Blood Tie escrita por Matt Yamato


Capítulo 1
Capítulo Único




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Mais um dia chato de aula, sem nada para fazer. Não via a hora de chegar em casa. Era isso o que a mente de Rose pensava em quanto o seu olhar se perdia cada vez mais na janela ao seu lado.

- Rose qual é o valor de x? - perguntou o professor de álgebra.

Rose o encarou com uma cara de "que" no rosto, continuou o encarando por longos segundos, até ser interrompida por uma voz.

- (-9) - respondeu garoto do lado dela

- Senhor Ryosenkise, era para Rose responder - ralhou o professor.

Quando o mesmo ia voltar a perguntar para ela, o sinal bateu a liberando para o almoço, juntou seu material e saio pela porta, o professor a encarou com raiva.

Caminhou lentamente até o refeitório, estava com fome e morrendo de tédio.

- Rose - chamou alguém que via correndo em sua direção. Virou-se bem a tempo de ver Ryo cair de cara no chão.

O cheiro de sangue subiu pelas suas narinas, á fazendo tampar o rosto com a mão, sentiu um tremor passar pelo seu corpo. Se continuasse mais um minuto ali iria enlouquecer.

Será que ele sabia disso? Que o cheiro de sangue a enlouquecia.

O corredor estava ficando pequeno de mais seus olhos se encontraram por milésimos de segundos, ficando fixo um no outro, antes de uma menina entrar no meio da multidão.

Aproveitou a deixa e saio o mais rápido dali, foi para o terraço respirar ar puro. Tinha perdido a fome.

Subiu as escadas correndo, e violou a pequena placa que dizia "fique longe", abril a porta e fechou a mesma atrás de si. Sentou num canto perto da grade de proteção tentando se acalmar, colocou uma música calma para tocar, fazendo assim com que seus pensamentos fossem embora.

Ouvia a gritaria lá embaixo, e o vento soprava os seus cabelos vermelhos; estava ficando cada vez mais difícil se controlar. Está passará perto, quase perdeu o controle, e da próxima vez o que faria? A tacaria seu melhor amigo? O único que sabia de seu segredo. Perdeu a noção do tempo.

De repente sentiu outra presença no terraço, num pulo desligou a música e se levantou.

- Está melhor? - a voz tom conhecida invadiu os seus ouvidos e o cheiro familiar abalou os seus instinto por alguns instantes.

Rose viu um curativo no nariz do mesmo, ele já não fedia a sangue, devia ter lavado o rosto antes de vir falar com ela.

- Foi grave? - perguntou levemente preocupada.

Ele fez que não com a cabeça. Ficaram em silêncio por alguns segundos.

- Se continuar a se machucar assim vai morrer por falta de sangue - comentou Rose.

- Verdade né?!- falou constrangido, soltando umas risadinhas para disfarçar. E lá estava a mão atrás da cabeça bagunçando os cabelos negros, ele sempre fazia isso quando ficava nervos, pelo o que Rose notara.

Um silêncio incômodo caiu sobre eles outra vez.

O sinal tocou fazendo ambos saírem correndo para chegar a tempo de assistir a aula, chegaram um pouco atrasados, mais o professor de história os deixou entrar, pois era apresentação de trabalho infelizmente Ryo não pode ficar, pois passou mal.

Sem ele na sala, as aulas voltaram a passar devagar, voltou a perder o olhar na janela. A sua volta a aula continuava a conversa dos alunos e as gritaria dos professores. Mas Rose já não prestava atenção em nada, só na paisagem da janela, não ouviu nem um sinal e quando voltou a prestar atenção todos já tinham saído; pegou suas coisas e foi para casa.

Caminhou sozinha pela rua, com o fone na orelha ao som de Linkin Park, Paramore e Creed. Já estava quase anoitecendo, a lua já estava quase aparecendo, algumas estrelas já brilhavam no céu, e, o mesmo estava sendo colorido por tons de vermelho, laranja, rosa, roxo e azul.

Chegou em casa já era noite. Todas as luzes estavam apagadas, sua casa estava vazia, seus pais deveriam estar trabalhando, foi até a geladeira e pegou uma garrafa de suco, despejou um pouco no copo e bebeu. Devolveu a garrafa na geladeira, pegando no lugar ingredientes para montar um sanduíche. Fez a refeição, e lavou a louça suja, subindo para seu quarto logo em seguida.

Jogou a mochila em cima da cama, pegou a toalha e foi para o banheiro, ligou o chuveiro na água morna e entrou de baixo.

Tentou se lembrar da última vez que ficou sozinha, antes de conhecer Ryo. Não conseguiu. Suspirou, seria um problema quando estivesse que ir embora.

Como uma pessoa que conhecia há apenas um ano e meio podia ser tão importante? Pensava ela.

Estava perdida, e sabia disso, tinha só mais um ano e meio naquela escola. Antes de se mudar para outro país. Ela só tinha três opções.

