Blue Butterflies escrita por Pamisa Chan


Capítulo 9
Verdade ou desafio?


Notas iniciais do capítulo

GENTE! Eu nem sei como pedir desculpas pela demora GIGANTESCA! 4 histórias em andamento tá sendo complicadinho :( Espero que entendam... Mas logo vão ser só 3!
ENFIM, VOCÊS JÁ VIRAM/JOGARAM O ÚLTIMO EPISÓDIO DE LIFE IS STRANGE????
TÁ IN-CRÍ-VEL! LITERALMENTE! INACREDITÁVEL!
GENTEEEEEEE! QUE HISTÓRIA É ESSA?????????
Eu me sinto cada vez mais próxima do final de BB mas também cada vez mais longe... Visualizo o final (que aliás, pode-se dizer que não vai ser O final *cof cof cof* interpretem como quiserem), mas tem tantas possibilidades diferentes de chegar nele, que eu nem sei se vai chegar logo ou demorar ainda mais...
Enfim, aqui está o capítulo de hoje com um pouquiiiiiinho de fanservice. Ah, e um ship querido de vocês voltou!!!



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— Fala sério, Chloe... — Max diz, sentando-se sonolenta, na cama.

— Vamos, Madmax! Vai ser divertido! — Chloe diz, puxando uma garrafa de vidro vazia de baixo de sua cama.

— Oh... garrafas de novo não! — Max brincou, sorrindo de canto. — Bom, pode ser, punk. Já que você não vai nos deixar em paz mesmo!

— Sim, vamos! — Warren completou, levantando-se do colchão.

Os amigos se juntaram no centro do quarto e se sentaram. A moça do cabelo azul colocou a garrafa entre eles:

— Sem roubar, hein, Max? Nem se atreva a usar seus poderes! — A garota disse, e em seguida rodou a garrafa, que parou em Warren. — Verdade ou desafio?

— Humm... verdade!

— É verdade que você gosta da Max? — Perguntou, metralhando o rapaz com seu olhar.

— Eu... eu... eu quero desafio!

— Haha. — Riu, cínica — Então eu te desafio a dizer se você gosta da Max.

Max e Warren se olharam. Max, com um olhar confuso e levemente triste, e Warren com os olhos arregalados, desesperado. Com suas mãos, fez um gesto maluco para Max voltar no tempo. Era como se pudessem se conversar por telepatia. Tirando o fato de que Chloe também estava vendo a cena e entendendo tudo.

— Maxine! Não se atreva a... — Max olhou para Chloe e antes mesmo da garota terminar suas palavras, a hippie esticou a mão para frente e voltou alguns momentos atrás.

Os amigos se juntaram no centro do quarto e se sentaram. A moça do cabelo azul colocou a garrafa entre eles:

— Sem roubar, hein, Max? Nem se atreva a usar seus poderes!

— Ei, ei ei! Deixa eu rodar primeiro? Por favor, Buttercup? — Max disse, meigamente, em contraste com seus movimentos bruscos em arrancar a garrafa da amiga.

— Buttercup? O que deu em você, Max Caulfield? — Arqueou as sobrancelhas, enquanto observava o doce olhar forçado da amiga mais nova. — Ok, ok... Como resistir esse olhar?!

— Gire, gire, garrafinha! — Max rodou a garrafa com força e esta parou em Warren, assim como antes.

"Pelo menos agora eu vou perguntar pra ele!", pensou e bradou em seguida:

— Verdade ou desafio?

— Humm... verdade!

— Vejamos... — Max olhou com um sorriso maléfico — Com quantos anos você deu o seu primeiro beijo, Warren Graham?

O rapaz engasgou e arregalou os olhos. Acontece que o primeiro beijo dele havia acontecido no dia anterior, com a garota que estava fazendo a pergunta.

— Eu... eu... hã...

— Vamos lá, nerd! Vai dizer que nunca beijou ninguém?! — Chloe zombou, esperando a resposta.

— Foi com... 16 anos.

— Uau, estou admirada, nerd. Eu sinceramente achava que você não tinha beijado ninguém até hoje. Então já faz dois anos, né? Conta como foi!

"A Chloe não sabe que eu tenho 16?! Ela acha que eu tenho 18 assim como a Max?! Boa, garoto prodígio!" Warren pensou, aliviado e olhou com cumplicidade e um leve sorriso corado para a amiga mais nova.

— Bom, eu já respondi a pergunta! Nem vem! Vou rodar a garrafa agora. — O rapaz pegou a garrafa do chão e girou-na, fazendo a garrafa apontar para a hipster.

