L.A it down escrita por Julya Com Z


Capítulo 7
Capítulo 7 - Você não consegue tirar os olhos de mim


Notas iniciais do capítulo

E aqui estou eu!!! Agora eu demorei menos pra postar, né? NÉ?????

Dessa vez eu não preciso me desculpa pela demora, foi um tempo aceitável u.u

Espero que gostem, eu escrevi esse capítulo às pressas, então tomara que esteja pelo menso coerente hahahaha

Beijos e boa leitura ♥



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Eu e Max chegamos no hospital e eu perguntei sobre o David. Fomos levados até o quarto onde ele estava e eu quase caí dura quando vi aquele cara deitado. Não podia ser ele. Estava detonado demais para ser o David. Ele estava desacordado e tomando soro, seu nariz estava engessado e havia muitos hematomas por todo o seu rosto e braços.

— O que foi que aconteceu?! — Max perguntou, mas não havia ninguém consciente no quarto que tivesse a resposta. Eu dei de ombros e ele foi em direção à porta — Vou procurar o médico.

Então eu fiquei sozinha com um David inconsciente, coberto de vergões, arranhões e curativos. Daquele jeito, ele parecia tão... Pacífico. Claro, porque estava dopado, completamente machucado e não sabia que eu estava ali. Mas já era um começo. Eu podia socá-lo bem no meio da cara e ele apenas perderia mais os sentidos, nem saberia que eu estive ali. Claro que eu não faria aquilo, porque eu tinha um bom caráter, mesmo que ele colocasse isso à prova a maior parte do tempo. Seu braço esquerdo sofreu apenas alguns arranhões e havia uma faixa em volta do seu braço direito, muito perto do... meu nome. E meu telefone?

— Juliet, esse é o Dr. Sanders. — eu não havia percebido que ele estava atrás de mim — Foi ele quem te ligou.

— Ah sim, olá. — apertei a mão do médico. Ele devia beirar os dois metros de altura. Tinha cabelos castanhos, com alguns fios brancos começando a aparecer. Seu jaleco perfeitamente passado e abotoado cobria uma camisa branca e uma gravata cinza, que eu achei que cairiam muito bem no Max. Mas isso não é hora de pensar em moda, Juliet. — O que houve com ele?

— Bom, ele... Acho melhor irmos conversar lá fora, para não incomodá-lo. — Ele nos guiou pelo corredor até a sala de espera, onde havia uma mulher adormecida, provavelmente esperando notícias de algum parente ou amigo. — David foi atropelado. O carro estava em altíssima velocidade e motorista estava bêbado, assim como ele. Só ficamos sabendo por causa de uma testemunha, o atropelador não ficou para prestar socorro.

— Viu, Juliet? Você fez o garoto ser atropelado.

— O quê?! — indaguei, incrédula. Max me olhava de forma misteriosa. — Eu não pedi que ele bebesse feito um idiota e saísse por aí! 

— Calma, eu estou brincando! Eu jamais te culparia pelas idiotices do meu primo.   

— De qualquer forma, — o Dr. Sanders interrompeu nossa breve discussão — o pior já passou. O garoto não vai ter sequelas; a única coisa que vai demorar a melhorar é a costela. Ele precisa de alguém que possa cuidar dele em tempo integral, porque ele vai precisar de ajuda para levantar, andar e fazer movimentos mais bruscos. Felizmente não comprometeu nenhum órgão interno e ele só vai sentir dor e dificuldade nas três primeiras semanas.

— Por que o nariz dele está engessado, doutor?

— Ele sofreu uma fratura leve. — ele respondeu à pergunta do Max alternando o olhar entre nós dois. — Já foi posto de volta ao lugar e ele não está engessado, é apenas um curativo para evitar o sangramento. Bom, em uma semana ele estará bem melhor. Algum de vocês pode passar a noite com ele? Lhe fará bem ter um conhecido por perto quando acordar.

Olhei para Max e ele retribuiu com cara de pidão.

