Old Feelings escrita por Vtmars


Capítulo 2
Capítulo 1 - O Dia Perfeito


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores! Sim, o título é uma referência à canção "Um Dia Perfeito" de Frozen Fever!
Primeiro, gostaria de me desculpar pela demora para postar este capítulo, prometo que não se repetirá!
Segundo, este capítulo é relativamente curto e sem-graça. Não havia muito o que dizer. Digamos que estou "preparando o terreno" para os próximos capítulos.

Bem, é só. Nos vemos nas Notas Finais!



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– ... E o bolo também. Um metro de altura e um e meio de diâm... Majestade!

– Sim? Perdão, Gerda, não estava prestando atenção. Pode repetir? – perguntei, focando minha atenção em Gerda.

Ela tentou parecer zangada, mas eu conseguia ver o carinho por trás de seus olhos.

– Claro que posso, majestade. Mas tente prestar atenção desta vez, está bem?

– Com certeza, desculpe-me, Gerda. Eu só estou um pouco...

– Avoada?

– É isso mesmo... – sorri.

– Eu entendo, afinal, não é todo dia que nosso pequeno faz 16 anos, não é? – disse Gerda, parecendo que iria chorar a qualquer momento.

A verdade é que eu não parava de pensar na festa e me preocupar com os preparativos finais. Dessa vez, nada daria errado. Eu precisava ter certeza disso.

– Acho que ele já é mais o nosso pequeno... – suspirou Hans, atrás de nós. – Gerda, Elsa. – ele fez uma mesura cortês para Gerda e beijou meu rosto.

– Alteza, ainda bem que está aqui! O cavalariço disse que teve um problema com...

– Problema? – Seus ombros murcharam. – O que houve desta vez?

– Acho que o cavalo está doente, Alteza...

– Era só o que faltava... De quem foi a ideia de comprar um cavalo mesmo? – questionou Hans, voltando-se para mim.

– Sua, querido...

– Muito bem – suspirou. – Vou dar uma olhada nisso e já volto, consegue cuidar de tudo sozinha?

– Com licença, senhor. Está falando com a Rainha! – retruquei colocando as mãos na cintura.

Ele riu e assentiu, em seguida saindo do castelo em direção aos estábulos.

– Onde estávamos? – perguntei à Gerda.

– Como eu dizia, Majestade, o bolo tem um metro de altura e um metro e meio de diâmetro.

– Sim, foi esse o que encomendamos. Algum problema? – questionei apreensiva.

– Na verdade, sim, Majestade... Percebemos que o bolo não vai passar pela porta da cozinha.

– ... Façam o bolo em outro lugar, então. O jardim, quem sabe? – sugeri.

– Certo. Mais uma coisa: O vestido da senhorita Lynae não ficou pronto a tempo...

– Eu posso emprestar um vestido pra ela! – disse Louise, pendurando-se em meu pescoço. – Bom dia, mãe! Bom dia de novo, Gerda!

– Bom dia, querida... Animada? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

– E você ainda pergunta? Estou esperando por esse dia há meses!

– Algo me diz que você está ainda mais feliz do que o próprio aniversariante, Alteza.

– Mas disso eu não tenho dúvidas, Gerda! Ele está muito mal-humorado... Sequer levantou da cama!

– Mas será possível?! Como ele pensa que poderei organizar uma festa de aniversário sem o aniversariante? Não dá pra fazer mágica! – ela gesticulou com as mãos de forma dramática e continuou. – Majestade, com a sua licença, vou acordar o senhor Nikolas. Volto em um instante.

– Por favor, Gerda. – Eu concordei. – E diga que sua presença é requerida urgentemente na cozinha – acrescentei.

Gerda fez uma mesura e saiu apressada, resmungando algo sobre uma vassoura e a cabeça de Nikolas. Louise suspirou baixinho, mas não o suficiente para passar despercebido pelos meus ouvidos. Pus a mão no seu ombro e comecei a falar:

– Eu sei que queria que seu irmão fosse mais... Participativo, Louise, mas tenha paciência com ele, é o seu jeito de ser, você sabe...

