A descoberta do Oeste escrita por Isabella Cullen


Capítulo 5
A nova senhora Cullen


Notas iniciais do capítulo

Meninas obrigada pelas MPs perguntando por mim e pela fic, eu não postei semana, me desculpa. Por isso, como uma leitora mesmo disse: estou devendo dois capítulos. Que serão postado agora mesmo!
Beijos lindas e bom capítulos!



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Eu não tinha mais visto Edward. Eu não tinha visto porque eu estava no quarto. O fato de ter que casar com ele não mudava o fato de que eu estava de luto, James havia morrido e eu estava há uma semana dentro do quarto com um vestido preto. Quando mamãe o colocou dentro da mala eu pensei que ela estava brincando, mas agora eu entendia quando ela dizia que isso era uma coisa importante para se ter. Eu ouvia de noite os passos de Edward pela casa enquanto eu estava as lágrimas, eu olhava pela janela de dia e de noite. Eu comia o que Sue trazia e não jantava e pelo que tinha entendido ela não dormia aqui. Eu via ela e sua família irem embora antes do por do sol.

– Abra essa porcaria de porta. – a voz firme de Edward soou atrás da porta me fazendo pular da cadeira.

Eu respirei fundo tentando me recompor.

– Está aberta. – falei tentando ainda enxugar as lágrimas. Ele entrou, não tirou o chapéu e veio sério em minha direção.

– Não pode preocupar Sue dessa forma. Tire essa roupa preta e desça para comer. Ela pensa que está doente e eu não admito que a trate dessa forma.

Eu levantei me sentindo tonta.

– Eu acabei de perder meu marido, eu acho que tenho direito ao meu luto.

– Tem direito a descer, falar com ela, tocar aquela porcaria que você sabe tocar, reclamar de alguma coisa ou até mesmo ajudar a colher ovos. Não tem direito a isso aqui. A fazenda é grande e temos muita coisa para fazer o dia todo, poderia ao menos deixar de ser uma princesa e ir ver como tudo funciona. Não pode ficar aqui se lamentando por alguém que não vai voltar.

– Oh...

As palavras dele fizeram as lágrimas retornarem. Fortes e sufocadas. Eu tinha perdido James e tudo que conhecia. Eu estava em uma fazenda com um desconhecido grosso que não fazia ideia de como eu estava sofrendo.

– Troque de roupa e desça, não quero preto nessa porcaria de casa!

E saiu batendo a porta. Eu fiquei ainda algum tempo sem saber o que fazer, mas a casa era dele afinal e eu não iria a lugar nenhum nos próximos meses. Pensei no que usar e optei por algo ainda assim escuro, era um vestido marrom. James o detestava e sorri com a cara feia que ele fazia quando me via com aquilo. Desci um pouco melhor, somente um pouco. Sue estava na cozinha preparando algo. O cheiro me fez querer logo sentar e comer, eu estava com fome.

– Como é bom vê-la. – ela disse sorrindo. – Como está se sentindo hoje?

– Edward disse que preciso ajudar o que posso fazer?

– Isso é absurdo! Ele não cansa disso não? Sente e vamos comer. Acho que deve estar com fome, todos já almoçaram.

– Já é tão tarde? – eu tinha perdido qualquer noção de tempo.

– Querida, eu não sei o que faz alguém ficar no quarto usando preto, mas eu... não acho isso saudável.

– Eu sei.

– Coma vamos.

Antes que pudesse pensar ela me serviu um prato cheio de comida. Comi o que meu estômago deixou a comida continha mais gordura do que eu estava acostumada, mas deduzi que deveria ser assim mesmo. Sue continuou seu serviço e eu fiquei olhando para fora, a grande janela da cozinha dava para uma espécie de galinheiro.

– Precisa de ovos? – perguntei duvidando que isso fosse ser tão difícil.

– Sempre precisamos, tome cuidado que elas atacam sim. Não deixe a porta aberta por coisa alguma nesse mundo.

Eu levantei desanimada e senti o sol bater forte em meu rosto assim que pisei do lado de fora. Não avistei Edward ou qualquer um de seus homens. Fui até o galinheiro abrindo e fechando a porta com muito cuidado. As galinhas pareciam não se importar comigo ali até eu ir a um lugar que algumas tinham seus ovos, eu passei um bom tempo tentando chegar até elas. Fui atacada e a função simples, se mostrou quase impossível. O fato de não conseguir fazer isso me deixou além de frustrada cansada. Cansada de chorar, de me sentir um estorvo para todos ao meu redor. Fechei a porta vendo meu vestido completamente sujo e respirei fundo entrando em casa e voltando para o meu quarto sem querer mais ver ninguém. Que Edward falasse qualquer coisa, eu ficaria aqui.

– Dormiu de roupa? – eu abri os olhos e vi Alice Cullen me olhando estranho. Respirei fundo e esqueci que não fechei a porta como queria, trancando ela. Sentei-me vendo o vestido sujo e o cheiro estranho.