— Bom, ele me odeia. — Max ergueu uma sobrancelha, irritado. — Não faz o menor sentido eu passar a noite aqui com ele, Max! Ele vai acordar de um trauma e sofrer um derrame.

— Eu tenho a sessão de manhã, Juliet. Você está de folga.

Maldita seja a cara de filhotinho perdido de Maximilian Chabernaud! Maldita seja!

Como fui praticamente obrigada a concordar, Max me agradeceu e disse que ligaria para Andrew assim que amanhecesse e pediria que ele fosse nos buscar no hospital. Depois que Max voltou para casa eu fiquei conversando um pouco com o Dr. Sanders, mas ele teve uma emergência e eu tive que ir pro quarto de David. Sério, passar a noite no mesmo ambiente que ele era a última coisa que eu havia planejado fazer na vida.

Fiz o que pude para me sentir confortável naquela poltrona pequena, me encolhendo de todos os jeitos possíveis, até que adormeci com as pernas sobre o braço da poltrona e a cabeça caída sobre o encosto. Tive um sonho totalmente estranho, onde o David e o Ash brigavam feio enquanto algumas garotas jogavam cerveja neles e eu desenhava uma camiseta para Ash. Max estava no sonho também, atropelando os dois com o carro do Andrew.

...

— Essa porra tá doendo, Juliet!

Eu fiquei encarregada de passar o dia cuidando dos ferimentos daquele ingrato e infeliz do David. Já estávamos em casa; Andrew assinou os papéis da liberação bem cedinho e nos levou embora. Me ajudou a levar o David até o quarto dele, xingou-o de vários nomes e se mandou, amaldiçoando até a quinta geração do cara. Eu estava trocando os curativos do braço dele, que estava totalmente ferido. Claro que eu me aproveitei da situação e taquei álcool em cima dos ferimentos.

— A culpa é toda sua. Você nasceu idiota ou fez curso?

— Cala a boca e coloca essa faixa logo, meu braço tá ardendo!

Terminei de fazer o curativo e percebi que meu número ainda estava escrito no braço dele. Estava parcialmente apagado, mas ainda era visível. Quando ele notou que eu estava olhando, ele fez o possível para esconder, mas eu já o estava encarando, pronta para perguntar.

— David... por que você escreveu meu nome e meu telefone no seu braço? — Ele me encarou por mais tempo que o socialmente aceito, então eu não tive outra escolha além de sacudir minha mão na frente da cara dele.

— Ah, sim, isso. — ele estava hesitante e... nervoso? Por que diabos ele estava nervoso? — Eu escrevi seu nome no meu braço porque... bom, eu queria te ligar e percebi que não tinha seu número, então eu anotei.

— E... por que você queria me ligar?

— Porque... você... foi chamada para uma... entrevista! Uma entrevista com uma revista cujo nome eu não lembro agora. Eu não tinha seu número para informar, então liguei para o Andrew, pedi seu número e anotei aqui. Foi bem útil.

— E você passou meu contato à revista depois de ligar pro Andrew?

— Não, eu enchi a cara e fui atropelado.

— Que merda, David! O Max me contou o motivo da sua bebedeira, então você não precisa se fingir de idiota. Por que você ficou tão nervoso por eu estar saindo com o Asher e, me fale a verdade agora, essa ladainha de revista não me desce. Por que meu número estava escrito no seu braço?!

— Porque eu queria ter uma garantia. — ele esperou que eu reagisse de alguma forma, mas eu fiquei calada, apenas olhando pra ele, com uma sobrancelha erguida. — Eu sabia que ia fazer besteira e... seu nome foi o primeiro que me veio à mente. Então eu anotei no meu braço para o caso de eu precisar de reforços.

— Mas e o seu celular?

— Caiu na privada.

— Ah, claro. Você é um gênio mesmo. De qualquer forma, você não respondeu uma pergunta. Por que você não quer que eu namore o Asher?

— Porque o cara é um imbecil! Ele só tá usando você.

Aquela frase me pegou de surpresa. Involuntariamente, desviei o olhar e baixei o tom de voz.