– Sei, mas queria que ele fosse diferente... Pelo menos no aniversário!

– Eu entendo, querida, mas não se preocupe com isso agora. Olha, eu bem estou precisando de uma ajuda com os planejamentos, por que você não pega a lista e me ajuda a checar? – sugeri.

– Ótima ideia! Onde está a lista? – indagou animada.

– Acho que Gerda a deixou em cima daquela mesa – apontei para uma mesa de canto encostada a parede do corredor.

Louise andou o mais depressa que a etiqueta lhe permitia e pegou a folha. Voltou com ela à frente dos olhos, já lendo.

– Canapés? – perguntou.

– Confere – respondi.

– Torta de limão?

– Confere.

Glögg*?

– Confere.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, lendo e relendo a lista de preparativos para a comemoração.

– Não tem sorvete?

– Seu pai e eu achamos que era uma má ideia incluir sorvete à lista do banquete.

– Mas... por quê? – choramingou.

– Nikolas tem uns gostos um tanto... Exóticos, quanto ao sabor de sorvete.

– Bobagem, todo mundo gosta de chocolate! Vou acrescentar à lista de preparativos.

Louise pegou uma caneta e começou a escrever na folha.

– ... Mas, Alteza, eu garanto que a senhorita Lynae não atravessou os muros do castelo...

– Não me interessa! Ela saiu do quarto pela janela, isso é fuga! Lynae deveria estar na aula de violino, mas graças à incompetência dos seus soldados, está zanzando por aí!

Anna atravessava o salão do castelo aos gritos, enquanto o chefe da guarda tentava, em vão, acalmá-la.

– Lynae sumiu? – perguntei.

– Pra variar! Está paquerando os guardas, é claro...

– Logo ela aparece – ri.

– Você não estaria rindo se fosse com a sua filha...

– Você já deveria ter se acostumado com isso!... Onde estão Syver e Daven? – desconversei.

– Saiu para cavalgar e aula de esgrima.

– Syver já voltou! – exclamou Louise de repente, correndo para as portas de entrada, em direção ao primo. – Syver!

– Louise, minha princesa! – disse enquanto a abraçava. – Como está?

Ela pensou um pouco antes de responder, provavelmente decidindo se gritar era adequado ou não.

– Exultante! Estou me preparando para esse dia há anos! Será que tio Yran e tia Dagny virão? – disparou.

– Não contaria com isso, Lou. Você sabe como eles são ocupados, e seu tio jamais deixaria as Ilhas desprotegidas... – Tentando não deixar Louise triste ou desapontada, Syver tentou desviar do assunto e veio cumprimentar-nos com entusiasmo. – Mãe, tia Elsa. Terminando de organizar a festa, suponho? Será que posso ajudar?

– Ah, Syver, que pergunta! É claro... – comecei.

– Que não pode! – interrompeu Anna. – Você tem muito que fazer, nada de perder tempo com distrações! Venha logo, o professor de francês está esperando! E que sujeira é essa nas suas roupas?

– É terra, mãe. Eu estava cavalgando... – respondeu constrangido.

– Maravilha! – ironizou Anna. – Trate de caminhar pro banho!

Anna agarrou o braço de Syver e o arrastou escada acima, enquanto ele sibilava um “Desculpe” para Louise.

– O que deu nela? – perguntou Louise confusa.

– Só está nervosa. Deixa isso pra lá, ainda não terminamos a lista.

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Notas finais do capítulo

* Vinho quente norueguês.
Quem acha que a Louise mais parece a Anna? o/
Hans tá virando figurante... Preciso dar um jeito nisso.
Para os próximos capítulos, espero que curtam nostalgia.
Bjs, comentem e até a próxima!