Deadline Circus escrita por Arya


Capítulo 11
Vamos abraçar a esperança deste mundo.


Notas iniciais do capítulo

E os nomes de cap baseado em OP voltam...
Boa leitura.



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Domingo, quatro horas.
Japão, Inazuma.

SEIRIN

Seirin estava rindo e conversando com Goenji sobre alguns micos que o garoto tinha presenciado do Victor, que escutava ignorando naturalmente o mesmo enquanto andava pela as ruas sem rumo.

Eles tinham acabado de comer e estavam pensando em se distrair em algum lugar, talvez em um bom e velho cinema, ou até mesmo em um teatro ou um concerto de rock que teria. Por mais que Carolina, Sakuma e Kidou foram para outro local sem eles, talvez pelo os dois forem amigos de Sakuma.

Mas, antes, eles passariam na casa dos Salazar para convidarem quem quisesse vir. Victor disse que provavelmente apenas Nagumo e Lorelai iriam querer vir, já que Souji e Michael devem estar fazendo qualquer coisa e Vanilla estudando. Bem, Benjamin era outro caso que nem Victor ao menos comentou sobre o chamar, e Seirin entendeu. Afinal, Ben era para estar morto ao ver de todos que os conhecem.

Ela amarrou o cabelo em um coque frouxo, mexendo no seu vestido preto que não tinha trocado desde o enterro e prestava a atenção no que Goenji dizia calmamente. Logo quando ela ia falar algo, ela viu que o pessoal que estava andando na frente ia parando e ficava sem reação. Ela foi andando até Yuume, que permanecia de olhos arregalados e da cor dos cabelos de um simples Morozov.

— O que aconteceu? — a garota perguntou à rosada, que apenas apontou para a casa dos Salazar. Ela olhou e arregalou os olhos.

Com várias janelas da casa e fumaça saindo, de longe poderia perceber que não estava nada bem ali. Antes que ela pudesse comentar, Victor começou a correr em direção a casa.

— O que estamos fazendo parados? — Dimitri perguntou. — Vamos!

Eles começaram a correr, principalmente quando viram Souji sair junto a Michael, que estava em suas costas inconsciente, tampando o nariz com a blusa e o do gêmeo com uma toalha. O garoto caiu no chão assim que viu Victor, deixando o irmão cair em cima de si mesmo.

Eles chegaram, mas apenas começaram a chamar a ambulância e ajuda. Yuume e Victor estavam analisando os dois. Michael estava dormindo, enquanto Souji parecia estar apenas em estado de pânico.

— O que aconteceu?

— Atacaram a casa com bombas de gás sonífero. — Souji disse, se apoiando em Victor. O Salazar mais velho respirou fundo. — Victor, Vanilla está lá dentro, na cozinha.

Falado isso, Seirin pegou a camisa que estava tampando o nariz de Souji e tampou o seu, correndo para dentro da casa. Ela correu até a cozinha, abrindo a porta e um monte de gás foi na cara dela. Ela fechou o rosto, e viu a menina caída no chão ao lado de um balão de boneca. Seirin amarrou a blusa em volta de seu rosto e pegou a menina no colo ao estilo noiva, saindo correndo dali. Olhou em volta, mas não viu nenhum dos outros três na casa.

Ao sair, ela viu que a visão estava turva e ela respirava pesado, tanto que Goenji foi até ela e a ajudou, pegando Vanilla no colo e a colocando no chão. Seirin se apoiou em Yuume, se sentando de costas a ela, quase passando mal. Retirou a blusa do nariz e respirou fundo várias vezes.

— Cadê Lorelai e os outros? — Victor perguntou a Souji.

—Ben dormiu, e os levou. Ele deixou algo no bolso do casaco do Michael sobre isso. — Souji respondeu, conseguindo se acalmar aos poucos. Dimitri olhou confuso a respeito de “Ben”, mas Victor apenas fez sinal que o explicaria depois.

Suzuno passou por Seirin num pulo e foi mexer no casaco do garoto adormecido, achando um papel.

Mesmo que ninguém te escute, eu vou fazer meu melhor por você. ¹ — disse Suzuno, lendo. Ele virou o verso, vendo que tinha mais coisa. — No alto daquela... — Suzuno foi interrompido.

No alto daquela torre, no centro daquela bela e grande cidade. — Dimitri disse. — Isso é uma música, Pavel estava a cantarolando ontem à noite. É uma música triste, mas nesse caso, eu acho que esse “Ben” estava querendo dizer para ir à torre de Inazuma, e talvez seja onde Lorelai e Nagumo, junto a ele, devem estar.

