Nobody's Business escrita por Mothra


Capítulo 1
— Just mine and my baby ◆


Notas iniciais do capítulo

Estava esperando por essa data desde o começo do ano e omfg, não posso deixar o aniversário do nigga mais lindo do mundo passar em branco, não é mesmo? E claro que eu tinha que envolver o otp, porque o otp é lindo, cheiroso, performático e grrrrrrrrr~ Ficou bem simples e talvez o Mines tenha ficado um pouco ooc, me perdoem por isso.

HAPPY B-DAY AONIGGA LINDO!11!11 E boa leitura. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643045/chapter/1

Quando se tratava daquela data em particular, Aomine Daiki se tornava ainda mais recluso. Em Touou era cercado por garotas que lhe desejavam felicidades e lhe davam presentes, todos recusados com carrancas e palavras rudes. Daiki não se dava bem com o assédio, e detestava garotas superficiais e todas que se aproximavam dele eram assim, exceto por uma.

Desde a infância, Momoi Satsuki se mostrava muito mais do que uma figura feminina superficial. O moreno se deu conta de que era completamente diferente das outras meninas quando se aproximou dele no parquinho do bairro onde moravam. Sem se importar em sujar suas roupas, ofereceu-se para brincar com o novo vizinho que viraria o seu melhor amigo.

E algo a mais que isso.

Por isso quando se tratava de seu aniversário, o ás de Touou não se importava com o que as outras pessoas faziam ou diziam para ele. O clímax da ocasião eram as surpresas arquitetadas por ela, afinal, Satsuki nunca o decepcionava. E enquanto atravessava os corredores em direção a escada que dava acesso ao terraço do prédio dos primeiranistas, ele refletia sobre a relação deles até agora.

Pensava na coragem que tiveram que reunir para levar o relacionamento deles para o próximo nível e sobre o medo de como aquilo podia abalar a amizade deles. Também pensou em como se apaixonou primeiro, anos atrás, e como manteve seus sentimentos guardados uma vez que ela tinha se encantado por outro. Lembrou-se também que o primeiro passo para o avanço na relação deles partiu dela, ao se declarar no Valentine’s Day e também quando se oficializaram como casal quando a pediu em namoro – de um jeito bem Daiki de ser – no White Day. Desde então, estavam juntos. Mas sempre estiveram juntos, isso era inegável. Passaram pelo aniversário dela em maio e agora no fim de agosto era o dele.

E Satsuki sempre se empolgava com o aniversário do seu Dai-chan, desde os primórdios.

O aguardava no terraço durante o intervalo, segurando em mãos o celular cor-de-rosa juntamente com um pequeno embrulho, e movia os pés de maneira ansiosa e um tanto quanto aflita. Era o primeiro aniversário dele desde que assumiram o namoro, e isso a deixava completamente nervosa porque queria que tudo fosse perfeito. Tão perfeito quanto o seu próprio aniversário, que ele tinha orquestrado tão bem – com a ajuda de Kise, claro, mas isso ela não sabia.

Seu coração quase saiu pela boca quando Daiki irrompeu pela porta. Viu seu nervosismo ser substituído por raiva ao perceber que ele havia se atrasado e o intervalo estava quase no fim.

- Yo. – disse, displicentemente para ela.

- Por que você demorou tanto? – indagou, mas antes dele mesmo responder ela já sabia a razão do atraso. – As meninas te cercaram, né?

O olhar de Satsuki foi inquisidor, de um jeito que fez o moreno ter calafrios. Mas, pelo tom de voz... Seria aquilo, o que as pessoas chamavam de ciúmes? Se fosse, ele iria se divertir ao confirmar.

- Sim. – não mentiu, aliás, nunca soube mentir para ela. – Foi um saco despistar elas para que não viessem todas atrás de mim aqui.

O tom de voz dele era cansado e entediado, como se aquilo fosse trabalhoso demais para ele. Satsuki, por sua vez, bufava ao inflar as bochechas e resmungar coisas que ele não entendia. Mas não podia negar, ficava linda com ciúmes dele. Mesmo sabendo que Daiki só tinha olhos para ela.

- Está com ciúmes, Satsuki? – questionou, com um sorriso convencido.

A gerente de Touou rolou os olhos e virou o rosto para o lado, como se pudesse esconder suas feições que denunciavam tudo o que ela sentia.

- Claro que não, seu ganguro estúpido.

Aomine quase esboçou uma expressão decepcionada, mas se atentou ao pequeno embrulho azulado que ela tinha em mãos.

- Isso é para mim? – proferiu, ao avançar seus passos rumo a ela.

- N-não... – tentou esconder o pequeno pacote atrás de suas costas, mas ele foi ágil o bastante para tomar de suas mãos antes que ela o fizesse. – Devolve!

- Não. – ergueu o pacote o mais alto que conseguiu, enquanto ela tentava alcançar e reaver o objeto enquanto pulava.

