No capítulo anterior:
A Sonic Boom é seu objetivo principal. O pai dele vai assumir por dois anos, enquanto você não completa maior idade. Porém, o Sr. Maxuel, quer lhe consultar antes de tomar cada decisão. O que fez Dallas surtar, já que ele pretende assumir a Sonic Boom algum dia – Escreve Piper
– Então isso é um concurso de desenhos? – pergunta Dallas.
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Pov Ally
Mas que droga, o que esse garoto está fazendo aqui?
– O que você quer aqui Dallas? – pergunto
– Eu quero você de volta, Allyzinha. – ele responde.
– Sai daqui agora ou eu chamo a polícia! – Grito.
– Coitada, acha mesmo que vai conseguir? – pergunta ele em tom de deboche. Mostrei meu celular e comecei a discar. Até ouvir um barulho muito alto, um estouro. E depois, um líquido vermelho manchando todas as folhas as quais havíamos usado. No começo, tentei me convencer de que era apenas tinta. Mas quando virei minha cabeça, vi Piper, atirada no chão, com uma mão na barriga e gemendo de dor. Ela levou um tiro, e tudo por minha culpa.
– Aí meu Deus. – Eu digo, com os olhos cheios de lágrimas de desespero.
– VOCÊ É LOUCO?! – Gritou Trish.
– Só percebeu agora, piranha? – Dallas fala.
– Não a chame assim seu psicopata!! – Fala Dez em um tom autoritário. Acho que nunca o vi com tanta raiva. Ele meio que tem um abismo pela Trish.
– Cala a boca ou você será o próximo. – Diz Dallas apontando a arma para cabeça de Dez.
– Dallas, por favor. Eu faço o que você quiser, mas deixe-os ir. – Eu digo em meio a lágrimas.
– Tudo bem doçura. – Solto um suspiro aliviada.
– Michael, chame o Águia e levem os ao quarto da tortura. – Ele fala ao telefone.
– Não foi esse o combinado Dallas. – Eu digo.
– Não me importo, você vai fazer o que eu quiser e ponto.
Dois homens fortes e altos apareceram, e cobriram os rostos de Trish e Dez com uma touca preta. Colocaram fita adesiva em suas bocas, e amarraram sua mãos com cordas. Piper continuava viva, embora eu não acreditasse que fosse por muito tempo. Dallas não se importou de deixa-la ali para morrer.
Enquanto a mim, Dallas tentou tirar minha blusa, mas eu o afasto.
– Por favor Dallas. Não, por favor. – Digo entre lágrimas.
– Tudo bem Allycia. Eu não vou fazer isso...aqui. Quando chegarmos no Japão eu dou um jeito nisso.
– Japão??! – Grito apavorada.
– O que foi docinho? Não achou mesmo que eu ficaria aqui enquanto não sumissem com os corpos dos seus amiguinhos imundos, não é?.
Eu apenas fiquei calada. Não falava nada, mas as lágrimas tomaram conta de mim. Sem enxergar nada, por conta do borrão que aquela água provocava em minha visão, fui arrastada para fora de casa sem dó nem piedade. Eu já tinha certeza que a essa hora minha perna deveria estar sangrando, pois a mesma, doía como nunca.

Pov Austin
Pesadelo on: 😴
Estou andando por um corredor escuro, e escuto a voz da minha Ally clamando por socorro. Era um sussurro quase imperceptível, mas eu tinha certeza de que era ela.
Vou seguindo até o final do corredor, onde uma lâmpada se acende, e logo em seguida se apaga.
Ela acende novamente e começa a piscar, a única coisa que enxergo é uma parede cinza, com pintura branca descascando e toda mofada. Olho para a direita e para a esquerda, então dois corredores surgem do nada, as paredes começam a sangrar e ouço Ally gritar. Saio correndo, tentando entrar no corredor da esquerda, onde o som parecia mais alto, mas me choco contra ele percebendo que é um espelho. E se quebra em vários pedaços, vejo mais sangue, mas dessa vez é meu.