— Verdade ou desafio, Mad Max? — O garoto retribuiu o sorriso maléfico que a amiga havia dado antes, era hora de sua vingança.

— Desafio! Pois sou uma garota hardcore.

— É mesmo? Então... eu te desafio a beijar a Chloe!

— O quê?! — Foi a vez da fotógrafa engasgar. — Eu... eu...

Max começou a erguer a mão, na expectativa de rebobinar novamente, mas Chloe segurou os dois braços da amiga e subiu em cima dela, com um olhar desafiador, enquanto Warren olhava a cena, assustado e surpreso.

— Nem vem, cheater! — A garota deu um sorriso malvado de canto e fez uma voz mais suave — Mostre do que você é capaz, Maximus!

Max ergueu a cabeça rapidamente e encostou os lábios nos da amiga, que ficou surpresa com a velocidade e se desequilibrou, inclinando-se para trás. A hipster então, gentilmente empurrou a amiga para o lado e se encolheu, envergonhada, para continuar a brincadeira.

— Max! Você... você...

— Shhh, Chloe! Roda a garrafa. — respondeu, nervosa.

— Ok, só mais esta vez e a gente vai dormir, Max Lovefield.

— Ei! Espera aí! A gente ainda não te desafiou! — Warren percebeu a jogada da amiga de cabelo azul.

— É mesmo! Você não vai escapar, punk! — Max concordou com o amigo.

— Ei, ei, o que vocês vão fazer?

— Verdade ou desafio?! — Os dois disseram em uníssono, enquanto se aproximaram lentamente com sorrisos maléficos em direção à amiga.

— V...v...verdade!

— Errou! Desafio! — Max riu enquanto Chloe tentava rastejar para longe dos dois.

De repente os dois pularam em cima dela e começaram um ataque de cócegas na menina. Ela ria e gritava para que parassem, mas essa foi a última coisa que fizeram. Eles continuaram a mover os dedos com força pela barriga e braços da amiga sem piedade, até que escutaram um barulho vindo de fora do quarto.

— Chloe! O que está acontecendo aí?! — Uma voz feminina perguntou, abafada pela parede.

A punk fez um sinal com a mão para que os amigos voltassem a deitar e fizessem silêncio absoluto.

— Não é nada, não, mãe! Já vou dormir!

Quando perceberam que o perigo havia acabado, Chloe deu boa noite aos amigos, que retribuíram o gesto e puseram-se a dormir.

Max acordou no dia seguinte com o sol em seu rosto, estava exatamente debaixo da fresta de luz que entrava pela janela. Pior maneira de acordar. Bom, depende o ponto de vista. A garota sentou-se e tirou sua câmera da cabeceira da câmera e preparou-se para uma foto daquele momento inesquecível sob a luz natural. A amiga de cabelos azuis percebeu os movimentos e acordou, abraçando a fotógrafa para aparecer.

Por fim, o rapaz que estava deitado no colchão de baixo se ergueu e surgiu ao lado de Max, sorrindo para a foto.

— Photobomb!

— Estragou a câmera, hein, nerd! — Chloe brincou.

— Nem vem! Olha... vou descer pra tomar café. Ou quer que eu pule a janela pra fugir?

— Pode ir, só tome cuidado com o possível surto da Joyce. — Após o rapaz sair pela porta, a punk vira-se de volta para a amiga — E então, Madmax? Sonhou com nosso incrível beijo?

— Me deixa em paz! — Max riu enquanto se levantava da cama, contornando-a em direção à cadeira onde deixara suas roupas molhadas. — Eca! Ainda estão com cheiro de cloro!

Chloe pegou o livro que havia largado na noite passada e voltou a ler, sem prestar muita atenção no comentário da amiga.

— Ei, que livro é esse, Che? Tão importante que te faz me ignorar?

— Hã? Oi? Ah, este livro? — a garota desvia os olhos para Max e mostra a capa — Ciências Supernaturais e Misticismo Climático. — após perceber o olhar confuso e quase certamente zombador da amiga, complementou a informação — Warren sugeriu que eu lesse...

— Que meigo vocês dois tentando entender essa situação bizarra. Espero que consigam encontrar uma explicação... Por mais que eu ache improvável. Enfim, minhas roupas ainda estão pura química. Mais que o meu cabelo. — a hipster passou os dedos entre os cabelos para provar que estavam duros e embaraçados — Ai!

— Por que não experimenta as roupas da Rachel? Ela era... do seu tamanho.

— Ela já me substituiu... Agora eu que vou substituir ela? Afinal, por que tem roupas dela?

