Avatar A Lenda de Aira escrita por JuliaMiguel


Capítulo 14
Livro Um Fogo - Capítulo 14: Delegacia


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas do meu coração como vocês estão?
Sei que demorei mais do que prometi mas está aí um novo e cheio de emoção e reviravoltas espero que gostem



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“O ataque à prisão central deixou a cidade em alerta, o número de prisioneiros que conseguiram escapar é alarmante. O prefeito pede a todos que fiquem em suas casas, principalmente a noite. O aumentará o  contingente de soldados e guardas nas ruas e haverá  monitoramento e barreiras em certos pontos da cidade. Essas são notícias de última hora do jornal local.”

Dizia a mulher na televisão que estava na sala de espera da delegacia. Os jovens dobradores estavam esperando mais notícias sobre a fuga da cadeia , e Kim e Mai tentavam ter acesso a Kira.

Ryu e Aira eram os únicos que não estavam presentes devido ao posto que ocupavam, os irmãos Varick ainda estavam tentando dar um jeito nas câmeras de segurança ,mas havia muito estrago

—Ela não deseja falar com ninguém além do senhor delegado, compreenda senhor Kim - falava o guarda que tentava impedir a entrada dele na área onde Kira estava.

—Mas que merda.- Exclamou Mai sentando ao lado do irmão.

—Se acalme. Logo vocês poderão falar com ela. - Falou Woe ficando em frente à garota.

Nesse momento Aira e Ryu voltaram de onde estavam e foram ao encontro dos amigos.

—Eles vão interroga-la. E vai ser o Mei. - Falou Ryu

Hiura Mei é um dos investidores mais conhecidos da cidade República, principalmente por ser impiedoso em seus interrogatórios, há dois anos ele até tentou interrogar Kira, mas o conselho da lótus não permitiu dizendo que ela era muito nova para tal ato. Mas, agora era sua chance de provar o que ele achava verdade. Mei era um dos muitos que acham que Kira era realmente culpada e faria qualquer coisa para mostrar isso.

—Eles não podem deixar que ele faça isso. Kira ainda não completou 21 anos e não pode ser tratada dessa forma. Ele vai torturá-la. - Falou Kim fechando os punhos para controlar a raiva.

—Seu pai falou a mesma coisa na sala. - Falou Aira.- Mas, pelo o que eu entendi, o chefe de polícia não concorda com isso.

—Shang conseguiu adiar o interrogatório dois dias, pelo que os paramédicos falaram, Kira está fraca e doente, não suportaria um interrogatório agora. - Completou Ryu.- Hiura não aceitou a decisão de bom grado. Senhora Sato disse que não deixaria uma pessoa doente e ferida sofrer qualquer maltrato.

—Acho que é melhor irmos para casa, estão todos cansados, os médicos vão examinar Kira agora, mais tarde nos darão mais notícias. - Falou Aira.

—E Cho e Chun? - Perguntou Mai.

—Eles estão no setor de segurança e tecnologia, de acordo com Tay, e só vão parar quando conseguirem arrumar pelo menos uma das câmeras. - Falou Ryu.

 

***

Já fazia dois dias e meio que Chun e o irmão não saiam da delegacia, o estrago feito nas câmeras havia sido maior do que o do ataque de dois anos. Parecia até proposital. Os olhos azuis da morena já estavam cobertos de olheiras e seu corpo pedia por descanso, mas tanto ela como o irmão não arredavam o pé daquela sala , pelo menos até conseguirem  a visão de uma das câmeras.

—Isso não está dando certo. -Falou Chun frustrada com a situação. - Como conseguiram danificar uma rede inteira?

—Eles são mais espertos que pensávamos pequena. Não tínhamos previsto isso. - Comentou Cho.

O rapaz reparou no cansaço da irmã, sabia que Chun era a gênia da computação, mas ela precisava descansar um pouco.

—Vá tomar um café na cantina e caminhe um pouco. Ficar parada muito tempo não vai ajudar seu cérebro.

—Cho eu…

—Vá logo! E se encontrar Tay peça para que venha ao meu encontro, caso já tenha conseguido o que eu pedi. Não gosto desta sala. Não é a nossa sala.

—O que isso tem haver. - Perguntou não entendo o que o irmão havia dito.

—A fênix é mais esperta do que pensamos Chun. Agora vá.

 

***

Chun nunca gostou de delegacias, soldados ou pessoas que se achavam donos da lei. Mas seu serviço a fazia sempre trabalhar com eles, ou se envolver indiretamente. Ela é o irmão haviam projetado o sistema de segurança da prisão e do centro há quase quatro anos, mas a dois haviam dito ao prefeito que acabava de assumir o cargo que era melhor trocar o sistema, o que não havia sinto feito;

Os Varicks eram prodígios no que faziam. Chun aos doze anos começou a trabalhar no setor de tecnologia e inovação da empresa dos pais e Cho aos 17 já era vice-presidente. Os dois haviam crescido rápido demais, não haviam experimentado boa parte da infância, os pais eram rígidos e às vezes mais autoritários do que qualquer outros pais, ainda hoje às vezes,  eles se metiam na vida dos filhos, principalmente quando o assunto era relacionamentos.

