N/A: Sim, eu vou começar com as notas antes... Este capítulo é totalmente dedicado às fãs do "orgulhoso do terno Armani". Ele vai dar um show à parte... Mas no começo, eu recomendo que não leiam de estômago cheio ou comendo... Vai ser um começo totalmente escatológico, bem ao estilo Farfarello de ser. Estão avisadas (os). Então vamos deixar rolar...17/04/05.

A enfermeira fez uma careta por debaixo da máscara, mas não revelou nada na voz. Convidou os dois "pais".

-Compreendo. Venham comigo, então.

A sala onde entraram não parecia nada suspeita, um ambiente de hospital como outro qualquer. Outra enfermeira apareceu, também de máscara, trocou um olhar com a primeira e começou a preparar uma injeção... Schul se sentiu muito bobo, sendo tão paranóico, mas Yohji não estava a fim de entregar os pontos assim tão fácil. O alemão soltou Brad no chão e a enfermeira da prancheta estendeu os braços pra pegar Aya. Kudou se negou novamente:

_ Porque a senhorita não pode aplicar a vacina com ele no MEU colo?

Num instante, a outra enfermeira já tinha pego o americanozinho do chão e estava apontando uma arma pra sua cabeça:

_ Entrega logo o ruivo pra ela, teimoso. E vocês - apontou para os três Schwarz. - nem tentem nenhuma gracinha, ou estouro os miolos dele.

_ Não entendo porque essa obssessão com nossos bebês. - resmungou Yohji.

_ Precisamos estudar as reações da nossa loção de rejuvenescimento. E depois nos livrarmos das cobaias. Só isso. - riu Schoen.

Enquanto isso, Farfarello tinha uma idéia escabrosa. Transmitiu-a para Schuldig em pensamento, ele e Nagi fazendo cara de nojo ao pensar nisso, mas afinal, era tão terrível que poderia funcionar. O alemão mexeu só um pouquinho com a psique de Hell, fazendo-a pensar que o garoto estava com medo dela e estava se remexendo no seu colo, a choramingar e de repente, encharcando-a de xixi...

_ ECA! - gemeu a outra.

Todos os olhares se viraram pra ela e imediatamente, Schuldig passou uma visão direto para a mente de Schoen. Pra ela, Brad não tinha só feito xixi em Hell, tinha enchido a cueca e agora, pegava o cocô com a mão e passava no rosto dela. E o pior, o garoto no seu colo havia ficado com tanto nojo que agora estava com ânsias. Schoen ainda afastou o ruivo do seu colo, mas em sua mente Aya devolvia o café da manhã na sua roupa. As duas deram gritos de nojo e jogaram os meninos longe. Nagi os pegou antes de baterem no chão e ninguém entendia porque as enfermeiras haviam saído correndo, tirando as partes de cima do uniforme, com a maior cara de nojo do mundo, chorando.

_ Muito bem, Farfarello.

_ Foi legal... Nossa, foi muuito legal... a parte do ruivo vomitando na loira foi digna de uma cena de O Exorcista...

_ Que aconteceu aqui? - entrou uma outra enfermeira, preocupada.

_ Não sabemos, senhora. As outras enfermeiras devem ter passado mal de repente... ou entrou alguma coisa nas roupas delas... Poderia, por favor, vacinar nossos filhos?

Brad fechou os olhos. Nada daria mais prazer ao Jei do que vê-lo chorar de dor, mas não dava pra agüentar. Parecia que era uma agulha pra cavalo... Depois da vacina, qualquer idéia de escapar para o andar de Aya-chan parecia impossível, ainda mais com o pequeno Schwarz provocando:

_ Vamos! Vamos, Schul! Você me prometeu levar pra correr de bicicleta no parque! Eu vou andar de triciclo... eu tenho motinha e você não te-em... - mostrou a língua para o espadachim.

Aya arregalou os olhos violetas e olhou para Yohji já fazendo beicinho. Este suspirou e concordou:

_ Vamos também. Eu compro o triciclo no caminho.

No parque, os garotos foram andar na ciclovia. De repente, Jei desafiou os dois:

_ Que tal uma corrida?

_ Jei... - Nagi sacudiu a cabeça. Levou uma cotovelada.

_ Saindo daqui e chegando até ali. Vamos, não vai doer nada... - e saiu pulando para a "linha de chegada".

_ Ta com medo, "Hiro"?

_ De você, bundão-que-tem-medo-de-escuro? Vamos lá.