Dimitri parecia estar furioso. Não parecia, ele estava furioso.

— Vocês sabiam? — todos confirmaram. — Que maravilhoso. — ele disse sarcasticamente, cruzando os braços e saindo andando. — Vamos logo, porque se eu falar algo agora eu irei me arrepender.

Seirin tentou se levantar, mas acabou caindo de novo. Goenji a segurou para não se machucar, e olhou todos.

— Eu irei ficar com eles até a ambulância chegar. — disse, e Yuume afirmou, saindo e indo na direção dos outros a torre de Inazuma.

***

Domingo, quatro e doze.
Japão, Inazuma.

YASMIN

Ao chegar à torre de Inazuma, eles viram Kidou e Carolina correndo na direção deles. Sakuma não estava com eles, por sinal. Lembrou-se de te escutado Victor chamar Carolina, na realidade ele apenas avisou, mas a garota quis vir pelo o que parece.

Eles saíram correndo e subiram na torre de Inazuma, indo até o último andar na torre que dava a visão para toda a Inazuma. Yasmin ia ficar distraída se não fosse ter dado de cara com a cena da Lorelai amarrada e no chão, com Benjamin segurando Nagumo apontando uma arma para a cabeça dele.

— Benjamin! — Victor disse ao garoto, que não apenas se virou a ele.

Seus olhos estavam sem luz alguma. O garoto não estava por si próprio, percebia isso apenas de olhar Lorelai machucada amarrada e sem poder se mover. Benjamin nunca faria isso com ela, literalmente.

— Ele é um mentiroso. — Benjamin disse arrastado. — Na realidade, todos nós somos mentirosos, mas ele é um dos piores.

— Solte-o, Benjamin. Por mim. — Victor disse, colocando todas as armas no chão e indo devagar ao garoto, que parava de apontar a arma para a cabeça de Nagumo e agora para ele.

— Não o solte. — disse uma voz masculina reconhecível, e ao mesmo tempo desconhecida. Não tinha saído da boca de nenhum deles. — Victor, comigo ao lado dele, acho que você suas conversas sobre se acalmar não vão colar com ele.

Logo um garoto apareceu do lado dele, sorrindo de modo assustador. Yasmin sentiu seu coração parar por um segundo, arregalando os olhos. Na realidade, todos ficaram assim. Na frente deles, estava a pessoa que eles menos esperavam ver.

Takuya.

— Não pode ser...

— Eu sempre fui vampiro, desde dois anos atrás, no massacre de caçadores. — Takuya disse. — Andava calmamente pela as ruas, quando fui transformado. Vocês tinham que ver as suas caras quando caíram ao me verem daquele estado. — ele riu como se fosse uma lembrança divertida. — Eu posso trocar de forma para qualquer que eu queira.

Ele olhou Benjamin, e os olhos brilharam em vermelho.

— O que você está fazendo? — Victor disse, pegando a espada e apontando a Victor.

— Sendo um monstro. Farei você morrer nas mãos de quem ama, assim como atraí Pavel para uma armadilha fingindo que os vampiros estavam usando a minha voz para fingir que eu estava machucado. Ou como matei Ygor. — Takuya riu com a última parte.

Antes que pudesse fazer algo, Dimitri atirou na direção de Takuya, que apenas desviou, se colocando atrás de Benjamin, logo saindo.

— Benjamin, diga o que o ruivo fez. — disse ao garoto. Assustadoramente, Takuya podia controlar Benjamin sem nenhum esforço.

Nagumo, que teve a boca tampada pela as mãos de Benjamin, fechou os olhos.

— N-nagumo... É filho humano de uma vampira com um humano.

Um silêncio ecoou. Até mesmo ela ficou surpresa com aquela revelação.

— Isso é... — Carolina se calou e pegou a arma. — Notícia velha após eu cortar a sua cabeça.

Takuya riu ao ver a menina avançando para atacá-lo. Yasmin logo percebeu a mão de Takuya no braço de Benjamin.

— CAROLINA, PARA! — Yasmin gritou, correndo e a segurando. — Ele vai colocar Benjamin na frente.

Carolina estava descontrolada, queria matar o garoto logo.

— Me solta!

— Se a soltar, você é uma garota morta. — disse Victor.

— Benjamin, solte Nagumo.

Benjamin fez o ato, soltando o ruivo que caiu no chão sem forças. Estava muito machucado e zonzo. Takuya sorriu diabolicamente, indo para trás do garoto novamente.

— E agora, mate-os.

