Avatar A Lenda de Aira escrita por JuliaMiguel


Capítulo 9
Livro Um Fogo - Capítulo 9: Sentimento e Sangue


Notas iniciais do capítulo

Oi gente voltei. Bem agora vem as desculpas:
1º escrevo a fic pelo celular, ai ele deu um pau e ficou umas duas semanas no conerto
2º A boa e velha faculdade

Bem espero que vocês gostem, e comentem por que o capitulo de hj tras grandes emoções!



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Após a destruição e o ataque na apresentação de Aira, estavam o time avatar, membros do governo, do lótus branco e os irmãos Varrick ,todos na sala de reuniões do presidente. A baixa de civis foi mínima e de soldados um pouco maior.

—Como eles invadiram a transmissão ou melhor como eles descobriram sobre o Avatar?!- Indagou  o presidente.

— Eu não sei, nós do lotus branco não sabemos.!- falou Shang- Eles devem ter um espião dentro do sistema, não havia como eles saberem.

—Havia sim.- interrompeu Aira recebendo o olhar de todos.- Havia como eles saberem.

—Me perdoe Aira, mas como? Não foi informado nada sobre você. - falou Aang.

—Quando a dupla mortal atacou nosso time no outro dia, nos relatórios foi dito que eu não lutei. É verdade, eu não cheguei a lutar. Mas eu tentei. Conseguir impedir uma primeira fuga fazendo um muro de terra chamando a atenção dos dois. Porém em um surto de raiva eu dominei fogo. Os dois sabiam que eu era o Avatar, os dois falaram para eles.

—Como vocês deixaram isso acontecer? - perguntou o presidente – Não era para ninguém saber sobre o avatar, sobre Aira. Isso não podia ter acontecido.

—Acha que eu quis? - interrompeu Aira.- Todos me protegeram, mas eu não sou fraca, mas também  não estou completamente pronta, eu não poderia deixar isso acontecer. Quer saber, eu não quero vocês controlem minha vida, eu não faça parte do lótus branco e você não é meu pai. -  nisso Aira levantou ,não ouviu nem metade dos protestos até sair da sala, não esperou elevador, desceu de escadas.

Ao alcançar a rua o vento lhe atingiu em cheio balançando seu cabelo de um lado para o outro. Havia diversas pessoas limpando o caos que havia sido deixado pelo ataque. Os corpos dos soldados da Fênix estavam sendo levados para uma área na floresta de cipós espirituais para um ritual de perdão antes de serem enterrados. Aira deveria ter ficado uns cinco a dez minutos olhando para a coleta até que sentiu uma presença ao seu lado.

—Se toda vez que tiver um surto desses, você fugir, vamos acabar perdendo você.

—Você não deveria estar com seu chefe Tay?- questionou ao negro ao seu lado.

—Eles me mandaram aqui. Parece que Kai quase explodiu então me mandaram ficar perto de você.

—Quero sair daqui. - falou Aira ainda olhando o ritual - Não quero pensar que talvez uma dessas mortes venha de minhas mãos.

—Venha vou te levar para o local mais alto na cidade.

***

Com certeza Tay não estava errado, a Torre Varrick era o local mais alto de toda a cidade, para Aira lá de cima as pessoas pareciam formigas.

O cheiro de morte já havia abandonado o local de onde estavam, Aira estava perto do parapeito, olhando a cidade, enquanto Tay estava longe da garota.

—Por que fica tão distante?

—Cho disse para lhe deixar à vontade fazendo o que deseja.

—Quero conversar. -falou a morena ficando ao lado de Tay. - Qual a sua relação com Cho?

—Sou segurança dele.-respondeu seco.

—Tem mais coisa. Um segurança qualquer não faria este serviço.

—Sou grato a ele por muita coisa.

—Você gosta dele.- falou Aira ganhando um olhar de surpresa do Negro.- Joguei verde para colher maduro.

Houve um minuto de silêncio antes de Tay continuar.

— Eu gosto de Cho. Sei que sou correspondido. Mas sei que não posso dar esse passo adiante. Cho é um homem de negócios e um gênio, e eu um segurança que ganhou um posto de mais confiança. Nosso mundos são diferentes.

—Vocês são estranhos.

—Como?

—Você, Mai, Kim, Cho, Chun e Woe. Vocês são estranhos. Todos gostam de alguém, mas parece que colocam milhares de empecilhos.

—Você tem um bom coração Aira. Um dia vai encontrar alguém que lhe faça bem.

O silêncio encheu o local outra vez, Aira olhou novamente o horizonte e suspirou.

—Eu não sei como identificar como é gostar de alguém. Eu não sei o que sentir.

—Alguma vez seu coração já bateu rapidamente quando chegou perto de alguém. Sua respiração ficou pesada, as mãos ficaram suadas? Começa assim.

—E como se controla isso?

— Um dia, você aprende a controlar isso. Mas seu coração vai bater mais forte quando ver a pessoa.

Aira ficou olhando novamente o horizonte pensando no que Tay havia lhe dito, já havia sentido isso com uma única pessoa, mas talvez fosse coisa de sua cabeça.

—Aira.- ouviu uma voz chamá-la.

Quando virou viu saindo da porta que leva ao terraço sair Kai e Cho juntos, e de repente a conversar que teve Tay vinha à tona, seu coração estava acelerado sua respiração falha, as mãos suavam.

—Kai.- correu até ele e o abraçou.

De primeira o moreno assustou, mas logo retribuiu.

—Tem que parar de sair correndo toda vez que tiver um surto de raiva. - falou Cho quando os dois se separaram.- Quase que esse aqui foi sedado.

