POV's Jay

Fui chegando mais perto, eu sabia que ela também queria aquilo tanto ou mais do que eu. Ela sussurrou por mim, em um tom sedutor,

– Jay...

Sorri para ela, me perdi em seus olhos que brilhavam ainda mais a luz da lua, ela piscou lentamente e reparei como a lua iluminava também seus lábios cheios de gloss. A beijei, um beijo lento e ao mesmo tempo rápido, cheio de amor e vontade, vontade de tê-la de ama-la. De repente, ela deu uma tapa em meu rosto e eu me levantei, ela não tinha forças para me jogar para o lado.

– Para Jay! Eu não quero isso pra mim, você tá sendo um belo filho da puta. Beija a Audrey e agora vem e me da um beijo eu NÃO SOU IOIÔ!

– Evie, eu gosto muito de você, mas eu não consigo terminar com a Audrey ela não deixa.

– Vem falar comigo quando decidir. Eu não sou brinquedo você não pode me guardar na estante depois que decidir que cansou, e além do mais eu posso ser filha da rainha má, mas eu tenho um coração.

Ela se levantou e foi embora, que ódio de mim, soquei a terra de tanta raiva eu quero a Evie, quero a minha Evie se pelo menos ela pudesse ouvir o que penso. Se eu pelo menos pudesse contar-lhe o que sinto. Olhei para o lado e vi algo brilhar no meio da grama, era uma pulseira da Evie. Peguei a pulseira, tinha uma frase gravada nela “Evil princess” concordo com a pulseira, ela era uma princesa, uma princesa linda e má. Roubou meu coração, e por ironia eu sou o ladrão. Mas acho que ela tenha feito isso apenas por ser má. Eu gosto dela, gosto dela má, gosto dela boa, gosto de todos os tipos dela.

POV’s Evie

Sai dali e fui para qualquer lugar menos o quarto, não estava conseguindo dormir e agora menos ainda. Encontrei uma árvore com um tronco aberto encima o suficiente para me caber, subi na árvore, era como subir nos canos e muros da Ilha dos perdidos o que facilitou meu trabalho, exceto pelo meu kimono azul que ficará preso em alguns galhos menores, mas graças à fada madrinha não rasgou.

Deitei-me e quando abri os olhos reparei que havia uma abertura em meio às folhas bem acima de minha cabeça, a lua estava tão linda e as estrelas pareciam estar brilhando mais forte, Por um segundo eu me esqueci de tudo, mas um segundo depois me lembrei de Jay e gostaria muito que ele estivesse ali comigo.

Fechei os olhos e comecei a chorar, eu precisava dele, quase tanto quanto preciso de ar para respirar. Comecei a chorar, e novamente em meio a choros e soluços eu cai no sono.

No dia seguinte,

Fui acordada por alguém me chamando “Evie, EVIE acorda menina!” Reconheci a voz, era Mal, levei um susto e quase cai da árvore, mas me segurei a tempo.

– SUA VACA! EU PODIA TER CAIDO SUA PUTA! – gritei de cima da árvore e desci. Mal estava rindo, rindo muito.

– O que você estava fazendo encima da árvore? No caminho para o dormitório você me conta vem, vamos aproveitar que ninguém acordou ainda. Você precisa trocar de roupa.

– Certo, que horas são? – Perguntei esfregando a cara.

– São 05 da manhã. – Só então reparei que ela também estava de pijama

– Ah certo, como você acordou? – Falei enquanto caminhávamos para o dormitório.

– Não ouvi você bater as coisas para se arrumar no quarto então abri os olhos e não vi você no quarto. Vim te procurar e você estava lá encima roncando pra caralho.

– Ei, eu não ronco.

– Claro que não só faz barulhos muuuito irritantes enquanto dorme. Enfim vamos! Você demora demais rebocando a cara e eu não quero me atrasar.

Chegamos ao quarto nos arrumamos e fomos tomar café,

Naquela vez, Jay e Carlos não sentaram conosco sentaram em uma mesa ao lado da nossa Audrey passou apenas observando a situação.

– Problemas no grupinho. – Ela sussurrou propositalmente e alto o suficiente para que eu e Mal escutássemos. Mal ficou irritada tanto que apenas mexendo os dedos jogou uma torta no cabelo de Audrey, ela virou pra trás e nos fingimos que não havia sido nós. Continuamos a comer então ela atirou uma geleia no meu vestido. Ok aquilo já era demais joguei o sanduiche mirando nela, mas tentativa falha. A geleia atingiu em cheio Carlos e logo se iniciou uma guerra de comida no meio do refeitório.

Minutos depois a fada madrinha chegou aos poucos às pessoas pararam, mas a Audrey não parou muito menos eu, queria deixar a Audrey coberta de tudo o que eu encontrasse na frente. Então a fada madrinha apenas se aproximou de nós duas e todos apontavam para nós “Malditos x-9” pensei, menos Mal, Carlos, Jay e as cachorrinhas da Audrey.

– PAREM! – gritou a fada madrinha, “sujou” pensei.