Galaxies. escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Galaxies.


Notas iniciais do capítulo

ESSA É A ULTIMA, EU PROMETO.
E cara, relendo as fics, eu percebi que deve ser meio impossível de NÃO SER piegas escrevendo Houkago, ainda mais na visão do coitado do Minato que sofreu horrores naquela bodega, ai, não dá.
Desculpa gente, falhei. (E eu provavelmente posso ter falhado escrevendo o Minato tbm pq senhor que menino difícil de escrever.)

Mas, ainda assim, espero que gostem e boa leitura~ ♥



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Uma das cores que Minato mais gostava, senão a que mais gostava, era rosa.

Gostava do rosa que aparecia nos botões de certas flores que cuidava, do rosa que faiscava das estrelas quando olhava para o céu...

E do rosa que coloria os cabelos de uma certa garota.

Quando se perguntava desde quando começara a gostar daquela cor, a memória de um quarto de hospital aparecia na sua mente, junto com olhos caramelos curiosos e sua mão envolvendo uma menor e levemente gelada.

Ele também se lembrava de risos, de sentir seu peito estufar com alegria e de uma voz além da sua, contando estrelas, constelações e exclamações animadas.

O garoto se lembrava bem da garotinha que lhe fizera companhia durante aqueles dias, de como seu coração batia antecipadamente quando seus ouvidos sabiam que iriam ouvir o som dos sapatos dela batendo contra o piso do hospital, de como o sorriso dela era aconchegante...

E de como as lágrimas que escorreram pelo seu rosto eram quentes, no dia que percebeu que não poderia mais vê-la.

Mesmo com o passar dos anos, a memória dela nunca o abandonou. Mesmo que estivesse atento a outras coisas, a silueta da garotinha permanecia sentada no fundo de sua mente, sorrindo para ele em seus sonhos, de vez em quando.

No fundo, no entanto, uma voz muito fria gostava de lembrá-lo que ele não iria reencontrá-la. Com o tempo passando, Minato se convencera de que ela estava certa.

Até o dia que ouvira uma porta se abrindo e uma voz lhe atingiu o peito em cheio com nostalgia.

Subaru lhe parecia tão familiar ao ponto de sentir pontadas atravessarem seu coração, mas ele não fazia ideia do por que.

E as pontadas incômodas só pareciam aumentar quando ele lhe dava tempo para pensar no assunto, ao mesmo tempo em que sentia seu corpo ficar tão leve, mas tão leve quando a garota estava com ele.

A presença dela era acolhedora, a voz dela era aconchegante e seus olhos eram tão graciosos.

E tudo lhe era tão familiar.

Ele não conseguia entender.

Sua memória resolveu lhe dar uma chance quando, de repente, tivera a ideia de mostrá-la aquilo que mais amava.

O espaço.

O espaço que ele vira e pertencia a ele e sua garotinha.

Minato prometera, quando mais novo, que aquele lugar era somente deles e de mais ninguém.

Não se sentiu culpado quando convidou Subaru para entrar, pelo contrário, sentira uma alegria que há tempos o abandonara.

Junto dela, uma sensação extremamente familiar, espalhando confusão em parte de si, enquanto a outra estava ocupada demais se divertindo com a garota de cabelos rosas enquanto viajavam pelo espaço.

Mas foi logo depois que realização explodiu em seu peito e condensou-se nas lágrimas que escaparam de seus olhos e flutuaram pelas estrelas.

Era ela.

Quando a garota começou a contar sobre o garoto que conhecera certa vez, no quarto de um hospital e como haviam explorado o espaço juntos, ele percebeu.

Era ela.

A sua garotinha, a dona dos olhos curiosos, do riso contagiante e do toque que ele tanto sentia falta.

Saber que eles esqueceriam, outra vez, daquele lugar tão precioso para os dois, foi o que trouxe a mesma dor em seu peito quando sentira suas lágrimas caírem, anos atrás. Segurar a mão dela foi a única coisa que tornava aquele sentimento suportável.

Sentiu mais lágrimas quererem se formar no canto de seus olhos quando Subaru deu a ideia de continuarem ali, de não voltarem, de não irem embora para que então, não se esquecessem.

Estaria mentindo se dissesse que não queria aceitar a proposta, se dissesse que a ideia de ficar com ela no querido mar de estrelas e planetas dos dois não era a coisa mais maravilhosa que já ouvira.

Mas ele sabia, aquilo era impossível. E, por mais que quisesse, Minato sabia que ele não podia ser egoísta daquele jeito.

Foi por isso que ver aqueles olhos o encarando daquele jeito, enquanto a luz de Betelgeuse os envolvia, fora tão difícil. E foi também por isso que ele se permitiu um ultimo desejo.

O ruivo se perguntou mais tarde se a garota sentira o toque que ele deixara nela, ao apoiar sua mão na bochecha dela enquanto segurava uma mecha dos cabelos que tanto gostava, nos últimos segundos que estava com ela naquele lugar.

As lágrimas que viu descerem de seu rosto, quando voltaram para a sala do Clube de Astronomia, junto da voz angustiada dela em meio a confusão que aparentava sentir foram suficientes para triplicar a dor gélida que sentia dentro de si.

Permitiu-se sentir aquela dor, já que estava ciente que não tinha escolha, mas em contrapartida deixou seu coração gritar sobre o quanto ele odiava despedidas.

-O meu universo existe dentro de você... Ou gira em volta de você. – Ele ainda não tinha se decidido, mas as duas opções pareciam bem válidas ao seu ver.

Foi o que pensou, ao mesmo tempo em que sentia seus brincos vermelhos queimarem nos lóbulos de suas orelhas.


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Notas finais do capítulo

E minha contribuição para a categoria de Houkago no Pleiades acaba aqui, pelo menos por enquanto. E EU ESTREEI OUTRA CATEGORIA, AEEEE!!! Tá, parei, sorry. (É um sentimento muito bom, não sei explicar.)

Ok-ok-okay! Muitíssimo obrigada por terem lido~

E inté mais! ♥♥



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