Predestinados escrita por Sereny Kyle


Capítulo 1
one-shot


Notas iniciais do capítulo

Essa é a terceira fanfic da série (acho que eu enfatizei bem isso na sinopse... Desculpe se alguém achar que eu soei meio grosseira... Acho que eu era BEM mais esquentadinha quando escrevi essas fanfics... Sério, eu peço desculpas, não quero que ninguém se ofenda, ok?)



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Kouyou desceu de seu carro na manhã fria de quarta feira e tocou a campainha da casa de Takanori. O vocalista atendeu a porta com um cobertor sobre os ombros e uma expressão doente.

- Como está se sentindo hoje, amigo? – o guitarrista entrou e seguiu o outro até o sofá da sala.

- Um pouco melhor... – o menor respondeu, sem forçar a própria voz.

- Isso é bom! – o mais velho sorriu. – E então? O que andou fazendo por aqui de bom?

Takanori deu risada, passando as mãos pelos cabelos. Depois, franziu o cenho, pensativo.

- Sabe que eu venho refletindo bastante sobre Cassis, não sabe, Uru? Tentando entendê-la?

- Todos nós tentamos entender Cassis desde que a escreveu, Ruki! – o outro disse gargalhando. – Brincadeira... O que ia dizer?

- Eu acho que a entendi... Acho que finalmente encontrei o que me conecta a ela... Uma maneira de explicá-la... – o vocalista disse.

- Sou todo ouvidos... Isso deve ser bom! – Kouyou encostou-se no braço da poltrona onde estava sentado, olhando atentamente para o amigo.

- Cassis é uma música sobre ser predestinado para alguém... Sobre um amor que ainda vai acontecer...

- Sobre destino, então? – o outro tentou acompanhar o raciocínio de Ruki.

- Hai... Sobre... Ser ligado a uma pessoa... De uma maneira inexplicável... Acredita na história da akai Ito, Uru?

- Não... Sempre achei um pouco ingênuo achar que o seu destino está ligado diretamente ao de outra pessoa... – o mais velho disse reflexivamente. – Mas, você parece acreditar...

- Eu não acreditava também... E é exatamente por isso que eu tinha tanto problema em aceitar que Cassis é minha... – Takanori disse pausadamente.

- Mas mudou de ideia?

- Eu descobri pra quem eu fiz Cassis! Descobri que existe essa pessoa do meu destino...

- Eu fico muito feliz, amigo! Como ela é?

- Ela é linda, Uru! Maravilhosa... – seus olhos saíram um pouco de foco, sonhadores.

- É... É o que todos buscamos no mundo, não é? Uma garota linda e maravilhosa, que nos faça sentir novamente bem e esperançosos... E onde a conheceu, amigo?

- Ah... Vai achar que eu fiquei maluco, Uru... – o vocalista começou, sem jeito.

- Não tem problema, Ruki! Sempre achei que fosse maluco! – o mais velho deu risada. – Pode falar... Vou tentar ter a mente o mais aberta possível...

- Eu... Eu não a conheço... – o menor disse em voz baixa depois de alguns segundos de silêncio.

Kouyou ficou olhando demoradamente para o amigo em silêncio.

- Gomen... Eu... Acho que brisei um pouco... O que foi que disse até a parte de que “não a conhece”?

- Eu não disse nada... – os dois voltaram a se encarar em silêncio, demoradamente.

- Então, eu não entendi... Ela é realmente uma garota de um sonho? – o guitarrista perguntou confuso, coçando a parte de trás da cabeça.

- Não... Bom, eu não sei exatamente explicar de um jeito que não pareça... Ingênuo e bobo... – Takanori disse, tentando pensar rápido. – Existe uma garota... Que, de alguma forma, me sente sem precisar estar perto de mim... Ela me escuta, sente o que eu sinto... Nesse exato momento, ela está doente como eu estou!

- E como você sabe disso sem conhecê-la? – Uruha perguntou cético.

- Por que eu também senti, Uruha! Quando tivemos que adiar a turnê por causa do meu estado, eu senti a preocupação dela!

- Espera um pouco! Ela sabe que você está doente por que ela está doente também, por que ela sente você ou por que ela te conhece?

- Ela sabe quem eu sou, mas nós nunca nos vimos... – o mais novo explicou. – E, aparentemente, ela só soube da minha doença depois...

- Então, ela sabe quem você é?

- Sabe...

- E ela sente você?

- Sente...

- E ela sabe que vocês dois são... “Predestinados”?

- Sabe...

- Então, por que ela não vem até você?

- Porque ela está um pouquinho longe...

- Pouquinho longe? Quanto?

- Eu não sei dizer “quanto”... Não é um sistema muito preciso pra medir distâncias... Sei que não está aqui perto...

- Sei, sei... Maldito GPS mental – Uruha ironizou. – Mas, mesmo longe, já existem meios de transporte evoluídos pra aproximar vocês de onde ela vem, não existem?

- Bom... Tem mais outro probleminha...

- E que “probleminha” seria esse?

- Ela é mais nova...

- Por que a idade dela é um problema? – o guitarrista estranhou.

- Porque ela é muito mais nova... – Ruki explicou. – Pelo menos uns... Dez anos mais nova...

- Não mede distâncias, mas mede a idade... – o outro revirou os olhos.

- Você não está acreditando em nada que eu estou lhe dizendo... – Takanori disse emburrado, cruzando os braços no peito, enrolado no cobertor.

- Não, não é isso, Taka... Eu... Eu estou tentando entender tudo isso que está me contado... Estou tentando manter minha promessa de manter a mente aberta... Como isso funciona pra vocês dois então?

- É como se nós lêssemos a mente um do outro... – o vocalista tentou explicar, franzindo o cenho, pensativo. – Mas, não é sempre que acontece... Não é algo que não dê pra desligar... Nós precisamos estar sintonizados pra que dê certo... Às vezes, eu a escuto tendo aulas na escola... Eu a sinto irritada e triste, com frequência... Ela é um pouquinho estourada! – ele deu risada como se falasse de uma pessoa que conhecesse há muito tempo.

- Hum... – o guitarrista pareceu se concentrar. – E, como é que sabe que ela também o sente dessa forma? Como sabe que não é só a sua cabeça produzindo essa ilusão?

- Porque ela é a melodia da minha cabeça...

Kouyou voltou a encarar o amigo com o olhar parado, em silêncio, como refletisse.

- Gomen... Acho que brisei de novo... Música na sua cabeça?

- Ou na dela... Algumas vezes, é difícil separar... – Taka deu risada. – A melodia que eu não consigo colocar letra... Que toco no piano...

- Isso é realmente muito confuso, Taka... Gomenasai... Nem se eu me esforçar muito, isso vai fazer algum sentido pra mim... – o guitarrista disse, estralando os dedos e se levantando, indo em direção à porta. – Não acho que esteja doido, delirando ou mentindo... Na verdade, eu torço realmente para que encontre essa garota... A gente faz o seguinte... Se ela tiver uma irmã, você me apresenta, está bem? – o mais velho deu risada da cara do outro antes de sair da casa com sua expressão descrente e entrar em seu carro, para voltar para sua casa.

- Predestinados... – ele murmurou para si mesmo, dando a partida e correndo pela rua vazia.


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Notas finais do capítulo

mereço reviews?
a próxima fanfic é "Unmei na Hito".
Alguém lembra desses bonequinhos da capa que tinha no orkut?? *rindo*



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