Ele armou Benjamin com uma adaga nas duas mãos e sumiu num piscar de olhos. O garoto as apertou forte, e Yasmin viu apenas ele arremessar a adaga para Dimitri, o que a fez se colocar na frente dele. Fechou os olhos vendo a adaga indo até ela, que estava de braços abertos.

***

Domingo, quatro e meia.
Japão, Inazuma.

HIROTO

Hiroto apenas viu Yasmin cair nos braços de Dimitri, que a virou de costas. Podia ver a adaga espetada na menina, e sangue saindo. Mas Dimitri parecia muito calmo, o que ele estranhou de primeira.

Ele pegou os dois socos ingleses ao mesmo tempo e colocou em suas mãos, assim como todos pegaram as suas armas.

— Dimitri, cuide de Yasmin. — Victor falou. — Os outros... Ataquem o meu irmão gêmeo até ele acordar, e alguém ajude Lorelai e Nagumo.

E foi isso que foi feito. Eles se espalharam pela a área, e assim Benjamin ficou calmamente os olhando. Hiroto sabia o quanto o menino era forte e poderia acabar com todos eles em pequenos ataques. Benjamin é tão forte quanto Victor, ou talvez bem melhor que o próprio.

Hiroto viu o sinal disfarçado para atacar todos juntos e o mesmo tempo. O garoto correu até Benjamin e pulou, indo dar um soco, mas Benjamin apenas empurrou Savannah, que o atacava, para um canto e segurou o seu pulso, o girando e tacando em cima de Kidou como se ele fosse uma pena.

Hiroto sentiu que a sua mão foi levemente fraturada, mas continuou a lutar. Ele o atacava de todos os modos, mas sempre era arremessado como uma pena. Assim como todos, ele estava desistindo de lutar aos poucos.

E foi quando Benjamin pegou Savannah pelo o pescoço e a levantou colocando-a fora da torre, ameaçando de tacá-la dali.

— Benjamin, você não quer fazer isso. —Hiroto disse, levantando-se aos poucos.

— Eu não... — Benjamin falou como se estivesse doendo, como se o seu corpo não quisesse que ele falasse nada. — Consigo... Parar. So... Cor... Ro.

Hiroto ia reagir de qualquer modo, mas ele escutou Lorelai o chamar. Ele tacou uma faquinha que tinha em seu casaco a Nagumo, meio consciente, que cortou a corda que amarrava Lorelai e a soltou. Ela foi andando até ele no chão, já que todos estavam caídos. Alguns, até mesmo, desacordados.

— Eu confio em você para pegar Savannah antes dela cair.

— Mas como eu farei isso?

— Você gosta dela, se vira.

Lorelai pegou a arma de Yuume que estava com a perna com um ferimento grave e tacou para Victor. Ela mexeu em sua blusa, tirando duas pequenas bombinhas. Hiroto estava assustado, pensando se ele realmente conseguiria pegar Savannah.

Ele se levantou rapidamente. Viu Lorelai se sentar e dizer:

Now I am become death, the destroyer of worlds². — Sem mais um segundo, Lorelai tacou as duas bombinhas na direção de Dimitri, que soltou Yasmin, na qual retirou a adaga de onde “supostamente” foi atacada, deixando cair um pequeno sachê de ketchup no chão junto a um celular quebrado e correndo na direção deles.

Espera, ela foi salva por um sachê de ketchup e um celular? E ainda se fingiu de morta? Ele era realmente estúpido por não ter percebido a calma de Dimitri.

Hiroto correu junto a Victor, que atacou o irmão por trás, fazendo um corte que ia de ponta a outra nas costas do gêmeo. Benjamin soltou Savannah, e Hiroto deu um pulo e conseguiu a pegar pela as duas mãos. Ela estava meio inconsciente.

— Segure-se firme, Savannah! — Hiroto disse estupidamente. É claro que ela iria se segurar firme, ao menos que ela quisesse morrer com o impacto no chão.

Ele começou a puxar para cima, e assim que ela estivesse numa posição a salvo, Savannah o agarrou no pescoço. Ela parecia querer chorar, e Hiroto estava sem reação com o ato. Ele podia escutar o coração dele batendo fortemente e a menina assustada.

Ele olhou para trás, vendo Benjamin caído no chão junto a Victor, que segurava ele nos braços. Pela a primeira vez, ele viu o moreno respirando fundo e surpreso, e ao mesmo tempo agarrado com uma pessoa.

Yasmin correu até o Fubuki, que tentava se levantar. Dimitri olhou a mesma como se estivesse desaprovando aquela cena e depois a camisa suja de ketchup.