Corro para o corredor da direita, mas uma parede o fecha, e de repente, vejo Ally na minha frente. Toda machucada, e a única coisa que ela diz é:
– Você me abandonou.
Pesadelo off 😢
Acordo desesperado, e todo suado. Olho em volta e percebo que estou no quarto de hóspedes na casa do Dez. Lembro me de que hoje era o último dia que poderia falar com a Ally, olho no relógio, estou atrasado uns vinte minutos.
– Não Austin, você prometeu a sí próprio que não iria. – Falo sozinho, como se isso fosse ajudar em algo. Levanto e tomo um banho quente, saio do chuveiro e visto uma calça jeans, uma camisa de manga longa cinza com listras pretas e uma jaqueta de couro (sintético) por cima. Grito por Dez e percebo que ele já saíra. Pego minha moto e resolvo de dar uma volta. Passei por vários lugares, andei sem rumo na verdade, até perceber que estava na rua da Ally. Droga!
Mas eu não podia evitar, sentia que minha pequena estava correndo perigo. Não sei ao certo o que aquele sonho significou, mas coisa boa não era. Resolvi de ir vê la, independente do que aconteceu, eu necessito disso, pois eu sei que será a última vez.
Chego em sua casa e estaciono a moto na frente da calçada, chamei algumas vezes por seu nome na porta, mas ninguém atendeu. Até que giro a maçaneta para ver se ela está aberta. Sorte minha que estava, entro e dou de cara com a Piper no chão, sangrando, ainda respirava, mas estava muito fraca. Peguei meu celular e liguei imediatamente para a emergência. Fiquei fazendo pressão na sua ferida para tentar estancar o sangue até os paramédicos chegarem.
– Ally, e-está em...apuros. Japão...-ae-po-t... – Disse Piper segundos antes de desmaiar.
– O que houve? – Pergunta um paramédico.
– Eu não sei, eu cheguei e ela estava assim. Eu tenho que encontrar minha namorada, por favor, liga para polícia. – Disse entrando em desespero...pera, eu disse namorada?
– Tudo bem, uma viatura já está a caminho.
Levaram Piper em bora, e eu fiquei sentado no cordão da calçada esperando algum policial chegar. Depois de cinco minutos, vejo uma viatura na esquina e fiz sinal, indicando que eu os havia chamado.
– Pois não? – pergunta um policial.
– Por favor, minha namorada foi sequestrada, alguns minutos antes de o senhor chegar havia uma garota baleada dentro da casa. Por favor me ajude! Eu não tenho certeza, mas acho que levaram os meus amigos junto. – E eu fiz de novo, mas não posso controlar, eu amo dizer isso.
– Acalme se, tem alguma ideia de onde eles possam estar? – Pergunta o policial que agora eu já sabia o nome, li em seu distintivo. Josh.
– No aeroporto, pegando um avião para...ham...Japão! – Eu digo após lembrar o que Piper havia me dito.
– Eu preciso saber como ela é, altura, idade, o mais rápido possível, entendeu? – pergunta o policial.
– Sim, claro...han, Allycia Dawson, dezesseis anos, morena, olhos castanhos, cabelos crespos, mais ou menos 1,60 de altura, magra. – Respondo.
– Faremos o possivel. – Responde o policial.
– Atenção todas as viaturas. Vitima de sequestro, Allycia Dawson, dezesseis, morena com cabelos crespos, olhos castanhos, 1,60, magra. Indo para o aeroporto, provavelmente avião a caminho do Japão. Cancelar vôos para TODOS os destinos. Repetindo, Cancelar vôos para TODOS os destinos. – Falou o policial no rádio que ele tinha, preso em sua roupa.
– OK, viaturas a caminho. – Responde uma mulher no outro lado da linha.
Ally, eu juro que eu vou te encontrar.