As Aventuras de Merlin - Final alternativo escrita por Fatima Vargas


Capítulo 7
Cap. 7 – Novidades




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Quando chegaram, Aimos os chamou para ir ao jardim e pediu a Eoin que providenciasse um lanche e os encontrassem lá.

– Como está se sentindo, Arthur? - perguntou Aimos, após se sentarem no jardim.

– Bem, um pouco cansado, mas acho que é normal para quem passou tanto tempo na cama.

– Sim, bastante normal. Aliás, me surpreendi ao vê-lo hoje na praia. Você é um homem forte, isso ajudou muito no seu tratamento. Mas peço que não abuse. No resto do dia descanse e apenas passeie pelo jardim e até o refeitório. Vamos devagar. A partir de amanhã você será transferido para o prédio onde está Merlin, e sua alimentação será quase normal . Vocês devem perceber que comemos pouca carne aqui, duas porções semanais são o suficiente. Quando voltar a Camelot, deve continuar assim. Sua vida deverá ser o mais saudável possível. Amanhã, também, começará a se exercitar, pela manhã e a tarde. Se tudo correr bem, em uma semana estará treinando com a espada.

– Não vejo a hora de retornar a minha vida normal, mas sei que preciso ir devagar, tenho que me fortalecer. Estou longe da minha antiga forma.

– É bom que você entenda isso. Você também vai aprender a meditar.

– O que? - Perguntou Arthur arregalando os olhos.

– Arthur, você vai precisar saber se controlar. Não pode mais “estourar” por qualquer coisa. Quanto mais tranquilo você ficar, melhor e maior será o tempo que te resta. Durante essa semana, você e Emrys terão tarefas diferentes.

– Mas tenho que ajudá-lo nos exercícios – falou Merlin.

– Jovem mago, temos outros aqui que podem fazer isso. Você irá se aperfeiçoar no conhecimento das ervas e nas magias de cura e defesa, que serão importantes quando voltarem a Camelot.

– Desculpe Mestre, não quis ser indelicado.

– Entendo seu cuidado com Arthur, Emrys, mas no momento é preciso que vocês estejam separados, cada um com seus afazeres. Poderão se encontrar para o café e à noite, para conversar.

– Tudo bem.

– Nesse momento, Eoin chegou com o lanche e todos comeram em silêncio.

– Arthur – falou Aimos – Eoin irá acompanhá-lo durante essa semana. Você deve ter em mente que ele não é seu servo, claro que poderá te ajudar, mas você precisa aprender a se cuidar sozinho, pelo menos enquanto estiver aqui.

– Vai ser interessante. Pena que não estarei por perto para ver – falou Merlin rindo.

– Vai ser mesmo – disse Arthur, franzindo a testa, para depois rir alto junto com Merlin.

– Acho que vou ter muito trabalho essa semana – falou Eoin, rindo também.

– Bom ver que estão se dando bem. Arthur, gostaria de saber como está se sentindo em Avalon, um lugar onde a magia existe livremente.

– Estranhamente, me sinto muito bem Aimos. Aliás, tinha conversado com Merlin ontem sobre isso. Vou liberar o uso da magia em Camelot. Mas o uso da magia negra continua banido. Merlin me falou que teremos de ter cuidado com isso, para não cometermos injustiças, já que podem ter pessoas que podem usar esse fato contra desafetos – Aimos balançou a cabeça afirmativamente – Tem alguma maneira de sabermos se foi usada magia negra ou não?

– As vezes sim, outras não. Um mago pode esconder a verdadeira natureza de sua magia e assim dificultar as coisas. Mas podemos ensinar a Emrys como distinguir uma da outra e também detectar se existe algum encantamento sendo usado para disfarçar uma magia. Lógico que não será sempre que vai acertar, mas com seus poderes e treino, a margem de erro será pequena.

