Diário de Clara Oswald escrita por dougzz


Capítulo 2
Você tem sede? - Pt 2


Notas iniciais do capítulo

https://www.youtube.com/watch?v=5V0O0QQV9Ac&list=PLCB22511916550ECC&index=9 caso queiram, eu gosto de escrever essa fic essa playlist, ler ao som dela deve causar uma experiencia um pouco mais imersiva eu acho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643396/chapter/2

– Uma enorme construção no meio de um vasto deserto de areias vivas. – Doctor admirou a fortaleza que existia a sua frente calmamente. – Acho que devíamos ver se tem alguém em casa.

– Já sei aonde isso vai acabar.. – Comentou Clara com pesar. – Você sabe né, EI VAMOS VER OS HOMENS PEIXES, acabamos envolvidos em uma guerra entre atlantis e a terra, EI CLARA QUE TAL PÁSSAROS DO ESPAÇO? E ali estamos buscando o ovo da criatura que traçou o rumo do universo para onde ele é hoje em dia, a gente nunca tem um dia normal né? Só relaxar um pouco, na próxima viagem eu quero um spa, não um spa em um planeta feito de diamante ou sei la, quero um spa normal na terra em Londres em 2014, eu ficaria muito grata.

No meio do dialogo de Clara, Doctor se pôs a correr pela areia com dificuldade até atingir a porta da estrutura de pedra no meio do deserto, pôs sua screwdriver para analisar a mesma de baixo a cima.

– Um spa, qual a graça em um spa, um dia normal, eu não entendo vocês, tão – Doctor bateu os braços no ar agoniado – Tão humanos.

A porta era redonda e tinha uns cinco metros de altura, existia nelas escrituras que a Tardis não era capaz de traduzir, imagens de conteúdo misterioso e a roxa da estrutura era de um tom lilás cintilante como nada visto antes. A lua laranja começara a carregar sua luz até a porta da estrutura assim que Doctor começou a analisar a mesma. Todo o terreno reagiu a luz, grãos de areia rolando uns sobre os outros para longe dela, o ar estava diferente.

– Clara, quando existe algo muito ruim acontecendo em algum lugar qual a primeira coisa que notamos para saber de onde está vindo?

Clara atingiu a plataforma junto do Doctor e analisou a porta devagar admirando as escrituras. – Hmm, não sei, detesto quando você faz essas perguntas.

– Os pássaros, se quer viver sempre siga os pássaros. – Doctor apontou a screwdriver para a areia que tentava fugir do rastro da luz apressada. – Os pássaros estão indo para longe da luz e a luz está vindo até nos.

Ambos encostaram as costas na porta observando a luz se arrastar lentamente até onde eles estavam.

– A gente devia..?

– Correr? Sim, CORRE.

Cada um correu para um lado mas perderam o equilíbrio na plataforma de pedra que estavam quando a mesma começou a tremer enquanto a grande porta de pedra rolava para baixo abrindo passagem. Doctor correu até a mão de Clara segurando-a e puxando ambos para dentro da porta que na mesma velocidade que se abriu fechou antes que o feixe de luz pudesse toca-los.

– O que foi isso? Era só uma luz né? – Clara recuperava o folego olhando para porta confusa. – Doctor?

– Ahm acho que você devia dar uma olhada nisso aqui. – Doctor olhava para o interior da estrutura que estavam maravilhado.


Grandes estatuas com criaturas nuncas antes vista em todo o universo, um hall com plantas de todas as especieis, verdes reluzentes, flores, frutas, e algumas areias vivas se grudavam a elas. Todo o interior era da mesma cor lilás forte e entre as estatuas e plantas existia bem no fundo uma unica estatua de um ser alto empunhando um bastão e fitando horizonte, emaranhado a ele uma grande planta carnívora pulsava viva guardando pela estatua.

Clara esboçou um sorriso de orelha a orelha quando se deparou com o local, ela abria a boca incrédula e Doctor sorria junto dela observando a reação da menina, todo o tempo e espaço a mais de quatro mil anos o vendo e ele nunca havia visto aquilo, e mesmo se tivesse, junto de Clara tudo que ele via ele via através dos olhos dela. Se maravilhava com coisas que a muito já tinha visto, se encantava com coisas que muito já havia se encantado. Todo o tempo e o espaço, todas as maravilhas do universo e ali estava mais uma diante dos olhos deles.

