You Love me? escrita por SleepLove


Capítulo 13
Be Mine


Notas iniciais do capítulo

Oie Amorees! Esse capítulo mexe um pouquinho com o tema "religião", mas nada muito forte. Espero que gostem.
Bjs 😘😘



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No capítulo anterior:
– Ally, eu sei que você vai se mudar para longe, mas, eu gostaria de te pedir uma coisa. Você me promete que ficaremos juntos novamente um dia? – Ela concorda com a cabeça, e vejo uma lágrima escorrendo seu rosto. – E quando esse dia chegar, você promete que vai aceitar ser minha namorada? Que não importa quanto tempo passar, esse sentimento que eu tenho por você e sei que você tem por mim vai continuar igual?. – eu pergunto.



Pov Ally
– Austin, você não acha que está se precipitando? Você mal me conhece, vai que eu sou a maior chata. – Eu digo


– Talvez eu realmente esteja me precipitando, mas eu não quero te perder. Não quero perder a chance de te dizer todos os dias que para mim você é a pessoa mais especial do mundo. Eu só te conheço a uma semana, mais ou menos. Mas você é tão perfeita que me conquistou tão rápido. Talvez eu esteja delirando, mas eu não posso te deixar ir sem saber se você teria aceito a minha proposta. Sem saber se você me ama tanto quanto eu te amo. – Ele diz, O meu Deus!

Que fofo! Sem dúvidas ele é maravilhoso, mas o problema sou eu. E não ele, toda vez que eu amo alguém algo ruim acontece, eu amei Dallas e ele me traiu, e está ferrando com a vida da Piper, eu amei meus pais e eles se foram. Eu amei meus amigos e agora eu vou ter que ir embora. Me desculpe Austin, eu realmente queria dizer sim. Queria poder gritar que te amo, mas eu não posso fazer algo tão horrível com você .


– Eu não posso Austin, se eu disser que sim, você só vai se machucar. É isso que acontece com todos que chegam perto de mim. Eu te amo, mas isso é a pior coisa que poderia te acontecer.


– Chegamos. – Diz o cara que estava remando o tempo todo. Como eu só o percebi agora?.


Peguei minha muleta e tentei inutilmente sair do barco, até que Austin venho até mim e me ajudou a sair.


– Me desculpa – digo entre lagrimas após ele ter me ajudado a sair daquele barco. Ele me abraçou e disse:


– Eu não me importo. Eu não me importo de me machucar, não me importo de morrer. Se isso me fizer ficar perto de você, é só o que importa. Eu te amo Ally.


– Mas eu me importo, você não entende? Eu prefiro ter que ficar longe de você e saber que você está bem, do que ficar perto e ver você sofrer, se machucar.

–Eu não posso deixar. Você é meu herói, está na hora de eu me tornar heroína também, e te salvar da pior coisa que poderia acontecer na sua vida. Eu. – disse com várias lágrimas escorrendo em meu rosto.

No mesmo instante que termino de falar, avisto um táxi passando, fiz sinal e entrei. Pude ver pelo vidro do carro que ele estava chorando.
Como eu disse, ele apenas iria se machucar. Isso já estava acontecendo. Tudo por minha culpa. E sabe qual é a pior parte? Que eu o amo.

Sei que só nos conhecemos a uma semana, mais ou menos. Mas eu me apaixonei. Me apaixonei pelas vezes que ele leu Harry Potter para mim durante as noites para me destrair, porque a dor não me deixava dormir. Me apaixonei pela forma que seus beijos carinhosos conseguiam me acalmar de uma forma inimaginável.

Me apaixonei pelo modo que ele tem de mexer no cabelo quando está nervoso, ou o sorriso que ele dá quando está feliz, ou a forma que ele superou seu medo de hospitais por mim.

Eu simplesmente me apaixonei por Austin Moon.


– Chegamos. – Avisa o taxista assim que paramos em frente ao cemitério.

Eu não pude ir no enterro deles. Mas de qualquer forma, o caixão estaria fechado, pois graças a explosão no carro, seus corpos foram carbonizados, restou apenas o esqueleto. Que segundo a perícia, estava escuro por causa das chamas. O Sr. Maxuel que pagou o enterro.

Ninguém além de Trish, Dez e ele foram. Os outros amigos estavam apenas interessados no dinheiro que a Sonic Boom produzia.

Paguei o taxista e desci do carro, peguei minha muleta e fui mancando até a cova que estava com os seus nomes. Elas estavam uma ao lado da outra. Me sentei ali mesmo, e li a frase na lápide dos dois.


"Melhor pai do mundo" e "Melhor mãe do mundo". Eu me lembro desse dia.

Flashback on:


Era uma segunda feira como qualquer outra, Tirando o fato de que eu não tenho aula graças a um feriado do qual o nome eu não me lembro.

Uhu! Tudo o que sei é que meus pais resolveram de sair para organizar uns papéis segundo eles, e me levaram junto. Mas depois de entrarmos na sala daquele homem velho que eu julgo ser um advogado, e o mesmo dizer que já estava quase tudo certo para o testamento, eu intendi.

Não era apenas alguns papéis que eles dois teriam que tratar, mas sim do que acontecerá depois de sua morte. Eu fiquei imensamente triste, porque pude perceber que não importa o quanto eu os ame, um dia eles vão partir. Talvez eu vá junto, talvez eu fique, ou talvez eu vá antes. Tudo o que sei, é que não quero que isso aconteça. Meu pai pareceu perceber que eu havia ficado triste, pois venho falar comigo.


