Dreams [desatualizada] escrita por Lausr


Capítulo 1
PRÓLOGO (Dez dias antes)


Notas iniciais do capítulo

⇢ Extras
❆Todos os personagens me pertencem.

❆Plágio? Nem pensar! Faça uma adaptação no máximo, e com créditos (^-^)

❆Eu não sei quando eu vou poder postar, ou quantos capítulos. Por isso conto com VOCÊ! Comente, dê sua opinião. A história está boa? Ótimo! Eu continuo! Ela está ficando chata, enjoativa, sem nada de diferente? Eu darei um jeito, e se continuar ruim, eu lhe pausarei, ou até mesmo a terminarei. Por isso eu peço, comente, dê review! Indique pra um amigo, ajuda muito a tia Mel.



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. . .

O relógio da sala de aula de Melissa se locomovia pausadamente. 15h33min marcava aquele relógio desgastado. Apenas dois minutos. Os seus dois últimos minutos e aquele inferno acabaria.

A professora Santibañes, uma velha idosa em seus sessenta e sete anos, loira e baixinha explicava como fora a época Napoleônica, pela vigésima vez. Era a matéria preferida dela, e ela sempre dava um jeito de enquadrar Napoleão Bonaparte em seus assuntos históricos. Sempre mesmo.

A estrutura da sala era comum, um quadrado mediano de cor pastel e piso de lajotas brancas. As mesas são organizadas, porém eram muitas e a turma de Melissa eram de vinte e dois alunos. Ela os chamavam de “bando de desconhecidos” nos primeiros dias de aula, e continuariam sendo se não fosse por Isabel, sua melhor amiga.

A maioria das pessoas da escola é loira, principalmente Isabel. Existem poucas pessoas morenas lá e nesses três anos ela só viu uma mesma garota ruiva, que está sempre sozinha e vai se formar este ano. Isabel tem a mesma idade que Melissa, e se dão super bem. Melissa chegou naquela escola no primeiro ano do ensino médio. Sua mãe Sônia e ela foram para a Louisiana o mais rápido que puderam assim que ela se formou no ensino fundamental.

“— Será uma nova experiência para nós, Melissa.”

E Melissa não tinha como dizer não. Sônia era uma mulher batalhadora, criara ela junto do marido que ambas nunca imaginaram trair com sua secretária á oito anos. Melissa não gosta de tocar muito no assunto, apenas se sabe que ela mora com a mãe.

Melissa sentava na parede da direita, três cadeiras perto da porta. Em seu pequeno mundo, como ela chamava o quadrado por qual pertencia, havia seu estojo de canetas/lápis de escrever e outros materiais básicos, seu caderno e o celular.

A hora custava a passar, até a professora Santibañes cansou da explicação interminável sobre os boatos de que o Sir Bonaparte era homossexual. Mas como disse, são apenas boatos. Enquanto olhava o relógio redondo vermelho que recebia vários olhares raivosos, ele já marcava três e quarenta. Mais cinco minutos e o tão pedido intervalo aconteceria. Estava sendo um dia difícil para toda a escola.

Até que Melissa sentiu que algo a cutucava, ao virar para trás era seu colega Felipe, que apenas a encarou com seus olhos castanho-escuro e sem dizer nada, a entregou um papel semi-amassado.

— O quê é isso? – mas ela não foi respondida, então resolveu abrir o papel. Porém ele fez barulho demais, e a professora Santibañes lhe chamou a atenção.

— Senhorita Melissa Bracho. Presumo que já deve saber toda a história sobre os boatos de Napoleão Bonaparte, para abrir papelotes e interromper minha aula. – a velha, que é uma mulher dócil, mas tem um olhar amedrontador a olhou por alguns instantes em silêncio, mas logo abriu sua boca novamente – Não gostaria de explicar este fato para a turma em meu lugar?

Melissa corou por alguns instantes, uma coisa que ela não gostava mesmo era ser o centro das atenções. Ela gosta de ser ignorada, por mais incrível que pareça. Ela olhou os colegas, e sabia que eles não responderiam por ela então, disse baixo:

— Não, senhora Santibañes. Isso não vai acontecer novamente.

— Assim espero.

Depois disso, a garota cerrou o punho, amassando e transformando o bilhete em uma bolinha de papel a deixou no bolso do casaco, leria no intervalo.

E assim passou-se, os tão desesperadores cinco minutos. O sinal tocou quando o relógio marcava 15h45, e aos poucos a sala foi se esvaziando. Melissa rastejou praticamente para fora da sala. Enquanto passava pela porta ela deu um encontrão com Graziela, uma das tantas loiras que há naquela escola. A garota a olhou com cara de nojo e disse alguns comentários, sem muita importância para Melissa. Ela nunca entendera o quê fez a Graziela, que a deixou extremamente com raiva da mesma.