– Olha isso, são tantas plantas, de tantos planetas diferentes. E essas estatuas eu nunca vi essas criaturas, nunca vi esse lugar. – Doctor caminhava pelos corredores olhando cada planta de perto. – Tem tanta vida aqui, tanto mistério.

Doctor fitou a estatua principal e sua gigantes planta carnívora que a protegia.

– Você sabe quem ele é? Na estatua? – Clara ainda sorridente perguntava passando a mão pelas margaridas no corredor.

A planta abriu a boca com os enormes dentes e toda sua estrutura bucal esverdeada exposta, Doctor pôs seu dedo em um dos dentes da planta espetando ele ali, a mesma fechou a boca em seguida saboreando o sangue do Doctor por um instante.

– Ele é o senhor criador de nós, tudo que seus olhos podem ver, sua boca pode provar e seus ouvidos podem ouvir, é o domínio dele, até tu és o domínio dele. E ele precisa da sua ajuda, Doctor..... – A planta carnívora se retraiu expondo sua face esverdeada com um pequeno olho vermelho claro, a garganta da mesma fazia movimentos dolorosos para que as palavras pudessem ser pronunciadas.

– Ela é uma planta de Goldilock, com uma pequena quantidade do seu sangue ela pode assimilar você, ver a sua alma, aprender seu conhecimento e até mesmo falar as suas palavras. – Doctor sussurrou no ouvido de Clara explicando.



Ele se aproximou da planta para ouvi-la mais de perto, acaricio a raiz da mesma com uma expressão triste, a planta era antiga, muito antiga, estava morrendo. Ela tinha sede.

– O que aconteceu com você velha amiga? – Doctor olhava nos olhos da planta dizendo as palavras com doçura.


– A água, o nosso senhor a criou mas logo que foi posta nos campos e nós crescemos e cativamos seu olhar... A água foi roubada dele, seu amor foi traído, e nós ficamos aqui para morrer. A muito o senhor disse que não era o fim, que um dia o grande guerreiro viria devolver a água a nós, o Doutor viria. – A planta se esforçava para falar e sua garganta de raiz seca rachava em meio ao seu esforço.

Clara cruzava os braços com um olhar triste a planta, continha sua mão para não ir acariciar a mesma também, com receio de machuca-la em meio a enorme fragilidade que se encontrava agora.

– Quem roubou a água? E por que? – Doctor franzinha a testa enquanto analisava a estatua onde a planta se encontrava. – Quem é o seu senhor?


A planta se agarrou mais forte na estatua e falou mais baixo para poupar suas forças. – Aqueles que traíram o senhor, aqueles que perderam suas almas, aqueles que sentiram sede, mas não de água, e sim de vida, aqueles que tem sede de vida. Eles devastaram o planeta, e fizeram seus olhos nos céus para observar-nos dia e noite, procurando o momento em que eu estaria mais fraca para poderem tentar invadir esse templo e roubar nossas vidas também... A vinda do grande guerreiro seria nossa salvação, mas teria um preço que estaríamos dispostos a pagar. – A planta começou a ter suas folhas mais e mais rachadas, até caírem uma por uma, as raízes soltavam a a boca se desfazia na estatua.

– Oh não, não não não, seja forte. Não fale mais nada, se agarre ai, podemos trazer água você pode viver mais. – Doctor se desesperava vendo a planta morrer em meio as suas palavras.

Eu vivi uma longa vida e vi muitas coisas ruins acontecerem, e muitas boas também Doctor, seja uma das coisas boas, de vida esse planeta de novo, é o seu destino, devolver ao universo a água. Esse é meu preço, e eu estou feliz em paga-lo pelo nosso senhor.

Foram as ultimas palavras da planta, a mesma se desfez de pronto caindo sobre a estatua ressecada e morta, não existia mais cor nela, não existia mais vida nela.

Antes que eles pudessem lamentar a morte da mesma os portões do salão começaram a tremer e rachar, toda a estrutura balançava, o templo estava prestes a desmoronar.
Clara olhava estática para planta sem entender o que aconteceu muito bem mas com uma dor enorme em seu peito ao ter assistido a cena.

– Precisamos sair daqui, CLARA, CLARA OLHA PRA MIM, olha pra mim, a gente precisa sair daqui. – Doctor segurava o rosto dela e a balançava para os lados enquanto poeira cai sobre eles e as rochas pouco a pouco desmoronavam sobre as plantas ali, e as rosas, estatuas.

