So Close escrita por Juli06


Capítulo 6
Capítulo 5




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Capítulo Cinco

Jane corria o mais rápido que podia e mesmo assim não alcançava seu destino. O carro estava a quase 130 km/h, o que deixaria Lisbon louca, e ele pensou que daria tudo para tê-la ali, naquele momento, ao seu lado. E era esse seu maior desespero, ele estava acelerando para chegar até ela, pra conseguir salvá-la, para encontrá-la com vida.

Com raiva de si mesmo ele bateu no volante e uma dor apoderou-se de seu braço e isso quase o fez perder o controle do carro. A ferida da bala ainda sangrava e doía como um inferno, mas ele tinha que sair do meio do tiroteio, e sua urgência em encontrar Lisbon era maior que qualquer dor física. E a dor o fez lembrar que alguma coisa deve ter acontecido com Cho antes dele sair, ele esperava que não fosse grave, ele não pretendia perder seu amigo também.

Jane dobrou a esquina e quase bateu num carro parado em meio ao engarrafamento, “Era só o que faltava”, ele pensou. Então uma ideia passou pela cabeça dele, mas ele logo descartou. Ele poderia até tentar descer do carro e ir andando, porem isso estava fora de cogitação, ele tinha só duas horas agora, nunca daria tempo. Ele fechou os olhos e fez o que nunca imaginaria, clamou por Deus, mas não seu Deus, ele não acreditava, mas clamou pelo Deus de Lisbon, pediu e implorou por ajuda. E como por um milagre os carros começaram a andar, devagar, mas saindo do caminho aos poucos. Ao parar no sinal Jane quase riu, a razão para todo o engarrafamento tinha sido um casal brigando no meio da faixa de pedestre e arrumando uma baita confusão, se ele não estivesse tão preocupado com seus problemas bem que ele desceria e diria que os dois estavam traindo.

O sinal abriu e ele arrancou o carro com tudo, a ansiedade estava começando a deixá-lo louco, mas não era a ansiedade e sim o desespero que ameaçava tomá-lo a qualquer momento, se ele perdesse Lisbon ele não teria mais ninguém, mais nada. Sua razão de viver estaria acabada, sua sanidade iria embora, sua constante sumiria e a esperança seria enterrada para sempre e ali no meio da estrada, com o rosto marcado com lágrimas, Jane pisou mais fundo no acelerador.

~.~

Após o vídeo ser enviado para Jane, Red John foi arrumar seu material, a faca e as luvas tinham que estar apostos quando a hora chegasse. Sorrindo ele olhou para a pequena e frágil Teresa, ele conseguiu trazê-la de volta para a época de sofrimento, pobre garota, foi abusada pelo pai e por amigos dele. Ele sabia que ela não lembraria do que passou no cativeiro, não depois desse trauma psicológico, um de seus discípulos que era formado em psicologia comentou uma vez que esse tipo de situação acarreta em amnésia pós-traumática, mas quem se importava se ela lembraria ou não? Ela estaria morta de qualquer jeito.

De repente seu celular começou a tocar e ele engoliu uma maldição antes de atender:

– Alô?(...) O que? Seu idiota não era para ter começado esse tiroteio. (...) Eu não quero saber você colocou tudo a perder.

Desligando o telefone Red John respirou fundo e olhou o relógio, ele tinha pouco tempo antes de Jane aparecer. Colocando as luvas ele pegou a arma e a faca.

Ao voltar para o quarto encontrou Lisbon tentando tirar, sem sucesso, a madeira que cobria uma das janelas, se aproximando silenciosamente Red John pegou a arma e golpeou a cabeça dela. Lisbon nunca soube o que foi que lhe atingiu.

~.~

Uma hora e vinte minutos depois Jane conseguia ver a casa ao longe. Soltando o ar aliviado ele ficou feliz em ver que acertou o local.

Antes de sair do carro ele voltou a pedir ao Deus de Lisbon que Red John não a tivesse matado, tomando coragem ele pegou a arma que ganhou e saiu do carro com a esperança de encontrar Lisbon ainda viva. Aproximou-se com cuidado, ele olhou melhor e aparentemente não se via nenhum movimento. Quem passasse certamente pensaria que não havia ninguém lá. Aos poucos ele foi avançando e entrou na casa. Cômodo após cômodo, nada era encontrado até que ele chegou ao porão e de frente para porta Jane respirou fundo e a abriu. Seu corpo congelou, seu coração falhou uma batida e por pouco ele não foi ao chão quando viu a carinha sorridente olhando para ele.

Continua...


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