Keep Your Head Up escrita por lia


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi. Boa leitura.



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Já no hospital, estava encostada na parede apenas sendo segurada pelos meus pés, e estava agachada. Chorava como se ninguém estivesse me olhando. E a imagem dela jogada no chão me fazia querer vomitar. Logo que cheguei no hospital me avisaram que ela não tinha perdido muito sangue e não tinha chance alguma dela partir. Eles usaram essa palavra como se eu fosse uma criança. Porque eu parecia uma.
Por mais que tivesse recebido uma notícia dessa eu não estava calma, meus pulmões estavam sem ar e eu só conseguia tremer, estava com as mãos em meus rostos e meus olhos estavam fechados. Eu fazia alguns barulhos esquisitos quando não conseguia respirar e eu ainda sentia muita dor.
As pessoas passam por mim e me olhavam e foi assim por algumas horas. Quando o médico me chamou eu levantei e não sentia minhas pernas tive que sentar em um banco pra que pudesse prestar atenção nele. "Sua mãe, a senhora Laura, não perdeu muito sangue. Teve que fazer alguns pontos nos pulsos e acreditamos que, pelo corte, ela não tenha se machucado acidentalmente com a faca. Sua mãe sofria com algo?" e eu lembrei de Lucas, queira sair correndo que nem ele, mas já não era mais uma criança, tinha que estar ali. Segurei o choro, me levantei, limpei o rosto e respirei antes de falar "ahn... sim ela tinha... meu pai faleceu a pouco tempo" e abaixei a cabeça e pude sentir o médico fazer uma cara de pena. "Você tem algum irmão? ou é só você?" lembrei da minha irmã *só me ligue a noite, precisamos de um tempo sozinhos* e eu precisava dela. "Eu tenho mas ela está longe" "ela mora aonde?" "ela não está morando lá, mas vai passar uns meses na Austrália" disse olhando pro chão. Depois de alguns segundos ele diz "ela vai ter que passar o final da tarde e noite aqui" "vou poder ficar?" "sim você pode, mas só você e se quiser pode ir pra casa tomar um banho pegar algumas roupas e se preparar pra vir pra cá" balancei a cabeça dizendo que sim e voltei pra casa.
Olhei ao redor, não queria estar naquele apartamento porque ele não me trazia memórias boas, não queria estar naquele hospital porque era lá que meu pai ficava e é lá que minha está, queria minha casa, queria minha família, queria meu conforto, minha antiga vida, queria ter nove anos e queria estar no aeroporto esperando meu pai, olhando atenta pra todos os lados esperando que ele ressurgisse de qualquer parede. Vi ele passando pelo corredorzinho com algumas outras pessoas e levantei a placa "como prometido estou sendo uma boa menina" e ele sorriu. Ele estava com uma aparência meio cansada e velha. Seus dentes estavam brancos como antes e parecia estar mais alto, mesmo eu quem deveria ter crescido. Nos abraçamos e logo veio minha mãe me prensando no abraço. Minha irmã estava com 17 na época e eu estava quase fazendo aniversário entrando nos 10 mas não ligava de chorar e dizer que sentia sua falta, mas minha irmã sim. Minha mãe teve que puxar ela pro abraço. Ela nunca deu tanta bola pra ele mas mais pra minha mãe. e E naquela época ela estava com o Leo a um ano e só pensava nele.
Como já era 6:43 tive que parar de me lamentar e agir já que estava pra anoitecer e deveria pegar o ônibus. Tomei um banho, peguei umas roupas limpas e minha escova de dente, arrumei meu quarto e a cozinha que estava com algumas manchas. Mandei uma mensagem pra Lucas *me ligue quando der, por favor*.
Eram três da manhã quando senti meu celular vibrar no meu bolso. Olhei pra minha mãe ainda dormindo (estava desde que cheguei). Vi que era Lucas."Oi" digo baixo fechando a porta, já no corredor. "Está tudo bem? me desculpa ligar esse horário, saímos só agora e já estou em casa" "tudo bem, na verdade nada esta bem" depois de terminar a frase chorei e explico tudo a ele. Ele não disse nada e pude ouvir sua respiração aumentar. "Eu lamento" diz ele por fim "ela está bem?" "está, mas precisa ficar aqui pelo menos essa noite. eu queria ganhar o emprego mas vai ser difícil ficar fora de casa agora, mas realmente preciso trabalhar" digo lembrando que tinha o futuro todo pra me preocupar "olha, eu posso ficar na sua casa enquanto você trabalha, ou você fica em casa e eu arranjo um emprego" "Lucas como você pode me sustentar e sustentar minha mãe? você vai trabalhar e eu vou gastar seu dinheiro?" digo indignada por ele ser tão querido comigo "acho melhor você cuidar dela e eu trabalho, e aí te recompenso saindo com você ou te dando alguns trocados" "não precisa me dar nada, só de estar perto de você já é um prêmio" como ele consegue? eu sorrio "eu..." coloco minha mão na testa esfregando-a de nervoso enquanto chorava "eu te amo, obrigada".


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer por ter lido até aqui e agradecer por estar acompanhando a história. E eu estou quase terminando de escrever, mas esse só é o começo ainda, tem muita coisa pra vocês lerem. Então, enfim valeuu.



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