Pov Austin:
Acordei com o dia um pouco mais quente que de costume. Mas nada comparado com o calor de Miami. Aliás, eu me chamo Austin Moon, tenho 17 anos, meu pai se chama Mike Moon, e minha mãe, Mimi Moon morreu no meu parto.

Estou de passagem por Veneza/Itália. Vou ficar aqui por um mês, e já é minha segunda semana aqui. Estava indo buscar o Dez na escola, já que as férias dele AINDA não começaram.

Chegando na escola, vi uma garota morena correndo, tropeçando em seus saltos (que não eram tão grandes assim) e logo em seguida caindo.

Dei uma risada baixa o suficiente para que ninguém ouvisse. Até perceber que a garota estava chorando agarrada a suas pernas. - Ótimo seu invencível, a garota se machucou! – Me repreendi mentalmente.

Fui até ela e a ajudei a levantar, combinamos que eu iria a ajudar a chegar a enfermaria e ela me ajudaria a encontrar o Dez.

Ela melhorou incrivelmente rápido e saiu correndo para fora da enfermaria e gritando:

– Eu já consigo correr viu só? E ainda estou de salto, e corro mais rápido que você. Saiu em meio a risos me deixando furioso e ao mesmo tempo risonho bem para trás.

Quando eu saí da enfermaria, ela já não estava no corredor. Olhei para a direita e para a esquerda e não a encontrei.

–Ótimo, fui enganado. –pensei.

Até que ouvi alguém chamar por ajuda, mas foi tão baixo que não tinha certeza. Podia ser apenas coisa da minha cabeça.

Até que eu ouvi um grito mais alto e tive certeza, era Ally. Segui o som de choro e tentei abrir a porta, mas estava trancada.

Sem mais delongas, comecei a bater meu corpo contra a porta tentando arromba – la.

Até que a porta finalmente se abriu. Entrei em choque quando vi a cena. Ally, estava apenas de sutiã chorando muito, enquanto o garoto que estava com ela estava com as calças abaixadas, mas ainda de cueca tampando a boca da Ally com sua mão.

A minha primeira reação foi dar um soco na cara do garoto com toda a força que tinha em meu corpo.

Desviei o olhar da garota olhando para baixo e acabei avistando a sua calça. Entreguei a ela que não parava um segundo de chorar.

Após alguns instantes ouço Ally me chamar. Me virei e acabei dando de cara com uma morena com calças jeans escuras e um sutiã cinza com detalhes em rosa escuro. Senti minhas bochechas corarem, e percebi que o mesmo aconteceu com ela.

– Ally veste a blusa. – Eu disse

– Ele rasgou ela. – ela disse com mais lágrimas vindo em seus olhos.

Então lembrei-me que mais cedo, antes de sair de casa, eu havia colocado uma camisa xadrez vermelha na minha mochila para caso esfriasse.

Peguei a camisa e dei para a garota em minha frente. Devo admitir que ela ficou muito bonita, na verdade, era meio engraçado.

A camisa dava duas dela, mais ainda assim ela tinha ficado linda.
Depois disso, puxei Ally para mim e a abracei. Senti ela se acalmar, então afastei o abraço e peguei meu celular no bolso para mandar uma mensagem para Dez

SMS ON 📨

(Austin/Dez)
–Oi Dez, cara, não vou poder te buscar. Encontrei com uma garota chamada Ally, e meio que evitei um estupro. Ela não parava de chorar e agora está mais calma. Vou levar ela para casa.
Abraço.

– Poxa, que pena cara. A Ally é uma garota legal. Eu vou pegar carona com a Trish então.
Até!

SMS OFF 📩

Levei Ally até sua casa e a fiz prometer que se acontecesse isso de novo ela ligaria ou para a polícia ou para mim. Nos despedimos e fui embora.

..........

Pov Ally:

Cheguei em casa com meus pais me olhando como quem dissesse o que aconteceu?

– O que aconteceu? Perguntou minha mãe.

Não disse?
– Nada mãe, eu só cai. E também, briguei com o Dallas. – Achei melhor não contar, pelo menos não ainda.

Meu estômago ainda está doendo muito e quero estar mais descansada. E nem sei se vou contar, Dallas é filho do Senhor Maxuel, o parceiro do meu pai nos negócios.

Quando ele quis abrir sua loja de música a "Sonic Boom" foi ele que o patrocinou.

E agora, essa é a maior loja de música da América do Sul.

– Ally, você sabe que pode nos contar o que está acontecendo, não sabe? – disse meu pai.

– Não me importa que ele seja filho do Max, você é minha filha e vem sempre em primeiro lugar. – completou

– Eu sei, mais tarde eu conto. – Respondi com um leve sorriso nos lábios.

Subi para meu quarto, enchi minha banheira e entrei. Só então percebendo que minha barriga estava roxa. Me encolhi na banheira e chorei o máximo possível.

Flashback off.

Assim que saí do banho caí no sono.

15:27

Pov Ally:
Fui acordada pela minha mãe dizendo que ela e meu pai iriam até a mercado. E me perguntaram se eu queria ir junto. Achei melhor ir, andar de carro me relaxa.
....
A caminho do mercado.
....

– Ally, nos conte o que aconteceu por favor. Disse minha mãe.

Resolvi falar tudo de uma vez, desde o beijo que vi Dallas dar na Piper, o soco, e quando disse sobre ele ter tentado me estuprar senti meu corpo todo doendo. E vi sangue, muito sangue.
Levou um tempo até eu perceber. Meu pai deve ter se assustado quando eu disse o que o Dallas fez, e acabou capotando o carro.
Em meio a lágrimas eu gritava para meus pais acordarem.

Eu era a única consciente ali, mas tudo já estava ficando embaçado.

Liguei para o primeiro número que ví na agenda do meu celular, que por acaso era o de Austin. É impressão minha ou ele virou meu herói particular?

(Ally/ Austin)

– Alô?

– Austin? Por favor me ajuda, o carro tombou e meus pais estão desacordados e...sangue, muito sangue. -Disse.

– Como assim?

– Aus...eu... – digo, deixando a escuridão me levar.

– Ally, Ally responde! Por favor! - E a ligação caiu.

Continua