Hachimitsu no hana escrita por Forbela


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo


A ideia me veio de um sonho bobo, foi meio estranho e tal mas ninguém quer saber huehue
A historia foi escrita ou som de West Coast, YES! A musica da musa da putari.. da sofrencia Lana Del Rey. Quem quiser ler escutando seria uma boa. Eu não consigo ler nada se eu estiver escutando musica, tipo meu celebro meio que buga huehue.
Enfim, uma fanfic curta e leve com uma pitada de drama.



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­­­­­Soprou a fumaça toxica pesadamente, o cheiro da nicotina invadiu suas narinas ­lhe dando uma sensação de prazer, não que aquilo fosse bom de verdade, mas para ele era reconfortante, não sabia o porquê necessariamente, mas precisava daquilo, quase ou mais que o oxigênio. O homem sozinho p­­­assou a mão nos cabelos húmidos olhando para o céu.

De que um homem vazio se alimenta?

Sempre foi conhecido por ser um homem fechado, nunca foi fácil lidar com ele, mas ultimamente a situação havia piorado, nem seu melhor amigo conseguia aproximar-se dele, sempre sozinho, era assim que ele passava seus dias, missões e mais missões, sempre longas e em lugares distantes.

Ele realmente não se lembrava de como havia chegado ali, seus pés simplesmente o levaram, talvez fosse ela chamando-o mais uma vez, ou ele que precisa estar ali, preferiu ficar com a primeira opção.

— Sabe, ficar perto dela agora não adianta mais. – A voz aguda despertou o homem de seus devaneios.

— Eu sei.

— Ela me falou, sobre o que aconteceu entre vocês. — Revelou sentido o cheiro que ele julgava ser horrível — A propósito, deveria parar, isso é um veneno.

—Eu sei — respondeu friamente dando uma última tragada.

— Sabe? E porque continua usando? — Indagou o loiro olhando para o amigo.

— Porque há algo dentro de mim que eu preciso matar.

— Vai acabar me matando também.

— O problema é seu. — O Uchiha jogou o cigarro no chão, ou o que sobrava dele, e pôs suas mãos nos bolsos — A propósito, não deveria estar em casa com sua família.

“Família”

Naruto sentiu a amargura do seu amigo ao proferir aquela palavra, se pergunta até hoje o motivo pelo qual ele ainda não havia adquirido a sua, já estava a poucos anos de completar seus quarenta, e nunca ouviu sequer boatos de que ele teria se envolvido com uma moça seriamente.

“Oras, talvez fosse por... não definitivamente não”

— Sasuke, vocês dois também são minha família.

— Eu vou embora, não deveria estar aqui.

— Voce diz que não deveria estar aqui, mas quando chega de alguma missão aqui é o primeiro lugar que vem, e..

— Cale a boca!

Naruto abriu sua boca para responder qualquer besteira que fosse, mas Sasuke não estava mas lá, fugiu mais uma vez, da realidade talvez, ou de si mesmo e de seus medos, o Uchiha poderia ser forte por fora, uma muralha inatingível, mas Naruto o entendia muito bem, sabia que por dentro ele estava em pedaços.

O não tão jovem Hokage olhou para a lapide a sua frente e sorriu dissimuladamente, um sorriso largo carregado de dor, como Sai diria, um sorriso falso.

— Heh, Sakura -chan, como foi seu dia?

◊◊◊

O efeito do álcool no seu organismo o deixou inerte, deitado na cama olhando para o teto, o ventilador girando parecia um grande atrativo para sua mente confusa, no momento sentia-se em outro mundo, tentando não se lembra das cenas que viu a pouco, mas elas vinham como flashes em sua cabeça, perguntava-se se foi sonho ou sua imaginação.

Ainda podia sentir o leve peso da mão delica sobre seu peito e a suave respiração acariciando seu pescoço, o cheiro único de uma flor que ele jurava sentir nesse momento. Fechou os olhos inalando o aroma adocicado, tentando fugir da realidade, voltar para o passado, estar mais perto dela, a mulher que perturbava seu sono o deixando noites seguidas sem dormir.. Ele a teve apenas uma vez em uma casa de praia modesta, em uma pequena cidade litorânea na costa oeste no dia do seu aniversário, ali fora onde vivera volúpias calmas, onde o único intento era viver, apenas viver. Aquele fora o presente mais marcante de toda a sua existência ,apesar de tudo sentiu-se bem como uma criança em um parque.

