Burning Love escrita por Yumenaya


Capítulo 6
Revelação


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um novo capitulo! Espero que gostem, então nos próximos capitulos as coisas começaram a esquentar!



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Eu estava no topo da escada, já com o vestido vermelho. Assim que me viu, Alec sorriu e subiu correndo as escadas em minha direção. Ele me pegou no colo e me levou até a porta.

- Ei, eu sei andar sabe. – comentei casualmente.

Ele riu.

- Eu sei. Apenas queria ficar perto de você, Jane me proibiu de ir com vocês. – ele disse entristecido.

- Você iria junto conosco fazer compras? A maioria dos homens acha que compras é sinônimo de inferno – disse tentando mudar o seu humor.

- Qualquer lugar onde você esteja para mim, é o paraíso.

Então ele me olhou profundamente, o que me deixou sem jeito. Comecei a odiar esse meu novo poder de ler mentes, ele fez com que Alec revelasse o seu amor para mim. Era como se ele tivesse perdido a vergonha.

Esse era um dos novos motivos para eu querer sair daqui o mais rápido possível, não aguentava mais as indiretas que Alec jogava para mim, essas eram em palavras e em pensamentos.

- Alec, largue ela. Aya precisamos ir, já são sete horas. - Jane falou aparecendo ao nosso lado.

Alec me colocou gentilmente no chão. E em seguida me beijou nos dois lados da minha face.

- Mi, te vejo em breve.

- Vamos - Jane disse e me puxou para fora do castelo.

 

Fomos o caminho inteiro em silêncio. O vento batia em meu rosto enquanto corria na escuridão da floresta. Tentei ler os pensamentos de Jane para saber o que ela queria verdadeiramente. Sabia que o motivo pela qual saímos não era só para comprar. Tinha algo por trás disso. E eu precisava saber rápido.

- Jane, o que você quer me contar? - falei diminuindo a velocidade.

"Vamos até um lugar seguro, onde ninguém possa nos escutar" ela pensou sem diminuir a velocidade.

 

Paramos no meio de uma loja de marca. Ela estava fechada, porém a dona a abria para que eu pudesse comprar sossegada.

- Boa noite, senhorita Aya. – uma mulher de cabelos avermelhados nos cumprimentou. “Arght, ninguém merece ter que trabalhar a esse horário! Essa garotinha mimada nem é tão rica assim, se fosse seria conhecida pelo mundo inteiro! Essa gente de hoje em dia, sempre querendo se aparecer!” – Sou Belatriz.

Apenas acenei, e me segurei para não retrucar. Além de ser estranho eu brigar com ela assim do nada, ela ficaria desconfiada, e eu colocaria os vampiros em perigo.

Mas fala sério, ela nem sabia o que estava acontecendo na verdade. Ela deveria tentar se informar um pouco sobre as coisas antes de sair por ai julgando os outros. Em primeiro lugar eu nunca gostei de fazer compras com lojas fechadas para que só eu pudesse estar no local, o que era totalmente incomodo, eram atenções em exagero. Pessoas falsas, que fingiam gostar da gente, mas a verdade era que eles apenas queriam ganhar dinheiro. Mas isso acontecia para que os humanos, não corram perigos. Jane era uma vampira, uma vampira que bebia sangue humano.

- Desejam algo em especial? – ela perguntou interrompendo meus pensamentos.

- Não. Nós nos viramos, quando precisarmos te chamaremos. Obrigada, pode nos deixar a sós. – Jane disse rudemente.

Ela apenas concordou e se virou para sair daquele local. Mas por seus pensamentos pude escutar vários xingamentos direcionados a mim e a Jane. Pensamentos que eu não merecia de forma alguma.

Assim que Jane teve certeza absoluta que Belatriz não estava por perto ela começou a escolher roupas para mim.

- Então... – iniciei a conversa, convidando-a a falar.

- Aya, você gostou desse vestido? – ela perguntou levantando um vestido lilás tomara que caia.

Acenei distraída. Não estava a fim de falar de roupas, queria saber a verdade. Sentei-me em uma poltrona e bufei angustiada.

- Quando ouvir alguém se aproximando, seja ele humano, ou vampiro, me avise. Está bem? – ela falou mudando seu tom de voz, para um extremamente sério. Eu apenas concordei.

Ela pegou uma carta que estava dentro de sua bolsa. E me estendeu.

- O que é isso? – perguntei, como uma grande idiota.

- Leia. – ela ordenou.

Ergui uma sobrancelha ao ver que as primeiras palavras eram “Para minha adorável filha, Aya Michelle:” com letras redondas e caprichosas. Senti meus olhos se arregalarem ao ler a palavra filha.

“O meu coração tem parado de bater, a cada segundo que se passa. Porém de alguma forma ainda estou viva.

Sei que você ainda é uma menina e tem muitas coisas para aprender – principalmente sendo uma meia-vampira e meia-humana – mas tenho certeza que alguns dos Volturi irão te ajudar, principalmente, Jane e Alec. Não deixe se enganar pelas aparências, muitos podem mentir, te magoar, te machucar. Por isso seja forte, não deixe que nada te abale.

Saiba minha filha, que sempre estarei ao seu lado, nem que seja por sonhos. De uma maneira ou outra estarei te vigiando e protegendo.

Te amo demais, sua mãe Sarah Michelle”

Fazia alguns segundos que eu estava com a carta na mão com lágrimas escorrendo por meu rosto. Aquela carta era da minha mãe. Minha mãe que eu nunca conheci aquela a qual me deu a luz, e também aquela que eu tirei a vida. Uma lágrima escapou do canto dos meus olhos, molhando a folha que segurava.

- Não chore Aya, lembre-se: “seja forte, não deixe que nada te abale” – Jane murmurou carinhosamente as palavras de minha mãe.

Agi por impulso e a abracei fortemente, ela me reconfortou.

- Jane, aonde você conseguiu isso? – disse assim que consegui me controlar.

- Sarah deu para mim. E me fez prometer que eu só entregasse a você, e que ninguém soubesse da sua existência.

- Ainda estou viva... Sempre estarei ao seu lado... Te vigiando e protegendo... – fui lendo as palavras que estavam na carta. E que estavam no presente. – Jane, notou que essas palavras estão no presente? Quando que minha mãe lhe deu esta carta? O cheiro... Ele me parece recente... Estou enganada?

Jane estreitou os olhos, e depois deu um sorriso orgulhoso.

- Você pega as coisas rápidas, Aya. E sim, também notei que as palavras estão no recente, isso porque ela foi escrita há poucos dias.

- Há poucos dias... – repeti lentamente. Mas como isso era possível, se minha mãe estava morta? A não ser que ela esteja viva, mas como? Aro me disse que ela morreu assim que deu a luz a mim, ele não mentiria para mim, mentiria? – Mas ela não está morta?

Jane apenas olhou sugestivamente para mim.

- Todas as respostas estão na carta. Basta você pensar – ela disse, e então, começou a escolher roupas, encerrando o assunto.

Pensamentos começaram a inundar a minha mente. A cada nova leitura, eu conseguia absorver mais fatos.

O mais importante de todos era que minha mãe, Sarah, estava viva. Não propriamente viva, mas ela existe, e tinha se transformado em vampira. Só isso explicava a parte “de alguma forma estou viva”. A única coisa que me deixou intrigada foi “sempre estarei ao seu lado, nem que seja por sonhos”. O que isso significaria?

- Vocês precisam de alguma ajuda? – a voz ecoou pela loja. 

 


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