— Ela dormiu aqui em casa antes de... — Chloe teve um nó na garganta — Bom... antes de ir. Eu nunca mais vi ela, e nem sei mais onde ela está. Só espero que esteja tudo bem...

— Cara, você era completamente apaixonada por ela...

— Você também seria. Ela era linda, inteligente e... até um pouco ousada.

— Nem estou com ciúmes, Chloe Price. Continue.

— Qual é, Max? Vamos, pegue as roupas dela. Se não ficar legal, apenas rebobine. É o que você faz de melhor, não, senhora do tempo?

— Senhora do tempo?

— Bom, eu quis dizer controladora do espaço-tempo, mas já que você conseguiu prever um tornado, acho que o sentido de meteorologista também se aplica. Agora ande!

Max abriu o armário e encontrou as roupas tão punks quanto as da amiga de cabelo azul, só que talvez um pouco mais femininas. Experimentou-as.

No andar de baixo, Joyce estava preparando o café. Ao ouvir os passos descendo a escada, alegremente chamou:

— Max! Como vai, querida? — logo em seguida, viu uma figura masculina totalmente inesperada — Você...? — Tentou ser mais educada — Me desculpe, seu nome é...?

— Warren!

— Oh, sim, Warren, me desculpe! — Um silêncio constrangedor entre as vozes foi coberto pelo som ambiente da pequena televisão no canto do balcão. — Uhmm... Chloe não me disse que você... tinha dormido aqui. Vocês estão...?

— Oh! Não! Não! Me desculpe, Sra. Price! Ocorreram alguns problemas no colégio e... a Chloe chamou Max e eu para virmos aqui.

No instante em que Warren parou de falar, o telefone do corredor principal começou a reportar uma mensagem que fez a mulher abaixar o volume da televisão para escutar.

"Na noite passada, três jovens fugiram da academia Blackwell após invadirem a piscina do colégio. Segundo filmagens, os jovens eram duas garotas e um rapaz, que praticaram a fuga em uma caminhonete antiga. A segurança ainda está atrás dos suspeitos. O ato pode ser configurado como crime de vandalismo."

— Problemas, né? — Joyce cruzou os braços e o olhou em reprovação.

— Oi Joyce! — Max disse enquanto descia as escadas desfilando com o novo modelito punk de camisa xadrez vermelha sobre uma camiseta preta.

— Rach... Max! Uau, as roupas da Rachel ficaram muito bem em você...

— Max... você tá... linda! — Warren ficou boquiaberto com a mudança de visual da garota.

— Obrigada, mas acho que nunca vou chegar aos pés da Rachel Amber...

— Oh, Max, está com ciúmes da Rachel? — Joyce disse entrando novamente na cozinha e esquecendo momentaneamente o que passou com Warren — Venham, estava para fazer o café da manhã, podem me ajudar se quiserem. — Parou em frente ao balcão e perguntou aos dois que agora estavam lado a lado — O que vão querer mastigar hoje?

— Panquecas! — exclamaram animados em uníssono, já na expectativa de comer as deliciosas e, para Max, nostálgicas, panquecas da Joyce.

— Ok, muito bem. Podem então trazer os ingredientes. Peguem os ovos e o leite, por favor.

— É pra já! — Warren foi em busca dos itens, deixando as duas mulheres conversarem.

— É tão nostálgico te ver com essas roupas, Max... lembro perfeitamente de Chloe e Rachel correndo e fazendo bagunça pela casa. Quase como vocês. Mas você é mais pé-no-chão, entende?

— Talvez por isso a Chloe prefira a Rachel...

— O que é isso, Max? Por que você parece tão... sensível a essa amizade delas?

— Bom, Joyce... Eu estive longe por muito tempo. Eu abandonei a Chloe. Eu me sinto péssima por isso. Fico feliz que ela tenha tido alguém pra me substituir. Ou pra poder cobrir o espaço vazio que ficou do que eu joguei fora...

— Max... A Chloe te ama. Eu tenho certeza de que você é a melhor amiga que ela já teve. Não se culpe. O importante é que agora você está de volta, aqui com a gente... e com o... hum... Warren.

— Sra. Price! Aqui estão os ovos e o leite. E cá entre nós... Péssimo lugar pra deixar os ovos, hein? Sofri pra encontrar. — Referia-se ao saco de papel encostado na porta da entrada.

— Haha, obrigada, querido. Pode me chamar de Joyce, por favor! Bom, eu acabei de voltar das compras, então não tive tempo de guardar as coisas. Enfim, podem se sentar, enquanto eu preparo a comida. Já já vou servir!