" —Eu não tive muito tempo para escolher seu presente, então não quero que fique decepcionado. — Disse a garota pondo suas mãos na cerca de madeira branca da varanda. Os dois observavam o mar que reluzia com o brilho da lua que flutuava elegante no céu.

— Eu não vou, não ganho presentes de aniversário desde que meus... — Sasuke pareceu desistir de falar, pareceu temer o que iria dizer, ele levantou seus olhos fitando a imensidão do mar.

Diferente do que ele pensou ela não insistiu no assusto, não ficou fazendo questionamentos bobos e infantis, ela apenas respeitou seu silêncio, soube que para ele o seu aniversário não era referência a uma data festiva a muito tempo.

— Feche seus olhos. — Disse virando o Uchiha em sua direção pelo ombro o surpreendendo.

— Para??

— É uma surpresa, se ver não será surpresa.

— Que diferença isso faz?

— Feche que eu vou busca, não abra os olhos.

O moreno permaneceu imóvel por algum tempo, logo relutantemente os fechou, imaginava que presente Sakura teria comprado para si, certamente um colar ou alguma arma.

Estava errado, completamente engando.

Uma leve brisa acariciar seu nariz e logo em seguida algo absurdamente macio e delicado repousar em seus lábios, sentiu um tímido roçar entre os seus e então ela se afastou, com a mesma rapidez em que veio.

Sasuke não sabia o que fazer, o que falar e como agir, apenas observou a rosada erubescida a sua frente. Sim, ela esperava ouvir algo dele, mas Sasuke não conseguia proferir uma única palavra. Ficaram em silêncio por um bom tem, Sakura olhava para o chão tentando esconder o constrangimento e medo de ser rejeitada novamente.

—Homens como eu não foram feitos para mulheres como você.

A voz rouca e firme cortou o silêncio, Sakura, levantou levemente seus olhos que pouco a pouco alagavam-se.

— E amor você sabe o que é? Você não entende, se fecha e me expulsa, me deixa no vazio de um mundo onde não posso encontra-lo, você não se importa, não é?

— Você não sabe o que é o amor, Sakura.

— Eu realmente não sei o que é o amor, só sei que eu o amo."

Aquela era sua preciosa lembrança de verão, o começo de um futuro que não aconteceu, por sua própria estupidez e vacilo.

“Eu espero que você saiba que eu me importo”

Lembrou da fluidez daquilo que jamais teria, a linguagem do afeto e de suas coisas sem voz, a melodia do lar e de um abraço sincero. Tudo havia voado de suas mãos como a areia no deserto.

Ser mais compreensivo teria sido o ideal, mas o medo de perder uma pessoa querida novamente o assombrava, para ele, o melhor para Sakura era manter-se longe, e isso tornou-se sua sentença.

A dois anos, quando cerando os olhos em uma noite fria, inalou o forte odor, não senhores, não era nicotina, era algo bem mais forte e perverso. O leve calor afagou seu rosto ardente, e com fervor um nobre corpo o abraçou com calma e ternura, e o convidou a se despedir do difuso terro desse mundo medonho.

◊◊◊

Hoje era um dia especial, o homem andava pelos labirintos do cemitério, tinha os olhos marcados e o casaco entreaberto, sobre si nuvens carregadas em luto de um céu bizarro e cinzento.

O seu mundo realmente havia caído em uma oscilante escada eterna, não pode conter o pranto ao encontrar o local onde desdobrou-se entre os túmulos languidos a procura, seu coração estava imerso em profundo desespero, sentia-se um estupido fantasma débil entre tantas pessoas cheias de vida no lugar em que vivia.

O homem de 54 anos agachou-se e sorriu enquanto as lagrimas deslizavam sobe seu rosto, e palavras vindas como leves sussurros pairaram no ar.

— Como foi o dia de vocês, Sakura, Sasuke?


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Notas finais do capítulo

deixe sua opinião, eu ficaria muito feliz.
beijos melosos e abraços.