– Acho que dormi.

– Vamos à cidade? Eu preciso de algumas coisas e acho que faria bem sair um pouco.

– Fica longe não?

– Um pouco. Perdemos um dia para ir e voltar, por isso eles não vão muito. Precisamos agarrar essas oportunidades não?

– Sim.. preciso...

– Subi com um pouco de água, acho que dá para um banho.

Eu me lavei o máximo com a água que Alice trouxe, ela me ensinou como tomar um pequeno banho e avisou que banhos mais profundos só uma vez na semana porque ninguém poderia perder tempo com isso, subir e descer com água todos os dias. Quando perguntei por que Edward não fedia ela simplesmente disse que ele se lava no celeiro com a água para os cavalos todos os dias antes de chegar. Fazia sentido. Quando eu finalmente estava pronta Edward e Jasper estavam impacientes do lado de fora esperando na carroça.

– Vamos! Já estamos perdendo tempo demais!

Edward gritou e eu e Alice subimos com a ajuda de Jasper, ele a tratava bem. O tempo que passamos na estrada foi repleto dele fazendo coisas para ela rir, conversas e muito carinho. Eu os invejei, eu tinha isso e agora eu tinha Edward. Um gosto amargo veio a minha boca e eu reprimi a vontade de gritar e chorar, implorar para me levarem até algum trem e me despacharem. Eu acharia o caminho, eu acharia qualquer caminho para longe de Edward.

A cidade era algo diferente do que imaginei, era apenas uma rua cheia de comércio. Uma Igreja no final que de onde eu estava parecia fechada. Respirei fundo quando Alice sorriu para mim animada. Enquanto entrávamos pela rua grande todos começaram a nos cumprimentar e nos sorrir, Alice era muito simpática e sempre acenava eu apenas olhava imaginando como o dia seria longo. Quando paramos em frente a algo que parecia ser um saloon e vários homens entravam e saíam.

– Vamos.. acho que teremos um dia agitado. A loja do senhor Mike recebeu novos suprimentos e eu estou querendo saber se o que encomendei chegou...

Alice me puxou e eu fui arrastada para uma loja em frente, acho que enquanto as mulheres gastavam dinheiro os homens se enchiam de bebidas. Edward e Jasper entraram sorrindo falando com alguns homens que estavam na porta. A loja do senhor Mike não era parecida com as de Boston, ela era empoeirada e os produtos arrumados em várias prateleiras sem alguma ordem específica. Acho que Alice conhecia a ordem porque já estava olhando tudo com familiaridade.

– Alice minha querida! – uma moça loira entrou. Ela estava bem vestida e seus cabelos bem penteados, nessa hora eu agradeci a Alice que fez usar o vestido azul que tinha trago.

– Irina, que alegria te encontrar.

Elas sorriam e eu fiquei apenas observando até que Alice se lembrou de que eu estava ali.

– Essa é Isabella, a esposa de Edward.

Na mesma hora sua expressão mudou. Ela me olhou dos pés a cabeça como se avaliasse um produto e então se empinou.

– Não sabia que Edward tinha casado.

– Isabella chegou um pouco antes do previsto. – Alice estava mentindo. Eu não era nem para ter chegado.

– E de onde Isabella chegou antes do previsto? – seu olhar se tornou de total desaprovação. – Não sabia que ele estava noivo ou interessado em alguém.

– Isabella veio de Boston, uma verdadeira dama.

Eu sorri para Alice grata pelo elogio, mas a tal da Irina não conseguiu disfarçar a surpresa.

– Boston? Então Edward te conheceu no ano passado quando viajou até as minas não?

Ela parecia saber bastante da vida de Edward o que me fez perguntar o quanto mais eu não sabia. Minas em Boston? Ele deve ter apenas parado para ir até algum outro lugar, isso não parecia ser uma informação precisa.

– Prazer. – falei tentando ser agradável.

– O prazer é meu em conhecer a mais nova senhora Cullen, você deve estar estranhando não é mesmo?

Nessa hora outra loira entrou e eu me perguntei quantas mais haviam nessa pequena cidade largada no mapa por Deus e mais quem quisesse.

– Tânia minha querida veja quem encontrei, Alice e a esposa de Edward.

Essa foi ainda mais indiscreta e arregalou os olhos quase tendo algo. Ela estava pálida e podia jurar que me amaldiçoando, eu quase fiz o sinal da cruz.

– Não é possível! Ele casou quando?

– Há apenas algumas semanas. – outra mentira de Alice.

– Foi junto com Rose então.... – ela refletiu e sorriu. Um sorriso falso e dissimulado. Oh Deus o que viria depois disso e quem era Edward Cullen, agora meu marido.


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Notas finais do capítulo

Grosso não? Comentem nos dois meninas porque o próximo... o próximo...



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