Schuldig e Yohji estavam sentados num banco próximo, conversando sobre as Scheirents, alheios a essa competição. Que seria algo corriqueiro se fosse entre crianças normais e sem um Farfarello como técnico de Brad. No meio da corrida, Farfie fez um gesto para o americano fechar o caminho do japonês. Nagi viu e tentou impedir o choque, mas Jei pisou no seu pé, tirando toda sua concentração. Brad deu um tranco em Aya, derrubando-o e acelerou, ganhando a corrida. Os dois escutaram o barulho, mas Yohji só foi perceber que era algo com seu ruivo, quando viu Farfarello passando correndo com o triciclo de Brad na mão como um troféu, o menino logo atrás pulando e gritando: "Eu sou o melhor! Detonei o metido!" Levantando-se, foi até a ciclovia. Nagi estava trazendo o triciclo meio torto e Aya no colo. O pequeno espadachim estava com o lado esquerdo do corpo todo ralado.

_ NÃO ACREDITO!

_ Eu tentei impedir, juro...

_ Schul, acho melhor você manter aquele demoniozinho longe de mim, que da próxima vez EU vou mata-lo. - pegou Aya no colo. - O Omitchi vai querer meu fígado. Não tem uma vez que você sai comigo que não volta arrebentado...

O alemão balançou a cabeça e foi encontrar seus parceiros, deixando pra rir quando já estava perto do carro. Bateu as mãos com Brad e Farfarello e levou-os pra tomar sorvete antes de irem pra casa. Só pra não perder o costume, Yohji levou Aya pra cuidar dos ralados num pronto socorro perto do parque. Dessa vez, Tsukyiono perdeu totalmente a paciência:

_ NÃO É POSSIVEL. Não tem uma só vez que você não sai com ele que ele não volta ralado. - Aya e Yohji trocaram um olhar risonho. - Daqui por diante, quem vai tomar conta dele sou eu!

_ Tudo bem, bishounen... Essa noite eu já tinha planos pra sair mesmo...

E foi isso mesmo... À noite, Ken e Yohji saíram e Aya foi dormir no quarto de Omi. Não falou nada sobre a girafa, mas já estava acostumado com ela. Então rolou de um lado pro outro na cama, sem conseguir pegar num sono normal. O jovem arqueiro tinha trazido alguns brinquedos para o quarto, caso Aya acordasse e quisesse brincar de manhã. O garoto abriu os olhos e no meio da nevoa de sono, viu a girafa no chão. Desceu da cama e se arrastou em direção a ela, resmungando:

_ Bombay...

Omi, que estava no computador, escutou e virou-se, achando que estava sendo chamado. Qual não foi sua surpresa ao ver Aya se ajoelhar no chão, abraçar a girafa, deitar no tapete e sussurrar, apertando o bichinho:

_ Bombay...

Pegou os dois no colo e levou de volta pra cama, não resistindo dessa vez à vontade de beijar-lhe a testa.

_ Aya-kun...

Enquanto isso, a noite de Brad terminava de um modo mais... de acordo com sua mente travessa. Ele estava jogando uma bola de tênis pelo quarto, mais pelo prazer do barulho nas paredes. E a bola escapou e foi pulando alegremente pra fora, até parar na calha, um pouco abaixo da grade da sacada. Brad esticou o braço, mas era curto pra pegar. Então foi se esticando, empurrando o corpo em direção à grade, fazendo força, até que passou a cabeça e o ombro pelo gradil. Alcançou a bolinha e comemorou vitorioso. Só que... não conseguia voltar. Fez que fez, xingou, bateu com a cabeça nos ferros e nada. Precisou se render e começar a chorar alto, até que Schuldig apareceu na porta da biblioteca, logo embaixo da sacada e olhou pra cima, sacudindo a cabeça. Logo Nagi abria a porta do quarto e ia lá, afastar as barras pra libertar o "terribile enfant". O pior não era as dores no braço e na cabeça, era agüentar o Farfarello rindo:

_ Mas é um cabeçudo mesmo... Eu sempre achei, mas agora tenho certeza... Achou que era o Senador Kelly no filme do X-men? Podiam ter me chamado... Eu sempre quis tirar alguém preso na grade...

_ Como? - perguntou Nagi, inocentemente.

_ Você esquenta a manteiga e passa assim dos lados do cabeção... Se não tiver manteiga pode usar graxa de bicicleta mesmo... Banha de porco...

_ ECA!

_ Legal! Ô cabeçudo! Quando você vai lá por o cabeção na grade de novo?

_ Nunca mais...

_ Eu te ajudo... vai lá, vai...

E Brad nem dormiu direito à noite, pensando se Farfarello não iria enfiar a sua cabeça na grade só pra fazer umas "experiências escorregadias".