– Não precisa ficar triste minha Allycesa. (Apelido meio estranho que ele me deu, é tipo meu nome + princesa). Isso só vai acontecer daqui a muito tempo, e nós devemos aproveitar o tempo que nós todos temos em família, criando momentos inesquecíveis para que nossas vidas não tenham passado em vão.


– Eu sei, eu amo vocês. – Respondo


– Então, tem alguma sugestão de frase para nossas lápides? – pergunta minha mãe.


– Para você, melhor mãe do mundo. E para você pai, melhor pai do mundo. – Digo brincado


–Então será esse – diz minha mãe.


– É sério? – Pergunto incrédula.


– É claro, assim todos que lerem nossas lápides vão morrer de inveja. Bom, pelo menos já vão estar no cemitério. – Meu pai diz e todos rimos, inclusive o advogado.


Flashback off.

– Vocês não podiam ter ido, é tudo culpa minha. Se eu não tivesse falado sobre o Dallas vocês ainda estariam aqui, agora vou ter que ir para longe, e não vou nem poder trazer flores. Porque eu vou estar do outro lado do mundo. – Digo chorando.

– Eu não quero ficar aqui. Eu quero estar com vocês, todos que eu amo estão indo. Eu não aguento, eu preciso de vocês.Eu quero ter vocês aqui comigo, mãe, eu sinto falta da forma que você me colocava para dormir todas as noites, mesmo eu tendo 16 anos. Você tocava seu pó de fada na cama. E dizia que era para me proteger. E eu me sentia segura com isso, mesmo eu sabendo que era apenas canela.

Pai, eu sinto falta da suas piadas, e de como você e a mamãe cantavam quando estavam juntos. Eu amo vocês, por favor, me tirem daqui. Eu quero ver vocês de novo, telos aqui perto de mim. Eu quero ir, por favor, venham me buscar. – Falo enquanto choro. – Por favor! – eu grito.

Eu já não enxergava mais nada por culpa das lágrimas. Tudo o que eu quero é partir, mas não partir para o outro lado do mundo. Mas sim para onde meus pais estão.

– Ally – ouço alguém me chamar, ouço minha mãe me chamar.


– Mãe, pai. Por favor me levem, eu não tenho nada a perder, pois eu já perdi todos que amava. – eu digo chorando.

Não estávamos mais no cemitério, mas sim em um local branco que emanava uma luz ainda mais branca no fundo, e meus pais estavam na frente dessa luz. Minha mãe usava um vestido branco e longo, estava deslumbrante. E meu pai um terno branco, me lembrei do quanto ele reclamava de ter que usar ternos.

Mas ele não parecia incomodado.


– Nós não podemos filha, você tem uma vida toda pela frente. Você vai ter que lutar Ally, lutar muito. Nos prometa que vai ser forte. – Diz meu pai


– Eu não posso prometer isso, eu não sou forte. Eu tentei a semana toda ignorar, pensar que vocês estão apenas viajando. Eu não consigo nem ao menos entrar em casa, pois eu sei que vocês não estarão lá. E isso me assusta. – Digo


– Ally, você é forte sim, você consegue minha filha. Você é bonita, inteligente, e corajosa. Nós precisamos que você também seja forte. Você vai ter que lutar muito minha querida. – Diz minha mãe.


– Eu prometo. – eu respondo.


– Nunca se esqueça, não importa a distância, nós sempre estaremos com você. - Diz meu pai.


– Nós te amamos. - Falam os dois ao mesmo tempo.


A imagem que eu tinha deles, que antes era perfeita, agora estava toda embaçada. As lágrimas dessa vez não eram as culpadas, eles estavam indo.


– Eu amo vocês. – Gritei


Era como se eu estivesse me afastando sem dar nem um passo, e o mesmo acontecia com eles. Então eu acordei. Foi tudo um sonho? Não, não poderia ser. Talvez meu sub consciente estivesse me pregando uma peça. Mas e daí? Eu pude velos de novo, e mesmo que não seja eles de verdade, eu me senti melhor. Até que eu olho para minha roupa, tinha um pó nela, passo o dedo indicador por cima do pó, e o cheiro.


– Canela! – Eu gritei feliz. Me sentei (pois eu ainda estava deitada) olhei para os túmulos embaixo de mim e disse.


– Obrigada.

Eu não queria sair dali, mas o relógio marcava 18:30 e as 19:00 eu receberia visitas.


– Eu vou ser forte! Eu prometo. – disse e saí com um sorriso no rosto, e por incrível que pareça, minha lágrimas agora eram de felicidade.

Talvez haja uma explicação mais lógica. Mas que se dane a lógica, não tinha ninguém além de mim naquele cemitério.
Eu nunca fui uma pessoa muito religiosa, sempre tive minha dúvidas. Mas agora eu sei que existe um outro lugar, talvez não exista o céu e o inferno, talvez seja apenas um local em que todas as almas se reúnem, sejam elas boas ou más. Assim como na terra. Mas chega de falar disso.
Peguei um táxi e cheguei em casa exatamente as 19:00. E Dez, Piper, Trent e Trish já estavam lá. A Trish tinha uma cópia das chaves, (não me perguntem por que).
Então todos já estavam lá dentro, bem, todos menos ele. Eu fui andando vagarosamente, tentando não chorar, tentando ser forte. Eu sabia que eles não estavam ali fisicamente, mas eu também sabia que eles estavam comigo.


– Eu amo vocês. – eu sussurro.


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Notas finais do capítulo

Eu chorei escrevendo esse capítulo



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