesmo... Eu... — ela baixou a cabeça, rubra. — Eu só queria saber se... Se você me deixa voltar para c-casa.

— Kagura... — fez ele, num murmúrio. O que Naraku mais queria era abraçar sua filha rebelde, mas ele, outrora tão egoísta e mau, agora temia ser rejeitado por ela. — Por mim você nunca teria sequer saído...

— Que história é essa? — interveio a sacerdotisa. Kagura olhou feio para ela:

— Dê o fora, sua morta-viva de barro. O assunto aqui é particular — e, virando-se para seu mestre, completou: — E não, seu maldito, eu não voltei por você. Voltei pela minha irmã... Para protegê-la de você.

hanyou estava tão surpreso pelo retorno de Kagura que nem se importou com a ofensa dirigida à sua amada sacerdotisa. Não que ele se importasse antes, claro, mas os sentimentos de Naraku ultimamente andavam muito conturbados.

— Sabe o que eu tenho medo, Naraku? — prosseguiu a Mestra dos ventos, com o rosto erguido. — É ver você decepcionando Kanna. Ela é uma criança tão ingênua que chega a ser difícil acreditar que foi gerada por você, que sempre foi tão ardiloso, perverso e desprezível. E o pior de tudo é que ela agora tem alma e pensa que você a ama como... Um pai de verdade!

— E-eu...

hanyou pareceu ter murchado um pouco aos olhos de Kikyou, que o observava atentamente. Aquela situação estava insólita demais para ser uma armadilha, mas a sacerdotisa não baixaria a guarda. De Naraku ela esperava absolutamente qualquer coisa.

— Eu sempre tive alma — continuou a dizer Kagura. — E você sempre me machucou, me tratando como sua escrava. Me deixou trancada no porão com fome várias vezes. Nunca se importou comigo. Mas eu sou uma adulta... Já estou acostumada com essas atitudes vindas de você. E Kanna não tem noção do que você é capaz de fazer. Você é capaz de... — uma lágrima rolou no rosto da youkai. — Destruir o coração dela.

Ele baixou a cabeça por alguns instantes, trêmulo por dentro. Aquele era um momento muito decisivo, onde Naraku poderia afastar Kagura de si para sempre caso dissesse algo errado. No entanto, ele não encontrava palavras que a persuadissem a voltar para casa; foi quando o hanyou optou por expressar com sinceridade seus sentimentos.

— É verdade... Eu posso destruir o coração dela, como já destruí vários outros ao longo da minha vida — replicou ele, em voz baixa. — Mas, Kagura... Eu NÃO QUERO destruir o coração da minha filha. Como também não quero mais destruir o seu... Nem o de ninguém.

— Ah, faz-me rir, seu hipócrita — rosnou a youkai. — Meu coração já foi pisado tantas vezes por você que nem tem mais nada aqui para ser destruído!

— E se eu te pedir desculpas?

Kikyou arregalou os olhos. Naraku pedindo desculpas?

— Pedidos de desculpas não vão reparar o estrago que você me fez — replicou Kagura, já esquecida de que a sacerdotisa estava ali presenciando tudo.

— Sei que não... Mas, se você aceitá-las, me ajudaria a começar tudo do zero... E seríamos uma família.

— E por que eu deveria acreditar em você?!

— Porque só agora eu entendi que você e Kanna são MINHAS FILHAS e que, sem vocês, minha vida não faz sentido! — exclamou Naraku, mandando o orgulho embora de vez. — Eu jamais seria capaz de zelar por vocês como agora, porque antes eu não as amava! A meu ver, eram como meras escravas... Mas agora eu as amo tanto que me pergunto onde foi parar o velho Naraku...

Kagura começou a chorar alto, abraçando o próprio corpo e se recusando a olhar para seu mestre, que se aproximava dela a passos lentos.

— E se for mentira?! E se for apenas uma maldita mentira como todas as outras que você conta?!

— Sabe como foi que você nasceu? — sussurrou o hanyou, em um tom doce e gentil. — Foi num dia em que vi umas mulheres humanas dançando num ritual¹ em frente a um templo. O vento batia nas roupas delas e os leques brincavam no ar com tanta delicadeza que...

— Pare de fingir que se importa comigo!

— ... que eu quis ter uma filha que fosse linda e voasse pelos ares... Não sei o porquê daquilo, mas tive um sentimento muito bom ao te dar a vida, diferentes dos outros servos que já tive.

A youkai se descontrolou e começou a socar o peito de Naraku, enfurecida.

— Que monte de besteiras, seu maldito! “Teve um sentimento bom” e me fez nascer só para me causar sofrimento?! A quem você pensa que engana?! Um pai de verdade não faria os absurdos que você já fez!

