Burning Love escrita por Yumenaya


Capítulo 2
Veredicto




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Bufei. Aro queria me manter prisioneira, e isso era angustiante. Ah, mas isso não ficará assim ou não me chamo Aya Volturi. Comecei a andar em direção a porta. Não me dei o trabalho de trocar de roupa, e continuei com minha mini camisola vermelha. 
Desci as escadas correndo, e deparando num corredor nada extraordinário. As paredes eram quase brancas, o chão acarpateado de um cinza. Lâmpadas fluorescentes retangulares e comuns espaçavam-se uniformemente pelo teto. Ao passar por ali tive uma “visão” de uma garota com aparência de uns 17 anos, pálida, porém não era vampira parecia estar apavorada, e estava acompanhada de mais dois vampiros. Pisquei rapidamente e a imagem se foi.
Esse era um dos meus dons, era ver o que havia ocorrido no local. Ao decorrer da minha transformação adquiro mais “talentos”.Entrei no elevador. A viagem foi curta; saí na “recepção” do castelo - servia para enganar os turistas que eram a refeição. As paredes eram revestidas de madeira, o piso com um carpete grosso, verde-escuro. Não havia janelas. No centro da sala havia um balcão de mogno encerado. 
- Boa tarde, Aya. - Gianna me cumprimentou.
Ela era alta, de pele morena e olhos verdes, ela era humana. Sabia tudo sobre vampiros, e mesmo assim ficava totalmente à vontade, pois seu sonho era se tornar uma vampira. Ela deu um sorriso de boa tarde educada.
- Gianna. - Eu a cumprimentei com a cabeça.
Segui para um grupo de portas duplas nos fundos da sala, que levava à sala onde escontrava-se Aro.
Entrei furiosa abrindo a porta com força.
- Aro, se pensa que eu vou ficar aqui trancada para sempre, está enganado! Eu... - comecei a gritar extremamente irritada, porém interrompi-me assim que notei que na sala continha mais três pessoas esquisitas, as pessoas da minha visão. Elas não estavam em uma situação nada agradável, a garota humana estava gritando desesperada. A vampira de cabelos arrepiados estava sendo segurada pelo pescoço por Alec, algum movimento e será decapitada. E o último vampiro, estava quase sendo morto por Felix. Jane estava com um sorriso maquiavélico no rosto, o que dizia que ela estava usando seu poder.
Me concentrei e vi imagens do que tinham acontecido mais cedo. Edward, esse era o nome do vampiro, ele era lindo! Foco, Aya, foco. Edward pensava que seu amor Isabella, estava morta, e decidiu vir aqui pedir para que meu pai o matasse. Resumindo, Edward era apaixonado por uma humana, e pela lei “Nenhuma humana deverá saber sobre a existência de vampiros” a não ser que pretenda dar-lhe a imortalidade. E Edward não estava disposto a dar imortalidade à sua amada. 
- PAREM! - Gritei impaciente - Felix, Alec, Jane, por favor parem. Ou se não...
Apesar de ser metade humana eu tinha um certo poder. Ninguém ousava me desobedecer.
- Aya, minha adorável, nos de um momento. - Aro me interrompeu com a voz tranquila.
- NÃO! Eles não deverão ser punidos. Não são culpados eu vi. 
- Aya, ela sabe demais. - sibilou Caius. 
- Também há alguns humanos aqui. - Edward o lembrou com sua voz perfeita.
- Também sou humana, lembram? Por que não me matam também? - Acrescentei.
- Aya, você se tornará vampira. Em breve. E sabe das nossas leis. - Caius falou olhando para mim, e então apontou seu dedo esquelético para Isabella - Se ela trair nossos segredos, Edward estará disposto a destruí-la? Acho que não. - Zombou ele.
- Eu não... - Isabella começou ainda sussurrando.
Caius a silenciou com um olhar gélido.
- Também não pretende torná-la uma de nós - continuou Caius. - Portanto, ela é uma vulnerabilidade. Admitindo que isso seja verdade, nesse caso, só ela perde o direito à vida. Vocês podem partir, se desejar.
Edward mostrou os dentes. Já que eles não deram bola para mim, decidi apelar.
- Pai, por favor. Não os mate. Por mim. - Falei indo em sua direção e lhe tocando à mão. Não me preocupei em tocá-lo porque ele não conseguia ver meus pensamentos. Mais um dos meus super-poderes.