Ela pode ver uma garota loira e seu óculo preto se aproximando. Era Isabel, sua melhor amiga. Ela sorria e seu nariz de porquinho ficava timidamente fofo.

— Oi. E então, cara? Aquela velha pegou realmente muito pesado com você hoje. Venha, vamos sentar lá fora.

Isabel era uma das poucas pessoas com quem Melissa se relacionava. Dentre todas, ela e Isabel conversavam mais a fundo. Hoje para variar, ela a levou para fora da escola e foram sentar em um banco.

— Há alguns dias você está me levando para sentar aqui, nesse banco verde. O quê tem aqui, Isa?

— Uh, está certo. Você sabe que eu não sei mentir para você. Além do mais, eu não tenho motivos para fazer isso, não é? – Melissa assentiu – Pois então... É que gosto de ver os garotos novos que estão todos os dias sentados ali, naquela árvore perto da quadra de basquete.

Isabel apontou para uma árvore velha e que estaria ressecada se as duas não fossem todos os dias antes, durante e depois da escola lá regá-la. Aos finais de semana isso ficava sob critério do zelador Willy.

Melissa sabia exatamente por que Isabel estava falando daquilo. Ah! Como não percebeu antes? Quando se conheceram, no primeiro ano, elas estavam exatamente naquela árvore. Até escreveram Isa e Mel melhores amigas para sempre . E é claro que incomodava á Isabel o fato de ter pessoas novas lá. Se bem que elas sabem que não foram as primeiras a selar para sempre uma amizade ali. Novas histórias teriam de ser preenchidas naquela árvore intocável. Apenas verdadeiros romances e amizades eram esculpidos lá. Por que aquela árvore era um patrimônio da escola.

— Isa, você não acharia ruim se alguém tivesse atrapalhado nós duas quando sentávamos ali, e começamos nossas primeiras conversas? E se interrompessem, não seriamos tão amigas. Teríamos deixado vários momentos voarem junto do vento. Aquela árvore é de todos e de ninguém ao mesmo tempo.

— Precisamos... – uma pausa, logo as duas completaram a frase juntas - ...Deixá-los escrever suas histórias.

— Até que fiquem seladas para sempre como a nossa. – uma lágrima saiu de Isabel, quando ela completou isso. A antiga diretora, Nádia, tia de Isabel que as ensinou esta frase.

Nádia morreu em um acidente trágico.

Alguns minutos depois, Melissa colocou a mão no bolso e lembrou-se da bola de papel que havia recebido.

— Sabe Isa... Entregaram-me isso hoje – ela estendeu a mão e mostrou o papel.

— Pois abra logo! Estou morrendo de curiosidade agora!

Melissa abriu lentamente o papel e pôde ler as seguintes palavras, escritas em uma letra torta e cor-de-rosa:

Você é minha lua, meu sol,

Meu pão de cada dia.

Iluminando-me com sua luz.

Nunca se vá amor.

Você é a glória de nós dois.

Para Melissa

— Eu li direito? Melissa! Você tem um admirador secreto e não me contou! – Isabel disse, animadíssima com a ideia de que alguém estava realmente afim dela.

— Você está ficando pirada, Isabel?! Deve ser alguma brincadeira de mau gosto. Você sabe como Felipe é.

— O quê? FELIPE TE DEU ISSO?

Isabel ficou com uma cara extremamente brava e séria, só faltava sair fumaça de sua cabeça. Por puro esquecimento, Melissa não se recordou que Isabel era apaixonadíssima por Felipe, mas ele nunca a quis. E a ideia de que Felipe poderia estar afim de sua melhor amiga apenas para provoca-la, a deixava extremamente irritada.

— Não é bem assim, Isa. Felipe nunca escreveria isso para mim. Alguém apenas o pediu para entregar isso pra mim.

— Não venha com essa de “não é bem assim, Isa”. Felipe é um cara perverso! Ele faria de tudo para me provocar. E está te usando pra isso! Além do mais, ele não é de fazer favores aos outros.

— Bem, pode ser apenas uma brincadeira de mau gosto da Graziela, mas por via das dúvidas vou tocar isso fora, pela nossa história.

Isabel respirou fundo, parecia que tinha ficado aliviada — Pela nossa história.


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Notas finais do capítulo

Gostou do prólogo? Dá aquele review, manda pra um amigo e não se esquece de comentar ^^ te vejo no capítulo um! Beijos sabor de mel!)



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