— Posso não ser um pai de verdade para você, mas sei que os pais de verdade também erram — prosseguiu ele, se deixando ser socado. — Mas... Eles também tentam acertar e... Só querem o amor e a felicidade dos seus filhos. E é só isso que eu quero, Kagura... A sua felicidade e o seu amor.

Kagura já estava com o rosto inchado de tanto chorar. Seus antebraços ficaram pousados no peito do aracnídeo; ela era um palmo mais baixa do que ele.

— N-Naraku, eu... Não consigo acreditar em você — lamentou-se ela, emocionalmente desgastada.

— Não acredite... Só aceite que eu a amo e que sou o seu pai — e o hanyou se pôs de joelhos perante a youkai soluçante. — Por favor, filha. Você não faz ideia do quanto eu sofri quando você foi embora da nossa casa...

Os olhos carmesins da Mestra dos ventos se detiveram nos olhos agora castanhos de seu criador. Mesmo Kikyou, com o coração aos pulos ali ao lado, parecia hipnotizada pela cena. Ela não imaginaria jamais presenciar um confronto familiar partindo daquele vilão malvado e perigoso. Irracionalmente, a sacerdotisa desejava muito que houvesse uma reconciliação entre os dois aracnídeos.

Foi quando Kagura, depois de um bom tempo inerte e com a cabeça a pulular de pensamentos frenéticos, deixou-se cair de joelhos diante de Naraku, que de imediato a acolheu em seus braços. O torvelinho de emoções que revolvia a alma do hanyou enfim o venceu e ele começou a chorar com a Mestra dos ventos.

— Filha...

A resposta de Kagura demorou a vir, mas soou aos ouvidos do hanyou como o despertar da própria vida. Uma emoção tão ou até mais vibrante que o primeiro “eu te amo” que Naraku recebera da pequena Kanna.

— M-Meu pai...!

Ela, por sua vez, sentia como se tivesse mergulhado num oceano de bem-querer e ternura, cerrando seus olhos e se permitindo, então, receber o carinho do pai, que repetia inúmeras vezes que a amava e seria capaz de destruir o mundo inteiro por ela. Após esse momento de grande comoção entre eles, Kagura deu uma boa olhada em seu mestre.

— Você fica muito esquisito com essas roupas coladas no corpo.

— Talvez em mim estas roupas fiquem estranhas, mas no grande Malcolm Jetson elas ficam fantasticamente belas — sorriu o aracnídeo, ainda prendendo o corpo da youkai consigo. De onde estava, Kikyou suspirou de leve. Ver Naraku e Kagura protagonizando aquele momento tão belo a fez baixar a guarda.

Contudo, uma grande explosão de youki os assustou e de repente os três saíram voando junto com diversas árvores.

— Um hanyou tentando se passar por um humano é ainda pior do que um humano... Veja como é ridículo, Naraku, você nem mais consegue criar uma barreira — tonitruou Sesshoumaru, planando no ar com Toukijin apontada diretamente para Naraku, que caíra embolado com Kagura. — Você fez um bom trabalho distraindo esse verme, Kagura. Em recompensa, vou deixar que você viva. Afaste-se.

Para complicar um pouco as coisas, a dor de cabeça de Naraku cresceu exponencialmente. Ele tentou se levantar no intuito de segurar Kagura e lhe perguntar que história era aquela, mas as pontadas em suas têmporas foram tão fortes que ele tombou entre os galhos.

A meia-noite havia chegado e, com ela, o fim do encantamento de Ishiteimei, o youkai pedra. Antes que Kanna e Byakuya conseguissem alcançar o castelo, eles foram surpreendidos por InuYasha e seu grupo, que os atrasaram.

 

***

 

1 — Naraku estava se referindo a uma forma de teatro e dança chamada Kagura, característica do xintoísmo e que se realiza em cerimônias e festas importantes. Em uma de suas modalidades, a Miko Kagura, dançam com leques e sinos, representando os antigos rituais em se considerava que as miko eram possuídas pelo kami (deus) e falavam em seu nome, atuando como oráculos.


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Notas finais do capítulo

TENSOTENSOTENSOTENSOTENSOTENSOOOOOOOOOOOOOOO

Só de olho nessa Kikyou que, a cada instante, tá só chegando "pra dentro" do convívio da família do Naralindo... Hehehehe XD

Depois retorno para editar estas notas finais e corrigir alguns possíveis erros.
Obrigada a todos vocês que não desistiram de mim nem desta fic que me é muito querida.

Beijos da Mamãe
~Okaasan



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