Teoria Básica Grega escrita por Bru_na


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi escrita para o aniversário do ano passado da atriz Jennifer Morrison, intérprete da Cameron



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– Assopra as velinhas Cam!


FLASHBACK

– Uni dune tê o escolhido foi você...

House mudou totalmente a direção do dedo indicador de Chase para Cameron, passando por Foreman, posicionado entre os dois. Cameron olhou censurando-o, fez menção de falar, mas como se estivesse combinado ele a cortou:

– Meu jogo, minhas regras! Bom divertimento- Foi tudo o que ele disse acompanhado de sua sedutora piscadinha, antes de virar as costas e sair mancando.

Foreman e Chase deixaram a sala depois de se despedirem meio desajeitados, sabiam a importância da data, mas quando House queria, eram poucos os loucos que o contrariavam. Os cochichos dos dois saindo da sala não passaram despercebidos pelo poderoso chefão:

– Ou vocês somem logo ou mudo de idéia e ficam todos aqui, enquanto eu tiro uma soneca..

Os dois correram para fora da sala, precisavam acertar uns detalhes da surpresa.

A doutora passaria a madrugada de seu aniversário observando o paciente, ao menos o diagnóstico certeiro de seu tutor poupava-lhe trabalho. Sentou- se na poltrona da sala de diagnósticos, acomodou- se praguejando, programou o relógio em seu pulso, meia noite, feliz aniversário Cam, pensou sozinha.

FIM DO FLASHBACK


Foreman segurava o bolo com uma mão enquanto com a outra ajeitava os papéis sobre a mesa da sala de diagnósticos, arrumou o bolo... as velas ainda brilhavam.

– Corta de baixo pra cima, faça um pedido!- Chase dizia sorrindo com tantos dentes que não cabiam na boca, adorava ver a surpresa que ela expressava em cada linha do rosto.



FLASHBACK

Cam fora ver o paciente, checou a dosagem, tudo certo, mais uma vez, com toda sua arrogância ele conseguira. Voltou para a sala de diagnósticos, o quadro branco ainda preenchido por sintomas e algumas anotações riscadas, apagou-o pensativa.

PLAC!

Um barulho de queda originário da sala de seu chefe quebrou o silêncio, retirando a de seus devaneios. Chegou à sala de House em poucos passos largos. Ele estava no chão, desarmado de sua bengala... Sempre fora nítido para todos que ele saía do hospital na primeira oportunidade que surgisse, mas a presença dele àquela hora da madrugada não pareceu surpreendê-la.

Aproximou- se dele, ponderou sobre esticar a mão, ela o conhecia melhor que ninguém, preferindo esperar. O doutor se recompôs fingindo que nada acontecera, Cam tomou a dianteira:

– Gostou da atuação?

– Só prometa que não vai deixar de ser médica para ser atriz.

– Mas eles acreditaram direitinho.

– Apenas aceitaram... Foreman queria ir embora e Chase, sabe como é... nunca discorda de nada.

Ela fechou o rosto séria, a mágoa da espera vã na noite anterior começou a tomá-la, mas era assim.. era o House, os eternos 5 minutos de felicidade e certeza pelas horas de dúvidas... e valiam a pena... isso ela não negaria. O doutor se aproximou dela, deixou a bengala de lado, as duas mãos livres a trouxeram para seus braços. Ele a cercou, subiu a mão até o rosto, passou os dedos pela área da maçã, deixando a levemente rosada... continuou trilhando o caminho até alcançar carinhosamente a marca um pouco acima das sobrancelhas, afastando a séria expressão que custosamente ela tentava manter.

Os olhos se encontraram por instantes liberando faíscas, ela acariciou a barba por fazer enquanto a boca dele se aproximava do seu ouvido, a voz rouca quase a fez perder os sentidos:

– Feliz aniversário Allison.

House acabou de vez com a agonia e beijou a, intensamente, as mãos agora adquiriam novas funções, ela o perdoou, era seu melhor começo de aniversário...

FIM DO FLASHBACK


Cameron movimentou a mão fazendo a espátula partir o bolo delicadamente, assistiu ao desprendimento do pedaço de chocolate, pensando para quem seria o primeiro pedaço enquanto mentalizava com todas as suas forças o desejo de seu coração.

Quase no mesmo instante House entrou na sala, passou despercebido pelos empolgados doutores, mas não por ela, que poderia reconhecer seu perfume a quilômetros. O marcante cheiro que a fazia companhia depois de sua partida, que ela queria sentir em todos os momentos, a embriagava.

Ele notou que ela o fitava e sorriu para mostrar os rumos da próxima cena:

– Vamos parar com o showzinho, porque se a moda pega vou ter que cantar parabéns para o Chase e vocês sabem como eu sou emotivo.

Os dois pararam um pouco sem graça, esperando as ordens que não vieram de imediato. Chase quebrou o silêncio:

– Não temos nenhum caso novo.

– Ótimo, foi o primeiro a falar ganhou minhas horas na clínica, Foreman arruma a papelada e para você Cameron de presente responderá meus e-mails- riu maliciosamente.

Coube a cada um acatar a ordem, não sem antes cortar e levar seu pedaço de bolo. Cam foi para a sala do chefe, com um pedaço em mãos. Abriu a porta, ele estava sentado, girava a bengala entre os dedos, distante, pensativo. Demorou para notar a presença dela permitindo que ela chegasse bem perto:

– O primeiro pedaço pela sua atenção.

– Ah Cam, não diga que acredita nessas coisas de...

– House, é especial, mas se você não quer, eu dou um jeito nisso e volto a trabalhar.

A doutora levou o garfo à boca, trajetória que foi seguida atentamente por House, era aniversário dela e ele realmente não queria que ela trabalhasse.

– Agora temos um problema- O doutor disse ficando bem próximo a ela.

– Sério! Qual é?

– Apenas a primeira garfada do primeiro pedaço que é especial, terei que resolver isso.

Os espaços entre as bocas foram suprimidos, aquela sala era um flashback constante para os dois. Ele a envolveu quase deixando a sem ar, a barba dele fazia cócegas, ela buscava os botões da camisa dele, enquanto o mesmo a carregava até a escrivaninha:

– De onde vem essa história do bolo?

– Teoria básica grega- Respondeu rindo e voltou- se para mais um beijo.

– Sabia que ia gostar de responder meus e mails.


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