Beautiful Bastard escrita por Cordeluna


Capítulo 1
Prólogo — Deportado.


Notas iniciais do capítulo

Konnichiwa galero! Muito bem, muito bem, não comecemos com notas grandes e sérias, certo? Mas antes de tudo, um obrigado especial á vocês (obviamente) que pararam 5 segundos para vir aqui e ler minha fanfic, á minha prima e minha amigona por ajudar e incentivar-me na história, mesmo que os títulos que tenham me recomendado não fez jus á história, e, minha tia, por ler e betar para mim.
[DISCURSO DIPLOMÁTICO ~IGNOREM]
Mas bem, espero que gostem e por favor, comentem! Façam meu dia, minha semana melhor, aproveitando que quarta-feita completarei mais um aninho de vida.
Grazie alieni.



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Scorpius M.

A brisa gelada que esvoaçava os muitos casacos pretos e pesados ali presentes, anunciava a chegada inesperada do outono. Folhas vermelhas, alaranjadas e castanhas voavam livre e abertamente pelo ar, muitas vezes rodopiando e batendo-se uma conta a outra. O céu, nublado, e sem nuvens, não dava indicio algum de chuva e parecia que iria ser assim pelo resto da semana. Havia um certo silêncio no extenso campo verde, decorado aqui e ali com flores exóticas e coloridas, polvilhado pelo negro profundo dos sobretudos e coberto por inúmeras filas de lápides de entes queridos – ou não, nunca se sabe – que jaziam em paz á muito tempo. O padre, que parecia repetir o mesmo evangelho inúmeras vezes, era respondido com choros silenciosos e grunhidos inconformados.

Morte. É inacreditável como um simples processo natural da vida pode partir vários corações em milhões de fragmentos que, pesarosamente, perdem-se no vento. Hum, que idiotice. Certa vez, havia lido em um livro desgastado de nossa biblioteca, quando era ainda mais novo, que: “Acreditamos ficar tristes pela morte de uma pessoa, quando na verdade é apenas a morte que nos impressiona. ”. Para falar verdade, nunca entendi muito bem esta filosofia, afinal, nunca a tinha experimentado de certa maneira. Até hoje.

Observando à distância, sentado em cima de um galho forte de um alto carvalho, o sacerdote encerrava a pequena missa jogando – o que julgo ser – água benta no caixão marrom fechado. Nunca fui uma pessoa muito religiosa. Na verdade, Deus para mim era uma bala gelatinosa que eu ainda não tive a tendência em ter experimentado; Entretanto, silenciosamente, eu orei para este Deus que todos amam para que ele cuidasse e olhasse ele. Diferente de mim, meu pai era um católico orgulhoso e honrado, que pagava o dizimo no dia exato, ia à Igreja todos os domingos – mesmo que na companhia de cinquenta estranhos armados e vestindo terno – e até mesmo pregava a palavra para alguns membros que perderam seu rumo na vida. Talvez, ter esse minuto de fé, possa compensar todos os erros e porcarias que eu lhe aprontei nos últimos meses.

Ou não.

Enfim, o grande recipiente de madeira fora vagarosamente sendo puxado para baixo por cordas e seus coveiros, que graciosamente, tentavam ao máximo não arranhar a enorme caixa cara. A terra úmida e escura, aos poucos, ia cobrindo qualquer vestígio de que, um dia, Draco Malfoy, estivera pisando pelo mesmo chão há dezessete anos atrás.

Foi em questões de segundos que familiares, amigos e colegas mais próximos começaram à se afastar, tomando rumo para suas devidas casas e continuar sua rotina diária. Tomando uma respiração profunda, impulsei meu corpo para baixo e ele caiu em um baque surdo no gramado verde, meu pé já acostumado com as torcidas.

Bem, é isso. Addio papa!

E nenhuma lágrima foi derramada nesse dia.

- Scorpius!

Meu nome foi anunciado pela voz tão conhecível do melhor amigo de papa, e Conselheiro Chefe da família, Aldo Cavallone.

- Têm um segundo? – perguntou na sua voz gentil habitual e acenei que sim.

- E então? O que quer? – indaguei com o tom mais indiferente possível e olhando para qualquer.

- Scorpius, eu quero conversar com você sobre como será à partir de agora.