- Filha, leve Isabella para seu quarto. Preciso falar com os Cullens. A sós! - Bom, pelo menos ele não irá matar a humana, mas será que ele matará o Edward? Acho que meu pai entendeu o que se passou por minha mente, porque logo acrescentou - Fique tranquila eles não serão mortos. Agora vão.
- Isabella? - assenti e me virei em direção à Isabella.
Ela arregalou os olhos, deveria estar assustada. Edward se contraiu.
- Não se preocupe, não lhe machucarei. Também sou humana. - Abri um sorriso simpático. Isabella olhou apavorada em direção a Edward.  
- Por que não consigo ler sua mente? - Edward perguntou para mim com sua testa vincada de preocupação.
- A adorável Aya, tem poderes fantásticos. São parecidos com a de Bella, mas o de Aya é mais poderosa. - Aro respondeu por mim, orgulhoso.
- Bella vá com ela. - Edward falou, e assentiu. Encorajando Bella. 
Começamos a sair da sala, Alec veio nos seguindo.
- Como saberei se Alec não matará Bella? - Edward questionou.
- Não se preocupe nada acontecerá a ela. Não me subestime Edward, tenho poderes significativos aqui. E, aliás, Alec não a fará nada. - Falei me virando para ele. - Não é Alec?
Ele assentiu. 
Saímos da sala e fomos para recepção, eu não ia ao meu quarto. Queria escutar o que estava acontecendo ali.
- Aya, precisamos ir ao seu quarto. - Alec falou, mas acho que ele me conhece muito bem, então mudou de tática - Você precisa trocar de roupa.
E então ele me lançou um olhar malicioso.
- Pare de olhar para mim desse jeito! Alec, me respeite. Apesar de parecer vulnerável, eu...
- Acalme-se Aya, você precisa se trocar. Temos visitantes, o que eles pensarão sobre você?
- Arght, deixe que eles pensem o que quiserem. - revirei os olhos, entediada. Aquele truque não funcionaria comigo. Ignorei Alec e me virei para Isabella - Isabella, você tem vontade de ser tornar vampira?
- S-só Be-bella. - Ela gaguejou.
- Ei, não precisa ter medo. Como eu falei antes, nada acontecerá à você. - Falei no meu melhor tom tranquilizador.
- E-eu q-quero - Ela respirou fundo, tranquilizando-se e então continuou - Sim, eu quero me tornar vampira.
Escutei baixinho, meu pai falando sobre mim. Decidi ir vê-lo, para verificar o que estava acontecendo.
- Já volto. E, Alec cuide de Bella.
- Mas, Aya. Fique aqui, e obedeça seu pai. Pelo menos uma vez na vida.
- Fique, e cuide de Bella, não faça nada de mal à ela. Promete? 
- Tudo bem, mas tome cuidado. 
Parei em frente à porta, e escutei. 
- Vocês poderão ir com uma condição. - Aro falava tranquilamente - Minha filha, Aya, quer sair de Volterra e quer estudar. Então, vocês devem cuidar dela. Protegê-la de qualquer mal, como se fosse mais uma irmã de vocês. Só isso que peço, em troca daremos um tempo para transformar Bella. 
- Aro, tudo bem. - Alice começou a dizer. - Será um enorme prazer ter Aya na nossa família.
Ah, era só o que me faltava ter mais babás. Não bastava ter Jane e Alec, sempre atrás de mim. Abri a porta.
- NÃO! EU NÃO VOU IR COM ELES. EU QUERO SAIR DAQUI, MAS SOZINHA! - Falei marchando até Aro.
- Aya, acalme-se. Você não pode se estressar. - Aro alertou.
- Eu não estou estressada! Será que você está ficando velho demais e não se lembra o que lhe disse? Preciso repetir mais uma vez? NÃO SOU MAIS BEBÊ, TENHO 16 ANOS! JÁ SEI ME VIRAR SOZINHA! - Escutei uma risada sendo abafada, olhei para trás, era Demetri. - Do quê você está rindo Demetri?
- Desculpe. Não é nada. - ele começou a dizer, se recompondo.
- Filha ou você vai junto com os Cullens, ou com Jane e Alec. Escolha.
Senti minha cabeça girar. E tudo começou a ficar escuro, mas eu ainda conseguia ouvir vários murmúrios.
- Aya... - Aro me chamava, me chacoalhando levemente.
- Droga, está acontecendo de novo. - Era Jane.
- Jane, chame Alec, agora! 
Foi aí que tudo apagou de vez, não escutava nem enxergava nada.


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