Cho e o pai não se falavam Chun e a mãe sempre brigam. O relacionamento dos Varick nunca havia sido boa, Eiko Varick não aceitava a opção do filho e Aiko Varick não compreendia o porquê da filha não ficar em casa e arrumar um marido.

Chun pensava nisso sempre que via a família Sato, o que fazia nesse momento enquanto pegava um café na máquina da cafeteira na delegacia, A relação de Mai e Shang era de cumplicidade e Kim não ficava longe disso. Chun sentia inveja da amiga, a única pessoa que Chun tinha era Cho. Ela suspirou  Deveria parar de pensar nessas coisas e voltar ao trabalho, em menos de uma hora Kira seria colocada frente a frente com Mei e ele poderia maltratar a garota.

Assim que virou para seguir em direção ao corredor seu corpo tombou com outro mais forte e mais alto. Acabou derramando todo o café na farda da pessoa a sua frente.

—Desculpe- Falou Chun assusta.

—Não tudo bem.- Falou a voz mansa e firme a sua frente.

Chun olhou de onde vinha a voz era um rapaz negro de olhos castanho, cabelo em corte baixo um bigode e cavanhaque. Era um rapaz forte e alto, usava um uniforme militar nos tons azuis, representando a tribo da água e pelo emblema, era do norte.

—Mesmo assim manchou sua farda. - Falou Chun analisando o rapaz.

—Não se preocupe, nada que uma boa lavada não resolva senhorita Varick.- disse o moreno.

—Você me conhece?- Perguntou Chun.

—Claro. - Disse o rapaz com um sorriso nos lábios. - Você é amigo do meu primo Tay. Ele já havia me falado de você e do seu irmão.

—AH, mas eu não sei quem é você.

—Verdade me desculpe. Keito. Keito Soume, emissário militar da tribo da água do Norte.

—Prazer. - Falou a morena estendendo a mão para cumprimentar o rapaz.

—O prazer é todo meu , senhorita.

—Me chame de Chun ou você. - Pediu Chun. - Senhorita ou  Varick é muito formal.

—Certo Chun.- Falou o rapaz sorrindo. - Bem eu preciso conversar com o chefe e eu acho que a senhorita, quer dizer, você deveria voltar para poder resolver o problema das câmeras.

—Claro.- concordou a Varick.

—A gente se vê Chun.- Falou passando pela garota seguindo o caminho em direção a sala do chefe de polícia.

Assim que os olhos de Chun pararam de acompanhar o rapaz eles se encontraram com os castanhos avermelhados a sua frente um pouco distante, neles se encontravam um sentimento que a garota nunca tinha visto, analisou mais uma vez e a expressão no rosto também era nova. Ela olhou novamente para ele mais fixo e mais exato, viu que talvez pudesse ser coisa da sua cabeça. Nunca Ryu teria ciúmes.

 

***

No  pátio da delegacia central estava a estátua de Toph, a criadora da dobra de metal e tataravó de Woe. Era um dos poucos monumentos que ainda lembravam o passado da cidade, era onde Kim estava, nos pés da estátua, olhando fixamente para uma janela no terceiro andar. Janela onde se encontrava Kira. Os vidros eram escuros impedindo de ver o que acontecia lá dentro. Já fazia quatro horas que interrogatório já havia começado. O dobrador de ar sabia dos abusos de Mei, sabia que os métodos dele para conseguir a informação, sempre o deixou desconfiado.

Tentava fazer de tudo para não imaginar Kira nas mãos do investigador.

—Fazia anos que eu não via você aflito. Na verdade faz dois anos que eu não vejo você assim.

Olhar para seu pai, para Kim, era como olhar uma versão de si mais velha, apesar do garoto ter os olhos da mãe. O mais velho sentou ao lado do filho. Notou que o garoto segurava fixamente o pulso esquerdo tampando algo. Pegou a mão do filho e retirou do local e então viu o que o filho escondia, a tatuagem, metade do yin yang em forma de carpas, era a parte branca, a tatuagem que ele e Kira haviam feito um ano antes de tudo acontecer, no aniversário da garota de 18 anos.

—Por que ele quis interrogar ela? - Perguntou Kim ao pai.

—Ela era única sobrevivente, e o crime que ela é julgada não foi solucionado.

—Você acha que ela é inocente?

Aang olhou para o filho, e reparou que ele havia voltado a encarar a janela. Kim havia sofrido muito no ano em que  Kira havia sido presa e julgada, ele sempre ia em todas as seções, sempre tentava ficar a par da situação dela, mesmo não acreditando na inocência da garota.

—Kira Han entrou na lótus branco por uma carta de recomendação de sua mestra Aisha Blood, líder do clã da lua vermelha.

—A que foi assassinada?