- Não precisa me dizer nada – bufei. Francamente. – Já estou cansado de vocês me impressionando sobre o cargo, e já cansei de falar que eu pretendo de forma alguma toma-lo.

Aldo sorriu compreensivo.

- Seu pai tinha a mesma atitude que a sua quando nos conhecemos. – sorriu com saudade e eu baixei meu olhar.

Porra.

- Mas isso não muda o fato de que agora o posto de 10° Hyperion pertence á você.

- Bem, mas não há problema algum e colocar outro em meu lugar. – sugeri.

- Seria uma ideia maravilhosa e inteligente, se não fosse pelo acaso em estarmos em tempos difíceis, onde o inimigo pode estar infiltrado na base e a maioria dos membros não estarem muito felizes com a sugestão em tê-lo como chefe.

Fiz uma careta. Esse povo deve me odiar, bastante. Suspirei mais uma vez aquele dia e quase mordi minha língua para o que iria dizer.

- Pois então. O que você sugere? – indago quase esperançoso num plano mental para que ele me deportasse do país e dissesse que eu fui levado por terroristas russos para trabalhar como gogo boy.

Não tão exagerado assim.

Aldo sorriu diabolicamente. Ah merda! O velhote tinha algo, ou bom demais, ou fodidamente ruim demais em mente. Seus olhos verdes brilhavam maliciosamente com o que ele tinha á dizer.

- Você, Scorpius, será enviado á Grã-Bretanha...

ISSO! DEUS – MESMO NÃO SABENDO DE SUA EXISTÊNCIA – OBRIGADO!

- ... para que possa aprimorar seu conhecimento básico sobre outras nações...

Ouvi dizer que as britânicas são bonitinhas...

- ... melhorar esse seu jeito egoísta e arrogante...

Hum, é verdade que há uma Lei do Chá em países britânicos. Espero poder substituir por cappuccino.

- E, antes de mais nada, ganhar confiança de outras famílias e treinar para ser um líder exemplar da máfia.

Espera. Ganhar confiança de outras famílias? Treinar? Ser um líder exemplar da máfia? – Embora, desde quando somos exemplares? Por Deus, nós matamos, roubamos e espionamos pessoas por nossos próprios benefícios.

- O que você... – fui interrompido pelo olhar severo do homem grisalho mais velho.

- Creio que você me entendeu. Seu avião sai em duas horas. Suas bagagens já estão feitas, sua matrícula já fora efetuada com sucesso.

Matrícula? Um momento, isso só pode querer insinuar que... Oh, por favor, não!

- Não quer dizer que eu vou ter que ir...

- Para escola? Certamente.

- Aldo... – e mais uma vez fui interrompido.

- Não há mais queixas, Scorpius. O que está feito já está feito. Você será mandado para a Inglaterra, viverá uma vida como – se for possível, agradeceria bastante – aluno normal do ensino médio, estará treinando todas as noites e em finais de semanas...

- Espera um pouco! – por puro impulso, dei um passe à frente – Eu concordei com nada disso.

- Infelizmente são assim que as coisas funcionam. – o mais velho colocou uma mão em meu ombro, e brutamente eu o afastei, virando-me de costas e olhando para tudo mas nada.

Só o inferno congelando para eu estar de acordo com isso. Cerrei minhas mãos em um punho e tentei encontrar uma forma de procurar paciência, cuja procura não obteve sucesso.

- O carro estará lhe esperando ás 16:00. Esteja pronto e tente não se atrasar e de maneira alguma fugir.

Como se fosse possível, pensei.

Se existe algum Deus ouvindo essa minha prece muda, só queria de perguntar o porquê? Por que logo nessa vida criminosa que tinha que estar? Nessa família mafiosa, onde todos dependem um do outro e precisam de uma direção na qual só o Chefe pode apontar.

O único á ser feito agora é executar a tarefa com sucesso e poder me livrar dessa rotina o mais rápido possível. O que talvez, futuramente, eu não sabendo, uma pedra no meio do meu caminho irá ter a proeza em dificultar minha passagem.


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Notas finais do capítulo

Os primeiros capítulos nunca são os melhores, huh? Devo continuar? Se gostaram ou não, comentem bae's :D Thanksss!
P.S. Eu fiz uma cagada na capa por que era outro título, e eu estava demasiadamente impaciente para esperar por um pedido ficar pronto. Por ora, será essa.