1- Matar ele (está foi eliminada, logo de cara)

2- Curtir o resto do tempo que tinha com ele (tentadora de mais para aceitar)

3- Ou simplesmente passar a ignora ló desde agora, para ficar mais fácil depois (foi a escolhida por ser uma saída mais fácil)

(xxxxx)

Naquela manhã de terça - feira Rose decidiu colocar o seu plano em ação, trocou de lugar com uma menina que usava óculos, mais que por algum motivo sentava no último lugar da fileira da janela, então foi fácil convencer a mesma a trocar de lugar.

Tinha vestido uma roupa fácil de passar despercebido e ser confundida no meio da multidão, a única coisa que lhe dedava era o boné azul escuro que vestia.

O sinal tocou, e junto dele Ryo entrou. Para todos a sua volta o dia estava normal, mais ele percebeu.

Percebeu que ela não estava em seu lugar de costume, percebeu que não dava para se sentar perto dela, pois os lugares ao lado da mesma estavam preenchidos. Então Rose sentiu o olhar penetrante dele em cima de si, o encarou de voltar, percebendo a sutil pergunta "o que tá fazendo?", desviou o olhar para a janela e o deixou sem resposta.

Como falar para ele, que o estava abandonando? Preferia seu olhar confuso ou até mesmo seu ódio, do que lágrimas de tristeza derramadas por sua causa. Tinha tomado a decisão mais dolorosa de sua vida iria esquecer seu amado Ryo, e se a falta de sangue não a matasse, a dor por ter de deixar ele a mataria. Dramática ela? Nem um pouco, para a raça dela o primeiro amor era único e somente o sangue dele poderia matar sua cede.

E assim a semana se passou, os únicos momentos em que se encontravam era na sala. Rose se escondia todos os intervalos, não esperava mais ele para ir embora, sempre que se encontravam na rua ou na hora de sair de casa ela dava um jeito de sumir, e se por um a caso Rose encontrasse com Ryo no meio da cidade, ela desaparecia.

Rose não falava mais com Ryo, e todos os alunos e professores estranharam. Os dois amigos que eram inseparáveis já não andavam mais juntos. As notas de Ryo caíram e todos os professores perceberam que um dos alunos mais inteligentes mudou o seu comportamento completamente.

Conforme os dias foram passando Ryo ficava cada vez mais confuso. Se perguntando o que fizera para Rose ir embora da sua vida.

Sentia que a estava perdendo, que seu tempo estava acabando se não fizesse algo para fazer ela voltar, nunca mais teria está chance.

Isso o machucava mais do que tudo.

(xxxxx)

Quinta - feira de manhã, aula de Educação física. Rose saia do vestiário feminino para ir até a quadra, quando é barrada no corredor por uma colega de turma.

-O que aconteceu entre você e o Ryosenkise? - soltou toda curiosa

Rose não se sentiu bem com a pergunta, e friamente inventou qualquer coisa, para a outra lhe deixar em paz.

-Ele só me trouxe problemas, e é muito irritante - falou friamente, a jovem a sua frente arregalou os olhos e apontou para algo atrás da mesma.

-Ry... Ryo... - gaguejava a garota.

-Então era por isso? - gritou para Rose, que virou para o mesmo com um olhar frio. Sobe aquele olhar Ryo, ficou com medo pela primeira vez perto dela, sentiu lágrimas quentes caírem pela suas bochechas.

Deu as costas, e saiu correndo, não demorou nem dez minutos e Rose sentiu um cheiro de sangue no ar. Correu em disparada pelo mesmo caminho que o amigo.

O viu caído no chão em volto de algumas manchas de sangue, pessoas desciam as escadas correndo gritando por ajuda. Ryo se levantou mostrando a todos que estava bem, tinha ralado ambos os joelhos machucado o nariz.

O cheiro estava forte de mais para Rose, seus olhos verdes ficaram num tom vermelho vivo, e suas presas começaram a crescer, se não saísse dali iria perder o pouco controle que ainda tinha. A baixou a franja de um jeito que cobrisse seus olhos e tampouco a boca antes de sair correndo.

Não assistiu as aulas na parte da tarde, não conseguiu. Foi para casa e se trancou no quarto, dominada por pensamentos sobre ele.

Aquele garoto tava perdendo a noção do perigo, ele deveria saber que o cheiro do seu sangue era tentador demais para ela. Só o seu cheiro natural já era viciante para ela, já a deixava desejosa por ele. Será que ele tinha noção do estrago que fazia com o autocontrole dela? Se não tiver, deveria ter.

Ele era uma tentação. Cabelos negros, olhos azuis e pele branca, que ficava vermelha muito fácil; adoraria deixar as marquinhas de suas presas naquela pele.

Sua linha de raciocínio foi cortada, por batidas irritantes vinda da porta da frente ignorou as batidas para ver se assim a pessoa ia embora. Seus pais ainda estavam trabalhando e não falaram nada sobre vir alguém parente ou entregador, e mesmo se fosse este o caso eles viriam na parte da noite que é quando se tem gente em casa. Pois ninguém sabia que ela estava lá.

Se passou meia hora e nada de pessoa ir embora, já irritada Rose desceu, mais quando chegou no penúltimo de grau sentiu um cheiro familiar, até de mais. Foi até a porta e deu um espiada pelo olho mágico, arregalou os olhos.

