E então caminhei, sem rumo, apenas precisava fazer o que meu coração mandasse foi então que o avistei.

 - Lucas? Lucas Cardoso? – eu murmurei quando já estava próxima dele.

 - Olá, Larissa – ele sorriu.

 - Senhor, eu já lhe disse antes e repito me chamo... – eu não terminei, ele me chamou do mesmo nome de antes, mas eu estava em outro corpo. – Como sabe quem sou eu, afinal?

 - Acho que devia se sentar – ele disse, assenti e sentei em uma pedra que estava próxima ali.

 - Agora me explique, por favor – disse interessada.

 - Há muitos anos – ele começou – li uma história que contava a história de uma menina que trocava de corpo com uma senhora. Como aconteceu com você, suponho, não?

 - Sim – respondi enquanto balançava a cabeça positivamente.

 - A história contava que ela trocava de corpo para descobrir que seu então amor não era o que ela achava e que na verdade seu coração pertencia a outro, mesmo sem ela saber – ele completou sorrindo. Analisei a história, parecia com a minha.

 - E que história era aquela de que você me procurava há 100 anos?

 - No livro conta que Lorde Don Juan Antonio III (n/a: inventei esse nome legal agora) tentou ajudá-la a recuperar seu corpo e ele é meu ancestral então eu deduzi que eu sou a reencarnação dele – ele respondeu minha pergunta. Ok, agora parecia maluquice.

 - Bom, – disse com uma voz baixa –devo ir, obrigada – completei, me levantei e corri.

 Enquanto corria olhando várias vezes para trás e de repente esbarrei em alguém e cai no chão, olhei para cima para ver quem era e era o Erich.

“O seu coração pertencia a outro” – as palavras do senhor me vieram à cabeça.

 - Quer ajuda? – ele perguntou estendendo o braço para que eu me levantasse.

 - Sim – sorri – Obrigada – e quando toquei sua mão senti uma coisa estranha e ele disse:

 - Está linda – Sorriu e eu corei instantaneamente.

Ouvi um pigarro atrás de mim e olhei, era o Arthur. Olhei para ele e me aproximei do Erich, ele corou com nossa aproximação e segurou minha cintura, Arthur pigarreou novamente e eu por impulso beijei Erich. Foi um beijo bom devo confessar.

 - Querem parar com essa nojeira?

 - Não – murmurei ainda entre beijos e me afastei do Erich.

 - Arthur – murmurei – acho que não sou tão idiota assim, sou? – disse com meus lábios a centímetros dos dele e quando ameacei encostá-los, me afastei e dei um tapa bonito em seu rosto.

 - O que você fez?

 - Parece que eu não sou tão idiota e apaixonadinha por você quanto você achava, não é mesmo, querido? – sorri e voltei para os braços do Erich e assim meu mundo começou a funcionar do jeito certo.