— Talvez eu também o esteja usando.

— Ah, qual é, você não seria capaz de fazer uma maldade. Ainda mais com o cara que você gosta. Sério, aquele idiota não é pra você.

— E quem é pra mim, então? Você?

— Talvez.

— O QUÊ?!

— O quê?!

— O que foi que você disse?

— Eu não disse nada, não, você que tá ouvindo coisa.

— Você disse que talvez seja "pra mim", David! Você me odeia, por que disse isso?!

Ele suspirou. Por que diabos ele suspirou? Ele estava escondendo alguma coisa, que na verdade já não estava mais tão escondido assim, convenhamos. David é um babaca, mas eu percebi ali, naquele momento, que ele estava sendo um babaca propositalmente. Ele queria que eu pensasse que ele era um babaca, que eu o odiasse, mas por quê?

— Eu não te odeio, Juliet. Eu odeio o seu namorado. — ele se ajeitou na cama, fazendo uma careta de dor agonizante, por causa da costela quebrada. — Você... você não deveria estar com ele.

— Nada do que você disser vai me convencer. Asher já me contou tudo; eu já sei por que vocês dois se odeiam e, me desculpe ser tão direta, mas a culpa é toda sua.

— O que foi que ele te contou? — ele não parecia surpreso com a minha afirmação.

Então eu contei a ele. Cada detalhe, como se eu estivesse no lugar do Ash, tivesse vivido o momento e David não soubesse de nada. Ele me ouviu calado, apenas concordando com a cabeça. Até o momento em que eu mencionei a cocaína no bolso do Rush.

Êpa, espera um pouco aí. Posso te contar a minha versão? Eu tenho um lado nessa história e acho que mereço ser ao menos ouvido, não? — Dei de ombros. — A cocaína não era minha. Eu fui gravar o vídeo do Bass e, de fato, eu não tinha amigos legais. Eu era um dos caras no banheiro. Quem estava totalmente bêbado era o Louis, um cara que eu considerava meu melhor amigo; então, para livrar a barra dele, eu assumi a culpa: me fiz de bêbado e briguei com os caras, tudo pelo imbecil do Louis. Ele colocou a cocaína no bolso do Rush; mas eu assumi tudo porque, como teu namorado disse, meu pai é juiz e me livrou fácil. Principalmente porque eu pude provar que a droga não era minha.

— Como você provou? As digitais no pacote eram suas!

— Eu segurei o pacote, mas isso não significa que eu consumi o que tinha dentro. Fiz um exame e estava limpo.

Demorei um tempo para dizer alguma coisa, não porque eu não acreditei no que ele disse, mas porque eu estava sentindo alguma coisa estranha por ele. Talvez... não, claro que não. Ou será que...?

Eu estava sentindo uma coisa boa pelo David?

— O quê?

— O que, o quê?

— Você tem alguma resposta ou vai ficar me olhando?

— Eu... eu não estou te olhando.

— Claro que sim, Juliet! Você não consegue tirar os olhos de mim!

Levantei da cama bruscamente, indo pegar um comprimido para ele no banheiro.

— É melhor você tomar isso, está começando a alucinar.

Quando lhe entreguei o comprimido, ele segurou minha mão e um sorriso se formou em seu rosto.

— Eu te dou um mês para se apaixonar por mim.

— O QUÊ?! — Eu nem sabia que tinha a capacidade de rir alto daquele jeito.

— É serio! Para de rir, idiota! — ele estava rindo também, mas tinha cara de dor, por causa das costelas. — Eu vou ser uma pessoa totalmente adorável; vou ser quem eu realmente sou com você, e duvido você não se apaixonar por mim.

— Isso é uma aposta?

— É uma aposta. — ele estendeu a mão para que eu apertasse — dez pratas que eu te faço me beijar em um mês. E não vou usar nenhum tipo de droga para isso; você estará totalmente sóbria e vai querer me beijar. Fechado?

Apertei a mão dele.

— Fechado.


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