So Close escrita por Juli06


Capítulo 3
Capítulo 2




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Capítulo Dois

Rigsby e Cho entraram no apartamento de Lisbon e não encontraram nada que indicasse arrombamento ou sinais de luta, o que significava duas possibilidades, ou ela conhecia Red John ou ele não a pegou ali. Olharam mais um pouco e só encontraram um copo na mesinha de centro e um prato na pia. A mobila ainda era do antigo inquilino, não havia porta retratos ou objetos pessoais, consequência de uma dona que vivia no trabalho e para o trabalho.

– Esta tudo limpo por aqui. – Gritou Cho do quarto.

– Aqui também. – Gritou Rigsby da cozinha.

Ambos chegaram na sala ao mesmo tempo.

– Ela não foi levada daqui. – Falou Rigsby.

– A bolsa dela também não esta aqui. – Falou Cho. – Ela foi raptada no caminho para cá. Alguém encontrou o carro?

– Ainda não. – Falou Rigsby e foi procurar um dos peritos.

Instantes depois Rigsby chamou Cho, o carro estava na casa vizinha, os moradores tinham viajado. Uma das portas do carro estava aberta e o celular de Lisbon no chão. A bolsa ainda estava no banco do motorista. Os peritos coletaram tudo e todos se prepararam para voltar à CBI.

[Na CBI...]

Van Pelt estava tentando de algum modo encontrar o endereço do IP que foi enviado o vídeo, mas tudo dava num beco sem saída.

Ela insolou a imagem, som e ruídos, tentou melhorar a voz de Red John... Nada. Frustrada ela não sabia mais o que fazer, tudo que tentava dava errado. A tensão era pior a cada segundo que passava, a cada momento que lembravam que não conseguiriam. Respirando fundo Van Pelt se forçou a pensar positivo, tinha que tentar, por Lisbon.

Jane estava calado desde o fim do vídeo. Seus olhos estavam vermelhos, consequência do choro de mais cedo. Ele estava envolto com os casos de Red John e anotava algumas coisas em duas folhas de papeis.

– Jane, o que você esta fazendo? – Perguntou Van Pelt.

– Anotando os lugares onde ocorreram os crimes. – Ele falou cansado.

– Você acha que tem algum padrão?

– Não sei, talvez tenha. – Ele disse e anotou mais um detalhe em outro papel. – Aqui eu estou colocando todos os lugares que eu e Lisbon fomos antes, durante e depois de um caso. Se ele quer que eu me sinta culpado ele vai escondê-la onde já fomos ou conhecemos.

– Jane, tenha cuidado. Ele vai tentar fazer sua cabeça para fazer você errar. – Disse Van Pelt preocupada.

– Eu sei, por isso eu vou fazer melhor que ele. – Ele disse e uma fúria tomou conta de seus olhos. Uma fúria assassina.

~.~

Desligando a câmera Red John guardou o modificador de voz e olhou nos olhos de Teresa.

– Não deixe ele entrar na sua cabeça? Muito bom o que você disse, Teresa. – Falou Red John e tirou a máscara.

Lisbon ofegou e o olhou incrédula.

– Você?

– Sim, ficou surpresa? Eu sempre pensei que você desconfiava.

– Não, eu... Eu...

– É eu sei. – Ele sorriu. – Mas eu queria perguntar uma coisa. – Ele suspirou – Porque você acha que poderá sair daqui com vida? ‘Venha me buscar?’ Durante esses 10 anos ele nunca conseguiu encontrar nada sobre mim. Você, realmente, acha que ele vai conseguir em 24 horas?

– Então, você vai me matar? Simples assim? – Perguntou Lisbon petulante.

– Simples? Não... não, minha querida, Teresa. – Ele então sorriu, seus olhos mostrando uma insanidade assustadora. - Vamos brincar... Vamos brincar muito.

Red John aproximou-se mais dela e bateu em seu rosto mais uma vez. Lisbon sentiu o rosto em chamas, mas não emitiu nenhum som. Ele sorriu e acariciou o rosto dela e logo em seguida saiu da sala, Lisbon respirou aliviada, por enquanto ela estaria sozinha para pensar nas possibilidades de ser liberta, ou pelo menos, tentar fazer alguma coisa para fugir, porem olhando o espaço ao redor viu que não tinha nenhuma janela, apenas a porta por onde ele tinha saído. Ela suspirou, Lisbon viu que realmente morreria ali, se até agora não tinham conseguido nada sobre ele, com apenas 24 horas seria praticamente impossível. Sem conseguir mais se conter começou a chorar. Sua vida iria acabar ali. Sua tão sonhada carreira, que ela finalmente conseguiu criar com tanto esforço iria acabar, a família que ela tanto sonhou não iria sequer existir, e seu amor por Patrick Jane jamais seria revelado. Lisbon sorriu triste ao lembrar-se dele. Jane se destruiria, seu maior medo não era morrer, mas deixar para trás um Jane inconsolável e perdido, ela sabia que se alguma coisa acontecesse com ela, ele se sentiria culpado, mesmo que não tivesse nenhuma ligação com Red John, e o contrário também era válido, se Jane se machucasse ela que se destruiria em culpa.