—Desculpem. Tay me falou para não fazer mais isso.

—Não se preocupe tudo vai da certo no final. -falou Kai.- Vamos.

—Vamos. Cho obrigada por trazer Kai e Tay, te desejo sorte e sabia que ganhou uma amiga.

—Não irei esquecer. - falou sorrindo.

Aira foi na frente e Kai logo atrás dela.

—Você gosta dele pequena. - falou Tay assim que viu a garota sumir de sua vista.

***

Já era noite quando os dois chegaram em casa. Estava tudo escuro e isso indicava que todos estavam dormindo.

—Acho melhor irmos dormir. Está tarde e ... - Kai foi interrompido pelo barulho do estômago de Aira.- Você comeu algo hoje?

—Não. - respondeu a morena sem graça.

—Vem. -falou Kai puxando ela pela mão.

Uma corrente elétrica passou pelos dois que Kai tentou ignorar e Aira entender.

Andaram até a cozinha onde estava tudo escuro, o moreno ligou as luzes indo até o armário pegando uma panela e um pacote de macarrão. Encheu a panela de água levando-a ao fogo.

—Você sabe cozinhar?- perguntou Aira curiosa.

—Morei sozinho na nação do fogo. Tiver que aprender o básico. - falou enquanto picava cebola e alho.

—Você não tem cara de quem cozinha.

—E você de quem explode. - disse fazendo Aira ficar vermelha de vergonha.

—Desculpa, prometo não fazer mais isso.

—Tudo bem. Eu também não me controlo às vezes.

Um pequeno silêncio se instalou sobre os dois, logo Kai arrumou a mesa com dois pratos e o macarrão que havia feito.

—Sirva-se.

Não foi preciso dizer muito para Aira cair matando em cima da comida.

—Está muito bom!-falou assim que engoliu a primeira garfada.

—Obrigado.

Os dois comeram e ajeitaram o a sujeira que haviam feito. Logo após Kai acompanhou Aira até seu quarto.

***

Era muito frio aonde estavam, uma das cidades mais frias da tribo da água do sul, a mais distante da costa, a mais central. Onde se olhava todos estavam dentro das casas, só loucos e grandes dobradores de água se arriscavam a andar pelas ruas aquela hora.

O pequeno grupo de três pessoas andava no local, era impossível identificá-los, pois os rostos estavam todos cobertos, e as roupas eram escuras,  dificultando saber a qual nação pertenciam, era possível somente identificar os olhos, um par de azuis, outro verdes e castanhos.

—Como você viveu aqui durante tanto tempo?-perguntou o de olhos verdes.

—Aqui não era tão ruim. - falou a de olhos azuis, a única mulher no grupo.- Eu não era tão ruim.

—Você vai mesmo fazer isso?-perguntou de olhos castanhos.

—Se o meu pai deseja, será feito.

—Vai matá-la mesmo ela sendo quem ela é?

—Esta me confundindo com minha irmã. - falou ela irritada- Além do mais minha única família é o meu pai.

Eles caminharam até uma casa no centro da rua, a neve cobria boa parte dela, menos a porta de entrada, por causa do frio ela era de ferro, como um isolante térmico para o lado de dentro. Sem muita cerimônia a garota abriu a porta entrando em passos rasos no local, no centro da sala uma lareira improvisada aquecia o bule com água e ervas, ela não demorou muito a reconhecer isso. O tapete era de pele de urso, assim como a manta que cobria a senhora que estava no centro da sala na poltrona, os cabelos eram grisalhos e a pele enrugada, os olhos eram azuis como a água do mar, em suas mãos estava uma xícara com o chá que fazia.

—Faz muito tempo que você não vem me visitar, sua irmã vinha mais se não tivessem armado para ela.- falou a senhora.

—Ela teve o que mereceu e nós precisávamos de um bode expiatório. - falou a menina dando a volta até a poltrona, sendo acompanhada dos outros dois.

—Seu pai lhe influenciou bem, é uma pena. Você é uma excelente dominadora.

—Meu pai abriu uma nova visão do mundo para mim.

—Não ele cegou você.

—Ora sua velha, nunca tive uma visão tão clara. - disse ela ficando frente a frente com a senhora. - Cresci nessa vila no fim desse mundo sendo criada por você sem ver meu pai e com uma irmã boazinha, tendo um dom incrível sem poder usá-lo. Era mesmo muito boa! Ou sonsa.

—Sua irmã nunca viu isso como um dom.

—Ela é uma tola, assim como você. Escolheram o lado errado.

—O que seu pai quer? A vila? O quê? Não sei como ele se tornou o que é hoje. Ele tinha um bom coração.

—Até a morte da minha mãe.

—Não, ele usa isso como desculpa. Ele sempre teve esse lado, só não mostrava.

—Estou cansada dessa conversa!- a garota levantou as mãos dobrando sangue no corpo da senhora que ficou sendo levantada no ar. -Sabe, você poderia ser uma de nós, mas preferiu o lado bom, você podia ter tudo, mas só essa merda de vila te bastava. Eu tenho pena de você. Porém por ser quem você é eu deixo dizer as suas últimas palavras.

A senhora olhou nos olhos azuis da menina e viu tida maldade neles.

—Eu perdoou você. -disse já quase sem voz  antes da garota estourar todas as suas veias e cair morta no chão.

—Você esta bem?- perguntou o de olhos verdes.

—Estou. Fiz o que devia ser feito. Vem vou pegar os pergaminhos.

***


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Notas finais do capítulo

Aposta de quem são?
Comentem!



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