Aquela cena durou alguns segundos até Satsuki se dar por vencida, após uns bons xingamentos e alguns socos dados contra o outro.

- No dia do meu aniversário sou agredido. – proferiu, ainda mantendo o embrulho longe do alcance dela. – Você é uma mulher violenta, Satsuki.

- Cala a boca e abre isso logo, Dai-chan! – esbravejou, cruzando os braços e fazendo beicinho.

Daiki sorriu, era sempre muito bom provocar a rosada porque sabia que ela sempre compraria suas brigas. Era engraçado o quão boba e graciosa ela podia ser. Sem abaixar a guarda por nenhum instante sequer, o moreno abriu o embrulho e dentro dele havia uma caixinha pequena. A abriu e no seu interior havia dois chaveiros de celular exatamente iguais, e ambos com uma bola de basquete penduradas por um fio com penduricalhos de cor rosa e outro em tom azul que lembrava vagamente os cabelos do maior. Podia notar que era artesanal por não ter nenhuma etiqueta no produto.

- Fui eu que fiz. Para dar boa sorte e nos manter focados no próximo objetivo que é a Inter High. – Momoi sussurrou, inclinando a cabeça para baixo para fitar os pés. – Queria fazer um bolo, mas...

- Um bolo seu me mataria, Satsuki.

A sentença lhe custou um soco no estômago, e ele grunhiu com o impacto.

- Mas eu não me importaria de morrer. – disse, esboçando aquele sorriso sincero que ela amava.

A jovem sentiu suas bochechas enrubescerem ao ouvir aquelas palavras de Daiki, e quando fitou aqueles olhos azuis pôde ver que todos os sentimentos que nutria por ele eram recíprocos e aquilo sim era o que a fazia feliz.

- Seu idiota... – sussurrou, retribuindo o sorriso. – Feliz aniversário, Dai-chan!

Satsuki envolveu o namorado num abraço apertado, afrouxando-o por segundos apenas para admirar aqueles orbes azuis que tanto amava. A troca de olhares durou pouco, uma vez que ambos os rostos se aproximaram como se fossem imãs que se atraíam; entre seus lábios havia uma pequena distância, mas já se podia sentir o hálito quente que emanavam e o contato cálido quase aconteceu, se não fosse o sinal que indicava o fim do intervalo ecoar e fazer a rosada se desvencilhar dele.

- Dai-chan, estamos atrasados! Vamos! – berrou para o outro.

- Me empresta seu celular.

- Quê?

- Me dá logo a droga do seu celular.

Satsuki rolou os olhos e entregou o celular para ele. Daiki pendurou o acessório feito por ela em seus aparelhos rapidamente. Não esperava que ele fosse realmente usar aquilo no celular para que todos vissem, mas estava contente por isso. Aquela era a forma com a qual ele demonstrava o quanto tinha apreciado o presente.

- Vamos? – falou para ela, após entregar o celular.

- Vamos. Harasawa-sensei vai nos matar! – bufou, enquanto contemplava as costas do outro que já estava metros a sua frente.

Correu para alcançar o moreno nas escadas e finalmente acompanhá-lo lado a lado enquanto desciam, ou provavelmente este voltaria para o terraço para cabular aula, que era uma especialidade dele. E para impedir qualquer fuga do ala-pivô, Satsuki respirou fundo e fez algo completamente inesperado: tomou a mão esquerda de Aomine com a sua direita, e entrelaçou seus dedos aos dele.

Ainda havia muitos alunos nos corredores e muitos podiam vê-los de mãos dadas e começar a fofocar, mas agora a gerente de Touou já não estava mais preocupada com o que as pessoas iam falar ou pensar. O que eles tinham um com o outro não era da conta de ninguém, senão eles mesmos. E era bom desfilar ao lado do seu Dai-chan, deixando bem claro para as supostas fãs que aquele pedaço de mau caminho já tinha dona.

Daiki, por sua vez, não era um homem romântico de muitas declarações – pelo contrário, achava tudo isso uma perda de tempo. Mas apreciava gestos simples, tão simples quanto o presente feito por aquelas mãos angelicais; uma dessas mãos que estava entrelaçada à sua sem medo da repercussão que aquilo poderia gerar. Embora ele não soubesse, Satsuki tinha planejado ainda mais surpresas para ele depois que a aula acabasse.

Mas não importava o que fosse feito, Momoi Satsuki sempre seria o seu presente mais valioso. O presente que fora adquirido há muito tempo, e que ele jamais deixaria escapar de seu domínio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! Ah, eu não entendo bem a cultura japonesa em alguns aspectos então não sei se em agosto as escolas estão de férias ou não. Quem souber e quiser me avisar, se manifeste pelos comentários! Quero todo mundo se manifestando nos comentários, aliás. AoMomo é vida, e não pode faltar nunca - e vocês sabem que se depender de mim, nunca faltará. Beijos apimentados e até a próxima! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nobody's Business" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.