Os dois agradeceram, contentes, e dirigiram-se à mesa e sentaram-se um ao lado do outro. Warren pegou o jornal para ver as notícias do dia e encontrou algo sobre o eclipse da noite passada. As suspeitas de um suposto "fim do mundo" não cessavam desde a estranha neve. Max comentou em voz baixa algo sobre não querer ser reconhecida como a culpada de tudo isso e em resposta, Warren apenas pousou a mão sobre a mão da garota, para confortá-la. Logo em seguida, Joyce chegou e ele rapidamente desfez o gesto, ao qual a mulher reagiu com um olhar de cumplicidade e sorriso de canto.

— Aqui estão as panquecas! — Dispôs os pratos sobre a mesa, um para cada um — Uma para o príncipe e um para a princesa. Aproveitem! — Após isso ela os deixou e foi fazer outras coisas.

— Max, apareceu uma mensagem de voz falando sobre o caso de ontem à noite na piscina... E a Joyce ouviu. — o nerd sussurrou em desespero para a amiga.

— Faz quanto tempo?

— Foi pouco antes de você descer.

— Eu acho que meus poderes não voltam tanto assim... Não quero arriscar um sangramento, Warren.

— Tudo bem, Max. Eu nunca vou te pressionar a usar seus poderes. Eu prometo.

De repente, uma mensagem chegou ao celular da garota. Era uma mensagem de Chloe.

— Olha, Warren. — Max disse, olhando para a tela iluminada do celular.

"Vou aparecer logo, precisamos fazer uma cena. Vamos enrolar a Joyce pra você entrar na garagem do David. Eu tenho certeza que tem coisas a se descobrir lá."

A mãe de Chloe voltou com um álbum de fotos e começou a mostrá-lo para os dois jovens. Entre as fotos, havia uma de Chloe e Rachel Amber, onde a última estava trajando as roupas que estavam em Max no momento. A garota novamente comentou sobre o como não se compara a Rachel, mas logo em seguida parou de pensar sobre isso ao ver uma foto onde estavam Chloe e ela, no mesmo local onde estavam agora.

— Uau... Essa foto...! Que saudades...

— Vocês estavam ali na cozinha fazendo panquecas. William tirou essa foto. Foi a última antes de ele... ele... — Joyce não conteve um suspiro desanimado — Ele pegou o carro e saiu... e nunca mais voltou.

— Eu sinto muito, Joyce...

— Depois disso, tudo na vida da Chloe mudou. E ela virou essa bomba que conhecemos hoje. — De repente, a garota de quem falavam surgiu — Falando no diabo, o diabo aparece...

— O que estão falando de mim? Sobre o quanto sou inútil e revoltada?! Sobre o quanto minha vida é horrível?

— Chloe! Nem tudo é sobre você! — Joyce disse, nervosa com a atitude da filha.

— É! Por que você tem que ser assim, punk?! — Warren entrou no jogo da amiga — Às vezes você irrita!

— Eu... eu vou no banheiro e já volto. — Max disse, se levantando rapidamente e indo para longe do alcance da vista da mãe de Chloe.

— Isso! Fuja enquanto esse nerd tá falando essas coisas pra mim na minha própria casa!

Max então se desviou do caminho para o banheiro e entrou pela porta próxima aos sofás na sala, que dava para a garagem.

— Vocês dois! Parem, por favor! Chloe! Que jeito é esse de tratar as pessoas? Eu vou levar essas louças para a cozinha. Com licença.

Quando os dois já não estavam mais sob o campo de visão da mulher, a garota empolgada envolveu os braços no pescoço do amigo, num abraço caloroso e sussurrou no ouvido dele:

— Nós somos invencíveis, nerd! Invencíveis!

— Sim, punk... Nós somos. — O garoto disse com a voz um pouco falha devido ao nervosismo.

Sentia um frio no estômago e um calor pelo resto do corpo, e de repente não tinha mais certeza de seus sentimentos por Max.


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Notas finais do capítulo

PRICEHAM OU MARREN? Ou... Pricefield?
MENTIRA
NÃO VAI TER PRICEFIELD
SÓ ESSE FANSERVICE
PORQUE SOU LEGAL
MAS VOCÊS VIRAM O BEIJO PRICEHAM QUE TEVE NO EP5 DE LIFE IS STRANGE??????? PRICEHAM IS REAL! NÓS INVENTAMOS!!!!!!!!!! QUE ORGULHO!!!!!!!!!
Digam o que acharam do capítulo! Aproveitem bem pois acho que o próximo vai demorar um pouco ainda : Desculpem.