– Agradeço pela confiança que tem em mim. Ainda me sinto inseguro, mesmo tendo ouvido, desde que cheguei a Camelot, que sou um mago poderoso. Mesmo depois de ter ido na Caverna dos Cristais, não me sinto tão poderoso. Por pouco Arthur não morreu.

– Você se cobra muito, Emrys. Por mais poderoso que um mago seja, haverá vezes em que irá falhar. Não podemos acertar sempre, não somos Deuses.

– Eu sei, acho que estou sendo presunçoso.

– Não, Emrys. A sua bondade e humildade, são suas maiores virtudes e ao mesmo tempo, suas maiores falhas – Merlin e Arthur olharam para Aimos com a testa franzida – Vou explicar. Sem essas qualidades, com seu poder, você poderia vir a se tornar arrogante, insensível, usar a magia para proveito próprio, sem se importar com ninguém. Agora, por causa delas, você falha por se sentir inseguro, por não acreditar em si mesmo. Agora que não vai precisar se esconder mais, aos poucos, você vai conseguir ter mais confiança. Busque o conhecimento Merlin, mas não perca a sua essência.

– Obrigado pelos conselhos, Aimos.

– Estou à disposição para te ajudar sempre que precisar. Agora é melhor irmos nos lavar antes do almoço. Nos encontramos no refeitório.

O resto da semana se passou com cada um fazendo o que foi designado. Arthur ia ficando mais forte e não estava indo tão mal nas meditações, pelo contrário, estava até gostando. O mais difícil foi se tornar independente. De início achou estranho ter que se lavar, se vestir e arrumar o quarto sem ajuda, mas aos poucos foi se acostumando. Foi uma semana de aprendizado para o jovem Rei, que foi conhecendo outros magos, se acostumando a ver a magia sendo usada de diversas maneiras.

Merlin, por sua vez, se aprofundava na arte da cura, com e sem magia. Os anos que passou como auxiliar de Gaius, foram de grande valia para ele. Com o conhecimento que já tinha, de muitas ervas, aprendeu mais rápido do que se esperava, magias das mais simples às mais complexas, se aperfeiçoando em curar ferimentos feitos por magia. Do mesmo modo aprendeu e aperfeiçoou magia de defesa e como saber reconhecer o uso de magia negra, se havia magia interferindo em alguma coisa, etc. Aimos e outros sacerdotes que estavam ensinando a ele ficaram maravilhados com sua boa vontade, sua determinação e com a facilidade com que aprendia as coisas. Ele só parava com os estudos quando tinha conseguido aprender, completamente, o que estava estudando. Sempre que conseguia fazer uma magia nova corretamente, parecia uma criança de tão feliz. À noite se juntava a Arthur para conversar sobre o dia, falar sobre a saudade que sentiam de Camelot ou se juntar a Eoin e outros junto à fogueira.

Após oito dias, Aimos foi ao quarto de Arthur, à noite, onde sabia que iria encontrar Merlin também. Precisava contar uma coisa muito séria aos dois.

– Boa noite Arthur, Emrys.

– Boa noite Aimos – falaram em conjunto, curvando-se.

– Bem, a primeira parte do treinamento de vocês acabou. Amanhã vocês vão começar a manejar a espada e em uns 4 ou 5 dias, se tudo correr como esperado, poderão iniciar os combates, um com outro. Ele vai aperfeiçoar o manejo com você – falou com Arthur – e assim poderão treinar melhor. Eoin irá acompanha-los. Ele é ótimo espadachim.

– Isso vai ser ótimo Aimos. Agradeço pelo treinamento dessa semana, foi muito mais importante do que eu imaginava. Todos eles – falou Arthur.

– Espero que mantenha esses ensinamentos, quando voltar à Camelot. E não se esqueça de ter sempre um horário dedicado para a meditação.

– Pode deixar, terei.

– Agora preciso contar uma coisa, muito séria, para vocês. Espero que me perdoem por ter escondido isso, mas queríamos primeiro, esperar que você ficasse mais forte – disse olhando para Arthur.