-Rose - gritou

Ignorou o mesmo e voltou para o quarto. Agora ele não só batia na porta, como também gritava por ela.

Pensou que se o ignorasse ele iria embora, mais depois de uma hora sobe aquela gritaria e barulho desistiu da ideia. Desceu para a sala e foi até a porta.

-O que você quer? - perguntou um pouco mais alto que um sussurro, foi o suficiente para ele ouvir.

As batidas pararam.

-Deixa eu entrar - pediu com a voz rouca de tanto gritar.

-Não - falou sussurrando.

Ficaram em silêncio por alguns segundos.

-Deixa - voltou a pedir

-É perigoso - a divertiu

-Não ligo -rebateu.

Nesta hora Rose sentiu vontade de xingar ele até a sua 3° geração. Ela estava lá maior preocupada com a segurança dele, e ele nem aí? Estava se controlando ao máximo para não voar no pescoço dele, e sugar seu sangue. Como ele podia vir com está de "não ligo".?

Ficaram em silêncio. Rose destrancou a porta, mais não a abril somente caminho até a sala e se sentou, ele que percebesse por sí mesmo que a porta estava aberta.

Se passaram longos dez minutos, até Ryo voltar a falar.

-Estou entrando

A maçaneta virou, a porta foi empurrada, até que a mesma se abrisse, e a figura do moreno apareceu. Caminhou lentamente até ela, viu seus olhos, que ainda estavam rubros, e tentou lhe tocar, a mesma desviou o rosto.

-Não - sussurrou.

Sabia perfeitamente que não iria aguentar se ele lhe tocasse seu controle estava por um fio, e qualquer gesto de carinho vindo dele, iria fazer com que este fio se rompesse.

-Rose, por que não olha para mim...?

De repente já era tarde de mais, Ryo a pegou pela mão, e a puxou. Rose ficou surpresa com a atitude do mesmo.

-Ryo...?

Ryo conduziu ela pelo corredor até o quarto da mesma, a porta estava aberta e Ryo entrou puxando Rose, quando a mesma entrou ele fecho a porta. Rose ainda está atordoada, ficou parada perto da porta, só observando os próximos passos do garoto. Viu o mesmo retirando o agasalho de frio e o jogando aos pés dele mesmo, também viu quando ele começou a desabotoar os botões da sua camisa xadrez, um após o outro expondo assim seu peitoral totalmente branco e definido, ficou hipnotizada com a visão que lhe era oferecida.

-Rose, beba o meu sangue - falou expondo mais o pescoço - Sei que você está com vontade, disso desde que eu cai no corredor a duas semanas atrás.

Na verdade ela já estava com vontade bem antes que isso, desde que conhecera ele a um ano e meio atrás, mais ele não precisava saber disso... Por enquanto...

Estava ficando difícil de respirar, olhar para ele assim tão exposto à estava deixando louca.

-Pare com isso... - disse com dificuldade, sua garganta ardia devido a sede que sentia - Eu não... me perdoaria...

-Eu sei - concordou Ryo se aproximando mais - mais eu já pensei demais nisso...

E com estás palavras o controle de Rose foi para a puta que pariu. Rose se aproximou de Ryo e o abraço, segurou com uma mão os cabelos negros dele e o puxou levemente fazendo com que ele inclinasse a cabeça para o lado expondo totalmente o pescoço. E antes de abocanhar disse.

-Me desculpe... - falou realmente sentida por moderna seu melhor amigo - Vamos fazer... Algo imperdoável...

"Assustador... um vampiro está se alimentando de mim... Tão assustador... Assustador? Mais é Rose..."

Pensamentos sem nexo rodeavam a cabeça de Ryo, era a primeira vez que fazia algo assim. Sentimentos de medo o dominaram, até ele se lembrar vagamente que quem estava ali era sua doce Rose.

Quando tudo acabou, e sentiu Rose se afastar e sentar no chão, uma preocupação o invadir, agachou ao lado da mesma.

-Rose? - chamou excitante - Você está bem?

-Eu sou tão... desprezível... - falou ofegante - Mesmo que eu não queira machucar ninguém... Depois de ter acabado de provar seu sangue... E dizer "eu desisto"... Isso é coisa de mais.

-Você esqueceu sua promessa? Que vai parar de dizer isso? - perguntou com um pouco de raiva - Mesmo que me odeie, você não pode desistir assim!

-Estaria tudo bem... Mesmo que eu te odiasse? - perguntou

Está pergunta pegou Ryo de surpresa. Como não respondeu, Rose continuou.

-Você está bem? - perguntou preocupada e novamente Ryo ficou sem saber o que fazer, até que a ficha caiu.

-Ah! Sim, estou bem, não tenho falta de sangue. Sempre fui muito saudável - falou sem jeito, passando a mão no cabelo - Vou poder ir pra escola amanhã normalmente.

-Você precisa ir a escola amanhã!! Precisa mesmo!

Duas pessoas juntas... Sabiam que algumas coisas, como alguém que oferece seu sangue como alimento, para manter um vampiro vivo é um pecado muito grande. Ao fazer algo assim, não se pode deixar ninguém descobrir...


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