— Vocês me devem uma camisa nova, principalmente Yasmin. — disse Dimitri. — E antes que pergunte, Benjamin atacou a adaga de modo que perfurou o sachê ketchup que ela tinha no bolso desde que ela comprou um joelho na rua e sobrou. E, para variar, também quebrou o celular dela, o que a salvou. A mancha de vermelho era do ketchup. — ele parou. — E bem, ainda quero entender essa história toda. Sabem como odeio ser o último a saber das coisas.

— Te entendemos. — as meninas do Jester falaram juntas. Afinal, sem contar o caso do Benjamin, elas sempre são as últimas a saberem.

Lorelai estava com o Nagumo desacordado nas costas, parecia estar assustada, irritada e grata por todos.

— Acho que eu nunca mais vou cozinhar perto da janela na minha vida. — disse Lorelai.

— E eu nunca mais vou atacar o Benjamin. — Savannah disse, e todos riram. Hiroto a olhou, ainda abraçado com ela. — E Hiroto... Você pode me soltar.

Hiroto não queria a soltar. Ele olhou Suzuno, que pegava Yuume no colo. Ela tinha dado um jeito na perna pelo o que se lembra, e só de lembrar-se disso, sentiu uma pequena dor na mão esquerda. Suzuno fez um gesto de ele fazer algo naquele momento.

Bem, eles precisavam de alguma distração daquela confusão toda, certo?

Vai logo, ruivo. Honre em nome de todos os ruivos do mundo, porque o Nagumo quando acordar vai apanhar e feio por não contar algo tão importante. E acredite, não vai ser somente da Lorelai. Foi o que seu consciente, no qual tinha realmente a voz de Suzuno, disse ao mesmo.

Ele olhou os olhos vermelhos de Savannah, que estava confuso por ele não a soltar. Ele se virou a ela, com as mãos na cintura da mesma.

—Como eu faço isso mesmo?

— Isso o que? — Savannah perguntou.

— Te beijar. — o ruivo falou inocentemente.

— Se isso for uma cantada, eu juro que soco a sua cara. — Victor disse e todos concordaram com ele, e Hiroto o olhou.

— É sério. É a minha primeira vez fazendo isso.

Savannah o olhou de modo que estivesse o xingando mentalmente, envolvendo o pescoço dele com os braços e ficando na ponta dos pés um pouco, assim o beijando. Foi um beijo calmo, onde Hiroto a abraçou mais forte para fazê-la chegar mais perto. Com isso, ela parou o beijo.

— Não me aperta. Estou dolorida em todas as partes possíveis do corpo.

Isso fez com que todos rissem e Hiroto a soltasse, meio envergonhado com as bochechas avermelhadas. Savannah riu da reação do menino, que apenas a roubou um selinho breve. De algum modo, foi um beijo desajeitado, mas conseguia demonstrar o que eles sentiam. Ele escutou um “Aww” de todos, junto a um comentário irônico de Dimitri.

— Eu não virei caçador para ver dorama³.

Hiroto se afastou de Savannah, que passou as mãos os lábios e sorriu.

— Somos namorados, certo? — disse Hiroto, e a garota apenas sorriu e afirmou, começando os aplausos dos que viam a cena.


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Notas finais do capítulo

¹: É um trecho da música Tower, da Megurine Luka. Link: https://www.youtube.com/watch?v=JiZnF9Ul8K0
²: Now I am become death, the destroyer of worlds significa: "Agora, eu me tornei a Morte, a destruidora de mundos". É uma frase usada por Oppenheimer, o criador da primeira bomba atômica. Vídeo dele falando isso: https://www.youtube.com/watch?v=lb13ynu3Iac (0:40)
³: Em resumo, dorama ou simplesmente drama, é como chamam popularmente um seriado japonês, chinês ou coreano. Eu não sei explicar direito, mas em exemplo, Master Sun é um dorama sul-coreano. -q
GEEEEEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEE! Shippando aqui SaHiro, pq a Savannah é mais ajeitada q o Hiroto então ela vem na frente do shipp. Dane-se a regrinha homemxmulher ou semexuke. -q
E eu não sei fazer cena de beijo. Psé, podem me jogar tomates. Eu ajudo até. *entrega uma caixa a cada leitora*
E bem...Sim, Takuya voltou dos mortos. Agoa eu juro que ninguém mais volta dos mortos, em compensação ainda tem morte pra vir. Pq eu devo ser prodígio de George R. R. Martin e amar matar os personagens favoritos do povo. -q
Espero q tenham gostado do cap. Comentem o q acharam e tal.



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