– O que foi Aimos? - perguntou Merlin.

– Existe um cavaleiro de Camelot, sendo tratado, aqui em Avalon.

– O que? - falaram os dois.

– Paz. Quando você partiu para encontrar Aithusa, Emrys, recebemos uma mensagem dos druídas, informando que havia um cavaleiro rondando a área, quase em desespero, procurando por vocês. Mandei dois sacerdotes para procurá-lo e ele disse que estava procurando o Rei e Merlin, e que tinha um amigo que estava muito mal, e ele não sabia o que fazer.

– Percival – falou Merlin.

–Sim e o cavaleiro que estava mal, era Sir Gwaine – os dois se entreolharam, mas mantiveram silêncio – Foi pedido a Percival que os levassem até Gwaine, para verem se poderiam ajudar. Quando chegaram a situação era crítica e só tiveram tempo de pega-lo e dizer a Percival que não falasse nada, sobre aquilo, com ninguém, que iriam fazer o possível para salvá-lo.

– Mas o que aconteceu com Gwaine?

– Morgana usou a Nathair para tortura-lo e saber onde vocês estavam indo. Foi assim que ela chegou até vocês.

– Como ele está? - perguntou Merlin.

– Se recuperando. Demoramos dias limpando o organismo dele do veneno da serpente. Ele deve ter resistido bravamente, recebeu muitas picadas. Mesmo depois de termos retirado o veneno, ele continuou confuso por muito tempo, isso sem falar no sentimento de culpa por ter falhado com vocês.

– Como pode achar que tenha falhado? Não sei como resistiu – falou Arthur.

– É um homem forte e leal.

– Porque não nos contou isso antes? - perguntou Merlin.

– Dois motivos. Primeiro: Arthur estava muito fraco e eu temia pela sua recuperação. Segundo: No estado de confusão em que Gwaine se encontrava, temi pela sua sanidade.

– E quando poderemos vê-lo? - falou Arthur.

– Amanhã cedo. Quando ele acordar, vou pedir a Marlon para buscar vocês. Poderão tomar café da manhã juntos.

– Obrigado por cuidar dele, Aimos

– É sempre um prazer ajudar, Arthur. Estou indo agora. Boa noite.

– Boa noite – falaram.

Depois disso, os dois amigos conversaram mais um pouco sobre o que acontecera com Gwaine e se despediram.

Arthur, sentindo que ia ser difícil dormir e que estava ficando com raiva, do que tinha acontecido com o amigo, resolveu meditar. Era a primeira vez que tentava faze-lo sozinho e ficou contente com o resultado. Se sentiu relaxado, calmo e pode dormir tranquilo.

No dia seguinte, os dois seguiram com Marlon para o edifício branco onde se realizavam as curas. Lá, em um pequeno quarto, sentado na cama, estava Gwaine. Quando os viu, seus olhos voltaram à vida e não conteve as lágrimas, no que foi acompanhado por Merlin. Os amigos se abraçaram e sentaram para conversar. Gwaine estava muito pálido, mas parecia bem.

– Como está, velho amigo? – falou Merlin.

– Agora, depois de ver vocês, pronto para outra – falou rindo.

– Espero que não – disse Arthur sorrindo.

– Falhei com vocês, contei a Morgana para onde estavam indo.

– De maneira nenhuma. Pouquíssimas pessoas sobrevivem ao veneno da Nathair, e só pessoas muito treinadas conseguem resistir a ele – falou Merlin.

– Obrigado parceiro. E você, Arthur, como está se sentindo em meio a toda essa magia? - perguntou Gwaine de forma irônica.

– Por incrível que pareça, muito bem. A magia não é a coisa terrível e maléfica que meu pai me fez acreditar. Vou permitir a prática da magia, novamente, em Camelot.

– Acho que você faz muito bem. Muitas vidas foram perdidas, sem razão, por causa disso. E você Merlin, como tem passado? Soube que é um grande mago, chamado Emrys. Quero ver a cara dos outros quando souberem – falou rindo.