Mas ela precisava manter a calma, recompondo-se ela respirou mais aliviada, sabia que morreria, estava convencida e esperava que Jane conseguisse seguir em frente, mesmo sabendo que isso não aconteceria.

Lisbon estava tão perdida em pensamentos que não ouviu o som dos passos de Red John se aproximar.

– Pensando em Patrick, Teresa?

– Não é da sua conta.

– Você sempre foi tão petulante quando criança? Jesus, você é uma chata às vezes, quando te conheci pessoalmente pensei que era mais simpática.

– Desculpe te decepcionar. - Ela falou com sarcasmo.

Red John sorriu, gostava quando suas vítimas o desafiavam, era divertido.

– Sabe, Teresa, passei um tempo pensando um modo de me divertir. Pensei em fazer uma espécie de Quiz. Eu perguntaria e você responderia, se respondesse errado eu a puniria, mas pensei melhor, não seria tão divertido. – Dizendo isso ele foi até ela e a levantou.

Ao se aproximarem de uma mesa ele a jogou encima do objeto e a prendeu. Voltando para a porta do quarto ele puxou uma máquina e Lisbon sentiu um frio na barriga.

– O que você vai fazer com isso? – Perguntou hesitante.

Ele apenas a encarou e colocou alguns fios colados ao corpo dela. E com uma calma assustadora foi até a máquina e a ligou, encarando Lisbon, Red John sorriu e apertou um botão. Lisbon sentiu seu corpo explodir em um choque insuportável, ela segurou o grito, mas seus olhos encheram-se de lágrimas e seus pulmões gritaram por oxigênio enquanto ela lutava para respirar novamente. Red John desligou o aparelho e esperou ela controlar a respiração novamente.

– Então, isso não é mais divertido? – Perguntou ele com diversão.

– Vá para o inferno. – Falou ela ainda ofegante.

– Você deveria ter modos.

– E você deixar de ser idiota. – Ela disse e o encarou com fúria. – Eles vão me achar.

– É tão bom saber que você tem fé. Mas isso não vai acontecer.

Ele apertou o botão novamente e dessa vez Lisbon não conseguiu conter o grito de dor quando a descarga passou por seu corpo e lágrimas escorriam por seu rosto. Red John a encarava com uma alegria maníaca, o que ele via era pura diversão, vê-la sofrer era tão bom quanto matar.

– Sabe, Teresa, eu estou ansioso para ver a cara de Patrick ao encontrar você morta. – Ele disse com um sorriso no rosto.

– Ele vai ficar chateado. Você sabe. – Ela falou com a voz pingando sarcasmo.

– Você é bem divertida, para uma pessoa que esta preste a morrer. – Red John falou com raiva. – Mas retomando o assunto, eu quero ver a cara dele ao ver a mulher que ele ama morta.

Lisbon o olhou com uma cara espantada e não soube o que disser, ela abriu a boca algumas vezes, mas nenhum som saiu.

– Você não tinha ideia, não é? – Perguntou Red John se divertindo. – Vocês são dois patéticos, como convivem lado a lado, dia a dia e nunca perceberam o quanto são apaixonados? Posso dizer, Teresa, que minha vingança ficará ainda mais divertida, ao saber que Patrick vai descobrir que te ama no dia que eu te matar, será devastador.

Então Red John gargalhou como se a melhor piada tivesse sido dita a ele.

– Você é um bastardo. – Gritou Lisbon com toda a força que conseguiu.

– Muitos me dizem isso. – Falando isso ele apertou o botão e uma nova e ainda mais forte descarga passou pelo corpo de Lisbon.

Com um grito de dor Lisbon contorceu-se e seu tronco saiu da mesa permaneceu uns segundos no ar e ela despencou sem ossos e desmaiada. Red John desligou a energia, levantou-se da cadeira e desligou a câmera que tinha apontada para Lisbon.

Sentando em frente ao computador ele fez uma rápida edição e a enviou para a CBI, e com um sorriso demoníaco ele aguardou o momento em que Jane enlouqueceria.

Continua...


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