Doctor correu até uma das plantas e arrancou ela de sua raiz com muito cuidado e ligou sua screwdriver nela. – Rápido, segura ela pela raiz e quando eu disser já você solta ela em direção aquela parede.

A planta começou a brilhar com um azul intenso dentro dela e sua estrutura começou a jorrar um liquido também azul e gosmento na mão de Clara – AHH o que eu faço com isso?

Doctor apontou a screwdriver mais uma vez com um sorriso de canto de boca, a planta inchou com a luz azul forte dentro dela e – JÁ CLARA.

Ela soltou e planta voo em disparado para a parede ao atingir a mesma estourou em um liquido agora rosado que começou a em questão de segundo as corroer a parede derretendo-a e abrindo passagem.

– AGORA RÁPIDO CORRE.

Ambos correram para fora da estrutura saindo segundos antes da mesma desabar por inteiro bem atrás deles. Ali fora a areia se movia assustada tornando o solo sobre eles irregular.

– Planta explosiva isso? – Clara se limpava de poeira fitando o templo desabado.

– Err quase isso, é como seu suco gástrico, tipo acido sulfúrico, a planta com o estimulo certo. – Doctor balançou a screwdriver e guardou a mesma. – Toda a estrutura dela se rompe soltando seu liquido em quem estiver na frente e o derrete na hora.

– Preferia não ter perguntado. - Clara se erguia olhando para a roupa melecada com um pouco de nojo.





Correram em direção a Tardis em disparado evitando as luzes das luas que cruzavam cada canto do planeta. Ao subir a montanha que dava em direção a Tardis uma criatura prateada caiu do céu bem atrás deles lançando areia para todos os lados. A mesma se ergueu na hora e gritou para os céus e logo a areia começou a obedece-lo fazendo Doctor e Clara caírem da montanha sendo arrastados pela areia.

Doctor puxou a screwdriver e apontou a areia sobre o pé deles que ficará confusa entre fugir do estimulo da mesma e obedecer o chamado do sentinela prateado. Clara conseguiu rastejar para fora da montanha rolando terra a baixo longe de lá, Doctor largou um dos sapatos ali na areia e fez o mesmo pulando em um pé só até a Tardis que abriu as portas para eles ao chegarem perto. O sentinela de prata ergueu uma onda de areia com seu chamado, correu entre ela movendo seus braços para frente lançando-a em direção a Tardis. A avalanche de areia cortou o ar e consumiu tudo a sua frente chegando em Doctor em Clara.











A porta da Tardis fechou impedindo que eles fossem atingidos pela areia por pouco. Clara se jogou no chão recuperando o folego enquanto Doctor corria para o armário procurando outro sapato do mesmo par.

– Por que nunca temos um sapato reserva do mesmo par? Por que eu nunca pensei em ter um, eu sou tão estupido meu deus. – Doctor tirou o outro sapato pondo um novo par apressado.

– Ai quem se importa com o seu sapato você pode ao menos me explicar O QUE DIABOS ACONTECEU ALI? A PLANTA FALANTE, O TEMPLO DESABANDO, E AGORA PARECE QUE ACABAMOS DE VIVER UMA CENA DO FILME DA MÚMIA. – Clara gritava no chão exausta.

Doctor tapava os ouvidos olhando para ela. – Por que você precisa sempre gritar? Meu deus.

Clara rolava no chão levantando devagar. – Por que eu to toda suja de areia!

Apos por os seus sapatos e caminhar até o console da Tardis, Doctor olhou para sua roupa e para Clara em seguida. – Não tem areia nenhuma em mim..

Antes que Doctor pudesse formular uma frase as portas da Tardis começaram a ser forçadas de dentro para fora de leve e Clara foi suspensa no ar batendo na porta com a pressão dos muitos grãos de areia viva que existiam nela, a porta se abriu com o baque interno do corpo de Clara e ali ela foi arrastada pela areia desaparecendo de vista.
Doctor correu até a porta desesperado olhando para o horizonte sem sinal de Clara, seus olhos expressavam um terror completo, suas mãos se agarravam na Tardis com força e sua garganta tremula tentavam por para fora palavras cujas quais ele se recusava a ter que formular.

– CLARA.. – A voz falhava e os joelhos batiam o chão enquanto ele arrastava as mãos na areia viva dentro da Tardis. Ponderou um pouco e ergueu seu olhar para os satélites e suas luzes vigiando o planeta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diário de Clara Oswald" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.