– Estou bem e feliz de te ver. Vai ser bem interessante, quando contarmos a eles – riu Merlin e Arthur também.

De repente a porta abriu e Marlon, juntamente com Eoin, entraram trazendo as bandejas com o café da manhã. Após comerem, os três conversaram mais um pouco com Gwaine, que estava esperando ansioso, que deixassem ele sair daquele quarto. Depois de alguns minutos, Aimos entrou no quarto, após bater, e pediu para Arthur e Merlin saírem para que Gwaine pudesse descansar. Falou, também, que no dia seguinte o cavaleiro iria passar para um quarto no mesmo prédio onde estavam Merlin e Arthur.

– Ele pode ficar no meu quarto, tem espaço suficiente para nós dois – falou Merlin.

– Está bem Emrys. Pedirei para colocarem outra cama em seu quarto. Agora vamos deixá-lo descansar e vocês tem seus afazeres. Bom dia para todos.

– Bom dia Aimos.

Arthur e Merlin foram procurar Eoin para começarem o treinamento. Foram até um galpão onde tinham vários tipos de armas e armaduras. Isso fez com que Arthur levantasse a sobrancelha. Essa reação não passou despercebida por Eoin.

– O que foi, Arthur? Não esperava esse tipo de equipamento em Avalon?

– Realmente não. Vocês tem um belo arsenal aqui – respondeu enquanto se arrumava.

– Nem sempre apenas a magia resolve numa batalha. Ela ajuda, mas se não soubermos nos defender, pelo menos um pouco, ficamos vulneráveis. E mais, não devemos usar magia contra aqueles que não a tem. Seria injusto. Isso só é feito quando estamos em desvantagem numérica, e somente até a batalha estar equilibrada.

– Vocês já estiveram em batalha antes? - perguntou Merlin.

– Há muito tempo atrás tentaram invadir Avalon. Tivemos que nos defender e, depois disso, continuamos treinando.

– É bom se manter sempre preparado. Agora vamos treinar. Tem um jovem mago aqui que pode ser muito poderoso, mas com uma espada na mão, deixa muito a desejar – brincou Arthur.

– Espere até o fim do treinamento – respondeu Merlin rindo.

Os três passara o dia treinando, descansando, fazendo as refeições juntos e quando chegou a noite exausto,s mas bem, foram se lavar para o jantar, que foi feito no refeitório.

No dia seguindo, quando Merlin estava saindo para o treino, Marlon e mais dois sacerdotes, chegavam trazendo uma cama, para acomodar Gwaine.

Merlin cumprimentou os três e saiu sorrindo. Quando voltasse o amigo já estaria lá.

À noite, após o jantar, Arthur e Merlin se reuniram com Gwaine no quarto e, com permissão de Aimos, levaram o amigo para passear no jardim. Lá souberam o que havia acontecido em Camelot, após o desaparecimento de Arthur, como tinham enganado Morgana, mandando ela para o lugar errado, e da “brilhante” ideia de Gwaine e Percival, de matar a bruxa. Conversaram também sobre como Arthur e Merlin tinham chegado a Avalon, a luta para salvar a vida de Arthur e os treinamentos para fortalecer o Rei, preparando ele para seu retorno à Camelot.

– Aimos me liberou para os treinamentos amanhã, só disse para respeitar as ordens de Eoin e não me esforçar muito. - falou Gwaine.

– Bom, irá conosco ou ficará apenas fazendo exercícios? - perguntou Arthur.

– Exercícios pela manhã e treino à tarde. Como não tive nenhum problema físico, posso voltar a me exercitar quase normalmente.

– Isso é ótimo, treinar em dupla vai ser bem mais divertido e com melhores resultados. - disse Merlin.

– Duplas?- perguntou Gwaine.