—Sim, fomos visitar lá e fazer um acordo com eles, ambos ficaram muitos anos escondidos da humanidade, nem mesmo da época do meu bisavô era possível saber algo deles. Mas antes de morrer Korra tentou um acordo com eles e depois da sua morte Shang e eu continuamos a tentar o acordo e no final conseguimos. Quando fomos lá há 18 anos assinar, Blood tinha uma filha que herdaria sua liderança, um genro que era líder do seu exército e duas netas pequenas que não  deveriam nem ter três anos. Você foi comigo a essa viagem, sua mãe estava doente, então achamos melhor você ir conosco.

—Não me lembro muito bem.

—Você era muito pequeno, deveria ter quatro anos na época. Mas voltando, Blood era apaixonada com as netas e com a filha, não me lembro o nome da filha mas me lembro das netas, era Yue e Xai. Idênticas. Você até brincou com elas. Ficamos pouco tempo lá e viemos embora. Quando abrimos as seleções para lótus branco, um ano antes de vocês entrarem, mandei uma carta pedindo para que viesse e mostrasse seu apoio , ela veio sozinha, quando perguntei sobre sua família a assessora dela me disse que a filha havia sido morta fazia três anos, então fiquei abismado e perguntei com estavam as meninas e o marido, a moça falou que o marido havia traído o clã e havia sido expulso. As netas bem, era um assunto delicado, as duas haviam desaparecido, logo após a expulsão do pai, não se tinha notícias das duas. Quando Kira me apareceu com a carta de recomendação, não havia nada na ficha, nem pai, nem mãe, mas havia uma mestra. Blood me pedia com toda a seu poder para que aceitasse a menina. Kira ficou em observação dois meses no mesmo quarto que Mai. Decidimos montar o time de vocês sem ela. - Aang viu os olhos do filho se arregalaram. - Sim ela não estava na formação inicial. Ela era nova de mais e não tínhamos descoberto alguma dominação diferente dela, porém você é Mai haviam se apegado muito a ela. Um dia a chamamos para conversar, dizendo que montariamos um time de especiais, mas que ela não poderia entrar, ela teria que se afastar de vocês. Foi quando ela nos contou que dominava sangue, de início nós não acreditamos, então decidimos testá-la. Cortei minha mão coloquei um pouco de sangue na frente dela e a  deixamos dobrar, não acreditando no que ela havia dito. Ela dobrou.

—Eu não sabia disso.

—Ninguém sabia Kim. Ninguém sabia que decidimos colocar ela no time não só por causa disso, mas pelos testes dela, ela era mais nova de vocês e era a que tinha melhor domínio para idade dela, ela era um prodígio. Kim quando me perguntou se eu achava que Kira Han seja inocente. Eu acredito que sim. Não por causa disso tudo, mas porque eu vi nela há onze anos que ela não faria o que a culpam.

—Por isso a defende tanto.

—Não meu filho. Eu a defendo por você.

 

***

Era o quinto dia das investigações e Cho não havia conseguido nada. Era como se fosse tudo armado para não chegarem a lugar nenhum. Os computadores da delegacia eram atrasados, havia pedido a Tay para poder trazer o seu de alguma forma mas era difícil passar pela segurança. Mandou então  o moreno trazer um dos programas de decodificação para ele e isso ele conseguiu, agora estava a duas horas tentando terminar de decifrar os códigos finais que foram destruídos. Chun havia dormido no sofá ao lado depois de quatro noites sem dormir.

Ouviu uma batida na porta , e disse um entre rapidamente então entraram na sala Kai e Kim. O dobrador de fogo estava com alguns papéis na mão, era como um disfarce para poder chegar ao Varick, enquanto o dobrador de ar estava acabado.

—Demoraram para vir? - Falou Cho não tirando os olhos da tela do computador

—Demoraram a tirar a utilização.- Falou Kai.- Como.anda as coisas?

—Agora vão para frente. Esse material aqui é todo atrasado, tive que dar um jeito.

—Será que consegue agora? - Perguntou Kim sentando ao lado Varick.

—Olhem! Já consegui. - Falou mostrando no monitor o vídeo de segurança da prisão.

—São Mety e Seiz! Eles estão nisso. - Falou Kai.- Não tem áudio?

—Infelizmente não.

Kim estava mais concentrado que os outros, ele reparou na garota de preto no vídeo e viu os olhos dela, azuis.

—Vejam. - Falou apontando para tela. - Ela bate com a descrição do guarda de dois anos atrás.

—mas a dominação… - Cho calou a boca na hora que viu a cena.

A garota estava dobrando o sangue de Kouto e o matando.

—Kira é inocente. - Falou Kai. - Se isso estiver certo, ela é inocente. Ela nem devia estar passando pelo interrogatório do Mei

Os dois não esperavam  a reação de Kim. O dobrador de ar saiu correndo da sala acordando até Chun com o ato e seguiu corredor acima. Kai  demorou um pouco, mas compreendeu o que o amigo iria fazer.

—Chame Tay  e Woe, eles estão no café, rápido vamos precisar de reforço.- Falou para Chun que correu até onde o amigo mandou. - Ele vai fazer uma loucura!

Os dois correram o mais rápido que puderam para alcançar o dobrador de ar, mas Kim era mais rápido quando chegaram ao corredor das salas de interrogatório ele já havia aberto a porta e entrado.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?



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