– Sim – respondeu Arthur – Eoin é um excelente espadachim e Merlin está treinando também. Você vai se surpreender com a evolução dele.

– Essa eu quero ver – riu Gwaine.

No dia seguinte os três sairam juntos para o refeitório, onde se juntaram com Eoin e, depois do café, foram se exercitar. Assim passou a semana, com Arthur e Gwaine se fortalecendo e Merlin melhorando seu uso da espada. Depois de 10 dias de treino, Aimos chamou os três para visitarem os dragões, já que durante o treinamento, não tinham tido tempo para isso. A surpresa foi geral. Aithusa estava magnifico, em nada lembrava o dragão aleijado e raquítico, que havia chegado na ilha. Kilgharra também estava muito bem. Merlin se aproximou dos dois, cumprimentando os amigos.

– Estou muito contente em vê-los tão bem, amigos.

– Bom te ver também, jovem mago. Parece que rejuvenesci séculos aqui – falou Kilgharra.

– E eu não sinto mais dor e estou forte como nunca – disse Aithusa.

– Estou vendo. Tem mais um amigo aqui que eu quero que vocês conheçam. Este é Sir Gwaine.

– Prazer em conhecê-lo, nobre Cavaleiro – falou Aithusa.

– O prazer é meu. Jamais pensei que um dia iria conversar com dragões – riu o cavaleiro olhando para Merlin.

– Kilgharra é um velho amigo. Me ajudou muito. Aithusa é ainda bem jovem e agora está em plena forma – falou Merlin fazendo as apresentações.

– Você está ótimo, Aithusa. - disse Arthur – Isso me deixa muito contente.

– Obrigado majestade.

– Apenas Arthur, jovem amigo – falou o rei sorrindo.

– Está bem, Arthur.

– Trouxe vocês aqui porque temos que conversar sobre a partida de vocês – falou Aimos.

– Vamos poder volta para Camelot? - perguntou Arthur.

– Sim, mas primeiro temos de conversar sobre certas coisas. Primeiro, o jovem Aithusa ira com vocês, mas deve ter um lugar para ficar. Ele não pode ficar desprotegido.

– Não tem problema, existem várias cavernas próximas ao castelo, que ficam em locais isolados. Ele poderá viver lá e não estará muito longe de nós. Sempre terá alguém por perto para que não se sinta sozinho – falou Arthur.

– Isso é bom. Outra coisa, ouvimos rumores de que alguns reis acham que Camelot estaria enfraquecida e estão pretendendo atacá-la. Chegamos a conclusão que vocês devem voltar logo – Os três se entreolharam, preocupados – Mandamos mensagem para amigos nos cinco reinos e todos estão em prontidão. Mas acho que sua volta vai acabar com qualquer pensamento de ataque.

– Então devemos ir o mais rápido possível – disse Merlin.

– Calma, jovem mago, vocês irão. Mas sem tanta pressa assim. Estamos preparando para que possam ir em segurança e, de preferência, sem que ninguém saiba que o Rei está voltando. Daqui a Camelot são quatro dias de viagem e sua passagem não passaria despercebida. Sendo assim, conversamos com Kilgharra e Aithusa e eles concordaram em fazer essa viagem levando vocês. Vocês viajarão apenas à noite, desse modo em duas noites e meia, estarão lá. Estamos mandando mensagem diretamente para Gaius, informando da chegada e vocês. Só ele, a Rainha e os Cavaleiros mais chegados, saberão da sua chegada.

– Isso é bom. Mas você acha que chegaremos antes deles atacarem? - Perguntou Arthur.

– Até agora não houve nenhuma movimentação de tropas em direção à Camelot, ou aos reinos aliados. Eles acham que você está morto e não há necessidade de ter pressa. Mas manteremos contato como nossos amigos e com vocês. Qualquer mudança, saberemos.

– Então devemos nos preparar – falou Gwaine, olhando a túnica que usava – e será que poderemos usar nossas roupas? Seria estranho chegar em Camelot vestido assim – todos riram.

– Isso será providenciado, nobre cavaleiro – falou Aimos – As roupas de vocês foram lavadas e consertadas, além de terem sido confeccionadas novas armaduras para os três. Estarão à sua disposição à noite, quando forem partir.

– Obrigada – falou Gwaine sem graça.

– Aimos, antes de irmos poderia falar com você, à sós? - falou Arthur. Merlin e Gwaine olharam para ele – Vocês saberão depois, mas preciso me aconselhar com o Alto Sacerdote sobre coisas que só ele pode me ajudar.

– Vamos para o quarto organizar as coisas. Podemos nos despedir do pessoal, Aimos? - perguntou Merlin.

– Faremos isso na hora do jantar. Prefiro deixar sua ida em segredo até lá.

– Existe perigo de ter algum espião na ilha? - perguntou Arthur.

– É difícil, mas não quero correr riscos. Nos encontraremos para o almoço e vocês poderão treinar à tarde, normalmente. Assim não levantarão suspeitas.

– Vamos então Gwaine. Não temos muito que arrumar, poderemos passear pelo jardim enquanto esperamos o almoço.

– Está bem.

Aithusa, Kilgharra, nos vemos à noite.

Até a noite Emrys – falou Aithusa.

Quando os dois amigos se afastaram, Arthur virou para Aimos e falou.

– Preciso de um conselho seu. Tenho pensado em fazer de Merlin um conselheiro de Camelot, mas ao mesmo tempo, não quero ficar sem ele quando tivermos de sair em campo. Estou num dilema.

– Você é o Rei. Pode fazer de Merlin um Conselheiro Cavaleiro. Ele pode exercer as duas funções. Ele esta se tornando muito bom com a espada, e conselhos ele já te dava mesmo antes de você prestar atenção no que ele falava. Sem contar que ele também será o Mago da corte, mas isso é bom que poucos saibam.

– Também acho. Obrigado pela ajuda. Tinha pensado em algo parecido, mas achei que seria pedir demais para ele.

– Mesmo que você o fizesse Conselheiro, você acha que ele ia deixar você ir a campo sozinho? - falou Aimos sorrindo.

– Você tem razão – riu Arthur – Bem, vou arrumar as minhas coisas e procurar aqueles dois. Tenho que salvar Merlin da tagarelice de Gwaine.

Os dois amigos se despediram rindo. Arthur se despediu também dos dragões e foi para o quarto.

À noite, após se lavarem, colocaram suas roupas comuns e armaduras, e foram para o refeitório. Quando chegaram, os sacerdotes estranharam as roupas, mas logo foram informados por Aimos, que os convidados estavam de partida. Após o jantar, eles se despediram dos sacerdotes, agradecendo tudo o que fizeram por eles e prometeram voltar, se assim fosse permitido, para visitá-los.

Aimos, Eoin e Marlon acompanharam os três até a praia, onde Aithusa e Kilgharra os esperavam, com sacolas de provisões para a viagem.

– Não sei como agradecer por tudo que fizeram. Vocês tem minha eterna gratidão. Vou procurar estar sempre em contato – disse Merlin se curvando.

– Não tem que agradecer, Emrys. Foi um prazer servir você e seus amigos – falou Eoim abraçando o amigo.

– Vocês têm a minha gratidão e a proteção de Camelot. Se algum dia precisarem de nós, estaremos prontos para ajuda-los – falou Arthur.

– Esperamos não precisar, mas teremos isso em mente.

– Também agradeço e se puder ajudar de alguma forma, é só chamar.

– Obrigado pela oferta, Sir Gwaine. Agora é hora de partirem. Façam boa viagem. Manteremos contato. - disse Aimos.

Merlin ajudou Arthur e Gwaine (esse muito a contragosto), a subirem em Aithusa, agora um belo e forte dragão, e se ajeitou em Kilgharrah. Com um último aceno, levantaram voo em direção a Camelot.


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